Por Juscelene Melo
Após três meses de investigações, policiais civis da Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos Automotores (Derfrva), prenderam em flagrante, nesta quinta-feira, 02, Jaaziel Santana de Oliveira, no momento em que este buscava um documento (CRVL) falso na rodoviária de Palmas. O documento seria usado para clonar uma camioneta Hilux, ano 2017, placa QKK2154, roubada em Palmas, no ultimo dia 25/10/2017.
De acordo com o Delgado de Polícia Rossílio de Sousa Correia, responsável pela operação, a interceptação foi possível graças a uma intensa investigação da Polícia Civil que revelou a existência de uma quadrilha de clonagem e receptação de camionetas de luxo na capital, a qual foi desarticulada, durante a operação realizada pela Derfrva.
Informações obtidas com as investigações revelaram que Jaaziel Santana estaria fomentando furtos e roubos de veículos clonados na capital e depois os revendia em outros Estados.
Segundo Rossílio de Sousa, o modus operandi adotado pelo grupo tinha Jaaziel Santana como principal articulador, “Jaaziel solicitava que pessoas ligadas a ele furtassem e roubassem camionetas e outros veículos de luxo na capital e, com ajuda de um terceiro comparsa os escondia, por cerca de 30 dias, em um imóvel locado no bairro Santa Fé 2, em palmas”, esclareceu. Outros dois homens foram presos durante a operação policial.
De posse dos veículos roubados e furtados, os investigados adulteravam todos os dados dos carros, sendo estes clonados e levados para outros Estados, onde eram revendidos. As placas eram trazidas da cidade de Imperatriz (MA), por Jaaziel e o CRLV falso de Goiânia (GO). O delegado responsável pelas investigações estima que aproximadamente oito camionetas já foram adulteradas ou clonadas por Jaaziel Santana.
Ao ser preso com o documento falso, o investigado levou os policiais civis até o local onde estava escondida a camioneta roubada, sendo que a mesma já possuía placas clonadas e CRLV falso, isto é, pronta para ser revendida pelo valor de 50 mil.
Conforme declaração do delegado Rossílio de Sousa, a cártula de CRLV usada para clonar a camioneta foi furtada do Detran Tocantins e inserido dados ideologicamente falsos com o chassi da camioneta roubada, porém com a placa de outro veículo legal. Também foi apreendido em poder de Jaaziel, um veiculo tipo Palio Attractiv 1.0, ano 2016/17, placa PAX 1382, o qual era objeto de financiamento fraudulento.
Jaaziel Santana e seus comparsas foram autuados pelos crimes de receptação qualificada, adulteração de sinal identificador de veiculo automotor e falsificação de documentos públicos. Após os procedimentos legais cabíveis, todos foram encaminhados para a Casa de Prisão Provisória de Palmas, onde permanecerão à disposição da justiça.
No acumulado do ano, a balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 58,48 bilhões, o maior para o período em toda a série histórica. Da Agência Brasil
A balança comercial brasileira teve superávit de US$ 5,2 bilhões em outubro, o que representa um recorde para o mês desde o início da série histórica do governo, em 1989. O resultado representa também o nono recorde mensal consecutivo. Os dados foram divulgados hoje (1º) pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic).
De janeira a outubro, o saldo entre exportações e importações tem superávit de US$ 58,5 bilhões. Trata-se do maior superávit da série histórica, tanto para os dez primeiros meses do ano quanto para anos fechados.
Minério
Ao todo, as exportações no mês de outubro totalizaram US$ 18,9 bilhões, com valor médio de US$ 989,9 milhões. Já as importações somaram US$ 13,7 bilhões, com média diária de US$ 651,2 milhões.
As exportações representam o quatro maior valor para meses de outubro, e as importações ocupam o oitavo maior resultado para o mês.
De acordo com o diretor de Estatísticas e Apoio às Exportações da Secex, Herlon Brandão, a expectativa de superávit para ano foi ampliada de aproximadamente US$ 60 bilhões para cerca de US$ 65 bilhões a US$ 70 bilhões.
“Isso se justifica pelo desempenho das exportações. Temos US$ 30 bilhões a mais, com desempenho positivo de vários produtos, como a soja, minério de ferro, produtos siderúrgicos, tanto de volume, como de preços das exportações”, disse Brandão.
De acordo com o Mdic, o destaque da balança comercial no mês de outubro ficou por conta com exportação de minério de ferro, com crescimento de 59,9%; produtos semimanufaturados de ferro e aço (89%); máquinas e aparelhos para terraplanagem (127,5%); produtos laminados para ferro e aço (132,4%), e farelo de soja (45,4%). As maiores reduções foram na venda de aviões (-US$ 57,3%), café cru em grão (-US$ 18,1%), tubos flexíveis de ferro ou aço (-US$ 30,5%), óleos combustíveis (-US$ 41,6%) e couros e peles (-US$ 11,9%).
