Em entrevista coletiva no começo da tarde deste sábado, os médicos que assistem o presidente Michel Temer informaram que ele passa bem após a cirurgia a que foi submetido na noite desta sexta-feira (27).
Da Agência Brasil
“Clinicamente ele está muito bem, passou a noite em uma semi-intensiva (unidade de terapia semi-intensiva), já está no apartamento e deverá receber alta na segunda-feira (30) de manhã”, informou o médico Roberto Kalil Filho. O presidente está internado Hospital Sírio-Libanês em São Paulo. A assessoria de imprensa não informou se ele está acompanhado da família.
Quanto ao cateterismo, Kalil informou que procedimento não foi realizado e que ainda será avaliado. “O cateterismo vamos deixar para o futuro. Primeiro, resolvemos a próstata e no futuro vamos ver a parte cardíaca”. O médico esclareceu que o procedimento realizado na noite de sexta-feira (27) não interfere na parte cardíaca. “Ele está estável do ponto de vista cardiovascular, vai [poder] ficar alguns dias sem os antiagregantes [medicamentos].”
O médico responsável pela cirurgia, o urologista Miguel Srougi, informou que a cirurgia foi emergencial. “A cirurgia foi meio emergencial, porque já tinha passado a fase aguda de Brasília, mas ele estava carregando a sonda que é muito desconfortável, ficou dois dias trabalhando com sonda – além do desconforto, ainda tem a dor."
Srougi informou que o presidente passou por um procedimento comum. “Ele tinha como antecedente uma cirurgia de próstata para crescimento benigno, realizada há sete anos. Agora neste momento esse aspecto teve um significado porque todo homem que opera a próstata com crescimento benigno, depois de alguns anos está sujeito apresentar sangramentos”, explicou.
Embora emergencial, Srougi esclareceu que o crescimento da próstata é comum. “O crescimento da próstata é muito comum, mas também cresce para dentro, todo homem maduro começa a ter essa dificuldade para urinar”. O médico informou que durante a conversa com o presidente surgiu um quadro muito claro. “Ele estava em retenção urinária, com sonda em sua bexiga, bastante desconfortável, e essa sonda precisava ser removida, a [causa] mais provável, no caso dele, é que a próstata tinha voltado a crescer.”
O médico explicou que o caso é comum em quem já foi operado. “[a próstata], se enche de vasos sanguíneos, e essa próstata cresce para dentro da uretra e a uretra passa a ser preenchida por uma massa sólida cheia de vasos sanguíneos. Essa massa pode sangrar a qualquer momento e entupir a uretra e obviamento causar esse tipo de complicação.”
O urologista disse que, após esse procedimento, é muito difícil que a próstata volte a aumentar. “A abertura que foi feita foi bastante ampla”, frisou. Após o procedimento foi colocada uma sonda pós-cirúrgica no presidente, normalmente usada em pós-operatório, que deverá ser retirada amanhã (29).
O especialista afirmou ainda que foi realizada uma biópsia. “Foi feita uma biopsia por precaução, para ter certeza de que, no meio dessa hiperplasia, não tinha um foco de câncer. Felizmente essa biópsia preliminar, vai vir o resultado definitivo depois, mostrou que o crescimento era benigno, isso nos tranquilizou muito “, acrescentou.
Segundo Kalil, a alta hospitalar está prevista para a manhã de segunda-feira (30), mas o médico informou que o presidente deve ficar em repouso em São Paulo até terça-feira (31).
Edição: Nádia Franco
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Por Cláudio Paixão
Durante a entrega das obras de melhorias do Parque de Exposições Agropecuárias de Miranorte, no início da noite deste sábado, 28, o governador Marcelo Miranda ressaltou a vocação do Tocantins para o agronegócio. No parque foram realizadas obras de pavimentação asfáltica e meio fio.
"Melhorar a estrutura desse Parque de Exposições é investir não apenas no segmento da agropecuária, mas em toda a cadeia econômica de Miranorte. Um parque que se junta aos demais do Estado para fortalecer a nossa vocação principal: o agronegócio", frisou o governador.
As obras foram realizadas com recursos oriundos de Emenda Parlamentar do deputado Júnior Evangelista, no valor de R$ 250 mil. Ao todo foram realizados 8 mil metros quadrados de asfalto na área do parque. "O governador tem recebido nossas demandas de emendas buscando sempre atender às necessidades dos municípios", destacou o deputado.
