O presidente Jair Bolsonaro (PL) não é o único candidato ao Palácio do Planalto que promete turbinar a renda da população mais vulnerável caso vença as eleições. Além do atual chefe do Executivo, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB) também têm investido em propostas que sugerem mais dinheiro no bolso do brasileiro.
Júlia Portela
Nessa quinta-feira (8/9), Bolsonaro declarou que pretende aumentar em R$ 200 o valor do Auxílio Brasil para quem conseguir um emprego. Com isso, o benefício saltaria dos R$ 600 atuais para R$ 800.
Abaixo, veja o que os principais candidatos à Presidência prometem para essa área:
Ciro Gomes (PDT)
Em seu plano de governo, Ciro promete criar o programa Renda Mínima, com base em proposta defendida há anos por Eduardo Suplicy. A ação pretende unificar programas de transferência de renda e garantir R$ 1 mil mensais a todas as famílias que estão na linha da pobreza. Também haveria pagamentos de R$ 170 para cada criança de 0 a 3 anos, e de R$ 85 em caso de crianças de 3 a 18 anos na família.
De acordo com Ciro, o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresce “quando é puxado principalmente pelo consumo das famílias”. “O Renda Mínima vai reativar toda a cadeia produtiva do Brasil e gerar muitos empregos”, disse Ciro durante um evento de campanha.
O plano de governo também traz um programa de refinanciamento de dívidas de famílias e empresas. A proposta é estimular os credores a dar um desconto de 70%. O restante seria financiado pela Caixa Econômica e pelo Banco do Brasil em 36 vezes e três anos de carência.
Jair Bolsonaro (PL)
Bolsonaro declarou que seguirá com o pagamento do Auxílio Brasil de R$ 600 em 2023. O Ministério da Economia, no entanto, enviou o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) ao Congresso Nacional com uma previsão de pagamento de R$ 405 mensais aos beneficiários do programa a partir de janeiro.
Ao sugerir que vai incrementar o Auxílio Brasil em R$ 200 para o beneficiário que conseguir um emprego formal, Bolsonaro propõe alterar a atual regra de emancipação do programa. A norma estabelece que a pessoa que for empregada formalmente poderá continuar recebendo o benefício se a renda familiar não ultrapassar R$ 525 por mês.
Além da promessa do Auxílio Brasil em R$ 800, o plano de campanha de Bolsonaro ainda prevê corrigir a tabela do Imposto de Renda. A proposta foi apresentada pelo então candidato ainda na campanha de 2018, mas a pauta não avançou no Congresso Nacional. Este é o sétimo ano seguido em que a tabela não é ajustada. Também não houve aumento nas deduções permitidas, como aquelas relacionadas a dependentes ou à educação.
De acordo com interlocutores, a equipe econômica quer elevar a faixa de isenção do Imposto de Renda de R$ 1,9 mil para R$ 2,5 mil. A proposta original de Bolsonaro consistia em isentar todos os brasileiros que ganhassem até cinco salários mínimos (pouco menos de R$ 5 mil em 2018).
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Lula (PT)
Principal rival de Bolsonaro nas eleições deste ano, Lula já teceu diversas críticas ao substituto do Bolsa Família. O ex-presidente afirmou, em várias ocasiões, que pretende trazer de volta o programa de distribuição de renda criado pelo PT.
A campanha de Lula anunciou que, além de manter os atuais R$ 600, caso eleito, o petista pretende pagar uma parcela adicional de R$ 150 por criança de até 6 anos para famílias beneficiárias. A medida, entretanto, não seria imediata. A equipe do ex-presidente ressalta que, como não dispõe de informações sobre o orçamento do próximo ano, a prioridade é manter os R$ 600 e ampliar o benefício por etapas.
A equipe de Lula aponta que será necessário reconstruir o desenho do Bolsa Família. O benefício foi criado em 2004, no primeiro mandato do ex-presidente, com a junção de diversos programas sociais de transferência de renda, como o Bolsa Escola, o Vale-Gás, e o Cartão-Alimentação. O pagamento ainda tinha condições, ao contrário do Auxílio Brasil, como comprovação de frequência escolar e acompanhamento da saúde de crianças, o que incluía a vacinação e o pré-natal de gestantes.
Entre as propostas, Lula também cita a retomada da valorização do salário mínimo e a criação do programa Desenrola Brasil, de negociação de dívidas.
Simone Tebet (MDB)
Quarta colocada nas pesquisas, a candidata Simone Tebet não especifica, no plano de governo, como seria um possível programa de transferência de renda em sua administração.
No documento apresentado à Justiça Eleitoral, a emedebista apenas cita que um de seus objetivos é criar um programa permanente, com promoção das condições de saúde, educação e assistência social dos beneficiários, e com estímulo ao acesso ao mercado de trabalho e a oportunidades de emprego e renda.
Tebet também ressalta que o programa levaria em conta a composição familiar, mas não detalha como. Em entrevista ao Broadcast Live, Elena Landau, advogada e economista da candidata, afirmou que a presidenciável se comprometeu a dar continuidade ao pagamento de R$ 600 por mês para famílias em necessidade.
