Por: Edson Rodrigues

 

O deputado estadual Ricardo Ayres, filho de família tradicional de Porto Nacional, bisneto do Dr. Francisco Ayres, sobrinho e primo de vários ex-prefeitos em Porto Nacional e cidades vizinhas, com uma larga folha de serviços prestados ao município e ao Estado finalmente marcou a data para o esperado anúncio de sua candidatura à prefeitura de sua cidade natal.

Ricardo Ayres começou sua vida política como líder estudantil, foi secretário de juventude do 2° governo de Marcelo Miranda, é deputado estadual pelo 2° mandato, tendo sua formação acadêmica em Direito. Ele estará oficializando sua pré-candidatura a na próxima semana.

Sua pré-candidatura, sem sombra de dúvidas, enriquecerá a disputa sucessória portuense, por se tratar de um político tarimbado e preparado, que irá trazer ao eleitor uma oportunidade de escolha, juntando-se aos demais pretendentes ao cargo, como o jovem Dr. Joaquim Maia, já na estrada como pré-candidato pelo PV. Os dois, aliás, fazem parte da base política do governador Marcelo Miranda. Ricardo está filiado ao PSB, do qual é vice-presidente estadual.

O outro pré-candidato é o atual prefeito, Otoniel Andrade, que vem fazendo uma boa administração.

 

ELEIÇÃO CASEIRA

Os três pré-candidatos são filhos legítimos de Porto Nacional, fato que tornará o embate bastante interessante, pois todos conhecem bem os problemas da cidade, assim como a população e os eleitores em geral.  Espera-se que essa circunstância transforme a campanha num de debates de alto nível, cada um colocando apenas seus planos de governo em evidência, pois como “irmãos portuenses” sabem que pisar no calo de um será pisar no calo de todos. Essa característica da campanha deve deixar o eleitor portuense bem à vontade para escolher em quem votar.

O Palácio Araguaia deverá aguardar as duas pré-candidaturas da base deslanchar, entrarem realmente em campo, para daqui a uns 60 dias decidir qual será seu posicionamento em relação a apoios e, se for o caso, criar condições para que elas se fundam em uma só, caso uma delas esteja melhor e mais bem colocada junto à opinião pública,  na tentativa de fazer uma chapa, com condições reais de vitória. O Palácio Araguaia, entraria como mediador é só então tomará partido.

O ex-prefeito Paulo Mourão, inclusive, saiu na frente e se reuniu com os dois pré-candidatos a prefeito, confirmando que tem um projeto político no futuro em nível estadual, informando que apoiará aquele que estiver melhor nas pesquisas.  Mourão aconselhou os dois a pôr os pés na estrada em busca de apoio junto ao eleitorado portuense e aos partidos da base, dentre eles o PMDB, partido do governador Marcelo Miranda, que tem em Brasília Michel Temer como presidente interino, Renan Calheiros como presidente do Senado e Eduardo Cunha como presidente afastado da Câmara dos Deputados. Mourão os lembrou, também, que há duas deputadas federais – Dulce Miranda e Josi Nunes – e cinco deputados estaduais aquém os dois podem recorrer por apoios.

Um fato é certo: a pré-candidatura do deputado Ricardo Ayres aquecerá o caldeirão sucessório portuense, dando fortes sinais que a disputa  pelos votos  promete bons e caloroso debates.

 

Posted On Quarta, 15 Junho 2016 08:08 Escrito por O Paralelo 13

Situação do presidente afastado da Câmara dos Deputados caminha para cassação, perda do foro privilegiado e prisão

 

Por Edson Rodrigues

O ex-deputado federal Roberto Jefferson revelou-se um profeta ao declarar, meses atrás, em entrevista a um veículo da mídia nacional que caso Eduardo Cunha, então presidente da Câmara Federal, conseguisse levar adiante o processo de impeachment da então presidente Dilma Rousseff, ele, Cunha, seria o “próximo defunto político de Brasília”.

Pois, na noite desta terça-feira, 14, a derrocada de Eduardo Cunha começou a ganhar traços de irreversibilidade.  Afastado do cargo de deputado federal e da presidência da Câmara pelo STJ, Cunha teve aprovado, por 11 votos a 9, no Conselho de Ética da Câmara Federal, o pedido de cassação do seu mandato.

