O presidente Jair Bolsonaro (PL) registrou nesta terça-feira (9) sua candidatura à reeleição junto ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) ao lado do general Braga Netto, que será o vice da chapa.
POR MATHEUS TEIXEIRA, MARIANNA HOLANDA E MATEUS VARGAS
O chefe do Executivo afirmou à Justiça ter um patrimônio de R$ 2.317.554,73. Em 2018, havia declarado R$ 2,29 milhões (R$ 2,9 milhões se corrigidos pela inflação).
Na ocasião, o então candidato informou que era dono de cinco casas, que somavam pouco mais de R$ 1,5 milhão, três carros, que custavam R$ 280 mil, além de ações, caderneta de poupança e aplicações bancárias.
O mandatário, que já foi sete vezes deputado e se elegeu para o cargo máximo do país no último pleito nacional, inscreveu sua candidatura em meio à ofensiva que tem liderado contra o TSE e as urnas eletrônicas.
O presidente tem 29% das intenções de votos contra 47% do ex-presidente Lula (PT), segundo pesquisa Datafolha divulgada no último dia 28.
Esta é a primeira vez que um presidente disputa a reeleição com um vice diferente do que se elegeu no pleito anterior. O presidente se distanciou do seu atual substituto, Hamilton Mourão, durante o mandato e, desta vez, escolheu Braga Netto para o posto.
O general foi chefe da Casa Civil e ministro da Defesa de Bolsonaro e ganhou a confiança do chefe do Executivo. Pessoas próximas do presidente, principalmente do centrão, chegaram a defender que a vice fosse ocupada pela deputada e ex-ministra Tereza Cristina (PP-MS).
A avaliação era de que uma mulher seria importante para melhorar a aceitação de Bolsonaro no público feminino, uma das fatias do eleitorado em que o presidente registra os maiores índices de rejeição.
O registro de candidatura apresentado pela senadora é uma das últimas etapas antes do início oficial da campanha eleitoral. Com isso, o candidato recebe o número do CNPJ em que serão registrados os gastos e as arrecadações da candidatura.
Os políticos têm até 15 de agosto para pedirem o registro junto à Justiça Eleitoral.
O jornal Folha de S.Paulo revelou em janeiro de 2018 que o então deputado e presidenciável Jair Bolsonaro e seus três filhos que exercem mandato eram donos de 13 imóveis com preço de mercado de pelo menos R$ 15 milhões, a maioria em pontos altamente valorizados do Rio de Janeiro, como Copacabana, Barra da Tijuca e Urca.
Flávio, deputado estadual no Rio de Janeiro e hoje senador, havia negociado 19 imóveis nos 13 anos anteriores.
Os bens dos Bolsonaro incluíam ainda carros que iam de R$ 45 mil a R$ 105 mil, um jet-ski e aplicações financeiras, em um total de R$ 1,7 milhão.
Quando entrou na política, em 1988, Bolsonaro declarava ter apenas um Fiat Panorama, uma moto e dois lotes de pequeno valor em Resende, no interior no Rio valendo pouco mais de R$ 10 mil em dinheiro atual. Desde então, sua única profissão é a política.
Educadora e filha do Bico do Papagaio, Vânia Coelho tem um papel importante na campanha do candidato a governador pelo PL e seu esposo, Ronaldo Dimas. “Nasci na roça e cresci no interior do Tocantins, conheço a realidade do nosso Estado. Os tocantinenses precisam ser cuidados e protegidos. E, como bem conheço Ronaldo, ele não vai descansar enquanto não acudir às emergências que afligem nossa gente, priorizará as pessoas que estão abandonadas.”
Com Assessoria
Vânia destaca que Dimas já fez o compromisso e lançou o Auxílio Tocantins, um pacote social de socorro para colocar comida na mesa das famílias e também de ajuda aos idosos para a compra de remédios. “O Tocantins precisa de uma grande transformação, em especial, as mulheres necessitam de uma atenção especial do governo estadual, acesso a emprego e renda, creches e escolas de qualidade, política de habitação social e saúde pública. Vamos resgatar a dignidade das mulheres tocantinenses e cuidar dos seus filhos”, pontua.
