Rogério de Oliveira
Com o objetivo de verificar se garimpeiros, que atuam na região sudeste do Tocantins estariam utilizando artefatos explosivos de forma irregular ou cometendo algum tipo de crime ambiental, foi realizada uma operação conjunta da Delegacia Estadual do Meio Ambiente (DEMA) e Exército Brasileiro, por meio do 22º Batalhão de Infantaria de Palmas, na última quarta-feira, 18, que resultou na apreensão de 26 bananas de dinamite e na prisão em flagrante de Jonas Batista Dias, 52 anos, que estava de posse dos artefatos, sendo autuado em flagrante pelo crime de posse ilegal de explosivos. Conforme o delegado Marcelo Falcão, titular da DEMA, por volta das 14h, a força-tarefa composta por policiais civis e militares do exército chegou até um garimpo localizado no povoado do Príncipe, na zona rural do município de Natividade, onde encontraram vários trabalhadores descansando. Após se identificarem, os policiais perceberam quando um dos homens tentou se desvencilhar de um saco. De imediato, os agentes pegaram o saco de linhagem e localizaram em seu interior, 26 bananas de dinamite (material controlado pelo exército), além de 10 estopins, utilizados para detonar os explosivos. Ao ser indagado, Jonas afirmou aos policiais que não possuía autorização para utilizar os artefatos explosivos. De imediato o indivíduo recebeu voz de prisão e foi encaminhado à delegacia de polícia civil de Almas, onde foi autuado em flagrante por posse de explosivos. Sobre a origem dos explosivos, Jonas se negou a dizer onde e com quem teria conseguido os artefatos. Após os procedimentos cabíveis, Jonas foi recolhido à carceragem da cadeia pública de Natividade, onde permanecerá à disposição do poder judiciário. Durante a operação, que contou com a participação de peritos da polícia científica, foi investigado desvios de explosivos, bem como sua autorização sem a devida autorização, uma vez que esse tipo de artefato é comumente utilizado por criminosos na explosão de caixas eletrônicos, em várias cidades do Estado.
Sem Comissão, diretório, sede, telefone nem líderes o PMDB deixa órfãos milhares de militantes que apoiavam o partido e votavam em seus candidatos
Edson Rodrigues
Um partido que estava presente em Porto Nacional desde o início da era democrática, quando, então, MDB, e arregimentou para si a maioria das melhores cabeças pensantes da cidade, a maioria dos líderes políticos e a simpatia imediata da população, hoje já não existe mais.
Nem a maior ferramenta de buscas da história da humanidade, que é o Google, é capaz, hoje, de responder onde está a sede do PMDB em Porto Nacional.
Pior que isso, onde estão os peemedebistas da cidade?
A verdade é que o PMDB de Porto Nacional não existe, legalmente, para o TRE. Um fim melancólico de uma história de lutas e de engajamento que começou com João Pires, Rego Barros, Jurimar Macedo, Pioca, Osmar Medrado e tantos outros, que rendeu grandes frutos para a política tocantinense e seduziu as melhores mentes da cidade durante anos. Que, ainda em Goiás, elegeu prefeito o saudoso Jaime Farias, Totó Cavalcante, Portinha e tinha o seu porta-voz na Assembleia legislativa de Goiás. Depois de criado o Tocantins, esteve sempre presente na Assembleia legislativa com Baylon Pedreira, Merval Pimenta – que depois se elegeu deputado federal – ,Dr. Condim, vários secretários de estado, presidentes de autarquias e cargos do 1º ao 4º escalão do governo. Hoje, seus membros migram para outros partidos, legendas que tenham mais atitude ou que, pelo menos, existam legalmente. Estamos falando de Messias Aires, Cleusa Aires, Edgar Mascarenhas e tantos outros.
A parte do PMDB portuense que ainda existe, na verdade são “as partes”, pois o partido está dividido em facções, então existe o “PMDB do A”, o do B, o do C, o do D, e assim por diante, quase chegando ao fim do alfabeto.
O mais incrível, é que com tantas vertentes, tantas alas, nenhuma se preocupa com a indicação de um líder, alguém que responda pelo partido, alguém que resolva as pendengas jurídicas que impedem a legenda de existir na cidade, de ter uma sede, um número de telefone, um sonho, um futuro político e, o crucial, de ter um candidato a prefeito, a vice ou a vereador, que seja, nas próximas eleições municipais...
Enquanto isso, é um peemedebista que comanda o Estado, mas que nada pode fazer para ajudar na recomposição do partido em Porto, sob pena de, ao privilegiar um ou duas alas, desagradar ao resto e arrumar uma confusão para si próprio.