No processo, o peemedebista é acusado de quebra de decoro parlamentar por manter contas secretas no exterior e de ter mentido sobre a existência delas em depoimento à CPI da Petrobras no ano passado.

Com a aprovação do relatório, a defesa de Cunha tem cinco dias úteis, a partir da publicação do resultado no "Diário Oficial da Câmara", para recorrer à CCJ. Mas a comissão pode opinar apenas sobre aspectos formais do relatório - não sobre o mérito.

Em seguida, o processo vai para votação no plenário da Câmara. Qualquer punição só poderá ser aprovada em definitivo com o voto de ao menos 257 dos 512 deputados (Cunha está com o mandato suspenso e não pode participar de sessões na Casa).

Caso Cunha seja condenado, essa será apenas a primeira de muitas condenações que se seguirão, pois o deputado passará a ser réu perante a Justiça e sem foro privilegiado.

Além da derrota de hoje o juiz Augusto Cesar Pansini Gonçalves, da 6ª Vara Cível da Justiça Federal do Paraná, decretou a indisponibilidade de recursos financeiros e bens do deputado federal afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). A decisão ocorre após pedido de liminar do Ministério Público Federal (MPF) feito na segunda (13) em uma ação de improbidade administrativa contra ele e mais quatro pessoas.

Além de Cunha, são citados na ação a mulher dele, Cláudia Cruz, o ex-diretor da Petrobras Jorge Luiz Zelada, o suposto operador João Henriques e o empresário Idalécio de Oliveira. Eles também tiveram seus bens indisponibilizados.

Dentre os bens listados pelo juiz estão imóveis, ativos financeiros, veículos, valores mobiliários, ações, cotas e participações societárias.

 

DA PROFECIA À AMEAÇA

Do mesmo modo que Roberto Jéfferson profetizou a derrocada de Cunha, o próprio Cunha também avisou, há algum tempo atrás que, caso fosse condenado, seu sepultamento seria “um sepultamento coletivo”, pois jurou levar consigo “muitos dos que integram  o Congresso Nacional”, referindo-se à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal.

Por fim, parece que a Justiça brasileira decidiu prestar o mais relevante serviço da história à sociedade brasileira, aos cidadãos que pagam impostos – e os salários dos políticos.

Os fatos desta terça-feira, 14 de junho de 2016 irão reverberar – positivamente – por muitos e muitos anos à frente.

Menos para Eduardo Cunha e seus semelhantes, que vislumbram um futuro soturno e obscuro em suas carreiras políticas.

Posted On Quarta, 15 Junho 2016 08:05 Escrito por O Paralelo 13

Veja traz na capa o acordo de delação de João Vaccari Neto, enquanto Época e Istoé destacam a atuação de Rodrigo Janot, que fez o improvável pedido de prisão de Sarney, Cunha, Jucá e Renan

 

VEJA

“João Vaccari decide quebrar o silêncio”

O homem que arrecadou e distribuiu mais de 1 bilhão de reais em propina para o PT, do qual foi tesoureiro, se prepara para falar à Lava Jato

 “Se eu falar, entrego a alma do PT. E tem mais: o pessoal da CUT me mata assim que eu botar a cara na rua.”, João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do PT)

Em março passado, o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto teve uma conversa reveladora com um de seus companheiros de cárcere. A situação de abandono do superburocrata petista, sentenciado a mais de 24 anos de prisão e com pelo menos outras quatro condenações a caminho, fez o interlocutor perguntar se ele não considerava a hipótese de tentar um acordo de delação com a Justiça. Conhecido pelo temperamento fechado, que lhe rendeu o apelido de "Padre" nos tempos de militância sindical, Vaccari respondeu como se já tivesse pensado muito sobre o assunto: "Não posso delatar porque sou um fundador do partido. Se eu falar, entrego a alma do PT. E tem mais: o pessoal da CUT me mata assim que eu botar a cara na rua". Algo aconteceu nos últimos dois meses. Depois desse diálogo travado com um petista importante e testemunhado por outros presos, Vaccari não resistiu às próprias convicções e resolveu romper o pacto de silêncio. O caixa do PT, o homem que durante décadas atuou nas sombras, o dono de segredos devastadores, decidiu delatar.

