Iniciou-se agosto, conhecido como “mês do cachorro doido”, dias que caminharão carregados de especulações sobre o processo eleitoral que findará no principiar de outubro de 2018, momento em que acontecerão as eleições gerais, pleito que dará ao eleitor a condição de escolher 24 deputados estaduais, 8 deputados federais, o futuro governador do Tocantins, dois senadores e o Presidente da República.. Quem quiser concorrer a uma dessas vagas, deve estar filiado a um partido político até a data limite de março do ano que vem. Até lá, muita lama vai rolar sob as pontes, inclusive cobrindo os feitos daqueles que são políticos e estarão do lado do prefeito Carlos Amastha, momento que deverão pedir desculpa ao eleitor, por serem vagabundos assumidos.
Por Edson Rodrigues e Edivaldo Rodrigues
As definições mais aguardadas recaem nas perguntas que teima em não calar: por qual partido o ex-governador Siqueira Campos será candidato ao Senado? Quem serão seus dois suplentes? Quem encabeçará esta chapa majoritária? Certamente tanto o partido, quanto os nomes que acompanharão esta que é uma das mais expressivas figuras públicas do Tocantins, pelas ruas e praças do Estado, estarão fazendo história, dada a liderança que ele ainda exerce sobre o povo tocantinense.
Outro questionamento diz respeito à senadora Kátia Abreu que, hoje, “está no PMDB, mas não é do PMDB”, como falam nos bastidores e mostram os fatos internos do partido, que está sob total comando do governador Marcelo Miranda. Logo, a congressista tocantinense não terá outra alternativa senão mudar de legenda até março de 2018.
Os vagabundos
Um dos questionamentos mais curiosos é quem vai vestir a carapuça e compor chapa com o prefeito de Palmas, Carlos Amastha, que chamou os políticos tocantinenses de “vagabundos”. Apesar de já estar filiado e no comando do PSB tocantinense, o prefeito da capital viu, na última semana, o início de uma debandada do partido, orquestrada pelo prefeito de Gurupi, Laurez Moreira, que vai levar consigo mais cinco dos oito prefeitos da legenda, o que pode ser fatal para uma pretensão de eleição em nível estadual.
Os familiares dos vagabundos
O que é surreal nestes episódios em que o prefeito de Palmas destrata a classe politica tocantinense, a jogando na latrina, é a ligação umbilical e a dependência dele, Carlos Amastha, tem com estas figuras do povo. É sabedor que, seus principais auxiliares na administração da capital, seus líderes na Câmara Municipal, além de alguns admiradores partidários e deputados estaduais,são homens públicos com atuações cotidianas e diuturnas na vida política, o que fazem deles políticos na teoria e na prática. Após serem chamados de malandros, vagabundos e “cambada de safados”, como é que olham nos olhos de seus filhos, esposas, amigos e eleitores?
As desculpas dos vagabundos
Qual será o discurso dos companheiros de campanha de Carlos Amastha numa provável candidatura dele ao Governo do Tocantins? Estarão eles preparados para chancelar as afirmativas do colombiano, ao mesmo tempo em que terão coragem de pedir desculpas aos eleitores, por serem políticos tocantinenses e por isso malandros, “cambada de safados” e vagabundos? Somenteo tempo dirá se estes homens e mulheres, que num passado recente ajudaram a consolidar o sonho libertário, vão manchar suas vidas apequenar seus feitos. Se isso ocorrer estarão abrindo a porta que os conduzirão ao calabouço da insignificância como cidadãos.
Carlesse
Quem também se movimenta nos bastidores para viabilizar uma candidatura ao Governo do Estado é o presidente da Assembleia Legislativa, Mauro Carlesse que, além da costura política, tem o desafio de se tornar conhecido pelo eleitorado. Para isso, o deputado vem trabalhando em uma agenda de visitas às regiões do Tocantins, como fez, recentemente, no Bico do Papagaio.
Marcelo Miranda
O governador, Marcelo Miranda é quem surge com mais força nessas primeiras análises. Depois de conduzir a barca da máquina estatal por momentos de turbulência e tempestade econômica, enfrentando um sangramento constante desde o seu primeiro dia de mandato, o chefe do executivo estadual inaugurou recentemente um período de reconquista de espaço, e com isso vem demostrando fôlego renovado, com apoio de uma bem coordenada bancada federal, que vem liberando recursos da União, por meio demendas de deputados e senadores, sempre com a fiel e competente batuta do senador Vicentinho Alves.