A deputada federal Dulce Miranda (MDB) e ex-primeira dama do Estado reforçou que com Vânia o Tocantins voltará a ter uma primeira dama preocupada com o povo e comprometida com as políticas sociais. Vânia tem acompanhado Dimas nas visitas aos municípios e a atual situação do Tocantins lhe causa indignação. “Não podemos tolerar o abandono a que foi relegado o povo tocantinense, é de partir o coração. E a cada visita, reunião e encontro, Ronaldo fica ainda mais determinado em cuidar da nossa gente”.
Vânia nasceu em Cachoeirinha (TO) e conhece de perto a realidade de milhares de famílias do Bico do Papagaio que vivem em moradias precárias. “Dimas é a solução para o nosso Estado. Ao eleger o Ronaldo Dimas, o Tocantins viverá dias melhores.”
Em encontro com empresários na Fiesp (Federação das Indústrias de São Paulo), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chamou o ex-procurador Deltan Dallagnol, da Lava Jato, de “fedelho”.
Com Yahoo
O petista afirmou que sonhava que o país tivesse a terceira indústrias petroquímica do mundo, e queria que a Braskem fosse essa grande empresa.
“Mas apareceu a Lava Jato para destruir a Braskem. Em nome de quem? De um fedelho chamado Deltan Dallagnol”, falou o candidato do PT à Presidência da República.
Segundo Lula, o ex-procurador encheu a cabeça dos empresários de mentiras, além de ter construído “um mundo de mentiras”.
Carta pela democracia
No discurso, o petista também falou que o presidente Jair Bolsonaro (PL) gostaria de uma “carta feita por milicianos do Rio de Janeiro”.
O atual chefe do Executivo tem criticado e ironizado o documento feito pela Faculdade de Direito da USP (Universidade de São Paulo), que tem mais de 800 mil assinaturas e será lido na quinta (11), no Largo São Francisco. Bolsonaro chegou a dizer que não vai assinar “cartinha”.
O ex-governador Geraldo Alckmin (PSB), candidato a vice na chapa do petista, e Aloizio Mercadante, coordenador do plano de governo, estavam presentes no encontro.
A federação também articulou um manifesto "em defesa da democracia e da justiça" —não é o mesmo feito pela Faculdade de Direito da USP.
Em sua fala, Alckmin agradeceu o posicionamento da Fiesp em defesa da democracia, e foi aplaudido pela plateia.
Lula e a socióloga Rosângela Silva, a Janja, esposa do petista, assinaram o manifesto organizado por juristas da faculdade.
Outros presidenciáveis como Ciro Gomes (PDT), Simone Tebet (MDB) e Luiz Felipe D’Ávila (Novo) também estão na lista de signatários.
Na semana passada, Bolsonaro cancelou sua ida à Fiesp, que estava marcada para acontecer no dia 11, e desmarcou um jantar com empresários.
Além de Lula, Tebet e Ciro já se encontraram com a federação.
Levantamento sobre a disputa em Goiás foi divulgado nesta segunda-feira, 8, pelo instituto Paraná Pesquisas; Ronaldo Caiado (União) é favorito ao governo
Com Revista Veja
O presidente Jair Bolsonaro (PL) aumentou a sua vantagem sobre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em Goiás, um dos estados mais importantes do agronegócio brasileiro, segundo levantamento feito pelo instituto Paraná Pesquisas entre os dias 3 e 7 de agosto e divulgado nesta segunda-feira, 8.
De acordo com a sondagem, Bolsonaro tem 45,1% das intenções de voto contra 30,5% de Lula – no levantamento feito em junho pelo mesmo instituto, o presidente tinha 42,4% contra 32,1% do petista. A margem de erro é de 2,5 pontos percentuais para mais ou para menos.
Segundo a pesquisa divulgada hoje, atrás dos favoritos aparecem Ciro Gomes (PDT), com 5,5%; Simone Tebet (MDB), com 2,1%, e Pablo Marçal (Pros), com 1,4% — os demais não atingiram um ponto percentual. Entre os entrevistados, 7,8% disseram que irão votar em nenhum, branco ou nulo e 5,5% afirmaram que não sabem ou não responderam.
O aumento da vantagem de Bolsonaro é má notícia para Lula, que quer se aproximar das lideranças do agronegócio para tentar enfrentar o presidente na região Centro-Oeste. O petista chegou a ensaiar uma aproximação com o ex-governador goiano Marconi Perillo (PSDB), que, no entanto, optou por disputar o Senado. Goiás é o maior colégio eleitoral da região (4,9 milhões de eleitores) e o 12º do país.