O que o PMDB de Porto Nacional ainda pode tentar fazer, é se regularizar junto à Justiça Eleitoral como Comissão provisória e tentar alguma coligação, para negociar tempo de TV e rádio, pois, voto, voto, mesmo, hoje, infelizmente o PMDB não tem em Porto Nacional. Uma pena para a democracia, uma pena para Porto Nacional, uma pena para a nossa história política e, principalmente, uma pena para peemedebistas históricos jogados na sarjeta.
VEIA POLÍTICA E DESGASTE
Por ter uma veia política latente, todo portuense tem orgulho da sua história e das contribuições da cidade na luta separatista. O PMDB de Porto Nacional marcou presença forte como referência política desde os anos 70 e esse processo de divisão de alas, vertentes ou facções, veio enfraquecendo e empobrecendo sua importância política. Mesmo assim, ainda há alguns oportunistas que se apresentam ao Palácio Araguaia se dizendo “líderes do PMDB de Porto Nacional” a procura de benefícios, cargos para apadrinhados e indicações de empregos para familiares. Uma vergonha.
Todo esse desgaste das lideranças políticas portuenses, no nosso ponto de vista, deveu-se ao abandono, à falta de um representante da cidade no quadro de auxiliares do governador Marcelo Miranda, o que formaria, por si só, um ponto de convergência, uma pessoa a quem todos os demais peemedebistas da cidade procurariam e que serviria de porta-voz junto ao governo.
Mas, hoje, nem isso nossa cidade tem, e os cidadãos, os eleitores, têm que se contentar com as lembranças de um passado que contou com Dr. Antônio Coelho, Euvaldo Thomás de Souza, Jurimar Macedo, Jaime Farias, com uma cidade tão grandiosa em seus domínios, que é “mãe” de municípios como Ipueiras, Oliveira de Fátima, Santa Rosa, Silvanópolis.....
Uma grande pena, e uma grande vergonha!
Deputados que ouviram o relato de Pinato afirmaram que a ameaça teria se dado no momento em que o deputado e sua mulher deixavam a filha na casa da sogra
O relator do processo de cassação de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Fausto Pinato (PRB-SP), relatou a integrantes do Conselho de Ética, a portas fechadas, que recebeu ameaça de morte de um motoqueiro, em São Paulo. "Diz ao deputado que é para parar com isso. Ele quer ir pro céu? Aqui é tão bom, por que ele quer ir pro céu?", teria dito o motoqueiro ao motorista do parlamentar.
Deputados que ouviram o relato de Pinato afirmaram que a ameaça teria se dado no momento em que o deputado e sua mulher deixavam a filha na casa da sogra.
Um motoqueiro teria batido no vidro do carro e falado com o motorista do deputado.
Ainda segundo o relato de Pinato a integrantes do Conselho, alguns deputados lhe disseram ter recebido telefonemas de pessoas com orientações para que ele tome precauções para assegurar a sua segurança e a de sua família.
A informação sobre a suposta ameaça a Pinato e a familiares foi tornada pública pelo deputado Sandro Alex (PPS-PR), vice-presidente do Conselho de Ética. "Cabe à Mesa Diretora zelar pela dignidade e respeito das prerrogativas constitucionais de seus membros. Eu questionei o relator da matéria, deputado Pinato, se ele ou alguém de sua família sofreu qualquer tipo de constrangimento ou ameaça nos últimos dias. Ele disse que sim. Então, requeiro que vossa excelência designe segurança para o deputado Pinato e sua família", afirmou Alex na sessão plenária desta quinta, se dirigindo a Cunha.
Horas depois o presidente da Câmara divulgou ofício em que solicita ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, instauração de inquérito pela Polícia Federal para apurar a suposta ameaça, além de proteção policial a Pinato e a seus familiares.
Após se reunir com integrantes do Conselho, Pinato saiu apressado da sala do Conselho, sem falar com a imprensa. As poucas palavras que disse no caminho até o plenário da Câmara foram no sentido de que irá cumprir o seu dever apesar das ameaças que diz ter recebido.
Revoltados com a decisão do presidente em exercício da Câmara, Felipe Bornier (PSD-RJ), de cancelar sessão desta quinta-feira (19) do Conselho de Ética marcada para a leitura do relatório do processo contra Cunha, deputados passaram a deixar o plenário da Casa aos gritos de “vergonha!” e “fora, Cunha!”. O vice-líder do PRB, deputado federal César Halum (PRB-TO), chegou a sair do plenário, liberar a bancada para fazer o mesmo e indicar obstrução da pauta de votações.
Para Halum ficou a impressão de que a sessão do Plenário foi marcada para atrapalhar o Conselho de Ética. O republicano fez duras críticas ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha. “Todos nós parlamentares devemos dar exemplo de decoro e ética, o presidente da Câmara não tem feito isso. Além de passar por cima do Regimento Interno, está perdendo a cada dia a legitimidade de presidir. E o que o Bornier fez, orientado logicamente por Cunha, aqui não se faz”, protestou.
