Com informações do Poder 360
Um levantamento feito pelo site Poder360 mostra que os dois partidos de centro, MDB e União Brasil, possuem as candidaturas mais competitivas nos estados. Ao todo, são onze, seis do UB e cinco dos emedebistas.
Juntos na esfera nacional, PT e PSB tem outras seis candidaturas competitivas. Desse total, quatro são socialistas e outras duas petistas. PSD e Republicanos aparecem na sequência, com quatro candidaturas, duas para cada partido. As outras siglas contam com apenas 1 candidatura, cada.
O Poder360 compilou levantamentos de 23 Estados e do Distrito Federal, os disponíveis até o momento e registrados no TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Foram consideradas todas as pesquisas com metodologias conhecidas e das quais foi possível verificar a origem das informações. Entende-se como candidatos competitivos aqueles que lideram em 1º lugar isolado ou estão empatados, dentro da margem de erro, nessa posição. O PSB, que reformulou o quadro interno e atraiu o deputado federal Marcelo Freixo, no Rio de Janeiro, e João Azêvedo, na Paraíba, ganhou força e se somou aos Estados já governados por pessebistas que disputam a reeleição –Espírito Santo e Pernambuco. Hoje, o partido tem 4 candidaturas que lideram isoladas ou na margem de erro.
O PT, do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, é um dos principais afetados pela ascensão do União Brasil. O partido encaminha a reeleição de Fátima Bezerra no Rio Grande do Norte e lidera com Fernando Haddad em São Paulo, maior colégio eleitoral do país (34,7 milhões de eleitores). Está atrás, porém, no Piauí, Ceará e Bahia, 3 Estados do Nordeste em que venceu em 2018. Partido do presidente Jair Bolsonaro, o PL tem 1 nome competitivo: Cláudio Castro, atual governador do Rio de Janeiro –justamente no reduto eleitoral em que o chefe do Executivo federal construiu sua carreira política.
O PSD, no Mato Grosso do Sul e no Paraná, e o Republicanos, em Santa Catarina e no Tocantins, registram 2 pré-candidatos em 1º lugar isolado ou em empate técnico nessa posição. Novo (Minas Gerais), PSDB (Rio Grande do Sul), PP (Acre), PTB (Alagoas) e Solidariedade (Pernambuco) completam a lista de partidos com 1 candidato competitivo cada um.
Ciro disse que caso não tenha sucesso nas eleições à Presidência deste ano, vai
Da Redação Notícias
O candidato à Presidência pelo PDT, Ciro Gomes, afirmou nesta sexta-feira (29) que, caso não seja eleito, não vai mais disputar ao Palácio do Planalto.
Esta é quarta vez que o ex-ministro tenta se eleger presidente da República. Caso não tenha sucesso na corrida presidencial deste ano, disse que vai "botar a viola no saco".
A declaração foi dada durante o evento em Brasília da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) . O pedetista afirmou que quer vencer as eleições para poder discutir o modelo econômico brasileiro. Caso não consiga, essa será a última vez que disputa a Presidência.
— Esta é a razão pela qual eu, pela quarta vez, tento ser presidente do Brasil. Claro que desta vez chega. Porque, se eu não ganho agora, vou botar a viola no saco, porque eu virei o grilo falante, o chato, o destemperado, porque falo números — afirmou.
Ciro concorreu à Presidência em 1998, 2002 e 2018. Nas três eleições, teve uma média de votos parecidas, entre 10 a 12% dos votos, o que não foi suficiente para que chegasse ao segundo turno. , mas em nenhuma delas conseguiu chegar ao segundo turno.
Em dois dos três pleitos que concorreu, Ciro terminou em terceiro lugar — 1998 e 2018 — , enquanto em 2002 ficou na quarta posição.
Na disputa atual, o pedetista aparece em terceiro lugar nas pesquisas eleitorais, atrás do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o atual ocupante do Planalto, Jair Bolsonaro (PL). De acordo com o último Datafolha, divulgado nesta quinta-feira, o petista tem 47% das intenções de voto, enquanto o presidente tem 29% e Ciro, 8%.
O ex-presidente e candidato à Presidência Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aproveitou a convenção do PSB, que formalizou a coligação nacional com o PT e Geraldo Alckmin como candidato a vice, para fazer um apelo para seus apoiadores irem às ruas para ganhar as eleições
Redação Notícias
Fazendo repetidos elogios ao ex-governador de São Paulo no evento realizado em Brasília, Lula disse que a dupla realizará a "maior revolução pacífica" do país.
Líder nas pesquisas eleitorais, o petista disse que o Brasil só terá jeito quando voltar a crescer, mas destacou que quando isso ocorrer será preciso garantir a distribuição de renda.
Lula afirmou que, a partir de agora, seus atos de campanha ocorrerão em locais abertos. O petista também convocou os aliados a ir para a rua.
