Atual senador declarou ao TSE que gastou R$ 120 mil para locação de um caminhão de som durante campanha de 2018, mas dono do veículo nega que preço seja tão alto
Por iG São Paulo
Mesmo derrotado na tentativa de se reeleger senador pelo Espírito Santo nas eleições deste ano, Magno Malta pode ter problemas na declaração de gastos de sua campanha. Segundo matéria publicada pelo jornal O Globo, o valor de R$ 120 mil para pagamento de um aluguel de caminhão de som está em desacordo com a realidade. O próprio dono do veículo contesta a declaração.
“R$ 120 mil é o preço do meu carro de som”, disse o vendedor Cleomar Marcelo Santana ao O Globo, após ser perguntado sobre os serviços prestados ao senador Magno Malta . Segundo ele, nenhum serviço de sua parte foi prestado em prol da campanha do político.
Ainda que o caminhão de som esteja no nome do vendedor, o veículo é atualmente utilizado pelo vereador de Vila Valério (ES) Ricélio Linhares (SD), que publicamente fez campanha para Magno Malta. Ainda assim, o valor de R$ 120 mil declarado parece distorcido, já que o senador fez atividades nas ruas por 45 dias e o aluguel diário do caminhão de som, segundo Cleomar Marcelo Santana, é de no máximo R$ 1 mil.
Em nota, a assessoria do político do PR explicou que o veículo foi contratado junto à empresa de eventos Multishow Produções e Eventos Ltda, a qual Ricélio Linhares presta serviços.
Apesar de não conseguir a reeleição – ficou em terceiro lugar, com 611.284 votos – o senador do Espírito Santo é cotado para assumir um ministério no governo de Jair Bolsonaro . Aliado do deputado, o político também é cantor evangélico e um dos principais defensores no Senado de causas que agradam Jair Bolsonaro, como a Escola sem partido e a criminalização do aborto.
Em entrevistas, o próprio Bolsonaro já admitiu que Magno Malta tem pensamento aliado com o próximo governo e poderia vir a assumir o Ministério da Família, uma união das pastas de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos.
Segundo investigações da Operação Capitu, JBS e rede de supermercados se aliaram no pagamento de propina a deputados do MDB e servidores do Ministério da Agricultura em troca de atos que favoreciam monopólio
Por iG São Paulo
Parte da propina paga em esquema envolvendo a JBS, uma rede varejista, integrantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e deputados federais era entregue em "malas e caixas de sabão". As investigações sobre o esquema resultaram na deflagração, nesta sexta-feira (9), da Operação Capitu , que já resultou na prisão dos empresários Joesley Batista e Ricardo Saud, do vice-governador de Minas Gerais, Antônio Andrade (MDB), e de mais 12 pessoas. Foram emitidos um total de 19 mandados de prisão temporária.
Segundo os responsáveis pela Operação Capitu (nome que faz alusão à personagem de "Dom Casmurro", de Machado de Assis), a JBS pagava propina a funcionários do alto escalão do Mapa e também a deputados do MDB em troca de atos de ofício para a "eliminação da concorrência e de entraves à atividade econômica, possibilitando a constituição de um monopólio de mercado".
Para que o pagamento de propina fosse dissimulado, o grupo empresarial de Joesley e Saud teria se associado a uma das maiores redes de supermercados do País. De acordo com a Receita Federal, a organização criminosa se aproveitava do grande fluxo de dinheiro em espécie no varejo para "dar ar de licitude" no repasse de valores ilícitos em dinheiro vivo e em contribuições oficiais de campanha.
De acordo com as investigações, o total de doações oficiais feitas por empresas vinculadas e administradas pelo dono dessa rede de supermercados totalizou R$ 8,5 milhões somente nas eleições de 2014.
“[A entrega de dinheiro era feita] em caixas, em mala, caixa de sabão. Os supermercadistas trabalham com muito dinheiro em espécie, isso facilita por demais esse tipo de operação, porque eles recebem naquele varejo que eles vendem e com isso, em tese, perder o rastro desse dinheiro se não fossem boas investigações”, disse um dos integrantes da operação, conforme reportado pelo jornal O Estado de São Paulo.
