Candidato do PSL lidera em todos os quesitos, inclusive, rejeição
Da Redação
O Instituto FSB Pesquisa entrevistou, por telefone, 2.000 eleitores com idade a partir de 16 anos, nas 27 Unidades da Federação (Ufs). A margem de erro no total da amostra é de 2pp, com intervalo de confiança de 95%. A amostra é controlada a partir de quotas de: (a) sexo, (b) idade, (c) região e (d) tipo de telefonia (fixa e móvel).
Após a pesquisa, foi aplicado um fator de ponderação para corrigir eventuais distorções em relação ao plano amostral. As entrevistas foram telefônicas, realizadas por entrevistadores por meio de telefones fixos e móveis, nos dias 08 e 09 de setembro de 2018.
Essa pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número BR-01522/2018. Observando a legislação eleitoral, a metodologia e o questionário da presente pesquisa foram registrados na última terça-feira (04/09). Nesse sentido, a decisão do TSE do dia 31/08, que determinou a inelegibilidade do candidato Lula (PT) à Presidência, já foi considerada no único cenário de votação estimulada.
A Parlamentar comenta a MP que concede subsídio para reduzir preço do diesel
Com Assessoria
Ao comentar a aprovação da Medida Provisória 838/18, que concede subsídio com recursos da União para reduzir o preço do óleo diesel rodoviário até 31 de dezembro de 2018, a deputada federal Josi Nunes (PROS/TO) voltou a defender a redução do preço da gasolina. A Medida apreciada na última semana pela Câmara Federal será votada ainda pelo Senado.
A parlamentar relembra que a MP foi uma das principais reivindicações pautadas pelos caminhoneiros durante a greve da categoria realizada em maio deste ano. “Nós estamos cumprindo todos os acordos feitos com os caminhoneiros. Essa redução no preço do óleo diesel vai facilitar o trabalho destes profissionais que com o alto preço do óleo diesel acabam pagando para trabalhar”, afirmou Josi.
A tocantinense reforça o compromisso de continuar lutando pela redução do preço da gasolina. “Nós vamos continuar trabalhando para rever essa política de tabelamento de preços do combustível. O preço está realmente muito alto, pesando no bolso de todos os brasileiros. A partir do próximo mês a Câmara irá intensificar o trabalho nesta questão por meio de comissões que vão tratar especificamente sobre este tema. Eu vou fazer parte destas comissões não apenas para defender a redução do preço da gasolina, mas também pra defender o preço da energia elétrica”, acrescentou.
O candidato ao senador teve o apoio declarado do Vice-prefeito de Guaraí e vereadores de Guaraí e Colmeia
Com Assessoria
O início das atividades do Ecoporto de Praia Norte até o final do ano foi defendido por Eduardo Gomes (SD), candidato a senador pela coligação Governo de Atitude, durante pronunciamento realizado em Augustinópolis neste sábado, 8, no lançamento da candidatura à reeleição do deputado estadual Amélio Caires (SD).
Gomes defendeu também a eleição dos dois candidatos a senador que fazem parte da coligação liderada pelo governador Mauro Carlesse, ele e César Halum, e da maioria das bancadas federal e estadual, para permitir a governabilidade e o apoio aos projetos necessários para o desenvolvimento do estado.
Em seu terceiro dia no Bico do Papagaio, Eduardo Gomes participou da grande carreata e concentração popular organizada pelo deputado Amélio Caires em Augustinópolis, com a participação de caravanas de vários municípios da região.
O candidato ao Senado pela coligação Governo de Atitude também participou do atendimento a lideranças políticas regionais, em companhia do governador e candidato à reeleição Mauro Carlesse (PHS), e recebeu apoios importantes, como do deputado estadual Rocha Miranda (SD), do vereador Luiz (do Assentamento) Falcão, da prefeita Nalva Braga e dos vereadores João Soares, Nanico e Chacrinha, de Palmeiras do Tocantins, entre outros.
Mais cedo
No período da tarde, Eduardo Gomes e Mauro Carlesse participaram de uma carreata com o deputado Amélio Cayres pelas ruas de Augustinópolis. O candidato ao Senado esteve também em Araguatins, Palmeiras do Tocantins e São Miguel, onde conversou com a população e recebeu apoio de lideranças.