Nas últimas semanas Marcelo Miranda tem colocado o pé na estrada, inaugurando importantes obras de infraestrutura, educação, saúde, transportes além de abertura de frentes de trabalho. Nesta linha de retomada de território, o chefe do executivo tocantinense já articula os últimos preparativos a realização deum grande giro pelo Estado, oportunidade em que vai ouvir as demandas da população e sugestões, além de realizar reuniões com as classes política e empresarial local. Em paralelo, o governador e sua equipetrabalham para a liberação, por parte da Assembleia Legislativa, do empréstimo de 600 milhões de reais, levantado junto à Caixa Econômica Federal e ao Banco do Brasil, que já virou novela e é a principal arma na campanha do presidente da Casa de Leis, Mauro Carlesse, para tentar evitar que o governador chegue ainda mais forte em 2018.Desse dinheiro dependem obras como a nova ponte sobre o Rio Tocantins, em Porto Nacional e a construção do Hospital regional de Araguaína.
O povo está com nojo
Os políticos que conseguirem registrar suas candidaturas e estiverem aptos a disputar cargo eletivo, mesmo que sob liminar, deverão ter em mente que o povo, a sociedade em geral, está com nojo da classe política, sem distinção de partido ou ideologia. A revolta com os milhões roubados, que resultaram em vidas perdidas na saúde, empregos sumindo nas empresas e, principalmente, mais impostos para custear os gastos da União, é inédita e jamais vista no Brasil. As operações policiais estampadas na mídia nacional quase que diariamente, além de criar um sentimento de renovação imediata, estão afastando os eleitores das urnas. Essas mesmas operações podem impedir vários pretensos candidatos, Brasil afora, de conseguir suas candidaturas e o Tocantins não está fora dessa conta.
Logo, teremos uma campanha judicializada e cheia de sabotagens entre os próprios políticos e até mesmo dos eleitores com candidatos que insistirem em oferecer benefícios ilegais em troca de votos, institucionalizando um “terceiro turno”, no “tapetão”, que poderá definir vitórias e derrotas e mudar o resultado das urnas. Dessa forma, os candidatos precisam ter em mente a necessidade de ter em sua assessoria de campanha uma boa equipe de juristas e, principalmente, estar em partidos com um bom tempo no horário eleitoral gratuito – PMDB, PT, PSDB, PP, PR e DEM serão os detentores dos maiores tempos – para ter a oportunidade de aproveitar esse tempo para se diferenciar dos políticos que enojaram e envergonharam os eleitores.
Tocantins em números
o Tocantins ultrapassou a marca de 1,5 milhão de habitantes, segundo estimativa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o estado mais novo do país possui agora 1.515.126 mil habitantes. A capital, Palmas é a cidade mais populosa do estado, com mais de 272.762 mil moradores. Deste número, o Tribunal Regional Eleitoral do Tocantins (TRE) apresentou em julho deste ano, que até o momento, 998.965 mil pessoas estão aptas a votar em 2018. Até julho do próximo ano, este número poderá aumentar com a adesão de novos eleitores nos 139 municípios tocantinenses. Conforme o TRE, os atuais eleitores poderão exercer em 2018 o seu direito de cidadania em 898 locais de votação, que comportam 4.103 seções eleitorais. Todos os municípios tocantinenses contam com a biometria.
Hoje, Palmas concentra o maior número de eleitores do Tocantins aptos para votar, com 176.381 eleitores, segundo o TRE. Este número representa 17,63% do eleitorado de todo o Estado. Araguaína, com 104. 381 mil eleitores, ocupa o segundo lugar, com uma representatividade de 10,45% dos eleitores. Ao Sul do Estado, Gurupi com 54.879 eleitores fica com 5,49% na estatística. Paraíso do Tocantins, quarta maior cidade do Estado possui um índice de 3,17% do eleitorado, que são 31.626. E a capital da Cultura, Porto Nacional, com 38.164 mil eleitores abriga 3,82% dos eleitores. Nestes cinco municípios concentram-se 40, 56% de todo o eleitorado tocantinense. Atualmente, os municípios com menor representatividade do eleitorado são Crixás do Tocantins, com 1.37 eleitores, e São Félix do Tocantins, com 1.350 eleitores. Ambos os municípios representam apenas 0,14% do eleitorado do Tocantins.
