Candidatura foi confirmada em convenção do PSOL; será a primeira vez que o PT não encabeçará uma candidatura à maior cidade do País

 

 

Por Juliano Galisi

 

 

O Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) oficializou neste sábado, 20, a candidatura do deputado federal Guilherme Boulos à Prefeitura de São Paulo. A ex-prefeita Marta Suplicy, do PT, será a vice na chapa.

 

A convenção partidária da coligação "Amor por São Paulo" foi realizada no Expo Center Norte, na Vila Guilherme, zona norte da capital paulista. Além do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ministros de Estado estiveram presentes no evento, reforçando a importância da eleição paulistana para o governo federal.

 

Neste ínterim, apoiou, inclusive, o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, razão pela qual setores do próprio PT demonstraram insatisfação com o retorno dela à sigla, intermediado por Lula e confirmado em janeiro deste ano.

 

Marta estava no MDB e, para retornar ao PT, renunciou ao cargo de secretária municipal de Relações Internacionais. Na prática, ela debandou da gestão do emedebista Ricardo Nunes em prol de quem desponta como o principal adversário nas urnas do atual prefeito.

 


Mara Suplicy, vice de Boulos, é ex-secretária de Ricardo Nunes

 

Quem é Marta Suplicy, a vice de Boulos?

Marta Teresa Smith de Vasconcellos Suplicy é formada em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Na década de 1980, foi apresentadora do quadro Comportamento Sexual, na TV Mulher, com o qual ganhou projeção nacional com dicas relacionadas à educação sexual.

 

Foi casada com o deputado estadual e ex-senador Eduardo Suplicy (PT) de 1964 a 2001. Filiou-se ao PT em 1981, mas só se candidatou a um cargo eletivo em 1994, quando foi eleita deputada federal. Na eleição geral seguinte, em 1998, foi candidata ao governo paulista, terminando em terceiro lugar. A boa votação na disputa pelo Bandeirantes cacifou Marta para uma campanha pela Prefeitura paulistana, em 2000.

 

Entre os feitos da sua gestão, estão as criações do Bilhete Único e dos CEUs. As medidas permanecem em vigor até hoje e serão apresentadas pela campanha de Guilherme Boulos como legados da vice para a cidade de São Paulo.

Por outro lado, também se atribui ao mandato da petista a criação excessiva de tributos, razão pela qual ficou conhecida como "Martaxa". O apelido pesou na eleição municipal seguinte, em 2004, e a mandatária perdeu a recondução ao cargo para José Serra, do PSDB. Ela tentou ainda um retorno ao cargo nos pleitos de 2008 e de 2016.

 

Marta também é ex-ministra de Estado. De 2007 a 2008, comandou a pasta de Turismo. Este era o cargo que ela ocupava quando fez uma declaração que abalou por anos sua imagem pública. "Relaxa e goza", sugeriu a então ministra aos turistas que enfrentavam uma crise nos aeroportos.

 

Ela permaneceu à frente da pasta de Turismo até 2008. Naquele ano, tentou retornar à Prefeitura de São Paulo, mas perdeu a eleição para Gilberto Kassab, do DEM. Em 2010, foi eleita senadora.

 

Entre 2012 e 2014, foi ministra da Cultura. Apesar de ter sido nomeada para a função por Dilma, Marta rompeu com a presidente e com o próprio partido em 2015, por meio de uma carta, na qual acusava a sigla de ter se envolvido em escândalos de corrupção. "O Partido dos Trabalhadores tem sido o protagonista de um dos maiores escândalos de corrupção que a nação brasileira já experimentou", escreveu Marta Suplicy no texto.

 


Marta Suplicy, indicada a ministra por Dilma, votou a favor da deposição da ex-presidente; autor do pedido de impeachment foi seu vice-prefeito em SP

No Senado, votou a favor do pedido de impeachment contra Dilma. Além disso, um dos coautores do pedido que depôs a petista foi Hélio Bicudo, vice de Marta na Prefeitura paulistana.

 

Esse rompimento é considerado uma "traição" por determinados setores do PT. Apesar de não estar filiada ao partido, uma das vozes que mais se manifestou neste sentido foi Luiza Erundina, que esteve presente na convenção deste sábado.

 

Rusgas entre Erundina e Marta

Em 2020, durante a campanha eleitoral em que foi vice de Guilherme Boulos, Erundina queixou-se do apoio de Marta ao prefeito Bruno Covas, o principal adversário da chapa à esquerda. "Marta está apoiando Covas. Ela traiu o PT, traiu a esquerda e traiu o povo", disse Erundina.