O esquema passou a ser investigado a partir da instauração de inquérito policial em maio deste ano, baseada em depoimento do delator Lúcio Funaro , ex-corretor de valores, aliado do ex-deputado Eduardo Cunha (MDB) e um dos principais operadores do MDB. Funaro relatou que ele próprio atuava na distribuição da propina aos servidores do Mapa e a agentes políticos. Os valores, segundo o delator, eram discutidos entre intermediários da empresa e um deputado federal.
Segundo a PF, a propina era paga pela JBS visando a expedição de atos de ofício, por parte dos servidores do Ministério da Agricultura , pasta que foi comandada no governo Dilma Rousseff (PT) pelo hoje vice-governador de Minas, Antônio Andrade (MDB). Dentre esses atos de ofício estavam medidas pela regulamentação da exportação de despojos e a federalização das inspeções de frigoríficos.
No âmbito desse esquema, o grupo empresarial teria pago R$ 2 milhões em troca da regulamentação da exportação de carcaças de animais (despojos) e R$ 5 milhões pela proibição do uso da ivermectina (antiparasita) de longa duração.
À época dos fatos, ainda de acordo com a Polícia Federal , um deputado federal da Paraíba teria recebido R$ 50 mil do grupo como contrapartida, em decorrência da tentativa de promover a federalização das inspeções sanitárias de frigoríficos por meio de uma "emenda jabuti", proposta de natureza totalmente alheia ao tema da medida provisória na qual foi inserida.
Operação Capitu devolve Joesley à prisão
Um dos alvos da operação desta sexta-feira, Joesley Batista retorna à carceragem da Polícia Federal em São Paulo após oito meses. Ele esteve preso no local entre setembro de 2017 e março deste ano , após investigações apontarem que ele omitiu da Procuradoria-Geral da República (PGR) informações em seu acordo de delação premiada.
Ainda antes de sua primeira prisão, o empresário foi pivô do maior escândalo do governo Michel Temer (MDB) ao gravar conversa com o presidente no Palácio do Jaburu e ajudar a polícia a flagrar o então assessor especial da Presidência, Rodrigo Rocha Loures (MDB), recebendo mala com R$ 500 mil. Loures, curiosamente, ganhou ontem o direito de retirar a tornozeleira eletrônica após 1 ano e 4 meses.
A Polícia Federal alega que Joesley e Saud teriam "praticado atos de obstrução de justiça, prejudicando a instrução criminal, com o objetivo de desviar a PF da linha de apuração adequada ao correto esclarecimento dos fatos". É 'traição' que levou à escolha do nome Operação Capitu , apesar de, na obra de Machado de Assis, não ser claro se realmente a personagem traiu seu marido, Bentinho.
A Secretaria do Desenvolvimento da Agricultura e Pecuária (Seagro) e a Universidade Federal do Tocantins (UFT) abrem as inscrições para o Fórum de Desenvolvimento Estratégico da Agroenergia
Por Elmiro de Deus
Previsto para acontecer no dia 27 de novembro. No fórum podem participar técnicos, produtores e acadêmicos da área agrária. O evento acontecerá das 8h às 17h40m, no auditório da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Tocantins/Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Faet/Senar), em Palmas.
Durante o evento serão debatidos temas voltados para o panorama das Estatísticas Brasileira para Culturas Agroenergéticas; Agroenergia no Tocantins e no Mundo; Desafios da Produção Agrícolas de Biocombustível; Estratégias de Mercado da Agroenergia.
Segundo a engenheira ambiental da Seagro, Thaynara Lang, a realização do fórum é fundamental na busca de mecanismos para o desenvolvimento de políticas públicas do setor agroenergético no Tocantins. “Será uma oportunidade impar para que, juntos, a Secretaria da Agricultura e parceiros possam disseminar conhecimento e desenvolver a agroenergia do Estado”, argumentou.
Na ocasião acontecem também palestras sobre pequenas unidades de Energia Elétrica de Biomassa e pesquisa científica e desenvolvimento agroenergético. E ainda será apresentado o Plano Estadual de Agroenergia no Tocantins.