Depois da tempestade, presidente da República e governador do Tocantins precisam trocar equipes se quiserem um bom 2018
Por Edson Rodrigues
Porto Nacional, 07/08/2017
O governo do Estado deve ter como prioridade na possível reforma administrativa que está por vir a recriação da secretaria da Habitação, que teria várias linhas de crédito e programas federais voltados para o quesito habitacional no Estado, além da recriação do “cheque reforma”, programas de saneamento básico e tantos outros, voltados para a classe média baixa.
Por não ter uma secretaria de Habitação, formada por técnicos capacitados, com condições de elaborar projetos técnicos, fundamentados nos ditames do governo federal, mesmo com todo o desprendimento – e excelente trânsito nos ministérios – dos nossos representantes em Brasília, deixa de receber verbas importantes que sanariam boa parte das reivindicações populares.
São três senadores e seis deputados federais governistas que só terão até dezembro para tentar levantar essas verbas, como emendas impositivas, pois ano que vem é ano eleitoral e ficam proibidas as liberações de recursos. Mas isso só será possível com a criação imediata da secretaria de Habitação.
Tudo tem que ser feito com celeridade, da criação da secretaria à contratação dos técnicos. Uma secretaria de Habitação seria de muito valor na formação de parcerias com nossos municípios, dando ao governo Marcelo Miranda condições de, nestes últimos meses, implantar um programa habitacional de grande alcance social, oxigenando o mercado da construção civil, gerando empregos e aquecendo a economia dos municípios.
SITUAÇÃO NACIONAL E O EXEMPLO DE TEMER
A partir do cessar-fogo político com a definição da continuidade do governo Temer, o Brasil deve ter uma calmaria no sangramento econômico, com uma refreada na inflação e uma queda no desemprego. Sendo o governador Marcelo Miranda aliado do presidente Michel Temer, não temos dúvida de que com essa nova situação nacional o Tocantins poderá sair beneficiado, até à frente de estados mais tradicionais, mas que trabalharam pela saída do presidente da República.
Para não perder a oportunidade, o presidente Michel Temer, depois de salvo pelo gongo resolveu se livrar também das suas “amantes”, aqueles políticos que se diziam seus aliados, mas que só eram aliados do poder e das verbas. Nas viagens e nas aparições públicas do presidente, evitavam ser filmados ou fotografados ao seu lado.
Assim deve fazer Marcelo Miranda, definindo, finalmente, quem está ou não está ao seu lado. Quem merece e quem não fez por merecer fazer parte do seu governo. Afinal, o ao de 2018 se aproxima e os papéis de cada um devem estar muito bem definidos para que as maquias andem, tanto a estadual, administrativa, quanto a de campanha, quando iniciar o prazo legal dado pela Justiça.
Marcelo precisa fazer uma avaliação política e construir um ambiente de governo de coesão. Além de abrir espaço para novos companheiros, o governador deve repatriar vários ex-companheiros.
Se Marcelo quiser, mesmo, permanecer no governo por mais 4 anos, tem que montar um governo de coalizão, de união, de companheiros e não de amantes. Para isso dar certo, só há um caminho: o Diário Oficial.
O Diário Oficial da União, na última sexta-feira, já veio cheio de exonerações de “amantes” e de nomeações de técnicos e companheiros fiéis. Quando será que isso vai acontecer no Diário Oficial do Tocantins?
SITUAÇÃO ESTADUAL
Mas o governo Marcelo Miranda precisa estar atento para não guardar em seu cerne lideranças, dirigentes partidários, detentores de mandados, principalmente em cargos de direção e assessoramento, pessoas refratárias à formação de um pacto político com vistas às eleições de 2018.
A permanecer essa sensação de “amantes”, isso pode ser ruim não só para o próprio Marcelo Miranda, mas para os companheiros que já comprovaram sua fidelidade e continuam a ser tratados com indiferença. A demora de Marcelo Miranda em reformular essa situação era até compreensível, até a definição da situação de Michel Temer. Mas, Temer ficou e essa incerteza faz parte do passado.