 

Um embate entre Marta e Erundina já havia ocorrido na eleição municipal anterior, de 2016. Naquele pleito, ambas eram candidatas a prefeita: Luiza Erundina, pelo PSOL, e Marta, pelo MDB. "Você apoia o governo (Michel) Temer, um governo ilegítimo e machista", disse Erundina à emedebista durante um debate televisivo promovido pela RedeTV!. "Você não passou no teste como feminista", alfinetou a candidata pelo PSOL.

 

A rusga entre as ex-prefeitas, em verdade, remonta ao ano em que Marta venceu a eleição. No pleito de 2000, a petista queria uma aliança com Erundina, então no PSB. O acordo não foi adiante, pois a pessebista, rompida com o PT, não arredou de uma candidatura própria. Enquanto Marta venceu Paulo Maluf no segundo turno, Erundina ficou em quinto lugar.

 

A reaproximação de Marta com o PT e com a pré-campanha de Guilherme Boulos foi alvo de críticas de Luiza Erundina. "Um equívoco a decisão do PT em relação a trazê-la de volta ao partido para torná-la candidata a vice", disse a deputada federal do PSOL em março, durante uma agenda com o próprio Boulos.

 

Por outro lado, a despeito das ressalvas, Erundina ressaltou que apoiaria a chapa ao Executivo paulistano de seu partido. "Isso já está dado. Nós temos uma chapa, estamos fazendo a campanha dessa chapa, também fazendo a campanha dos candidatos a vereadores e vereadoras", disse.

 

Coligação de Boulos não 'fura a bolha'

Se o grande trunfo da articulação política é o acordo com o PT, o candidato não obteve o mesmo êxito em atrair mais siglas para a sua coligação.

Ao todo, oito legendas integram a chapa. Na prática, Boulos só obteve o apoio de legendas que não furam a bolha da esquerda: o Partido Democrático Trabalhista (PDT), o Partido da Mulher Brasileira (PMB) e o Partido Comunista Brasileiro (PCB).

 

O apoio do PCB foi anunciado no início da convenção. Além destes, integram a coligação, por adesão automática, a Rede, que é federada ao PSOL, e PCdoB e PV, federados ao PT.

 

O PMB e o PCB são "nanicos" e não dispõem de acesso a recursos públicos para financiamento de campanha. O PMB, curiosamente, era o partido pleiteado por Abraham Weintraub, ex-ministro da Educação durante a gestão de Jair Bolsonaro, para uma candidatura ao Executivo paulistano.

 

Posted On Domingo, 21 Julho 2024 06:37 Escrito por

Por Vinícius Rocha

 

 

O presidente Lula reuniu nesta quarta-feira diversos parlamentares da Câmara dos Deputados que tiveram ligação com dois projetos de lei recentemente aprovados pelo Congresso Nacional. Entre os convidados, estava o deputado federal pelo Tocantins, Ricardo Ayres (Republicanos). Durante o encontro, Lula sancionou uma proposta que permite a prorrogação de prazos para conclusão de cursos de graduação e pós-graduação para estudantes que tiveram filhos ou adotaram crianças, além da ampliação da vigência das bolsas de estudo nesses casos.

 

A ampliação dos prazos em pelo menos 180 dias é válida para a conclusão de disciplinas e trabalhos finais. Os estudantes também poderão ter esse benefício em caso de internação hospitalar de filhos por um período superior a 30 dias.

 

Outro projeto sancionado pelo presidente modifica a Política Nacional de Educação Ambiental, dando atenção às mudanças climáticas, proteção da biodiversidade e aos riscos de desastres socioambientais. Esses temas devem ser inseridos em projetos pedagógicos da educação básica e superior, conforme diretrizes do Conselho Nacional de Educação, além de promover a sensibilização de toda a sociedade.

 

Ayres falou da importância institucional do encontro e afirmou que é preciso, cada vez mais, unir o Brasil com um único propósito: trazer melhorias diretas para a população. “Como deputado, não importa quem esteja na presidência, sempre atuarei pelo bem do país e, de maneira especial, pelo Tocantins. As divergências devem ser deixadas nas eleições, e o mandato serve para trabalhar pelo bem comum, não para causar intrigas que atrapalhem o crescimento do Brasil”, disse o deputado, lembrando que esteve entre os 10 parlamentes da Câmara que mais relataram propostas no último ano.