Vice-prefeito de Guaraí e vereadores de Colmeia e Guaraí levam apoio a Eduardo Gomes
O ex-deputado federal Eduardo Gomes (SD), candidato a senador pela coligação Governo de Atitude, recebeu na manhã deste domingo, 9, o apoio do vice-prefeito de Guaraí e de um grupo de oito vereadores de Guaraí e cinco vereadores de Colméia, que estavam em companhia do deputado estadual Vilmar de Oliveira (SD).
De Guaraí confirmaram o apoio a Eduardo Gomes o vice-prefeito Donizete Rocha e os vereadores Walter Medeiros, Gercival Lopes, Tarcísio Ramos, Emival Peres, Saboinha, Bonfim, Gleidson Bueno e Donizete Medeiros.
Os vereadores de Colmeia que declararam que trabalharão para eleger Gomes ao Senado foram: Baxim, presidente da Câmara, Tião da Matinha, Boroca, Dona Nilza, Danilo da Emater e Antenor.
Eduardo Gomes ainda assistiu na tarde deste domingo, 9, a uma grande cavalgada em Miranorte e encerrou as atividades do dia com uma reunião com vereadores e ex-vereadores de Palmas.
VEJA TRAZ ENTREVISTA COM BOLSONARO APÓS ATAQUE. ÉPOCA AFIRMA QUE HADDAD ESTÁ INCOMODADO COM POSICIONAMENTO DE LULA E ISTOÉ DIZ QUE LULA DEBOCHA DA JUSTIÇA
VEJA
‘MORTE PASSOU A DOIS MILÍMETROS DE MIM’, DIZ JAIR BOLSONARO
O candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro, afirmou nesta sexta-feira, 7, que a morte passou “a dois milímetros” dele. A declaração do presidenciável, esfaqueado no abdômen em um ato de campanha em Juiz de Fora (MG) na tarde de ontem, aparece em um vídeo gravado e divulgado pelo pastor evangélico Silas Malafaia, líder da Assembleia de Deus, durante uma visita no hospital Albert Einstein, em São Paulo, para onde o candidato foi transferido na manhã de hoje.
“Se é que a gente pode falar em distância, a morte esteve distante dois milímetros de mim. A faca passou dois milímetros da minha [veia] cava, eu perdi dois litros de sangue que foram drenados. Se fosse mais três minutos o atendimento, o pessoal diz que eu tinha morrido, é um milagre”, disse Bolsonaro, com dificuldades de falar, ao lado de Malafaia.
Na visita ao candidato do PSL à Presidência, acompanhada também pelo senador Magno Malta (PR-ES) e filhos de Bolsonaro, Silas Malafaia fez orações pelo candidato e disse que “não vai ser essa cambada aí que é contra valores de família, bem-estar da nação que vai destruir o nosso país não”.
Em entrevista, o cirurgião Luiz Henrique Borsato, da Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora, que conduziu a operação de cerca de quatro horas, apontou que a facada desferida por Adelio Bispo de Oliveira em Bolsonaro causou uma “volumosa hemorragia interna”, deixou três perfurações no intestino delgado do presidenciável, que foram suturadas, e uma “lesão grave” no cólon transverso, uma porção do intestino grosso. Neste caso, não houve pontos, mas um procedimento conhecido como colostomia, que consiste na exteriorização de parte do intestino em uma bolsa, onde são excretados fezes e gases.
Segundo o cirurgião, Bolsonaro deve ficar cerca de dois meses com a bolsa da colostomia e, então, será operado novamente para reverter o procedimento. Como o prazo terminaria depois das eleições, o médico foi questionado sobre se a colostomia impediria o candidato de fazer campanha. Ele respondeu que há pacientes que convivem com a bolsa permanentemente, com “qualidade de vida”.
ÉPOCA
HADDAD, O CANDIDATO DISFARÇADO DE VICE, NO CORAÇÃO DO LULISMO
Na noite em que o Tribunal Superior Eleitoral barrava a candidatura do ex-presidente Lula como cabeça na chapa do Partido dos Trabalhadores — fato ignorado pelas hostes petistas, que continuaram a insistir no devaneio de uma dobradinha eleitoral entre um preso e um solto —, um jantar reunia sete homens e uma mulher no restaurante Varanda, no centro de Garanhuns, Agreste de Pernambuco. No dia seguinte, Fernando Haddad, de 55 anos, que oficialmente ainda era apenas vice por obediência às ordens partidárias superiores, faria um périplo nas cercanias da cidade natal de Lula, Caetés — a menos de meia hora dali. Como o lulismo ainda reina forte na região, a visita servia basicamente para a gravação de um programa eleitoral, além de dar uma força para o governador Paulo Câmara, do PSB, que corta um dobrado para garantir a reeleição.