Marcelo tem que agir rápido, politicamente e no campo administrativo. Sabemos que o Tocantins não está ótimo, mas também não é dos piores em termos de Saúde, Transportes, Segurança Pública, Saneamento Básico e somos um dos pouco estados a pagar em dia a folha dos servidores (mesmo co alguns benefícios e direitos em fase de negociação) e até um concurso público está previsto, graças ao empenho não só do governador Marcelo Miranda, mas da nossa bancada federal e com apoio dos deputados estaduais que têm se esforçado para garantir a governabilidade.
Também podemos destacar o trabalho da secretária de Educação, Wanessa Zavarese Sechim, área onde tivemos muitos avanços, que deixa o conforto do ar condicionado para viajar pelos municípios e conhecer a situação das nossas escolas e que vai à Brasília em busca de recursos para reformas e ampliações, coisa que já vem dando resultado nos vestibulares, cursos técnicos e concursos públicos.
A PONTE DO DIÁLOGO
Em meio a todo esse turbilhão, o governador Marcelo Miranda vem tendo um fiel companheiro que lhe fornece equilíbrio e condições de enfrentar com conhecimento de causa cada problema que lhe é apresentado. Estamos falando do secretário de Administração, Dr. Geferson Barros,que vem sendo uma peça muito importante no governo, a verdadeira engrenagem que faz todo o resto da máquina rodar sem problemas, a quem podemos chamar de “a ponte do diálogo”.
Cidadão seguro de seus princípios, respeitador, que trata cada servidor, cada sindicalista, cada entidade representativa do funcionalismo público com todo o respeito que lhes é devido, suscitando uma empatia imediata, o que permite que as conversações sigam sempre em alto nível, sem ataques ou retaliações.
Sem desmerecer os demais membros do governo Marcelo Miranda, boa parte do avanço nas negociações se deve graças ao emprenho do Dr. Geferson Barros, que se tornou, de forma natural, um dos homens fortes do governo e angariou o respeito dos líderes sindicais e classistas com quem tem travado conversações. Para muitos, sua palavra vale mais que ouro no complicado trabalho de diplomacia rumo ao entendimento.
Mas, tudo o que foi falado até agora se deve, também a uma das maiores qualidades do governador Marcelo Miranda, que não é um homem de afronta nem de discórdia. Pelo contrário, é humilde e agregador, além de carismático e paciente, que, mesmo com todos os problemas tem procurado manter uma boa convivência com os demais poderes e, por isso, está conseguindo vencer essa travessia por um mar turbulento e cheio de tempestades.
Apesar das ações nefastas dos parlamentares do baixo-clero, tanto estaduais quanto federais, estarem fazendo de tudo para tumultuar a situação, o Tocantins já consegue ver além da neblina e a terra firme da estabilidade à frente. Basta saber consultar os “oráculos” que têm o mapa para uma chegada tranqüila ao porto.
Enfim, o pior já passou e Deus já fez a sua parte. Agora é o grande momento para que o Marcelo faça um ajuste final, uma sintonia fina, em sua equipe de governo, sob pena de perder para ele mesmo, simplesmente por falta de ação.
Presidente da Câmara também discutirá a partir da próxima semana reforma tributária com relator
Com Agências
O presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), avalia que o governo terá que reorganizar a base de apoio para conseguir avançar com a agenda de reformas, especialmente a da Previdência, que precisa de no mínimo 308 votos para ser aprovada no plenário da Casa.
O parlamentar ressaltou que, dependendo da ótica que se avalia o apoio do governo na Câmara na quarta-feira, este apoio certamente é menor se comparado ao que o presidente Temer possuía antes do dia 17 de maio, quando foi revelada a delação da JBS e o áudio da conversa do peemedebista com o empresário Joesley Batista. "Já ao se olhar três, quatro semanas atrás, o governo teve resultado melhor que todos projetavam."
"Se você projetar um futuro, para se votar reformas, principalmente a da Previdência, o governo terá que reorganizar a base e acho que neste ponto é muito importante que se traga de forma unida o PSDB de volta para o governo", disse a jornalistas antes de participar de evento do banco norte-americano Goldman Sachs na capital paulista.