 

Estavam presentes no evento o ministro da Educação, Camilo Santana, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, a ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, de Luciana Santos e o ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Luiz.

 

 

 

Posted On Sexta, 19 Julho 2024 04:25 Escrito por

O departamento jurídico do PL, partido presidido pelo senador Eduardo Gomes, que tem como candidata à prefeita de Palmas a deputada estadual Janad Valcari, conseguiu liminar, proferida pelo juiz eleitoral Gil de Araújo Corrêa, para que uma pesquisa publicada nas redes sociais do ex-deputado e também pré-candidato a prefeito, Eduardo Siqueira Campos

 

 

Por Edson Rodrigues

 

 

A ação do PL não contestou, em momento algum, o resultado da pesquisa, que apontava Eduardo e Janad praticamente empatados na liderança, mas a forma da publicação que fere as regras eleitorais vigentes. A postagem da pesquisa não trazia dados obrigatórios, como informações relativas ao número de entrevistados, data e margem de erro.

 

Com uma campanha “Big Brother”, com câmeras espalhadas por todos os cantos da cidade – inclusive os mais íntimos – qualquer erro, qualquer deslize, logo vira “manchete” ou, como no caso, denúncia à Justiça Eleitoral.

 

 

Deputada estadual Janad Valcari, e o  também pré-candidato a prefeito de Palmas, Eduardo Siqueira Campos

 

A pesquisa em questão foi realizada pela empresa Promotion – Editora, Portal de Noticias e Pesquisas Ltda., e divulgada como “card” nas redes sociais no dia 16. Imediatamente após a sua publicação, o PL entrou com o pedido de liminar na Justiça Eleitoral e, no dia seguinte, a liminar foi concedida.

 

A equipe de pré-campanha de Eduardo Siqueira Campos foi obrigada a retirar a postagem do ar, sob pena de multa diária de cinco mil reais e, também imediatamente, republicou o card com todos os dados exigidos por lei.

 

ALERTA GERAL

 

 

Esse primeiro fato que chegou à Justiça Eleitoral de Palmas serve de alerta a todas as demais candidaturas de todos os 139 municípios tocantinenses, para que não ajam de forma amadora ou descuidada.

 

Apesar de a sanção imposta ao Podemos ter sido a mera retirada da postagem, e a liminar do PL soar como “vitória de Pirro”, as pesquisas estão sendo muito bem fiscalizadas e monitoradas por todos, de cabos eleitorais à própria Justiça Eleitoral.

 

A ação imediata do PL é um recado de que todos os partidos estão de olho em seus adversários e não deixarão passar nenhum deslize, assim como o Observatório Político de O Paralelo 13 vinha afirmando em seus editoriais, panoramas políticos e outros artigos.

 

As batalhas jurídicas serão parte significativa desta eleição, principalmente em Palmas, onde nada está definido e os pré-candidatos, todos, são pesos-pesados.

 

Até as convenções e as homologações das candidaturas, cada movimento será um “flash”.

 

Já na campanha propriamente dita, cada movimento corresponderá vários flashes.

 

Todo cuidado, ainda é muito pouco...

 

 

Posted On Quinta, 18 Julho 2024 05:51 Escrito por

O Tocantins amanheceu enlutado pela notícia da partida do ex-deputado, com passagem pelo Senado da República, José Antônio Totó Ayres Cavalcante, carinhosamente chamado de Totó Cavalcante, ocorrida na madrugada desta quarta, 17. Na realidade, Totó entra para a história como um dos mais apaixonados e corajosos lutadores da causa separatista do então Norte goiano. Na condição de deputado, representando o antigo Norte de Goiás, líder do governo Henrique Santillo, construiu verdadeiras pontes entre o governo goiano e o governo federal, com a finalidade de apressar a tramitação da proposta de criação do estado junto a Assembleia Nacional Constituinte. Na ocasião, verdade seja dita, nenhum parlamentar estadual, com representação na Assembleia goiana, desfrutava de tanto prestígio e respeito junto ao governo Santillo como Totó.

 

A sua luta heróica pela divisão territorial do Norte goiano, o levou até  a uma greve de fome, em protesto contrário as medidas de Brasília, que barravam o nascimento do Tocantins. Pois bem, a luta vitoriosa de Totó só se concretizou por conta de ser um idealista, gestado nas batalhas estudantis, com participação reconhecida nas extintas Cenog( Casa do Estudante do Norte Goiano) e Conorte( Comissão de Estudos dos Problemas do Norte Goiano).

