O Observatório Político de O Paralelo 13, em conversa reservada durante o café da manhã desta terça-feira, tomou conhecimento das prioridades do Partido dos Trabalhadores, PT, que tem Luiz Inácio Lula da Silva como presidente da República e seu principal comandante, para o Tocantins, nas próximas eleições municipais.
Por Edson Rodrigues
Com o curioso modus operandi de protocolar os métodos a serem empregados em todos os Estados, independente do número de eleitores, a cúpula nacional petista já deixou claro que pretende dominar as ações, por meio do seu diretório nacional, visando as eleições de 2024. Segundo nosso interlocutor, que prefere o anonimato, está definido que o PT terá candidatos próprio nas 27 capitais e, pelo menos, nos dois maiores colégios eleitorais, o que significa postulantes petistas em Palmas, Araguaína e Gurupi, respectivamente, em território tocantinense.
CÉLIO MOURA E PAULO MOURÃO
A mesma fonte nos garantiu que em Araguaína, o martelo está batido, com o nome do ex-deputado federal Célio Moura (foto) à frente. A opção por Célio Moura significa oxigenar a política estrutural da legenda no Tocantins e em Araguaína, pois o ex-deputado sempre foi um companheiro leal e acabou prejudicado em sua candidatura à reeleição à Câmara Federal, por conta de movimentações internas do partido no Tocantins, que resultaram em uma divisão dos membros em alas, coisa corriqueira em se tratando do PT, que mais atrapalharam que ajudaram nas eleições do ano passado.
Célio Moura é reconhecido na região Norte do Tocantins por um trabalho de décadas como advogado do povo, levando adiante causas da população mais necessitada.
Em Palmas, segundo o apurado pelo nosso Observatório Político, o nome desejado pelo PT é o do ex-prefeito de Porto Nacional, Paulo Sardinha Mourão, (foto) ex-deputado federal e estadual, que goza de amizade de longa data com o principal articulador político do PT, José Dirceu, pai do deputado federal Zeca do PT, líder do governo na Câmara Federal.
O posicionamento de José Dirceu é de que só há no PT uma pessoa preparada e com credibilidade para ser um candidato competitivo à prefeitura de Palmas e essa pessoa é Paulo Mourão, que mescla experiência em gestão pública, com ótima passagem pela prefeitura de Porto Nacional, além de ser um petista autêntico e ficha-limpa.
Nossa fonte adiantou que as tratativas para colocar o projeto de Paulo Mourão como candidato á prefeitura de Palmas serão conduzidas pela própria cúpula nacional do PT.
Enquanto isso, em Gurupi, a escolha do nome será conduzida pelo Diretório Estadual do PT.
DISPUTA INTERNA, DIVISÃO DO PARTIDO E AS INTRIGAS
Não é segredo para ninguém que as intrigas e desavenças políticas são o que mais atrapalham dois partidos dos mais antigos no Tocantins.
Esse racha permanente, em que a legenda é subdividida em alas, tem sido o maior empecilho do MDB e do PT no Estado, o que, nas últimas eleições, levou os dois partidos a uma vexatória atuação nas urnas, em que nenhum deles conseguiu eleger sequer um deputado estadual, quem dirá deputado federal ou senador, em seu pior desempenho político nos 34 anos de história do Tocantins, encaminhando uma transformação de seus patrimônios e histórias políticas em pó.
Agora, o PT nacional traz para o Tocantins suas estratégias traçadas para cada Estado da federação, tentando emplacar bons nomes nos três principais colégios eleitorais, contando com a Capital, tentando eleger pelo menos um desses prefeitos, além de obter vitórias pontuais em municípios de médio e pequeno porte, visando as eleições majoritárias de 2026, para que possa voltar a ter representantes na Câmara Federal e na Assembleia Legislativa.
É aguardar a prática pra ver se o discurso é o mesmo da teoria...
Por Edson Rodrigues
Uma das vozes mais importantes da Região Sudeste do Tocantins, Joaquim de Taipas, ex-prefeito do município que lhe empresta o nome, protocolou sua saída do PSD, do senador Irajá Abreu, presidente estadual da legenda.