Em discurso na convenção nacional do PSB, onde Geraldo Alckmin foi oficializado como vice na sua chapa, o ex-presidente disse que fará uma campanha sem ódio e que pretende fazer a mais “importante revolução pacífica desse país.”
"Vamos fazer uma campanha sem ódio, nós não precisamos aceitar nenhuma provocação. Ninguém tem que brigar com ninguém na rua. Ninguém tem que brigar com ninguém em restaurante. Vamos ganhar tendo coragem. Tem gente que acha que não devo fazer comício, que deva fazer em local fechado. Daqui para frente é tudo em lugar aberto", discursou Lula.
Neste sábado, contudo, o ex-presidente terá um evento em local fechado — no Centro de Convenções do Ceará, em Fortaleza. Lá, o PT fará sua convenção estadual.
"Temos que ir para rua para demonstrar que o povo quer democracia de verdade. Não podemos ceder a esse fanfarrão que não teve coragem de soltar uma lágrima pelas 130 pessoas que morreram nas enchentes de Pernambuco", completou Lula.
Por unanimidade, o PSB aprovou nesta sexta-feira a aliança de Alckmin e Lula. A aliança conta com outras cinco siglas: PCdoB, PV, Solidariedade, Rede e PSOL.
"A experiência do Alckmin e a minha experiência farão a mais importante revolução pacífica desse país. Conhecemos tudo por dentro e por fora, já sabemos como funciona o emaranhado da burocracia", disse o ex-presidente.
Em fala direcionada aos empresários, Lula prometeu não tratar nenhum setor com indiferença, mas afirmou que irá priorizar as pessoas que estão passando fome.
"Todo mundo tem que saber que a gente sempre tem muito cuidado com discurso e temos que agradar todo mundo. A Avenida Paulista e a Faria Lima estão preocupadas com nosso discurso. Banqueiro, empresário, as pessoas tem que saber, nós já governamos esse país e São Paulo, não vamos tratar ninguém com indiferença, mas todo mundo tem que saber que temos uma preferência em cuidar do povo pobre que precisa comer, estudar e trabalhar."
Com informações da Reuters, por Lisandra Paraguassu, e do Extra, por Jeniffer Gularte e Bruno Góes
O candidato à Presidência André Janones (Avante) aceitou convite para dialogar com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para eventual união com o petista no primeiro turno. O candidato do PT vinha “flertando” com a possibilidade de atrair o atual adversário para sua candidatura, e inclusive fez um convite público para que ambos conversassem.
Com Estadão
“Bolsonaro me bloqueou, Ciro não aceitou encontrar comigo, Tebet ignorou por completo minha existência, enquanto aquele que lidera as pesquisas pediu publicamente para conversar comigo. Humildade e democracia andam lado a lado. Convite aceito”, escreveu Janones nesta sexta-feira, 29, nas redes sociais.
Lula respondeu: “Combinado. Política se faz com diálogo e juntando pessoas pelo bem comum. Vou te ligar.”
Combinado. Política se faz com diálogo e juntando pessoas pelo bem comum. Vou te ligar.
— Lula (@LulaOficial) July 29, 2022
No tuíte feito nesta sexta-feira, Janones não citou desistência e nem deixou claro seu posicionamento sobre apoio em primeiro turno. Em entrevista à Globonews esta semana, ele afirmou que chegou a cogitar abandonar sua candidatura em prol da “luta em favor da democracia”, mas disse que nenhum outro postulante ao Planalto o havia procurado para conversar sobre suas propostas. Na mesma ocasião, ele disse ainda que chegou a conversar com Lula, mas que nesse encontro o petista não o pediu para que ele retirasse seu nome da corrida presidencial.
Pesquisa Datafolha divulgada na quinta-feira, 28, indicou a possibilidade de vitória de Lula no primeiro turno, embora com vantagem apertada e no limite da margem de erro. O petista pontuou 47% no levantamento, enquanto os demais candidatos somaram 42%. Para vencer no primeiro turno, é necessário que um candidato tenha 50% mais 1 voto, pelo menos, nas urnas, desconsiderando os nulos e brancos. Nesse sentido, a chance do petista pode aumentar se o número de candidaturas diminuir.
Em discursos e entrevistas, o candidato do PT tem reiterado que seu desejo este ano é vencer a eleição já no primeiro turno. Esse, inclusive, foi um dos motivos apontados pelo ex-presidente para formar aliança com Geraldo Alckmin (PSB), seu antigo adversário e atual vice de chapa. O petista tem dialogado com diferentes partidos nos bastidores num esforço para dar impulso à sua chance de vitória na primeira rodada da votação.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) articula a saída de Luciano Bivar (União Brasil) da disputa pelo Palácio do Planalto numa negociação que envolve a disputa à reeleição do deputado em Pernambuco
JOSÉ MATHEUS SANTOS, JULIA CHAIB, THAÍSA OLIVEIRA E JOÃO GABRIEL
Segundo Bivar relatou a aliados, Lula sinalizou que poderia apoiá-lo na disputa pelo comando da Câmara dos Deputados em 2023, caso vença a eleição, em troca do apoio da União Brasil no primeiro turno.