 

Apesar de ser reconhecido como um general de linha de frente na batalha pela divisão do Norte Goiano, Totó levava uma vida simples, despido de vaidades, e pouco era visto em gabinetes públicos, ou em rodas políticas. Por sinal, quando perguntado se não sentia injustiçado por não fazer parte de governos, sendo ele um baluarte da luta, dizia de pronto: “O homem idealista não busca reconhecimento ou muito menos recompensa por algum feito”. Em suma, como deputado estadual, Totó deixou criado mais de uma dezena de municípios, inclusive Taquaruçu do Porto, que logo após a emancipação cedeu lugar para incorporar a então futura capital, Palmas. Bom seria que, a TO de Taquaralto a Taquaruçu, desse nome a esse gigante, timoneiro, da nossa causa libertária.

 

Goianyr Barbosa

 

Jornalista e integrante da ex- Conorte.

 

 

Posted On Quarta, 17 Julho 2024 15:01 Escrito por

A falta de escolas de educação básica em tempo integral em Paraíso do Tocantins vai além de uma simples lacuna educacional, é um reflexo claro das deficiências na gestão pública local. Apesar da liberação dos recursos na ordem de R$5.832.022,64 para a construção da Escola de Tempo Integral no St. Nova Fronteira, nada foi feito até agora e a prefeitura corre o risco de perder o recurso e a população ficar sem esta obra tão importante

 

 

Da Assessoria

 

 

O pré-candidato a prefeito de Paraíso, Osires Damaso, destinou quase R$ 6 milhões para a construção desta Escola de Tempo Integral no St. Nova Fronteira durante o mandato de deputado federal.  De acordo com informações do Fundo Nacional da Educação, a estrutura que poderia ser construída com o montante beneficiaria 780 alunos.  No entanto, apesar do valor estar empenhado desde dezembro de 2020, a prefeitura de Paraiso não apresentou a licitação até o momento e o recurso corre o risco de voltar para a união.

 

Este cenário revela a falta de execução eficiente de gestão dos recursos disponíveis e o desinteresse da prefeitura em atender às necessidades educacionais da comunidade. Paraíso tem 27 setores, dos quais 11 possuem estruturas escolares, mas nenhuma oferece a modalidade de ensino integral, essencial para o desenvolvimento educacional e social.

 

Para Osires Damaso, as escolas em tempo integral desempenham um papel crucial no desenvolvimento das crianças, oferecendo um ambiente seguro e estruturado onde elas podem aprender, brincar e crescer. “Esse modelo educativo não apenas melhora o desempenho acadêmico, mas também promove o desenvolvimento social e emocional dos alunos. Por isso, essa será uma das minhas prioridades. Garantir este recurso para a construção desta a obra é meu compromisso e, com a parceria dos Governos Estadual e Federal, iremos finalizar esta escola importante para nossa cidade”, disse Damaso.

 

Sem opções de escolas em tempo integral na cidade, encontrar um local seguro e educativo para deixar os filhos enquanto trabalham se torna uma tarefa árdua. Neurian Gomes Teixeira, 65 anos, avó de dois bisnetos, sendo um deles com diagnóstico de autismo, enfrenta essa dura realidade. “Seria maravilhoso saber que eles não só estão bem alimentados e seguros, mas também aprendendo e crescendo. É um sonho ter essa tranquilidade e saber que eles estão recebendo o cuidado e a educação que merecem”, afirmou emocionada.

 

Anielle Cristina Aguiar de Sousa, educadora e mãe, ressalta o prejuízo que as famílias estão passando pela falta de escolas em tempo integral. "A falta de uma gestão política eficiente tem consequências devastadoras para a sociedade. Quando os recursos não são bem administrados e os projetos não são executados de forma eficaz, quem sofre são as crianças e suas famílias. Em Paraíso do Tocantins, a ausência de escolas em tempo integral é um exemplo claro de como a má gestão pode prejudicar o futuro das nossas crianças. A educação é a base para o desenvolvimento de qualquer sociedade, e sem ela, estamos condenando nossos jovens a um futuro incerto e limitando suas oportunidades de crescimento e sucesso”, afirmou.

 

 

Posted On Quarta, 17 Julho 2024 06:50 Escrito por
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