Governo
Na pesquisa para o governo do estado, o atual governador Ronaldo Caiado (União Brasil) lidera com 46,1% das intenções de voto, seguido pelo ex-prefeito de Aparecida de Goiânia Gustavo Mendanha (Patriota), que tem 24,9%; pelo deputado Major Vitor Hugo (PL), com 9,0%; e por Wolmir Amado (PT), com 1,7%.
Os demais candidatos não atingiram um ponto percentual. Entre os entrevistados, 9,9% disseram que irão votar em branco, nulo ou nenhum e 6,5% não souberam ou não responderam. A margem de erro é de 2,5 pontos percentuais para mais ou para menos.
A pesquisa foi feita por meio de entrevistas pessoais com 1.540 eleitores de 58 municípios de Goiás e foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob os nºs BR-09828/2022 e GO-07374/2022.
O presidente Jair Bolsonaro (PL) comparou a aliança do ex-presidente Lula (PT) e do ex-governador Geraldo Alckmin (PSB) na chapa que vai concorrer à Presidência com a união entre os narcotraficantes 'Marcola', o Marcos Willians Herbas Camacho, e 'Fernandinho Beira-Mar', o Luiz Fernando da Costa.
Da Redação
"Lula e Alckmin é Marcola e Beira-Mar se unindo para combater o narcotráfico no Brasil (...). Querem voltar à cena do crime", afirmou Bolsonaro, em entrevista ao Flow Podcast, na noite desta segunda-feira (8).
Na ocasião, Bolsonaro comentava sobre um possível sentimento 'anti-petista' que, segundo ele, dominou o país. "Agora você vê o Alckmin lá: 'Lula, Lula', pô, eu fiquei com vergonha", declarou.
Momentos antes, o presidente afirmou que não "está interessado" em qualquer cargo que lhe conceda imunidade ou uma possível blindagem caso perca as eleições presidenciais em 2022. A ideia de criar um cargo de "senador vitalício" para ex-presidentes chegou a ser articulada por políticos do Centrão no ano passado.
"Não estou interessado nisso. (Porque) vão dizer que eu estou pedindo arrego, que eu 'peidei na farofa. Não tenho interesse. O que eu não quero meu país indo pra esquerda, que embarque no trenzinho Cuba Chile, Venezuela, Colômbia", afirmou Bolsonaro, em entrevista ao Flow Podcast, na noite desta segunda-feira (8).
Em outubro de 2021, lideranças do Centrão trabalhavam na elaboração de uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição) para criar o cargo de “senador vitalício” que beneficiaria todos os ex-presidente da República.
A articulação seria dos partidos do Centrão, com o objetivo de evitar que Bolsonaro perca a imunidade parlamentar, caso não consiga ser reeleito. Sem o foro privilegiado, Bolsonaro corre o risco de responder por crimes dos quais é suspeito.
Bolsonaro no Flow
Bolsonaro concede entrevista ao Flow Podcast após agenda na capital paulista — Bolsonaro se reuniu nesta segunda (8) com executivos da Febraban (Federação Brasileira de Bancos). O atual chefe do Executivo é o primeiro presidenciável entrevistado no podcast.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB) já foram convidados para participar do programa no período pre-eleitoral, mas ainda não há confirmação de datas.
Na sexta-feira (5) passada, Bolsonaro decidiu que irá aos estúdios da TV Globo no Rio de Janeiro dar uma entrevista ao Jornal Nacional. Lula, Ciro e Tebet também serão entrevistados pelo jornal.
O desejo de Bolsonaro era ser sabatinado no Palácio da Alvorada, em Brasília, contrariando as regras da TV Globo, que irá entrevistar os candidatos do PT, do PDT e do MDB nos estúdios do canal.
A emissora esclareceu que foi decidido, desde as eleições de 2014, que todas as entrevistas devem ser concedidas no mesmo local, para garantir igualdade de tratamento entre os candidatos.
O Jornal Nacional convidou os cinco candidatos mais bem ranqueados nas pesquisas, segundo a última pesquisa do Instituto Datafolha, do dia 28 de julho.