Joaquim de Taipas é um político da velha guarda, fiel e companheiro, e por muitos anos esteve ao lado da ex-senadora Kátia Abreu, desde quando ela foi candidata a deputada federal, e do senador Irajá Abreu, desde o início da sua caminhada política. Por isso, sua saída do PSD é entendida como uma baixa, tanto no partido, por perder um quadro tão influente e importante no cenário estadual.
Defensor do desenvolvimento político da sua Região, Joaquim de Taipas tomou a sua decisão da forma mais abrangente, segundo o apurado pelo Observatório Político de O Paralelo 13. A decisão foi de se afastar de vez, politicamente, do clã dos Abreu, com a desfiliação automática do PSD.
Os motivos, ainda segundo nossa apuração, é o apoio de Joaquim de Taipas ao grupo palaciano, decisão tomada em 2022, quando ele apoiou a candidatura à reeleição de Wanderlei Barbosa, por conta da sua ligação política com o, então, candidato a vice-governador, Laurez Moreira, ex-prefeito de Gurupi, com quem nutre amizade pessoal há anos.
Essa amizade pesou para que Joaquim de Taipas decidisse por apoiar Laurez em 2026, quando deve ser candidato natural ao governo do Estado, e receber do amigo, apoio para os seus candidatos a prefeito e vereador em toda a Região Sudeste já nas eleições de 2024.
SERIEDADE E BOA CONDUTA
Joaquim de Taipas sempre foi reconhecido no meio político por ser uma pessoa de palavra, ética e correta em suas ações. Por isso, sua saída do PSD está acontecendo sem alarde e sem revanchismo político, como ele sempre atuou na sua carreira, sem acusações, falácias ou baixarias dirigidas aos seus ex-companheiros políticos.
Os próximos passos de Joaquim de Taipas serão aguardar as orientações do seu amigo, Laurez Moreira, sobre em qual partido deve se filiar para que possa receber apoio total e irrestrito no decorrer de sua carreira política, da pessoa que pode vir a ser governador do Tocantins em um futuro próximo.
Perde o PSD, ganha o grupo palaciano...
Presidente da Câmara elogiou o ministro da Fazenda
Por Naian Lucas Lopes
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), se reuniu nesta segunda-feira (5) com o presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e ministros Rui Costa (Casa Civil) e Alexandre Padilha (Relações Institucionais). O chefe do legislativo apresentou uma série de reclamações dos deputados federais sobre a articulação política do Palácio do Planalto e usou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT-SP), como exemplo positivo de relação entre membro do governo federal e o Congresso.
Lira explicou passo a passo de como passou a ter uma relação de confiança com Haddad. Ele relatou que o responsável pela pasta econômica faz questão de escutar as opiniões das lideranças partidárias, detalha quais atitudes tomará para que os projetos sejam apreciados pelos parlamentares e só promete aquilo que pode cumprir.
O presidente da Câmara contou na reunião que trabalha em conjunto com o ex-prefeito de São Paulo para que a reforma tributária seja aprovada no Congresso sem nenhuma dificuldade.
Lira aproveitou para dizer a Rui Costa e Padilha que todos do governo deveriam seguir o exemplo de Haddad. O deputado chegou a dizer que o ministro da Fazenda consegue convencer a todos que os projetos econômicos não são do Planalto, mas de toda a classe política, dando aos parlamentares sensação de “pertencimento”.
O presidente da Câmara ainda apontou que diretores do Ministério da Fazenda confraternizam e buscam pedir opiniões de deputados e senadores todos os dias, o que facilita a boa convivência entre Congresso e a pasta econômica. “Se determinado ministro não gosta de confraternizar, que coloque alguém que goste para fazer isso”, sugeriu Lira.
Lula controla grupo para evitar ciúmes
Ao escutar os elogios de Lira a Haddad, Lula afirmou que sabe do poder de articulação do ministro da Fazenda, por isso o colocou no cargo. Porém, disse que confia nos chefes das Relações Institucionais e da Casa Civil. “O Rui foi governador oito anos e o Padilha já foi ministro. Eles sabem como articular”, pontuou o petista na reunião
Lula explicou a Lira que uma das dificuldades do governo foi “limpar” o Planalto por causa da gestão anterior. Ele chegou a dizer que o Congresso agora é diferente de 20 anos, então o Planalto precisa ser também. Se no passado deixou muita gente de confiança do FHC no governo, ele não pode fazer o mesmo com bolsonaristas.