Preso desde abril do ano passado, o ex-tesoureiro, hoje no Complexo Médico-Penal de Pinhais, no Paraná, está corroído física e psicologicamente, segundo relatam pessoas próximas. Ele sabe que a hipótese de escapar impune não existe. Assim como os demais delatores, sabe que, aos 57 anos de idade, a colaboração com a Justiça é o único caminho que pode livrá-lo de morrer na prisão. Os movimentos do ex-tesoureiro em direção à delação estão avançados. Emissários da família de Vaccari já sondaram advogados especializados no assunto. Em conversas reservadas, discutiu-se até o teor do que poderia ser revelado. Um dos primeiros tópicos a ser oferecido aos procuradores trata da campanha eleitoral de Dilma Rousseff em 2014. Vaccari tem documentos e provas que podem sacramentar de vez o destino da presidente afastada, mas não só. O ex-tesoureiro sempre foi ligado ao ex-presidente Lula e, como ele mesmo disse, conhece a alma do PT.

 

ÉPOCA

“Rodrigo Janot, o homem que fez Brasília tremer”

Na noite da segunda-feira, dia 6, o ex-presidente José Sarney foi dormir cedo, depois de jantar com a mulher, Marly, e os filhos Fernando e José Sarney Filho, ministro do Meio Ambiente. Sarney queixou-se da situação constrangedora a que estava submetido desde a divulgação das gravações de suas conversas com o ex-­presidente da Transpetro Sérgio Machado. Afinal, dissertara abertamente contra a Operação Lava Jato. Estava especialmente incomodado com suas palavras sobre o ex-ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) César Asfor Rocha. Havia pedido repetidas vezes a seu advogado, o criminalista Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, que ligasse para Asfor se desculpando. Sarney se preocupava também com o que Sérgio Machado e seus filhos contaram sobre os negócios dos Sarneys na delação premiada homologada pelo ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF). Sarney soube que Machado relatara repasses a sua filha, a ex-governadora Roseana. Sarney não imaginava, no entanto, que poucas horas depois seu nome e a palavra “prisão” estariam na mesma frase.

No dia seguinte, Sarney soube que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pedira ao Supremo sua prisão domiciliar, com direito a tornozeleira eletrônica. Sarney foi, então, alvo de uma espécie de comoção entre os mais chegados – e os mais oportunistas. A presidente afastada, Dilma Rousseff, ligou primeiro. Na sequência, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva; mais tarde, ligou o presidente interino, Michel Temer. Sarney não estava sozinho no novo constrangimento. Janot pediu a prisão não só dele, como também do presidente do Senado, Renan Calheiros, do senador Romero Jucá e do presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha. Janot enxergou, com base no que disseram quando estavam à vontade com Sérgio Machado, que Sarney, Renan e Jucá tramavam estratégias jurídicas e movimentos no Congresso para driblar a Justiça.

Janot tomara a decisão de enfrentar um grupo de “intocáveis” 15 dias antes. Alinhavou seu pedido ao Supremo com base nas sete horas e 40 minutos de gravações feitas por um Sérgio Machado desesperado para escapar da cadeia. Parte dos conteúdos das gravações, divulgados na semana passada, é conhecida – e não parece dar razões para prisões preventivas, dado que os parlamentares não são flagrados em tentativa de obstruir a Justiça. Provavelmente, é a outra parte que embasa o pedido de Janot. O processo segue em segredo de Justiça.

 

ISTOÉ

“Por que Janot pede a prisão de alguns políticos e de outros não?”

Ao pedir a prisão por obstrução de Justiça de Renan, Jucá, Sarney e Eduardo Cunha e poupar Dilma, Mercadante, Lula e Cardozo, que cometeram o mesmo crime, o procurador-geral da República Rodrigo Janot demonstra parcialidade, provoca reações no Congresso, no STF e coloca em risco a própria Lava Jato

Uma escultura em granito adorna a entrada por onde atravessam todos os dias os ministros do Supremo Tribunal Federal. A estátua caracteriza Têmis, uma das deusas da Justiça na mitologia grega. Como símbolo da imparcialidade, exibe os olhos vendados para significar decisões tomadas às cegas, ou seja, sem fazer qualquer distinção entre as partes nem privilegiar um lado em detrimento do outro a partir de ideologias, paixões ou interesses pessoais. Na última semana, não fosse matéria inanimada, a venda teria escorregado como manteiga do rosto de Têmis.