Um homem que defendia o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi morto nesta quinta-feira (8) por um apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL) após uma discussão em Confresa (a 1.160 quilômetros de Cuiabá).
Pablo Rodrigo
O autor do crime passou por audiência de custódia e a Justiça de Mato Grosso manteve a prisão preventiva de Rafael de Oliveira, 24.
Ele confessou, segundo a polícia, ter matado a facadas o colega de trabalho Benedito Cardoso dos Santos, 44, depois de uma discussão política. Oliveira defendia Bolsonaro e Santos, Lula. Conforme a polícia, o autor tentou decapitar a vítima e depois do crime ainda filmou o corpo.
O assassinato ocorreu na madrugada desta quinta-feira em uma fábrica de cerâmica localizada na zona rural do município de 32 mil habitantes.
A decisão da prisão preventiva é assinada pelo juiz Carlos Eduardo Pinho Bezerra de Menezes e foi proferida em audiência de custódia na tarde desta quinta.
"Verifica-se que há prova da materialidade e indícios suficientes de autoria delitiva, conforme demonstrado nos depoimentos dos policiais que realizaram a prisão de Rafael de Oliveira, aliado ao interrogatório do custodiado que em sede policial confessou a prática delitiva", diz trecho da decisão do juiz.
O magistrado ainda classificou o ocorrido como "reprovável" e citou que a intolerância poderá regredir a sociedade aos tempos da barbárie.
"Lado outro, verifica-se que a liberdade de manifestação do pensamento, seja ela político-partidária, religiosa, ou outra, é uma garantia fundamental irrenunciável", disse.
O crime
Em depoimento na delegacia da cidade, segundo a polícia, o servidor confessou o assassinato alegando que, em dado momento, a discussão entre os dois ficou acalorada e ambos trocaram socos.
Diante das agressões, o rapaz alegou que acabou "saindo de si" e matou seu colega com golpes de faca no rosto da vítima.
De acordo com o delegado Higo Rafael Ferreira de Oliveira, a polícia foi acionada na manhã de quinta por conta de um encontro de cadáver. O suspeito tentou fugir, mas foi encontrado e conduzido para a delegacia, onde confessou o crime.
Ainda de acordo com o delegado, após assassinar Santos, Oliveira tentou decapitá-lo com um machado. Efetuou um golpe no pescoço, porém não obteve êxito.
A Polícia Civil apreendeu o celular de Oliveira e encontrou vídeo e fotos da vítima após assassiná-lo.
A Folha tentou entrar em contato com a defesa de Oliveira, mas não obteve sucesso.
No feriado de 7 de setembro, em Cuiabá, um jovem de 22 anos foi espancado pelo padrasto por ter postado um meme do presidente Bolsonaro num grupo de aplicativo de mensagens da família.
De acordo com a polícia, o agressor não teria gostado da publicação e chegou em casa já agredindo o enteado com socos e chutes e fazendo ameaças de morte. A mãe do jovem, ainda conforme a polícia, disse que o padrasto estava embriagado.
A pesquisa Genial/Quaest de intenção de voto divulgada nesta quinta-feira, 8, apontou tendência de crescimento do presidente Jair Bolsonaro (PL), que tenta a reeleição, e de seu candidato ao governo de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) entre os eleitores do Estado. Pela primeira vez, Bolsonaro aparece em São Paulo numericamente à frente de seu principal concorrente, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) – 37% a 36%. Os dois estão empatados no Estado dentro da margem de erro, de dois pontos porcentuais para mais e para menos.
Por Marcela Villar
Segundo o instituto, Bolsonaro oscilou dois pontos para cima (35% para 37%) na comparação com o levantamento divulgado pelo instituto em 11 de agosto, enquanto Lula oscilou negativamente um ponto (37% para 36%) no mesmo período. Na comparação com pesquisa Quaest de maio, entretanto, o presidente cresceu 12 pontos (de 25% para 37%), enquanto o petista perdeu três pontos, indo de 39% para 36%. No mesmo período, os demais presidenciáveis, somados, foram de 20% para 17%.
Entre os candidatos ao governo, Tarcísio foi o que registrou maior crescimento entre agosto e setembro. Com 12% desde maio, o candidato de Bolsonaro oscilou para 14% em agosto e alcançou 20% das intenções de voto na mais recente pesquisa. Com isso, em um mês, Tarcísio conseguiu reduzir a diferença para o líder, Fernando Haddad (PT), de 20 para 13 pontos porcentuais. O candidato petista tinha 34% no mês passado e agora tem 33%.
O governador Rodrigo Garcia (PSDB), que tenta a reeleição e também aparece competitivo na disputa, oscilou um ponto de agosto para setembro, indo de 14% para 15%.