Assim, se quiser ter o apoio que tinha antes da JBS, na casa dos 330 ou 340 parlamentares, o governo vai precisar recompor a base, disse Maia. "Deputados que votaram pela abertura das denúncias não necessariamente votarão contra as reformas. Alguns já me disseram isso", afirmou Maia. "O ponto chave neste momento é a reorganização com o PSDB. O partido é muito importante para a base do governo".
Segunda denúncia
Questionado sobre uma segunda denúncia que pode ser enviada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, contra Temer, Maia disse que não trata de assuntos que não estão no seu controle. "Vou tratar da pauta da Casa com os lideres a partir da próxima semana."
"Era importante que a votação ocorresse e ocorresse com quórum elevado e as duas coisas aconteceram", disse Maia quando perguntado sobre sua avaliação da votação ontem na Câmara, da denúncia contra o presidente Michel Temer.
Maia considerou a votação difícil e citou a divisão do PSDB, com parte votando contra a denúncia e parte a favor, mas considerou que a maioria dos tucanos apoia a agenda reformista. "O Brasil precisa que partidos que têm visão parecida sobre o futuro da economia estejam em conjunto." Após a votação de quarta-feira, Maia disse que sua prioridade agora é a agenda das reformas econômicas e também de outros temas, como a questão da segurança pública.
Reforma tributária
Rodrigo Maia disse também que volta a discutir na semana que vem a reforma tributária com o relator da matéria, o deputado Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR). Ele também adiantou que a reforma política começará a ser tratada nas próximas duas semanas. Antes de participar de evento promovido pelo Goldman Sachs na capital paulista, Maia afirmou em entrevista a jornalistas que será bom se a reforma tributária puder evoluir paralelamente à da Previdência. "O Brasil perde muito em produtividade e segurança jurídica porque tem um sistema tributário complexo e difícil, que gera custos absurdos", frisou o deputado.
Na votação de quarta, o governo teve votos suficientes para derrubar a denúncia, mas Temer precisará ter apoio maior - de dois terços do Congresso - para aprovar propostas de emenda constitucional, casos da reforma da Previdência e tributária. Na entrevista, Maia cobrou do governo a reconstrução da base aliada para dar andamento à agenda reformista, na qual, segundo ele, o PSDB terá papel "decisivo".
"É importante deixar a denúncia para trás e olhar para frente", defendeu o presidente da Câmara. Ele lembrou que cinco deputados do DEM, seu partido, votaram a favor da investigação de Temer. Porém, considerou que eles não representam a posição majoritária da sigla e que será possível recuperar três ou quatro votos na votação das reformas.
Na palestra que fará no evento do Goldman Sachs, o presidente da Câmara adiantou que vai reafirmar aos investidores a importância da agenda de mudanças estruturais, da simplificação do sistema tributário e da reorganização do Estado. "O Brasil precisa reformar seu Estado, reduzir seus gastos e construir leis que fortaleçam a segurança jurídica."
Maia informou ainda que conversou rapidamente com o presidente Temer após a votação da denúncia. Segundo relatou o deputado, Temer ligou para agradecer pela condução da sessão. "Disse que era meu papel", afirmou o parlamentar, que não quis comentar as emendas liberadas pelo Planalto a deputados para garantir o arquivamento da denúncia por corrupção passiva.
Presidente fez pronunciamento (veja o vídeo) no Palácio do Planalto logo após Câmara rejeitar denúncia da PGR por corrupção passiva. Para Temer, 'erra' quem quer 'dividir' os brasileiros
Com Agências e Jornal do Brasil
O Plenário da Câmara dos Deputados rejeitou nesta quarta-feira (2), por 264 votos a 22, duas abstenções e 19 ausências, a denúncia de corrupção contra o presidente Michel Temer, apresentada em junho pela Procuradoria-Geral da República (PGR) ao Supremo Tribunal Federal (STF) e com base nas delações de executivos da JBS e na conversa gravada entre o peemedebista e o empresário Joesley Batista, do grupo J&F.
Os parlamentares votaram o relatório produzido pelo deputado Abi-Ackel (PSDB), que rejeitou a denúncia e recomendou, em seu parecer na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, o arquivamento do processo.
Para que a denúncia fosse autorizada a prosseguir no STF eram necessários pelo menos 342 votos contra o parecer da CCJ. Temer, por sua vez, precisava do voto de um terço dos deputados (171 votos). O 171º e que livrou Temer da denúncia foi do deputado Simão Sessim (PP-RJ).