Marcelo Miranda também falou da importância do parque para a comunidade. "Esse é um lugar de geração de emprego, de aquecimento da economia, mas, principalmente, um lugar onde as famílias de Miranorte se encontram para momentos de lazer. Tenho certeza de que a população dessa cidade se sente acolhida em ver transformada a infraestrutura desse local", disse.
O prefeito de Miranorte, Antônio Carlos Martins, Carlinhos da Nacional, comemorou a chegada das obras. "Um sonho que há muito esperávamos que se tornasse realidade. Com o empenho, com a parceria, o governador Marcelo Miranda, junto com o deputado Júnior Evangelista, trouxe essa obra para o nosso município. Esse é um dia de muita alegria para o segmento agropecuário", disse.
Em nome dos produtores rurais, o presidente do Sindicato Rural de Miranorte, Saddin Bucar Figueira, destacou o compromisso do Governo do Estado com a população de Miranorte. "Aqui é a casa do produtor de Miranorte, além da realização de um sonho, é o Governo do Estado cumprindo os seus compromissos", pontuou.
Presenças
Participaram da solenidade, presidentes de sindicatos rurais da região, prefeitos de cidades circunvizinhas, a deputada federal Dorinha Seabra; os deputados estaduais Junior Evangelista, Nilton Franco e Cleiton Cardoso; vereadores e outras lideranças locais.
Segundo o governador, os jovens também querem ser ouvidos. "Os jovens amazônicos querem participar deste debate”
Por Gisele França
Inserir a juventude amazônica nas discussões. Essa foi a sugestão do governador Marcelo Miranda durante o 16º Fórum de Governadores da Amazônia Legal, em Rio Branco (AC), na noite desta quinta feira, 26. Segundo o governador, os jovens também querem ser ouvidos. "Os jovens amazônicos querem participar deste debate. Vamos inserir a juventude nas discussões. O momento é de todos estarmos juntos pelo bem da coletividade", afirmou Marcelo Miranda, que sugeriu a criação de uma Câmara Temática específica para a juventude.
Quem aprovou a ideia de Marcelo Miranda, que deve ser inserida já na próxima edição do Fórum, foi o governador do Acre, Tião Viana, e o prefeito de Rio Branco (AC), Marcus Alexandre. "Não podemos deixar uma geração inteira se perder para a violência e o narcotráfico. A juventude precisa participar dessas discussões", declarou. Paralelo ao Fórum, o Acre também sediou o 1º Encontro de Gestores da Juventude da Amazônia.
Consórcio
Para facilitar a captação de recursos e o crescimento integrado da Amazônia Legal, os governantes dos nove estados que compõem a região amazônica aprovaram, na ocasião, a criação do Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável da Amazônia Legal.
"Tenho certeza que, a exemplo do que já realizamos por meio do Brasil Central, vamos também obter êxito com este pleito", destacou Marcelo Miranda. Para o governador, os fóruns demonstram a união de esforços dos Estados em busca de melhorias para suas populações. "Esta reunião de trabalho é mais uma sinalização dos nossos esforços, não somente em benefício dos estados amazônicos, mas em defesa do Brasil, e por que não dizer do mundo", ressaltou.
Para o anfitrião do Fórum, governador do Acre, Tião Viana, a consagração do Consórcio é uma vitória e abre uma expectativa de ações estruturantes. "Desde a integração aérea regional; desde a infraestrutura logística, rodovias, hidrovias, ferrovias, até um trabalho de financiamento público. Esse encontro serve para nos fortalecer como unidade nacional", avaliou.
O Consórcio atenderá as peculiaridades da região, que abriga todo o bioma Amazônia do País, além do cerrado e pantanal mato-grossense. Previsto para ser uma autarquia, a ideia é que o Consórcio crie agendas em comum com os Estados nas áreas de gestão pública, ciência e tecnologia, segurança, produção sustentável, conservação da biodiversidade, das florestas e clima da região.
Dia da Amazônia
Durante o Fórum, também foi tema de discussão a participação dos governadores da Amazônia Legal na Conferência das Partes (COP 23), na cidade de Bonn, na Alemanha, em novembro. Também estavam presentes representantes das embaixadas da Noruega e Alemanha; Banco Mundial, BNDES e Ministério do Meio Ambiente.
A previsão é realizar na COP 23 o ‘Dia da Amazônia’, um espaço de articulação em defesa do desenvolvimento sustentável da floresta amazônica brasileira, além de mobilizar novos recursos, seja de cooperação internacional, iniciativa privada ou outros parceiros.