Denúncias
A representação contra Cunha foi apresentada pelos partidos PSOL e Rede Sustentabilidade, com base em investigações judiciais contra o deputado. O relator da representação, Fausto Pinato (PRB-SP), anunciou nesta semana que dará parecer favorável ao prosseguimento do processo. Para César Halum essa foi a decisão mais correta.
“São sérias as acusações contra Eduardo Cunha e cabe a nós deputados decidirmos se ele fica ou sai. Não podemos tapar o sol com a peneira, isso tem sujado o parlamento e deixado a população ainda mais incrédula ao Poder Legislativo. Não vou pagar pelo erro dos outros”, disse.
Nesta fase do processo, o conselho deve decidir apenas se há elementos mínimos para o prosseguimento da investigação, e não é avaliado se as irregularidades apontadas foram de fato cometidas. Cunha é acusado de ter recebido propina ligada ao esquema de corrupção na Petrobras investigado pela Operação Lava Jato e de ter omitido à Câmara a existência de contas na Suíça de sua propriedade.
Voto declarado
Ao Jornal do Tocantins deste domingo, César Halum declarou sua posição a favor do afastamento de Cunha. “Se o processo de cassação de Eduardo Cunha fosse hoje, votaria a favor. As justificativas que ele deu em defesa de todas as acusações não foi nada convincente. Ele está confundindo "trust" com trouxas e isso eu não sou. Não acreditarei em qualquer balela”, declarou o deputado ao periódico.
Armas, drogas e máquinas de caça níqueis apreendidas, mandados de busca e apreensão executados e cinco pessoas presas. Esse foi o resultado final de dois dias de operação da Polícia Civil em Porto Nacional. A operação Avalanche, realizada em duas etapas (I e II), no inicio deste mês, teve como objetivo principal por fim a onda de criminalidade que tem tirado o sossego da população portuense, tirando de circulação, principalmente drogas das ruas de Porto Nacional.
Na primeira etapa da operação, a polícia civil de Porto Nacional recebeu um reforço de 25 agentes e dois delegados da Polícia Civil da capital que, juntos realizaram buscas em várias residências de suspeitos de envolvimento com o crime e deram cumprimento a 15 mandatos de busca e apreensão, ao quais resultaram na prisão, em flagrante, de quatro pessoas, por tráfico de drogas. Também foram apreendidos aproximadamente 1kg de maconha e mais de 50 pedras de crack.
Já na segunda fase, uma força tarefa composta por aproximadamente 20 policiais civis da Delegacia Estadual de Repressão a Narcóticos (Denarc), Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos, além de agentes da 4ª Delegacia Regional de Porto Nacional, resultou no cumprimento de sete mandados de busca e apreensão a residências e estabelecimentos comerciais suspeitos, além de apreensão de drogas, máquina caça-níquel e prisão de uma pessoa por envolvimento a associação com o tráfico. Com ele os agentes encontraram um tablete de maconha, pesando aproximadamente 200 gramas da droga, cerca de 100 gramas de crack, uma balança de precisão, além de dinheiro, proveniente da venda de entorpecentes.
Vistorias também foram feitas em um bar no setor municipal, onde funcionava em uma espécie de cassino. No local foi apreendida uma máquina caça-níquel.
Ambas as operações fazem parte do planejamento estratégico da Secretaria da Segurança Pública (SSP) para combater a onda de violência que tem acontecido na cidade. De acordo com o delegado Guilherme Rocha, “a polícia civil vai continuar dando o suporte necessário para que a população de Porto Nacional tenha mais segurança”. O delegado afirmou ainda que Porto Nacional é ponto estratégico para distribuição de entorpecentes para outras cidades e até outros estados. “Priorizamos o combate ao tráfico de drogas, pois ele é a mola propulsora de vários outros crimes, recentemente ocorridos na cidade de Porto Nacional. Nesse sentido, nosso foco maior é o combate ao tráfico já que através dele, muitos outros crimes são praticados”, declarou.
O secretário da Segurança ressaltou que todos os esforços serão feitos para apurar crimes cometidos, sobretudo contra a vida e outras ações serão realizadas até devolver à população, a tranqüilidade que é característica do lugar. “Já determinamos que ações como as que foram feitas no inicio deste mês, se torne rotina. Nossos investigadores e delegados de Especializadas estarão monitorando ações suspeitas para que possam ser combatidas antes de serem realizadas”, finalizou.
As operações foram realizadas por agentes da Delegacia Estadual de Repressão a Narcóticos (Denarc), Grupo de Operações Táticas Especiais (GOTE), Delegacia Especializada na Repressão de Furtos e Roubos de Veículos Automotores (Derfrva), além de policiais da 4ª Delegacia Regional de Porto Nacional.