Já nas importações, o destaque foram os bens de capital, que tiveram alta pelo terceiro mês consecutivo, o que não ocorria desde a sequência junho, julho e agosto de 2013. A expectativa do governo é que ocorram novos crescimentos nos próximos meses. Além disso, os bens intermediários apresentaram crescimento de 7,9%, categoria que vem tendo crescimento desde novembro de 2016.
A oficina é uma ação integrada de Gerências e Programas que conta com a parceria do Instituto Federal
Por Thaís Souza
Estudantes matriculados no ensino médio do Colégio da Polícia Militar do Estado do Tocantins, Frederico José Pedreira Neto, Madre Belém e São José participaram, nesta quarta-feira, 1°, das 8h às 12h, no laboratório de Tecnologias da Secretaria de Estado da Educação, Juventude e Esportes (Seduc), da Oficina de Introdução à Robótica Educacional.
Com o slogan Trilhando juntos o caminho da Ciência, da Tecnologia e da Aprendizagem Significativa, a atividade objetiva apresentar um panorama geral das possibilidades pedagógicas do uso da robótica e da ciência da computação, e novas estratégias de aprender e de ensinar por meio de ferramentas tecnológicas, para estudantes, professores e coordenadores pedagógicos.
Gerente de Novas Tecnologias Aplicadas à Educação (GTAE), Iveti da Silva Bacri explicou que o curso foi dividido em cinco etapas e acontecerá uma vez por semana. “Esta ação com as quatro unidades é um projeto-piloto, que levará aos alunos conhecimentos básicos sobre programação e robótica para resolver desafios do mundo real”.
Nesta primeira etapa, os alunos aprenderam sobre o tema e algumas peças. Na segunda etapa, terão duas atividades práticas utilizando o Scratch e o Minecraft, programas que utilizam a linguagem de programação em blocos. Na terceira etapa, eles utilizarão o kit arduíno e, na quarta etapa, com o apoio dos professores, desenvolverão objetos. A quinta etapa consiste na apresentação dos robôs desenvolvidos pelos estudantes.
O engenheiro químico e membro da equipe de implantação das escolas Jovem em Ação, Danilo Machado, destacou que, com a conclusão desta oficina e baseado nos resultados, será possível ampliar o trabalho às demais unidades, assim como corrigir possíveis falhas. “A nossa meta é que a robótica educacional se torne uma disciplina eletiva nas unidades de educação em tempo integral, ou seja, trabalhada com os clubes de protagonismo juvenil”, explicou.
O professor do Instituto Federal do Tocantins (IFTO), Demis Carlos Fonseca Gomes, que ministra a oficina, explicou que no curso será abordado sobre escalas iniciais de automação. “Por meio do conhecimento do arduíno, uma placa única utilizada como plataforma de prototipagem eletrônica, será possível que os estudantes consigam desenvolver trabalhos básicos como um carrinho que sobe rampas, buzinas, acender painéis de led. O desempenho dos alunos dependerá basicamente do interesse em pesquisar e aprofundar sobre o conteúdo”, finalizou.
Carlos Eduardo Pereira de Souza, estudante da 1ª série do Colégio Estadual Madre Belém, disse que o curso é de grande valia. “Com a explicação do professor, já pudemos perceber que peças de brinquedos ajudam a montar robôs”. Para ele, a criatividade, a busca por inovação e o interesse em aprender mais sobre o assunto serão cruciais para que eles consigam criar seus dispositivos.
A oficina é uma ação da Seduc, por meio de uma ação integrada da Gerência de Novas Tecnologias Aplicadas à Educação (GTAE), do programa Jovem Em Ação, Programa Ensino Médio Inovador (ProEMI) em Parceria com o IFTO.
Acusados respondem pelo crime de insider trading (informação privilegiada)
Com Agência Brasil
O ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Rogério Schietti Cruz negou hoje (31) pedido de liberdade feito pela defesa dos irmãos Joesley e Wesley Batista, donos da J&F. Os dois estão presos preventivamente por uma decisão da Justiça Federal em São Paulo.
No processo, os acusados respondem pelo crime de insider trading (informação privilegiada), sob a suspeita de usarem informações obtidas por meio de seus acordos de delação premiada para venderem e comprarem ações da JBS no mercado financeiro.
Na decisão, o ministro entendeu que a prisão preventiva dos acusados é necessária para assegurar o prosseguimento das investigações. Segundo Schietti, mesmo assinando acordo de delação premiada, Joesley e Wesley continuaram a praticas atividades ilícitas.
Além do processo sobre a venda das ações, Joesley tem outro mandado de prisão expedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Em setembro, a prisão por tempo indeterminado foi requerida pelo ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot, após a anulação da imunidade penal que foi concedida por ele. O procurador concluiu que Joesley omitiu informações da Procuradoria-Geral da República (PGR) durante o processo de assinatura do acordo de delação premiada. Com informações da Agência Brasil.
Manifestação reforça acusação apresentada pelo antecessor Janot que aponta suposto favorecimento de Jucá ao Grupo Gerdau em troca de doações eleitorais. Senador contesta denúncia.
