O presidente inaugurou a série de entrevistas no JN, que recebe os principais presidenciáveis ao longo da semana
Por Maria Carolina Marcello e Ricardo Brito
O presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) afirmou na noite desta segunda-feira, em entrevista ao Jornal Nacional, que irá reconhecer o resultado das eleições de outubro "desde que sejam limpas e transparentes".
"Serão respeitados os resultados das urnas, desde que as eleições sejam limpas e transparentes", afirmou Bolsonaro, que inaugurou rodada de entrevistas do telejornal da TV Globo com os postulantes ao Palácio do Planalto.
Instado pelos entrevistadores a dizer se aceitará um eventual resultado adverso nas eleições, Bolsonaro manteve suas condicionantes sobre transparência e voltou a levantar suspeitas sobre o sistema eleitoral, apesar de não haver indícios de fraude nos 26 anos de funcionamento do sistema eletrônico.
De acordo com as pesquisas, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está em primeiro lugar na corrida pelo Planalto, e com chances de vencer no primeiro turno.
Bolsonaro também disse na entrevista que o clima entre ele e o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, está pacificado. "A temperatura, pelo que tudo indica, está pacificada. Espero que seja uma página virada", afirmou o presidente sobre o ministro, a quem já se referiu como "canalha".
"Até você deve ter visto, por ocasião da posse do senhor Alexandre de Moraes, um certo contato amistoso nosso lá e pelo que tudo indica está pacificado", reforçou.
O presidente lembrou que Moraes terá na terça-feira uma reunião com o ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, e disse ter certeza que o ministro chegará a um bom termo com as Forças Armadas sobre a segurança das eleições.
Apesar da afirmação do presidente, a cúpula das Forças Armadas também tem feito questionamentos, sem provas, sobre o sistema de votação por meio de urnas eletrônicas.
A expectativa de um relacionamento mais civilizado com o novo presidente do TSE e com o Judiciário não impediu Bolsonaro de minimizar a defesa por parte de parte de seus eleitores de atitudes antidemocráticas, como o fechamento do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF).
Para ele, as "faixinhas" levadas por apoiadores com esse tipo de defesa a manifestações estão abarcadas pelo direito à liberdade de expressão.
Se, em alguns momentos, o presidente conseguiu se impor e reafirmar suas bandeiras, em outros, viu-se forçado a repetir argumentos já utilizados. Esse foi o caso quando Bolsonaro foi questionado sobre seus planos para a economia caso seja reeleito.
Sem entrar em detalhes, prometeu continuidade da política já adotada, e justificou que as promessas econômicas de sua campanha anterior, em 2018, foram frustradas pela pandemia, pela seca e pelo conflito da Ucrânia com a Rússia.
Em outro tema sensível de sua gestão, a ambiental, Bolsonaro argumentou que os mesmos países da Europa que criticam o Brasil por sua política ambiental procuraram o país para acelerar as negociações de acordo entre a União Europeia e o Mercosul, diante da crise de abastecimento que se avizinha por conta da guerra ente a Rússia e a Ucrânia.
O presidenciável disse ainda que o Brasil deve se tornar potência na área ambiental, principalmente no mercado de hidrogênio verde. Ele também acusou o Ibama de cometer abusos ao destruir equipamentos apreendidos de garimpeiros ilegais.
O Jornal Nacional também procurou explorar outra contradição de Bolsonaro, que aliou-se ao centrão apesar de ter criticado duramente o grupo na campanha presidencial anterior e no início do mandato, relacionado-o ao que chamava de "velha política", e "toma lá dá cá".
"Você está me estimulando a ser ditador. Se eu deixar o centrão de lado eu vou governar com o quê?", afirmou Bolsonaro.
Ao defender o centrão, argumentou que o termo é usado "pejorativamente" e que a força política é necessária na base do governo para garantir que sua gestão consiga avançar em reformas, e mencionou o apoio do grupo para ajudar a aumentar o valor do Auxílio Brasil para 600 reais.
Questionado sobre seu comportamento durante a pandemia de Covid, quando minimizou as mortes ao dizer que não era coveiro e defendeu o uso de medicamentos sem eficácia contra a doença, Bolsonaro reiterou todas as suas posições e disse que não errou em nada.
O Brasil, no entanto, é o segundo país do mundo com mais mortes pela doença, com mais de 682 mil óbitos por Covid, atrás apenas dos Estados Unidos.
A campanha de Bolsonaro viu como positiva a participação do presidente no Jornal Nacional, sem ter cometido nenhum grande escorregão, disseram duas fontes da equipe.