Se a Câmara autorizasse a denúncia, Temer seria afastado por 180 dias. Decorrido esse prazo, se o julgamento não estivesse concluído, o presidente retornaria ao cargo, sem prejuízo da continuidade do processo no STF.
Votação
A primeira sessão começou pontualmente às 9h. A oposição apresentou cinco requerimentos pedindo o adiamento da votação, mas todos foram rejeitados. Cinco deputados da oposição chegaram a protocolar no Supremo Tribunal Federal (STF) um mandado de segurança pedindo que a Corte garantisse, por meio de uma liminar com efeito imediato, a manifestação do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, no plenário da Câmara. O pedido foi indeferido pela ministra Rosa Weber, do STF.
Durante a sessão, o relator do parecer Abi-Ackel e o advogado de Temer, Antônio Maris, falaram e defenderam o arquivamento da denúncia. Depois, deputados contra e a favor do parecer se revezaram no microfone para apresentar seus posicionamentos. Após cinco horas de debate, Rodrigo Maia encerrou a primeira sessão. Pelo regimento da Casa, a sessão deliberativa pode durar quatro horas, prorrogáveis por mais uma. Se não estiver em andamento nenhuma votação, a sessão deve ser encerrada e o presidente deve abrir outra. Com isso, uma nova sessão foi aberta e começou a recontagem do quórum em plenário, com a oposição voltando a apresentar os requerimentos de adiamento da votação.
A base governista reuniu quórum necessário e os debates foram retomados, com os partidos encaminhando a votação das bancadas, quando orientam os deputados como devem votar. Após o encaminhamento, Maia iniciou a votação nominal: cada deputado era chamado ao microfone para proferir seu voto.
A votação foi marcada por troca de ofensas entre governistas e oposicionistas e até momentos de tumulto.
Histórico
A denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República chegou à Câmara no dia 29 de junho. Na denúncia, Temer é acusado de ter se aproveitado da condição de chefe do Poder Executivo e ter recebido, por intermédio de um ex-assessor, Rodrigo Rocha Loures, “vantagem indevida” de R$ 500 mil. O valor teria sido ofertado pelo empresário Joesley Batista, dono do grupo JBS, investigado pela Operação Lava Jato.
Segundo a Constituição Federal, um presidente da República só pode ser investigado no exercício do mandato se a Câmara autorizar o andamento do processo.
Durante a tramitação na Câmara, a denúncia motivou diversas discussões em torno do rito de análise e tramitação da denúncia.
A denúncia foi analisada inicialmente pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) e recebeu do primeiro relator, deputado Sergio Zveiter (PMDB-RJ), voto favorável para a autorização da investigação. O parecer de Zveiter foi rejeitado pela maioria dos membros da comissão, que aprovaram um parecer substitutivo, elaborado por Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG), recomendando o arquivamento do processo.
Ao longo da tramitação na Câmara, o processo mobilizou a liderança da base governista em torno da busca de apoio ao presidente. Partidos da oposição também adotaram diferentes estratégias nos últimos meses na tentativa de garantir a autorização para abertura da investigação.
Os oposicionistas criticaram a troca de membros na CCJ e a liberação das emendas parlamentares antes da votação na comissão e no plenário, enquanto os governistas argumentavam que a denúncia contra Temer precisava de provas concretas e que a investigação do presidente poderia causar mais instabilidade ao país.
Com o fim do recesso parlamentar, entram, efetivamente, em cena, as articulações e negociações políticas para a formação das chapas
Tocantins, 02 de agosto de 2017
Por Edson Rodrigues
O momento é de grande pressão social sobre os governos federal, estadual e municipal, assim como sobre o Congresso Nacional, as Assembleias estaduais e as câmaras municipais. Gestores e detentores de cargos eletivos estão não só sob a mira da Justiça, mas, principalmente, dos eleitores, que, escandalizados com o mar de lama que envolve toda a classe política e parte da classe empresarial .
É sob esse clima que recomeçam, hoje, os trabalhos Legislativos, que estava em recesso para visita às bases, também conhecida como “férias”. Depois de um período de consulta às bases, mas também de muita conversação nos bastidores, os deputados federais votarão o pedido do Ministério Público Federal, assinado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot,para a abertura de um processo-crime contra o presidente da República, Michel Temer.