Para Bivar, importa o apoio de Lula não apenas numa eventual busca pela presidência da Câmara no ano que vem, mas também para que ele seja reeleito deputado.
Aliados do presidente da União Brasil dizem que sem uma articulação na qual o PT e o PSB construam o apoio de prefeitos do estado a Bivar, seria difícil o parlamentar conquistar nova vaga na Câmara.
O parlamentar ficou empolgado com a ideia e conversou com correligionários a respeito. Uma decisão é esperada até sábado (30).
A hipótese de a União Brasil apoiar Lula no primeiro turno, porém, é considerada remota por integrantes da cúpula do partido. Isso porque há dirigentes da legenda, como Ronaldo Caiado, pré-candidato à reeleição em Goiás, que seriam prejudicados com o apoio a Lula.
Além disso, há ainda nomes como o de Mauro Mendes, pré-candidato ao Governo de Mato Grosso, que já declararam apoio a Jair Bolsonaro (PL).
O partido de Bivar detém a maior fatia de fundo eleitoral e o maior tempo de propaganda de rádio e televisão.
Para aliados de Lula, conseguir mais espaço na TV traria um impacto importante para a campanha petista e aumentaria as chances de uma definição ainda no primeiro turno.
Ainda assim, mesmo que não consiga o apoio formal da União Brasil, a saída de mais um pré-candidato da disputa pelo Planalto e aproximação com o PT teria relevância do ponto de vista da governabilidade de uma eventual gestão Lula.
Caso seja eleito, Lula tem como objetivo ter um aliado na presidência da Câmara em 2023. O cargo é determinante na definição de pautas de votação.
O atual presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), é aliado de Bolsonaro. Lira exerce forte influência no governo, sobretudo com o controle de parte das emendas de relator, hoje o principal instrumento de negociação entre o Planalto e o Parlamento.
O foco de Lula é tentar atrair a União Brasil para a base do governo. Há uma expectativa de dirigentes partidários de que a legenda consiga eleger mais de 50 deputados.
Em Pernambuco, a União tem como pré-candidato a governador o ex-prefeito de Petrolina Miguel Coelho, filho do senador Fernando Bezerra Coelho (MDB), ex-líder do governo Bolsonaro.
O movimento de Bivar pegou de surpresa uma ala da União Brasil em Pernambuco, que já estava com a lista de candidatos a deputado federal e estadual praticamente resolvida. Com a possibilidade de candidatura de Bivar à reeleição, o cenário muda.
Aliados de Bivar dizem que ele chegou a tentar articular uma disputa ao Senado com o apoio de Lula, mas a equação seria difícil de ser solucionada. Para se candidatar a senador, Bivar teria de convencer Miguel Coelho a desistir da disputa pelo governo, o que, segundo aliados, está fora de cogitação.
Bivar terá uma reunião tida como decisiva nesta sexta-feira (29) no Recife. Deverão participar Miguel Coelho, Fernando Bezerra e outros dirigentes da sigla no estado.
Nos bastidores, dirigentes do partido apostam que a sigla conseguirá eleger dois deputados federais em Pernambuco. Os mais cotados são o ex-ministro da Educação Mendonça Filho e o deputado federal Fernando Coelho Filho.
Fernando Bezerra e Jair Bolsonaro
Nos bastidores, Bivar tem sinalizado que gostaria que Fernando Filho ou Mendonça desistissem da disputa para facilitar a sua reeleição.
A saída proposta por Bivar seria que Mendonça fosse para a disputa ao Senado na chapa de Miguel, mas o ex-ministro não quer apostar na incerteza diante de uma vitória dada como certa para federal.
Fernando Filho, por sua vez, não quer abdicar do mandato na Câmara.
Prefeitos aliados de Luciano Bivar foram avisados por interlocutores nos últimos dias e já estão preparados para um apoio à candidatura dele à reeleição de deputado, caso se concretize a mudança de planos do parlamentar.
Bivar também tenta viabilizar o apoio de prefeitos aliados ao PSB, partido que é o principal aliado nacional de Lula, junto a dirigentes do partido no estado. O presidente da União Brasil tem boa relação com o governador Paulo Câmara (PSB) e com o prefeito do Recife, João Campos (PSB).
Em Pernambuco, a União Brasil tem três grupos, liderados por Bivar, Miguel Coelho e Mendonça Filho, respectivamente. Desde o fim de semana, a sinalização de uma possível volta de Bivar para ser candidato a federal provocou um rebuliço nas diferentes alas, que passaram a refazer cálculos nas chapas proporcionais.
A convenção do partido em Pernambuco será no próximo domingo (31). Mesmo com a possibilidade de desistência, a convenção de Bivar para a disputa presidencial segue marcada para o dia 5.