Entrevista com o presidente fez o telejornal de William Bonner e Renata Vasconcellos bater recorde de audiência
Por Murilo Fagundes
O Jornal Nacional, da emissora de TV Rede Globo, marcou a maior audiência do ano com a entrevista concedida pelo presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL). Dados prévios mostram que a sabatina desta 2ª feira (22.ago.2022) marcou 32,3 pontos na Grande São Paulo. Cada ponto representa 74.666 domicílios e 205.755 indivíduos.
Até o momento, a maior audiência do telejornal em 2022 havia sido marcada em 3 de agosto, quando o noticiário alcançou 27,8 pontos de média. Os dados são do TV Pop, site com acesso a fontes de mercado da televisão. Já os números consolidados da edição desta 2ª feira deverão ser divulgados na 3ª feira (23.ago).
O telejornal de maior audiência do país começou a receber nesta 2ª feira (22.ago) os principais candidatos ao Palácio do Planalto. Bolsonaro foi o 1º.
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As entrevistas dos principais candidatos ao Palácio do Planalto serão realizadas nesta semana. Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB) devem ter o mesmo tempo para expor suas ideias e responder às perguntas de William Bonner e Renata Vasconcellos. O tempo de 40 minutos foi estipulado para todos, podendo sofrer variações mínimas.
O governador e candidato à reeleição, Wanderlei Barbosa (Republicanos), e a Candidata ao Senado, Professora Dorinha (UB), participaram neste domingo, 21, do congresso “Círculo de Oração Resposta do Alto”, realizado na Assembleia de Deus - CIADSETA/CGADB, em Palmas.
Com Assessoria
O evento comemora o 31º Congresso de Oração da Igreja, localizada na 604 Sul, e contou com a participação de mais de 500 mulheres, além de líderes evangélicos.
Durante o encontro, o Wanderlei Barbosa destacou os 31 anos de história e de evangelização dos membros e congregados da igreja. "Nós sabemos que hoje é um dia especial e reconhecemos a importância do trabalho que os senhores e senhoras fazem em nossas comunidades, evangelizando, realizando ações sociais e levando palavras de fé para as pessoas", disse.
Ao falar dos projetos e da sua missão no Governo, Wanderlei Barbosa, reforçou que seu trabalho é cuidar dos tocantinenses. “Vou cuidar das pessoas, promovendo políticas públicas baseadas naquilo que a população precisa. Escolas de qualidade; melhorar a vida dos trabalhadores; gerar emprego e renda para as famílias tocantinenses”, concluiu.
Fé
O pastor presidente da Igreja Assembleia de Deus em Palmas (centro) e vice-presidente da Convenção CIADSETA, Antônio Xavier dos Santos Vale, destacou a importância da presença do governador no evento, e reforçou que este é um momento de muita reflexão e cuidado com o próximo.
"Para nós, a participação do governador é muito importante. Nós conhecemos a sua história de vida e sabemos da sua responsabilidade enquanto gestor e ser humano. Sabemos também que o nosso congresso é um momento importante para renovarmos a nossa fé e a nossa esperança, e hoje o finalizamos cheios de bençãos e muita alegria no coração“, disse.
Na Fieto, governador Wanderlei Barbosa defende investimentos no setor produtivo
O governador e candidato à reeleição, Wanderlei Barbosa (Republicanos), assinou na manhã desta segunda-feira, 22, Termo de Compromisso com o setor produtivo – comércio, indústria e serviço.
A assinatura ocorreu durante sua participação no Café com Governadoráveis, evento realizado pela Federação das Indústrias do Estado do Tocantins (Fieto).
Na ocasião, o chefe do Executivo estadual apresentou também propostas e respondeu perguntas feitas pelos empresários convidados dos mais diversos setores industriais.
Gestor também confirma apoio de todo o seu grupo político ao candidato de oposição: “vamos transformar o Tocantins”
Com Assessoria
Prefeito no quarto mandato à frente de Lajeado, Júnior Bandeira (MDB) é o novo coordenador da agenda política-estratégica do candidato a governador Ronaldo Dimas (PL-MDB-Podemos). Ele terá papel fundamental no agendamento de reuniões, preparativos de conversas políticas e de realização de eventos de campanha.
“É uma honra muito grande poder contribuir com esse time comandado pelo Ronaldo Dimas, prefeito que fez uma revolução em Araguaína e é um exemplo de gestão que precisamos para o Tocantins. Quando recebi o convite, aceitei prontamente. Reforço com muito orgulho o time de Dimas, do senador Eduardo Gomes (PL) e do nosso vice Freire Júnior (MDB)”, destacou Júnior Bandeira.