À mesa, o grupo — que incluía, entre outros, um ex-prefeito, uma jovem liderança petista regional, um primo de Lula e dois relevantes empresários da cidade — discutia o acontecimento. Até aquele momento, os caciques locais não sabiam da agenda do candidato-que-não-é-o-candidato, o que lhes pareceu pouco-caso. Houve quem reclamasse de ter de fazer a caminhada ao lado de Paulo Câmara, um dos artífices da pulverização da candidatura da petista Marília Arraes, neta de Miguel Arraes, ao governo estadual para neutralizar a candidatura de Ciro Gomes, do PDT. Mas a turma se inflamou mesmo falando que era um erro protelar tanto a decisão de fazer Haddad titular e Manuela D’Ávila, do PCdoB, vice. “Esse cabra (Haddad) deve estar p... Tem de vir aqui e fazer isso tudo e não pode pedir voto pra si”, comentou-se.
Desde 17 de agosto, Haddad — que perdeu 4 quilos — corria o Brasil sem poder se apresentar como candidato ao Palácio do Planalto. Afinado com o script que acertou com o ex-presidente na prisão em Curitiba, o vice tentava se passar por um mero coadjuvante e respondia, pacientemente, que o candidato era Lula. Um aliado destacou que, diante de suas frágeis relações com o PT, o ex-prefeito tem consciência de que sua candidatura só pode ser levada adiante se for bancada por Lula. O ex-ministro Jaques Wagner, preferido da maioria dos caciques petistas, teria mais autonomia para caminhar com as próprias pernas, o que Haddad não terá como fazer, pelo menos, até eventualmente ser eleito.
ISTOÉ
O DEBOCHE PETISTA NÃO TEM FIM
Desde que foi condenado pelo Tribunal Regional da 4ª Região (TRF4), em janeiro, Lula resolveu adotar como esporte predileto a afronta à Justiça. Não bastasse o fato de ter transformado sua cela em escritório político, Lula decidiu estabelecer uma narrativa cujo propósito é distorcer a realidade. Por decisão esmagadora do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), por 6 a 1, na madrugada do sábado 1, Lula deixou de ser candidato à Presidência porque um condenado em tribunal colegiado de segunda instância, como é o caso do TRF-4, é considerado inelegível. Por óbvio, o TSE determinou, então, a proibição de qualquer propaganda eleitoral que exponha Lula na condição de aspirante ao Planalto. De Curitiba, porém, o petista mandou seu partido seguir com a galhofa. A estratégia incomoda até mesmo alguns dirigentes petistas, a começar pelo fantoche escolhido pelo ex-presidente para representá-lo na chapa, Fernando Haddad. O escárnio petista não tem limites.
Numa decisão que, em linhas gerais, ISTOÉ já antecipara na sua edição de 8 de agosto, o TSE deu um prazo de dez dias para que o PT apresentasse o substituto de Lula na chapa e ainda proibiu o petista de fazer propaganda como candidato, tanto nas ruas, como na propaganda do rádio e TV e nas redes sociais. Mas o PT resolveu ir além, desrespeitando todas as decisões do TSE. A Justiça Eleitoral já concedeu cinco liminares suspendendo propagandas do partido no rádio e na TV, inclusive com a aplicação de multa de R$ 500 mil a cada tentativa de manutenção do ilícito. Apesar de tudo, porém, a tática do PT é a de manter a confusão até o dia 11 de setembro, data final determinada pela Justiça para a substituição de Lula por Haddad.
Ao invés de cumprir a lei e tirar Lula das propagandas, o PT fez apenas alguns ajustes nas peças publicitárias. Um dos jingles da campanha foi alterado. A letra original da música utilizada na propaganda eleitoral dizia: “É Lula nos braços do povo”. Essa frase foi substituída por “Lula é Haddad, é o povo”. Em outro trecho, houve a troca de “Chama que o homem dá jeito” para “Chama que o 13 dá jeito”. Os programas, no entanto, seguem disseminando a ideia de que o candidato é Lula. A estratégia petista é estruturada para atender unicamente os interesses pessoais de Lula, como se ele fosse o dono do partido. Assim, vai mantendo até onde for possível o mantra de perseguido político. Para isso, agarra-se novamente à farsa de que o Comitê de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas pode salvar sua pele e se sobrepor à Justiça brasileira, impondo sua ilegal candidatura. Em decisão na quinta-feira 6, o ministro do STF, Edson Fachin, negou pedido da defesa de Lula e manteve a inelegibilidade.