A tendência de crescimento de Bolsonaro em São Paulo também tem ajudado o candidato apoiado por ele ao Senado. Na pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quinta-feira, o ex-ministro Marcos Pontes cresceu 11 pontos em menos de um mês e aparece agora com 23% das intenções de voto. Ele está empatado tecnicamente com o ex-governador Márcio França (PSB), que numericamente lidera a disputa com 25% – em agosto ele tinha 29%. Os demais candidatos ao Senado têm menos de 10%. O instituto ouviu 2 mil eleitores em São Paulo entre 2 e 5 de setembro, de forma presencial. O registro na Justiça Eleitoral é SP-04685/2022.
Com mais de 34 milhões de eleitores, São Paulo é o maior colégio eleitoral do País. Sozinho, o Estado abriga quase 27% dos eleitores brasileiros, o equivalente a todo o eleitorado dos nove Estados da Região Nordeste.
Analistas ouvidos pelo Estadão avaliaram que os dados mostram que o antipetismo se mantém forte no Estado, e que Tarcísio é beneficiário. “O antipetismo é muito forte, principalmente, fora da Região Metropolitana (de SP). No interior, o eleitorado é muito conservador e com forte influência do agro”, disse o professor da FGV Eduardo Grin, doutor em Administração Pública e Governo.
“Haddad está com apoio de Lula, Garcia faz uma campanha de desvinculação de qualquer candidato nacional, então, Bolsonaro precisa de Tarcísio e Tarcísio precisa dele, mas com uma distância regulamentada, porque ele não engaja no ataque às instituições e ao STF”, afirmou o cientista político.
A campanha de Garcia creditou o crescimento de Tarcísio e de Bolsonaro em São Paulo à “força magnética” do bolsonarismo. Para tentar crescer nas pesquisas, o governador deve subir o tom contra os adversários nas próximas semanas, em especial no rádio, com ataques ao PT e ao atual presidente.
A campanha de Bolsonaro (PL) atribui o crescimento à estratégia de intensificar a pauta sobre corrupção. A aposta nos próximos dias é reforçar a “indignação” popular com os casos de irregularidades em governos petistas.
Entre aliados de Tarcísio, a aposta é colar cada vez mais no padrinho político e defender uma agenda alinhada com a campanha nacional. / COLABOROU PEDRO VENCESLAU
Nesta quinta-feira, 8, o Governador e candidato à reeleição Wanderlei Barbosa (Republicanos), acompanhado de sua equipe e demais candidatos, esteve presente em Arraias, e participou da missa campal da Romaria tradicional padroeira de Arraias, ocorrida na Praça da Paróquia Nossa Senhora dos Remédios no município, para prestar homenagem à padroeira.
Da Assessoria
O Governador Wanderlei Barbosa reforçou que a missa é uma das maiores manifestações religiosas e culturais do nosso Estado. “A festa da Padroeira em Arraias, é celebrada por centenas de pessoas e celebradas por padres e comunidades da região sudeste inteira, também de Goiás e dos municípios vizinhos. Um verdadeiro ato de devoção, pontuou.
Wanderlei em momento oportuno, falou de suas propostas de governo e garantiu apoiar os eventos culturais por meio de políticas públicas, que levem recursos aos municípios. Sentiu-se bem acolhido pelas famílias de Arraias e região.
“Eu fico muito feliz em poder participar nesta manhã. Além de ter sido muito bem recebido por toda a comunidade Arraiana”, completou Wanderlei.
A missa foi celebrada por todos os Padres da região, com sermões que valorizam os princípios cristãos na vida dos fiéis, com a participação da comunidade e municípios vizinhos.
O Governador Wanderlei deixou a cidade para cumprir agenda na cidade de Natividade do Tocantins, ainda nesta quinta-feira.
Embarcação saiu de um porto clandestino e fazia o trajeto entre a cidade de Cachoeira do Arari e Belém
Por: Giovanna Colossi e Larissa Lins
Uma embarcação naufragou na manhã desta 5ª feira (8.set), próximo à ilha de Cotijuba, na região de Belém (PA), deixando, ao menos, 11 mortos e 8 desaparecidos. Outras 63 pessoas foram resgatadas com vida. As causas do naufrágio ainda não foram divulgadas.
A tragédia, segundo testemunhas, ocorreu duas horas depois do barco zarpar da ilha de Marajó, às 6h da manhã, quando começou a entrar água no motor. Ninguém vestia colete salva-vidas. A embarcação havia saído de um porto clandestino e fazia o trajeto entre a cidade de Cachoeira do Arari, no arquipélago de Marajó, para a cidade de Belém.
A prefeitura de Belém afirmou que está ajudando no resgate das vítimas. Elas estão sendo encaminhadas para a Unidade Básica de Saúde (UBS) de Cotijuba, para Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Icoaraci e para a UBS Marambaia, entre elas estão idosos e crianças.
Segundo a Agência de Regulação e Controle dos Serviços Públicos do Estado do Estado do Pará (Arcon-PA), a embarcação não tinha autorização para realizar o translado intermunicipal de passageiros e já havia sido notificada por transporte irregular. As buscas pelos 26 desaparecidos estão sendo feitas pelo corpo de bombeiros com auxílio de nove embarcações e um helicóptero. A Marinha vai investigar o naufrágio.