O responsável por submeter a retina da Justiça a situações constrangedoras, das quais ela deveria estar sempre e a qualquer tempo blindada, é o procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Ao pedir a prisão por obstrução de Justiça de Renan Calheiros, Romero Jucá, José Sarney e Eduardo Cunha, todos do PMDB, e poupar pelo mesmo crime Dilma Rousseff, Lula, José Eduardo Cardozo e Aloizio Mercadante, do PT, Janot, chefe do Ministério Público, um órgão auxiliar da Justiça, mandou às favas o princípio da isonomia o qual deveria perseguir cegamente. Na régua elástica do procurador-geral, os rigores da lei válidos para os peemedebistas contrastam com a condescendência dispensada no tratamento a políticos do PT.

Senão vejamos. Resta evidente, após dois anos de Lava Jato, que um partido, o PT, – único detentor de caneta, verba e tinta para sacrificar a maior estatal do País em troca de propinas e dinheiro ilegal para campanhas – , comandou o Petrolão. Os tesoureiros e principais dirigentes petistas são os engenheiros e os motores da complexa engrenagem da corrupção na Petrobras. Também estrelados integrantes do petismo, entre os quais a própria mandatária afastada do País, Lula e dois ex-ministros de Estado, Aloizio Mercadante e José Eduardo Cardozo, foram flagrados em áudios incontestáveis em inequívocas maquinações contra a Justiça e as investigações da Lava Jato. A despeito da ululante constatação, não são do PT e sim do PMDB os políticos mais encrencados até agora por Janot.

O desequilíbrio da balança do procurador-geral provocou a reação imediata das classes política e jurídica. Causou espécie a maneira como o véu que há pelo menos três semanas encobria os pedidos de prisões do quarteto do PMDB foi retirado. Embora o relator da Lava Jato, Teori Zavascki, já estivesse de posse da solicitação havia mais de 15 dias, os demais ministros da Supremo Corte só tomaram conhecimento do caso pela imprensa. O vazamento, atribuído a Janot, despertou a ira dos ministros. Na sexta-feira 10, o procurador negou estar por trás da difusão dos áudios. “Não tenho transgressores preferidos”, acrescentou.

O leite já estava derramado. Para os ministros tratou-se de uma estratégia destinada a pressioná-los. “É grave. Não se pode cometer esse tipo de coisa. É uma brincadeira com o Supremo”, sapecou o ministro Gilmar Mendes. Outro magistrado acusou Janot de fazer “política em favor do PT”. Fundamenta essa tese o timing escolhido pelo procurador para o pedido de prisões. Argumentou o mesmo ministro que Renan e Jucá sobreviviam incólumes, enquanto eram úteis ao PT. Só viraram alvos depois de bandearem-se para a órbita do presidente Michel Temer. O raciocínio faz todo sentido. Renan responde a 11 inquéritos no Supremo, dos quais nove associados à Lava Jato. Nenhum destes recebeu denúncia de Janot, embora os casos em questão sejam ainda mais graves.

 

Posted On Domingo, 12 Junho 2016 06:48 Escrito por O Paralelo 13

Decisão depende de reunião do colegiado do STF, agora à tarde

 

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu a prisão do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), do presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), do senador Romero Jucá (PMDB-RR) e do ex-presidente da República, José Sarney, também do PMDB, de acordo com reportagem desta terça-feira (7) do jornal "O Globo". A TV Globo confirmou a informação. No caso de Sarney, por causa da idade, ele seria monitorado por tornozeleira eletrônica.

De acordo com o jornal, o procurador-geral pede a prisão dos quatro por suspeita de eles estarem obstruindo as investigações da Operação Lava Jato. A reportagem diz também que os pedidos de prisão estão com o ministro do Supremo Tribunal FederalTeori Zavascki, relator da Lava Jato no tribunal, há pelo menos uma semana.

No caso de Cunha, o Ministério Público alegou que a decisão de Teori, em maio, de afastá-lo da presidência da Câmara e do mandato, não  surtiu efeito e o deputado continuou interferindo no comando da Casa.

'O Globo' afirma que Janot pediu também o afastamento de Renan da presidência do Senado.