Quando foi denunciado, Jucá disse não ter qualquer temor
Com Estadão Conteúdo
Em manifestação ao Supremo Tribunal Federal (STF), a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, reforçou a denúncia contra o senador e presidente nacional do PMDB, Romero Jucá (RR), e o empresário Jorge Gerdau Johannpeter, apresentada em agosto pelo então procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que apontou suposto favorecimento do peemedebista ao Grupo Gerdau em uma medida provisória em troca de doações eleitorais.
A manifestação, datada desta segunda-feira, 30, foi feita já considerando a defesa prévia dos denunciados após a apresentação da acusação formal por parte da Procuradoria-Geral da República (PGR), que atribui a Jucá a prática dos crimes de corrupção passiva qualificada e de lavagem de dinheiro qualificada.
"A Procuradora-Geral da República requer a rejeição das preliminares suscitadas pelo acusado e o integral recebimento da denúncia, com a citação do acusado e o início da instrução processual penal, até final condenação", disse Raquel Dodge, ao relator do inquérito, ministro Edson Fachin.
Segundo a PGR, nos anos de 2010 e 2014, o senador recebeu, em razão de seu cargo, vantagem indevida no montante de R$ 1.333.333,00, entregues mediante diversas doações efetivadas por Jorge Gerdau Johannpeter ao Diretório Nacional e ao Diretório Estadual de Roraima do PMDB, visando garantir sua atuação parlamentar em prol de interesses do Grupo empresarial Gerdau.
"A denúncia afirma que Jorge Gerdau Johannpeter entregou a vantagem indevida ao referido Senador sob a forma de doações eleitorais disfarçadas, para sua campanha ao Senado em 2010 e para a campanha de seu filho Rodrigo de Holanda Menezes Jucá para o cargo de Vice-Governador de Roraima em 2014, no montante de R$ 1.333.333,00, entregues aos Diretórios do PMDB, em diversas operações fracionadas, de forma a ocultar e dissimular a natureza, origem, localização, disposição, movimentação e propriedade de valores provenientes, direta ou indiretamente, de prática de crime contra a administração pública", diz Raquel Dodge.
Ainda segundo Dodge, Romero Jucá, em contrapartida, na condição de Senador, "violou dever funcional, intermediando e votando em favor de medidas provisórias de interesses do grupo Gerdau, em especial na tramitação da Medida Provisória nº 627/2013, da qual foi o relator-revisor no âmbito do Senado Federal".
As infrações penais atribuídas a Romero Jucá e a Jorge Gerdau Johannpeter foram reveladas no âmbito da "Operação Zelotes", que tinha como foco inicial a investigação de esquema de compra de decisões no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), de modo a influenciar o Órgão a reduzir ou anular multas fiscais aplicadas a empresas, bancos, montadoras e empreiteiras.
A defesa de Jucá, na resposta à denúncia, afirmou que ela era "inepta" por não descrever de maneira clara e individualizada as condutas descritas como crime de corrupção passiva e delito de lavagem de capitais, e apontou falta de justa causa para tornar o senador réu. Dodge discordou.
"Ao contrário do alegado pela defesa, a denúncia expõe os fatos imputados, com todas as suas circunstâncias, inclusive com a indicação dos respectivos atos de ofício praticados pelo Senador, a qualificação dos denunciados e a classificação dos crimes. A narrativa contida na denúncia permite a compreensão das imputações e o exercício da ampla defesa, atendendo rigorosamente ao que dispõe o art, 41 do Código de Processo Penal", disse Raquel Dodge, sustentando a denúncia de Janot.
"Há indícios suficientes de que o Senador Romero Jucá recebeu financiamento, nas eleições de 2010, do codenunciado, membro do Grupo Gerdau e, que tal financiamento vincula-se a tratativas para atender Jorge Gerdau Johannpeter, para, prevalecendo-se de sua função de Relator-Revisor da MP nº 627/2013 e de Líder do Governo do Senado, agir como canal de comunicação e envio de proposições da empresa diretamente ao setor estratégico do Governo responsável pela análise de questões fiscais, como de fato o fez no início do ano de 2014, levando extemporânea minuta de emenda à MP nº 627/2013", disse Dodge.
Quando foi denunciado, Jucá disse não ter qualquer temor. "Deixa eu falar uma coisa pra vocês. Eu estou muito tranquilo contra qualquer denúncia e não tenho nenhum temor", respondeu Jucá, em agosto.
O inquérito tramitava no âmbito da Operação Zelotes, sob relatoria de Ricardo Lewandowski, mas foi redistribuído a Edson Fachin após Lewandowski afirmar que não via conexão com esta operação. A presidente da Corte, Cármen Lúcia, determinou redistribuição para Fachin afirmando que havia relação com o inquérito em que a PGR denunciou suposta organização criminosa formada pela cúpula do PMDB do Senado, incluindo Jucá. Com informações do Estadão Conteúdo.