Tocantins
O Tocantins também tem feito o seu dever de casa, como lembrou o governador. "Conseguimos reduzir 55% o índice de desmatamento no Estado de 2016 para 2017. Portanto, o Estado que registrou maior baixa neste índice. E estamos trabalhando para melhorarmos ainda mais esses índices”, enfatizou Marcelo Miranda, que usou como referência os números do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Fórum
Criado como uma estratégia para pensar de forma conjunta o desenvolvimento sustentável, o Fórum da Amazônia Legal iniciou suas atividades em 2008. Nos últimos anos configurou-se como um bloco que discute e propõe ações integradas e problemas comuns dos nove estados da região.
Estavam presentes os chefes dos Estados do Tocantins, Marcelo Miranda; Acre, Tião Viana; Amazonas, Amazônico Mendes; Amapá, João Bosco Papaleo; Pará, Simão Jatene; Rondônia, Confúcio Moura; Roraima, Suely Campos; e Mato Grosso, Pedro Taques; além de secretários de Estado, parlamentares, representantes de instituições bancárias, e da sociedade civil organizada.
Durante o dia desta quinta-feira, houve reuniões com as Câmaras Temáticas já consolidadas. O próximo encontro (17ª edição) deverá ocorrer em Roraima, em fevereiro de 2018.
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Com Folhapress
O ministro Luís Roberto Barroso, do STF (Supremo Tribunal Federal), acusou seu colega de tribunal Gilmar Mendes de ter "parceria com a leniência em relação à criminalidade do colarinho branco".
"Não transfira para mim esta parceria que Vossa Excelência tem com a leniência em relação à criminalidade do colarinho branco", disse Barroso a Gilmar, durante sessão do plenário.
Antes desta frase, Gilmar havia dito que Barroso soltou o petista José Dirceu.
"Não sou advogado de bandido de colarinho branco", afirmou Gilmar. Barroso rebateu afirmando que quem soltou Dirceu foi o STF, não ele.
A discussão ocorreu durante julgamento de um caso relativo a tribunais de contas do Ceará, quando então Gilmar criticou as contas do Rio. "Não sei para que hoje o Rio de Janeiro é modelo. Mas à época se dizia 'devemos seguir o modelo do Rio'. Sou relator de processo contra depósitos judiciais e mandei sustar as transferências ao Rio", disse.
"Deve achar que é Mato Grosso", interrompeu Barroso. O ministro afirmou que Gilmar "não trabalha com a verdade" e "destila ódio, não julga".
Bate-boca
Os ministros discutiram na sessão desta quinta-feira (26) no plenário do STF (Supremo Tribunal Federal).
Eles julgavam um caso relativo a tribunais de contas do Ceará, quando então Gilmar criticou as contas do Rio. Disse que o Supremo debateu em plenário uma fórmula aplicada no Estado, que usava depósitos judiciais para pagar contas.
"Não estou fazendo nenhuma ironia. Não sei para que hoje o Rio de Janeiro é modelo. Mas à época se dizia 'devemos seguir o modelo do Rio'. Eu mesmo sou relator de processo contra depósitos judiciais e mandei sustar as transferências ao Rio", disse. "A prova de que falta criatividade ao administrador é o caso do Rio de Janeiro. Citar o Rio como exemplo."
A ministra Cármen Lúcia, presidente do tribunal, interrompeu a discussão e pediu para que eles voltassem ao julgamento.
Gilmar disse então que: "Só queria lembrar que o caso dos embargos infringentes de José Dirceu foi julgado aqui [em plenário]".
Veja trecho da discussão
"Deve achar que é Mato Grosso", interrompeu Barroso.
"Não, é o Rio de Janeiro mesmo", retrucou Gilmar.
"Onde está todo mundo preso", disse Barroso.
"No Rio não estão", disse Gilmar.
"Aliás, nós prendemos e tem gente que solta", afirmou Barroso.
"Veja o caso: solta cumprindo a Constituição. Vossa Excelência quando chegou aqui, soltou o José Dirceu", disse Gilmar.
"Porque recebeu indulto da presidente da República [Dilma Rousseff]", disse Barroso.
"Não. Vossa Excelência julgou os embargos infringentes [um tipo de recurso processual]", disse Gilmar.