Ao jornal "O Globo", o senador disse que mantinha apenas uma relação institucional com o ex-presidente da Transpetro e que na conversa com Sérgio Machado expressou apenas um ponto de vista sobre a Lava Jato.

A defesa de José Sarney disse que é "inacreditável" que os advogados dos interessados não tenham acesso às delações que estão em todos os jornais. A defesa disse ainda que Sarney em momento algum tentou interferir na Lava Jato e confia no poder Judiciário.

Procurado pelo G1, Eduardo Cunha disse, por meio de mensagem, que não conhece o teor do pedido de prisão e que só iria comentá-lo depois de conhecê-lo.

A alegação de Janot de que Sarney, Jucá e Renan estariam agindo para barrar a Lava Jato se baseia, segundo o jornal, na delação premiada do ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, que, de acordo com a reportagem, traz indícios de que os três queriam limitar as investigações.

De acordo com o Ministério Público, dizem as informações confirmadas pela TV Globo, Renan, Sarney e Jucá conspiraram para atrapalhar as investigações. Entre as ações dos três nesse sentido estão, segundo o MP: a tentativa de mudar a  decisão do Supremo que prevê a  prisão de condenados a partir da segunda instância; a tentativa de mudar a lei , para permitir delação premiada apenas para pessoas em liberdade, e não para presos investigados; e também uma pressão dos três para que acordos de leniência das empressas pudessem esavaziar todas as investigações.

Propina

Gravações que Machado fez de conversas com políticos já derrubaram dois ministros nos primeiros 15 dias do governo Temer: o próprio Jucá (Planejamento) e Fabiano Silveira (Transparência). Nas conversas gravadas, os dois criticavam a Lava Jato.

Em uma reportagem do dia 3 de junho, "O Globo" já havia relato que Machado contou aos investigadores ter pago pelo menos R$ 70 milhões a integrantes da cúpula do PMDB.

Ele disse que pagou a Renan cerca de R$ 30 milhões. Para Sarney, Machado relatou a entrega de cerca de R$ 20 milhões. Machado citou ainda que entregou outros R$ 20 milhões a Jucá.

Os valores, segundo Machado, foram desviados da subsidiária da Petrobras, responsável pelo transporte de combustível no país. Jucá, Renan e Sarney negaram as acusações.

 

TOCANTINS

Enquanto isso, no Tocantins, o Ministério Público vem fazendo uma série de investidas em órgãos estaduais e municipais e são aguardadas prisões ainda neste mês de junho, de acordo com fontes.

Os políticos tocantinenses precisam entender o que está acontecendo em Brasília e colocar suas barbas de molho.  O procurador-geral da República acaba de pedir a prisão de um ex-presidente da República, do presidente do Senado Federal, e do ex-presidente da Câmara Federal, num claro sinal de que ninguém está, mais, acima da Lei no País e que os tempos mudaram.

Não adianta mais o jeitinho, o arranjo e os conluios.  Engana-se quem acha que o Tocantins passou longe da Lava-Jato e muita água ainda vai rolar sob essa “cachoeira”, pois estão surgindo novos “Moros” e, mesmo que consigam atrapalhar a ação da Polícia Federal aqui ou acolá, sempre haverá mais gente disposta a investigar, mais gente para ser presa, mais gente para delatar e mais gente para cair.

O Brasil está mudando, senhores!  Estamos vendo história ser feita!

Posted On Terça, 07 Junho 2016 11:53 Escrito por O Paralelo 13

Poderão ser dois atos completamente diferentes, mas de igual poder de devastação econômica tanto para o País quanto o Estado

 

Por Edson Rodrigues

O presidente nacional do PT, Rui Falcão, convocou a militância para aderir a uma greve geral "contra o golpe" e o governo interino de Michel Temer no dia 10 de junho. Em artigo semanal, publicado no site do partido, o petista pede auxílio do movimento sindical na preparação do ato.

"Duas decisões importantes na mais recente reunião da Comissão Executiva Nacional, realizada dia 31 de maio. A primeira, que dá continuidade à nossa participação na luta contra o golpe do vice usurpador, conclama a militância a empenhar-se para a grande mobilização nacional do dia 10 de junho", escreveu Rui Falcão.