Caso a oposição consiga uma maioria de 364 votos, em poucos dias Temer será afastado por até 120 dias e terá poucas chances de retornar a cargo. Caso o presidente consiga se manter no cargo, estará livre para continuar sua proposta de um governo de reformas e que busca um equilíbrio econômico para o País.
TOCANTINS
No Tocantins o Poder Legislativo também tem uma grande demanda para decidir, espera-se, nos primeiros dias pós-recesso, que é a liberação do empréstimo já aprovado junto à Caixa Econômica Federal, no valor de 264 milhões de reais, direcionado à realização de diversas obras de interesse público, que vem sendo propositalmente protelada pelos deputados que fazem oposição ao governo Marcelo Miranda, comandados pelo presidente da Assembleia, Mauro Carlesse, possível adversário de Miranda na disputa eleitoral pelo governo do Estado em 2018.
Esses deputados oposicionistas que, hipoteticamente, não querem ver Marcelo Miranda fortalecido pelas obras em 2018. Esquecem que serão, justamente, essas obras que proporcionarão melhor qualidade de vida aos cidadãos e aos eleitores tocantinenses. Ou será que os senhores oposicionistas acham que a construção de uma nova ponte sobre o Rio Tocantins, a ampliação do Hospital Geral de Palmas, a construção dos Hospitais Gerais de Gurupi e Araguaína, obras de pavimentação de estradas e vias públicas e abertura de frentes de trabalho são mais importantes que seus próprios umbigos?
As reuniões que fizeram com suas “bases”, em que ouviram entidades classistas, ATM, lideranças comunitárias e o povo parece que abriram as mentes desses deputados para o fato de que se o povo é mais importante que seus próprios mandatos, é melhor fazer o que for melhor para o povo e aprovar o empréstimo que ficar sem ter o que fazer a partir de 2018.
MUDANÇAS ESTRATÉGICAS
Este mês também marcará mudanças estratégicas no seio do governo Marcelo Miranda, que deve dividir as atenções da administração estadual, com a diminuição dos problemas conseguida com uma suada, mas competente condução da “baça” tocantinense em meio à crise econômica nacional, e embarcar em uma série de viagens ao interior do Estado, para inaugurar obras, assinar ordens de serviço e iniciar debates com a sociedade civil organizada e lideranças políticas regionais acerca das demandas e ouvir sugestões e análises locais.
A outra mudança estratégica deve acontecer na equipe do governo estadual, com novos assessores e novas composições políticas, em um momento em que Marcelo Miranda aposta na oxigenação de seu governo para adquirir um novo fôlego e ganhar peso rumo a 2018.
Essas mudanças são uma espécie de preparação e antecipação á movimentação já iniciada tanto por Kátia Abreu quanto por Carlos Amastha, virtuais adversários na disputa pelo governo do Estado, que já estão a todo vapor em suas articulações para a formação de seus grupos e reunião de lideranças capazes de realizar convenções partidárias que consigam empolgar alguém.
Esse, claro, é o retrato do momento político atual no Tocantins que, como todos sabem, é peculiarmente sujeito a mudanças abruptas e repentinas.
Mas, assim é, se lhe parece!
KÁTIA CONFIRMA QUE PODE SER EXPULSA DO PMDB
Ao publicar em uma rede social uma postagem em que acusa o presidente nacional do PMDB, Romero Jucá de estar convocando a Executiva Nacional do partido para que seja analisada a sua expulsão e a do senador Roberto Requião da legenda, a senadora Kátia Abreu praticamente confirmou que sua presença incomoda aos demais componentes do PMDB.
Ao invés de se defender, Kátia preferiu, como é do seu estilo, partir para o ataque, afirmando que Jucá deixou de fora do pedido de expulsão os membros do PMDB que “usam tornozeleira”, e ainda ironizou, perguntando se Eduardo Cunha e Geddel Vieira Lima não seriam convocados para a reunião.
Vale lembrar que Kátia Abreu tem certa “tranquilidade” ante à situação, uma vez que seu mandato só termina em 2022 não precisa abdicar do cargo de senadora para se candidatar à governadora do Tocantins. Basta, uma vez expulsa do PMDB, conseguir uma nova legenda até março de 2018.
Aí é que mora o perigo....