"Não, não, absolutamente. É mentira. É mentira. Aliás, Vossa Excelência normalmente não trabalha com a verdade. Então eu gostaria de dizer que o José Dirceu foi solto por indulto da presidente da República. Vossa Excelência está fazendo comício que não tem nada a ver com Tribunal de Contas do Ceará. Vossa Excelência está queixoso porque perdeu o caso dos precatórios e está ocupando tempo do plenário com um assunto que não é pertinente para destilar este ódio constante que Vossa Excelência tem. E agora o dirige contra o Rio. Vossa Excelência deveria ouvir a última música do Chico Buarque: 'A raiva é filha do medo e mãe da covardia'. Vossa Excelência fica destilando ódio o tempo inteiro. Não julga, não fala coisas racionais, articuladas, sempre fala coisa contra alguém, sempre está com ódio de alguém, com raiva de alguém. Use um argumento", disse Barroso.
(Folhapress)
Transferência de ex-governador foi pedida após discussão com juiz Marcelo Bretas
Com Agências
Após pedido do Ministério Público Federal (MPF) aceito pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, o Departamento Penitenciário Nacional (Depen) determinou, nesta quinta-feira (26), a transferência do ex-governador Sérgio Cabral para um presídio federal de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul.
O órgão, que é vinculado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, não informou, no entanto, quando será realizada a transferência do ex-governador do Rio, que está preso desde novembro do ano passado. Com a decisão, Cabral pode deixar o presídio de Benfica, na Zona Norte do Rio, a qualquer momento.
A transferência do ex-governador foi pedida e autorizada na segunda-feira (23), depois de uma discussão com o juiz Marcelo Bretas, durante um interrogatório. Cabral criticou a denúncia contra ele, afirmando que era um "roteiro mal feito de corta e cola", que está sendo injustiçado e que o juiz deveria conhecer sobre joias já que a sua família teria negócios com bijuterias. Bretas rebateu afirmando que não recebeu "com bons olhos" o interesse de Cabral de informar que sua família trabalhava com bijuterias. "Esse é o tipo da coisa que pode ser entendida como ameaça”. O advogado do ex-governador pediu uma pausa no depoimento, e o juiz concedeu. Mais tarde, Bretas acabou aceitando o pedido de transferência de Cabral para um presídio federal feito pelo Ministério Público Federal (MPF).
Além dos supostos negócios da família do juiz no ramo de bijuterias, Cabral também falou, durante o interrogatório, de suposta concretização da delação de Renato Pereira, ex-marqueteiro do PMDB.
"Durante o interrogatório do senhor Sérgio Cabral, ele mencionou expressamente que, na prisão, recebe informações inclusive da família desse magistrado, o que denota que a prisão no Rio não tem sido suficiente para afastar o réu de situações que possam impactar nesse processo", afirmou o procurador Sérgio Pinel.
Bretas acatou o pedido de transferência, afirmando que este tipo de declaração é "inusual". "Será que representa alguma ameaça velada? Não sei, mas fato é que é inusual", disse, acrescentando: "É no mínimo inusitado que ele venha aqui trazer a juízo, numa audiência gravada, a informação de que recebe ou acompanha a rotina da família do magistrado. Deixa a informação de que, apesar de toda a rigidez [do presídio no Rio], que imagino que aja, aparentemente tem acesso privilegiado a informações que talvez não devesse ter", disse o juiz.
Interrogatório
Durante o interrogatório, Cabral afirmou que a denúncia contra ele era "um roteiro mal feito de corta e cola". Ele fez a insinuação sobre o suposto negócio do ramo de bijuterias da família de Bretas após as primeiras perguntas feitas a ele sobre a denúncia de compra de joias com dinheiro de propina. O ex-governador ainda chegou a dizer que Bretas falava dele de maneira "desdenhosa". "Aqui não há desdém", rebateu o juiz.
"Comprei joias com fruto de caixa dois, não foi de propina. Meu governo não foi organização criminosa. Mudou a vida de milhões de brasileiros que moram no Rio. Não me sinto chefe de organização criminosa nenhuma. Eu estou sendo injustiçado. O senhor está encontrando em mim uma possibilidade de gerar uma projeção pessoal, e me fazendo um calvário, claramente", disse o ex-governador.
Cabral afirmou que os empreiteiros não pagavam propina. “Não é verdade que empreiteiro dê dinheiro antecipado por qualquer coisa. Fiz a campanha 2006 e sobraram recursos de campanha. O dinheiro que Carioca me deu não tinha vínculo com obras”. O ex-governador afirmou ainda que o seu erro foi o caixa dois. Cabral chegou a chorar ao dizer novamente que as mudanças de financiamento de campanha são prejudiciais à política. “Por mais que tenha me exasperado com o senhor [Bretas] aqui, por mais que ache injustiça o que o MP faz, que fique indignado com as matérias que saem nos jornais, prefiro muito mais ser acusado num sistema democrático, ser massacrado, do que um sistema autoritário”, disse.