Júnior Bandeira também confirmou que todo o seu grupo político de Lajeado vai respaldar a candidatura de Dimas. “Vamos todos juntos transformar o Tocantins. Temos 40 dias de campanha para levar a mensagem para cada canto deste Estado, mostrar os nossos projetos, detalhar tudo que foi feito em Araguaína e, assim, vencer a eleição. O melhor candidato a governador nós temos”, resumiu Júnior Bandeira
Dimas, por sua vez, agradeceu muito a Bandeira por aceitar o convite. “No momento decisivo, estamos reforçando nosso time. O Tocantins precisa de uma transformação completa e do fim de mandatos tampões improvisados. Vamos mudar esse quadro”, frisou o candidato.
Ideia é informar população sobre a transmissão, contágio e sintomas
Por Karine Melo
Com o conceito Varíola dos Macacos: Fique Bem com a Informação Certa, o Ministério da Saúde lançou, nesta segunda-feira (22), em Brasília, a Campanha Nacional de Prevenção à doença. A ideia é conscientizar a população sobre a transmissão, contágio, sintomas e prevenção, além de dar orientações sobre o que fazer em casos suspeitos de varíola dos macacos.
Números
Em todo o mundo, foram registrados mais de 41,5 mil casos da doença. No Brasil, conforme a última atualização do Ministério da Saúde, de 21 de agosto, há 3.788 casos confirmados. A campanha adverte que a principal forma de prevenção é evitar contato com pessoas infectadas ou objetos contaminados como, por exemplo, copos, talheres, lençóis e toalhas.
Outro ponto destacado pelas autoridades de saúde é que a fase de incubação do vírus pode ser de cinco a 21 dias. Nesse período é possível haver transmissão. Entre os casos registrados, o contágio ocorre, especialmente pelo contato físico pele a pele com lesões ou fluidos corporais. Em pessoas infectadas, febre, erupções cutâneas, inchaço dos gânglios (ínguas), dor no corpo, exaustão e calafrios são os sintomas mais comuns.
Tratamento
Durante o lançamento da campanha, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, destacou que o fato de não existir um tratamento específico para a doença não quer dizer que ela não tenha tratamento. Segundo Queiroga, sintomas como dor podem ser amenizados com medidas específicas.
O ministro da Saúde fez questão de falar sobre a diferença da varíola dos macacos para a covid-19. “A letalidade dessa doença é baixa. O vírus é diferente. O vírus da covid-19 é o vírus de RNA. Portanto é o vírus que sofre mutações com maior frequência ao passo que o vírus de DNA [da varíola dos macacos] tem um potencial menor de ter mutações, o que engana até as vacinas que são desenvolvidas com tecnologias sofisticadas”, explicou.
Vacinas
O Ministério da Saúde iniciou no mês passado as tratativas com a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) e a OMS para a compra de 50 mil doses da vacina contra a doença. “É necessário que haja um contrato a ser firmado pelo Ministério da Saúde com a Opas, para deixar isso bem claro, para que tenhamos uma previsão de entrega dessas vacinas. A previsão era de que se entregasse no fim do mês de agosto. A Socorro [Gross, representante da Opas] me informou que seria no começo de setembro. Seriam duas remessas, são três agora. Há uma carência desse insumo a nível mundial”, justificou Queiroga.
Na última sexta-feira (19), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou a importação excepcional de remédios e vacinas que anda não têm registro no Brasil. A previsão é de que a primeira, de três remessas, chegue no início de setembro. Sobre esses imunizantes, Marcelo Queiroga explicou que como a imunização completa requer duas doses, elas serão suficientes para vacinar 25 mil pessoas. Os primeiros a receber a vacina serão profissionais da saúde que atuam diretamente com o vírus.
Antiviral
Assim como ocorre com as vacinas, como não há no Brasil nenhum representante do antiviral no país, o Ministério da Saúde também solicitou à Opas a compra de 10 doses do tecovirimat para tratamentos imediatos, e outras 50 unidades para casos graves. A pasta negocia ainda o transporte de mais 12 unidades doadas pelo laboratório produtor, e a compra de mais 504 doses.
TSE
O lançamento da campanha hoje ocorre após o ministro Edson Fachin, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), autorizar a veiculação de peças publicitárias do governo federal sobre o tema até o dia 30 de agosto. A legislação eleitoral brasileira proíbe qualquer publicidade institucional que possa configurar o uso abusivo da máquina pública para promoção de governantes durante os três meses antes das eleições, por isso, precisou ser analisada pela Justiça Eleitoral. Em sua decisão, Fachin ressaltou que a divulgação da campanha é de interesse público. Ainda pela decisão, todo o material da campanha deve ser veiculado em uma página específica sobre a varíola dos macacos.
Ainda com objetivo de esclarecer a população sobre a doença , Queiroga adiantou que aguarda nova autorização do TSE, desta vez, para gravar um pronunciamento em cadeia de rádio de TV com informações técnicas sobre a varíola dos macacos para esclarecer a população.