Dentro do STF, ministros criticam a postura do PT. Eles dizem que essa investida é insustentável, já que uma coisa é a simples recomendação da ONU, outra é a inexistência de força vinculante entre o sistema jurídico brasileiro e a posição da entidade. Nos bastidores do TSE, ministros também classificam a manobra como “chicana jurídica”. Ministros ouvidos por ISTOÉ falam nos bastidores que o PT quer “desestabilizar” o processo eleitoral.
No início da semana, Haddad revelou, a pessoas próximas, estar inconformado. Internamente, diz que o partido está perdendo tempo ao não fazer logo a substituição. As pesquisas internas do PT apontam para a possibilidade de que cerca de 50% dos votos dados a Lula se revertam para ele. O problema é que quanto mais Lula insiste nessa tática burlesca, menor é o tempo que Haddad terá para se viabilizar. Até aí é um problema do partido e de seu poderoso chefão. O que não é lícito é que um político prisioneiro provoque tamanho caos eleitoral a um mês do pleito.
Ataque não deve disparar apoio ao candidato do PSL, mas aumenta suas chances de ir ao segundo turno, dizem cientistas políticos
Da Redação
O ataque ao candidato a presidente Jair Bolsonaro (PSL) - esfaqueado na ÚLTIMA quinta-feira durante um ato de campanha em Minas Gerais - joga ainda mais incerteza sobre uma corrida eleitoral que já estava bastante indefinida. Uma análise inicial do episódio, porém, indica que o Bolsonaro tende a ser beneficiado eleitoralmente pelo atentado, enquanto o concorrente do PSDB, Geraldo Alckmin, que disputa diretamente com ele o voto mais conservador, é o que deve enfrentar mais dificuldades no novo cenário.
Bolsonaro foi transferido na sexta-feira para o hospital Albert Einstein, em São Paulo, e está com quadro estável, mas sem previsão de alta. Seu filho, Flávio Bolsonaro, disse que o pai não deve mais realizar campanha nas ruas.
Para analistas políticos ouvidos pela BBC News Brasil, o ataque não deve gerar uma disparada nas intenções de voto ao candidato do PSL, mas tem potencial para, ao menos, consolidar o apoio que ele já conquistou, o que aumenta suas chances de ir ao segundo turno.
Com a saída do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, declarado inelegível pela Justiça, Bolsonaro aparece em primeiro lugar nas sondagens eleitorais. A última pesquisa Ibope lhe dá 22%, dez pontos percentuais acima de Marina Silva (Rede) e Ciro Gomes (PDT), ambos empatados na segunda colocação com 12%. Logo atrás vem Alckmin, com 9%.
O provável substituto de Lula como candidato do PT, Fernando Haddad, aparece com 6% - ele deve ser confirmado na cabeça de chapa petista até terça-feira. A pesquisa, realizada no fim de semana passado, tem margem de erro de dois pontos percentuais.
PROPAGANDA ELEITORAL E "EFEITO DE MÍDIA"
Havia uma expectativa entre cientistas políticos de que, após o início da propaganda eleitoral em rádio e televisão no final de agosto, Bolsonaro, que tem direito a pouquíssimo tempo, começaria a perder votos, enquanto Alckmin, dono do maior espaço de propaganda, se tornaria mais conhecido e começaria a subir na preferência do eleitorado.
No entanto, após ter sido vítima de uma facada, Bolsonaro deve ser beneficiado por uma mistura do que analistas chamam de "efeito tragédia" e "efeito de mídia", em que há uma intensa cobertura da imprensa, com viés positivo, já que ele foi vítima de um ataque. Além disso, ele agora terá uma justificativa legítima para não comparecer aos debates com outros candidatos, onde tem sido alvo preferencial dos adversários.
"Bolsonaro receberá uma exposição intensa nos próximos dez dias, que não teria sem esse ataque, numa cobertura que vai suavizar sua imagem de agressividade, pois aparecerá numa posição de fragilidade. Não vai perder votos e pode ser até que suba um pouco", acredita o cientista político Jairo Pimentel Jr., pesquisador da FGV.