Link para inscrição : https://goo.gl/forms/Vbl0DLJFg4aUFSNo1
Mais informações – 3218-2185
Crimes teriam ocorrido durante o governo Dilma Rousseff (PT). Agentes cumprem 63 mandados de busca e 19 de prisão no Distrito Federal e em Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraíba e Mato Grosso
Yahoo Notícias e UOL
O vice-governador de Minas Gerais, Antonio Andrade (MDB), e o empresário Joesley Batista, da JBS, foram presos nesta sexta-feira (9) em uma operação que investiga suposto esquema de corrupção no Ministério da Agricultura durante o governo da presidente Dilma Rousseff. As informações são da TV Globo.
A operação, um desdobramento da Lava Jato, foi batizada de Capitu e tem como base a delação do doleiro Lucio Funaro, sobre supostos pagamentos de propina a servidores públicos e agentes políticos que atuavam direta ou indiretamente no Ministério da Agricultura em 2014 e 2015.
No total, são 63 mandados de busca e apreensão e 19 mandados de prisão temporária, todos expedidos pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região, em Minas, Gerais São Paulo, Rio de Janeiro, Paraíba e Mato Grosso e no Distrito Federal.
Policiais federais fazem buscas no gabinete de Andrade, que foi ministro da Agricultura no governo Dilma.
Ainda segundo a emissora, também há um mandado de prisão contra o executivo da JBS Ricardo Saud, mas está fora do país.
De acordo com as investigações, havia um esquema de arrecadação de propina dentro do Ministério da Agricultura para beneficiar políticos do MDB, que recebiam dinheiro da JBS em troca de medidas para beneficiar as empresas do grupo.
Segundo a PF, a JBS teria pago R$ 2 milhões, por exemplo, pela regulamentação da exportação de despojos e R$ 5 milhões pela proibição de um remédio para parasitas de longa duração.
Segundo nota divulgada pela Polícia Federal, durante as apurações, houve clara comprovação de que empresários e funcionários do grupo investigado – inicialmente atuando em colaboração premiada com a PF – teriam praticado atos de obstrução de justiça, prejudicando a instrução criminal, com o objetivo de desviar a PF da linha de apuração adequada ao correto esclarecimento dos fatos. Daí o nome da Operação, “Capitu”, a personagem dissimulada da obra prima de Machado de Assis, Dom Casmurro.
Os envolvidos deverão ser indiciados pelos crimes de constituição e participação em organização criminosa, obstrução de justiça, corrupção ativa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro, dentre outros. Caso haja condenação, as penas máximas poderão variar entre 3 e 120 anos de reclusão, proporcionalmente à participação de cada investigado.
Ao UOL, Pioerpaolo Bottini, um dos advogados de Joesley, disse que ainda não poderia comentar a prisão dele, pois não teve acesso a decisão até o momento.
Da Assessoria
Dando sequência às tratativas de demandas do segmento industrial, o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Tocantins (FIETO), Roberto Pires, recebeu na sede da instituição o governador Mauro Carlesse que retribuiu visita institucional no final da tarde desta quinta– feira, 08/11, em Palmas. Carlesse foi acompanhado do secretário chefe da Casa Civil, Rolf Vidal e o chefe de gabinete do Governo, Divino Allan.
No encontro, Pires reforçou a importância do canal aberto entre Governo e o setor industrial para que os anseios do segmento e do Estado sejam alcançados no que diz respeito ao desenvolvimento econômico. "A FIETO compartilha com o Governo a importância de incentivar a agroindústria do Tocantins. O estudo das principais cadeias produtivas feito pela FIETO em parceria com o governo do estado mostra que temos potencial em diferentes áreas para alavancarmos nossa produção, principalmente agregando valor aos insumos agrícolas, gerando emprego e renda à nossa população. E isso só será possível por meio de um trabalho conjunto entre os vários atores ligados ao agronegócio", disse Pires referindo-se ao Estudo das Potencialidades das Principais Cadeias Produtivas do Tocantins realizado pela FIETO com aporte financeiro do Governo do Estado.
As cadeias de Lácteos, Suinocultura e Avicultura terão seus resultados apresentados no Seminário Estadual da Indústria que a FIETO realiza no próximo dia 22 de novembro em Palmas. Cinco cadeias já foram estudadas e o resultado entregue ao secretário da pasta de Indústria, Dearley Kühn no mês de setembro.