Junto com movimentos sociais e sindicais, os petistas organizam para esta semana uma série de protestos contra Temer e a favor da presidente afastada Dilma Rousseff em nível nacional.

Rui falcão só esqueceu de lembrar à militância, que o maior culpado pelas mazelas que o país passa é seu próprio partido, que afundou o Brasil no maior escândalo de corrupção da história, além de gerar um desastre econômico e levar a credibilidade da classe política para o fundo do poço.

O que Rui Falcão, pessoa que nunca passou por um escrutínio popular, não recebeu nenhum voto de nenhum eleitor brasileiro, faz com essa convocação, é colocar o Brasil à beira do precipício, utilizando a militância ensandecida como massa de manobra para desestabilizar ainda mais o governo interino, bradando aos quatro cantos e dando o nome de “golpe” a um movimento previsto na Constituição brasileira.

Incitar uma greve geral é a cara do PT, que aposta na baderna e no “quanto pior melhor”, passando por cima do “povo trabalhador” de quem se diz representante.

Uma greve geral e a militância nas ruas decretarão o caos econômico, aumentando os índices de desemprego, de quebra de empresas e de fuga de recursos internacionais.  Se já está ruim como está, imagina com o acréscimo desses ingredientes...

Ainda bem que os petistas do Tocantins, em sua maioria, estão quietos em suas tocas, vendo a banda passar e a nau adernar.

Já Rui Falcão presta um grande desserviço ao Brasil, pois nem tudo o que é legal é moral ou ético...

 

TOCANTINS: A HORA DO GOVERNO MOSTRAR SUA FORÇA

Enquanto isso, já que falamos do Tocantins, sindicatos e movimentos classistas já começaram os ensaios para uma greve geral que também teria efeitos desastrosos na já combalida situação do Estado.  A motivação da greve seria a cobrança do pagamento imediato dos retroativos, das progressões e promoções acertadas de forma frágil em momentos de estabilidade econômica que não existem mais.

Essa será a grande chance de Marcelo Miranda mostrar, de vez, que tem o poder nas mãos e que sabe usá-lo.  Aliás, já está passando dessa hora...

Em um governo como do Tocantins, que já está refém do Poder Legislativo, virar refém nas mãos dos sindicatos e entidades classistas seria assumir um fracasso que ainda pode ser evitado.

Falamos isso porque somos cientes de que o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, um dos poucos impolutos – e realmente debruçados na solução dos problemas causados pelo PT – na  equipe de Michel Temer já avisou que para receber o benefício da renegociação das dívidas com a União, os estados devem estancar imediatamente qualquer aumento salarial, promoções ou progressões e adiar as já agendadas.

Além das palavras de Meirelles, o presidente do Senado, Renan Calheiros, convocou o governador Marcelo Miranda para uma reunião em Brasília, onde a pauta será justamente o reforço nas orientações de Meirelles e o aviso de que nenhum governo estadual, mesmo sendo do PMDB, terá alívio se descumprir as determinações do ministro.

Dizem que os grandes comandantes mostram seus talentos nos momentos em que estão em desvantagem.  Pois é chegado o momento de Marcelo Miranda fazer valer deu diploma de governador e assumir efetivamente a posição de comandante do Tocantins, evitando a terceirização do seu governo e mostrando que não fugirá nem se intimidará ante as ameaças.

A economia do Tocantins está estagnada e não suportaria uma greve geral por mais breve que fosse, logo, é hora de se olhar para a população e se preocupar com os reflexos que um movimento assim traria para os pais de família e trabalhadores alheios às reivindicações sindicais e classistas.

Marcelo Miranda deve dialogar com o empresariado e com a sociedade, ser o porta-voz de si mesmo e encarar sem hesitação essa batalha, sob pena de o Tocantins entrar em uma rota irreversível de derrocada econômica e Marcelo Miranda ver seu governo fracassar.

O povo não está distraído. Ao contrário, está atento à movimentação política e aos atos do governo e, certamente, encampará essa luta pela economia do Estado.  Basta que o governador Marcelo Miranda mostra que está disposto a comandá-los.

Ditadores mandam.  Grandes líderes são seguidos....

 

Posted On Terça, 07 Junho 2016 08:24 Escrito por O Paralelo 13
Página 188 de 281