A socióloga Esther Solano, professora Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) que vem estudando de perto seguidores do Bolsonaro, também acredita que o ataque deve consolidar o eleitorado que o candidato já construiu. O episódio, diz, reforça entre seus apoiadores a leitura de que "o cidadão de bem está desprotegido" e que é preciso ser duro no combate a violência, uma das principais propostas do candidato.
"Mas não acredito que isso vai ajudar a conquistar muitos votos de indecisos, pois esse grupo mais moderado pode entender, com esse ataque, que o discurso agressivo na verdade estimula atos violentos", pondera.
O analista político Alberto Almeida, que vem afirmando desde o ano passado que o cenário mais provável nessa eleição seria novamente um segundo turno entre PT e PSDB, reconhece que o atentado aumenta as chances de Bolsonaro.
Por outro lado, Marina, Ciro e Haddad têm, por sua trajetória política, mais espaço para crescer disputando os votos da esquerda. Para os analistas entrevistados, o atentado poderia atrapalhar a transferência de votos de Lula para Haddad caso o autor do ataque fosse um militante claramente ligado ao PT. As primeiras informações apuradas pela Polícia Federal, no entanto, não indicam qualquer conexão do suspeito com o partido.
Adélio Bispo de Oliveira confessou ter esfaqueado o candidato. Ele é solteiro, tem 40 anos, é morador de Juiz de Fora (MG) e foi filiado ao PSOL entre 2007 e 2014. Suas postagens no Facebook indicam um perfil político mais à esquerda, porém com alguns elementos contraditórios como apoio à redução da maioridade penal, tema mais frequentemente defendido pela direita, e rejeição generalizada a políticos. Ele também criticava a ex-presidente Dilma Rousseff.
Depois de ter atacado Bolsonaro, ele foi preso e indiciado pela Polícia Federal "por atentado pessoal por inconformismo político".
REDUÇÃO DOS ATAQUES?
Além do aumento da exposição, o atentado também pode oferecer uma blindagem a Bolsonaro contra os fortes ataques que vem recebendo de seus concorrentes, principalmente por suas declarações agressivas com mulheres e a favor do armamento da população. Na esteira dessas críticas, a última pesquisa Ibope mostrou um aumento da rejeição ao candidato, que subiu de 37% para 44% em cerca de duas semanas, maior patamar entre os concorrentes.
"O crescimento da rejeição em geral antecede a perda de intenção de voto. Esse atentado, porém, vai obrigar os concorrentes a segurar os ataques ao Bolsonaro, freando esse processo de aumento da rejeição", analisa Pimentel...
..."Atacar alguém numa situação delicada como a de Bolsonaro pode provocar o que chamamos de efeito bumerangue, quando o ataque acaba se voltando contra seu autor", acrescenta.
O cientista político considera que a redução dos ataques pode deixar Bolsonaro numa posição mais favorável também para uma eventual disputa de segundo turno, caso contenha o aumento da sua rejeição. Em geral, o candidato que sai vitorioso dessa segunda etapa é aquele que desperta menos repulsa no eleitorado, sendo capaz de atrair eleitores que optaram por outros nomes no primeiro turno.
A última pesquisa Ibope, realizada antes do ataque, mostrou que Bolsonaro seria derrotado em segundo turno por Ciro, Marina e Alckmin e empataria com Haddad. O petista, porém, ainda é pouco conhecido e tem potencial de crescer na preferência do eleitor, avaliam os analistas.
IMPACTO DO ATAQUE PODE PERDER FÔLEGO ATÉ ELEIÇÃO
Já Alberto Almeida acredita que o "efeito de mídia" que deve beneficiar o candidato do PSL inicialmente tende a perder fôlego até a eleição. O primeiro turno ocorre apenas em sete de outubro, daqui a um mês.
Ele recorda a morte do candidato a presidente Eduardo Campos (PSB) na queda de um avião em agosto de 2014. O primeiro resultado foi que a comoção gerada pelo acidente e a grande exposição da sua substituta, Marina Silva, catapultaram a candidata as pesquisas de intenção de voto, deixando-a empatada na liderança com Dilma Rousseff (PT). Conforme o impacto da notícia foi passando e os ataques à Marina se intensificaram, seu apoio foi murchando e ela acabou em terceiro lugar, atrás de Dilma e Aécio Neves (PSDB).
"O ataque beneficia Bolsonaro, mas se tivesse ocorrido a poucos dias da eleição, teria impacto bem maior", afirma Almeida.