Porém, prometeu mais agilidade e pragmatismo para nomear os cargos de segundo e terceiro escalão do governo.
Convites mais baratos irão custa R$ 300 e R$ 1 mil, e dinheiro arrecadado será direcionado a projetos de formação política
Por Paulo Assad
O Partido dos Trabalhadores anunciou nesta quinta-feira que irá realizar um "arraiá" no dia primeiro de julho. A festa julina irá acontecer em Brasília, com ingressos sendo vendidos por R$ 300, R$ 1 mil e R$ 5 mil. A assessoria do presidente Luiz Inácio Lula da Silva confirmou a sua presença no evento.
Segundo a organização da festa, não há diferença entre os convites, apesar dos valores variados, todos dando acesso a cinco horas de buffet com comidas típicas. De acordo com a secretária nacional de finanças do PT, Gleide Andrade, o dinheiro arrecadado com o evento será destinado a projetos de comunicação e formação política do partido.
— A nossa festa junina, além de promover o lazer e a confraternização, tem como objetivo dar prosseguimento às ações de arrecadação financeira para a manutenção das atividades de formação, mobilização e de comunicação que vêm sendo incrementadas nos últimos anos pela direção nacional do partido — disse Gleide Andrade
A confirmação da presença de Lula no evento foi feita pela secretária em sua conta no Instagram. "Eu fiz o convite ao presidente Lula e ele confirmou sua participação, inclusive já comprou o convite. Então no dia 01/07 vai ser uma grande festa, com muita canjica, quentão e muita comida típica", escreveu ela em um post desta sexta-feira.
A festa julina irá acontecer no Minas Brasília Tênis Clube e contará com "comidas típicas e atrações musicais", segundo o anúncio do PT nas redes sociais.
As últimas movimentações nos bastidores do MDB estadual colocaram a Comissão Provisória do partido em Araguaína à beira de uma implosão, aquele tipo de explosão de dentro pra fora, em que a estrutura é destruída, mas preserva-se o entorno.
Por Edson Rodrigues
As oposições ao prefeito Wagner Rodrigues já começaram a ter publicadas as desavenças entre si. A principal delas é o racha no MDB, que acabou de nomear o tio do deputado estadual Jorge Frederico para ser o presidente da Comissão Provisória, o que iniciou a “fritura em óleo morno” do vereador por três mandatos Geraldo Silva, que faz parte da base de apoio ao prefeito Wagner Rodrigues que, inclusive, havia convidado o prefeito para se filiar ao MDB por onde pleitearia sua reeleição, causando um grande abismo entre as alas internas da legenda.
Vereador Geraldo Silva
Por outro lado, Jorge Frederico é um forte pré-candidato a prefeito da Capital do Boi Gordo, que conta com o apoio do ex-deputado Elenil da Penha. A postulação de Frederico vem ganhando corpo nos últimos dias, em detrimento da pré-candidatura de Alexandre Guimarães, do Republicanos, que parece patinar no mesmo lugar, justamente no melhor momento para decolar.
Enquanto isso, o deputado federal Lázaro Botelho, ex-secretário do governo do Estado, e sua esposa, ex-deputada Valderez Castelo Branco, que foi líder do governo Wanderlei Barbosa na Assembleia Legislativa, aguardam o posicionamento do grupo palaciano para tomar posição e anunciar que será o candidato deles a prefeito de Araguaína.
CHANCE ZERO E PROBLEMAS NA JUSTIÇA
Prefeito de Araguaína Wagner Rodrigues
Logo, as chances de o governador Wanderlei Barbosa apoiar a candidatura à reeleição de Wagner Rodrigues, aliado do senador Irajá Abreu, que acaba de fazer um pedido de auditorias nas contas da secretaria estadual de Saúde, é zero.
Outro motivo que distancia o Palácio Araguaia de Wagner Rodrigues, é que ele está sendo alvo de denúncias e investigações, por parte do Ministério Público, por improbidade administrativa na nomeação de parentes de primeiro grau de seus secretários.
Cabe ressaltar que Wagner Rodrigues tem credibilidade junto á população, conseguida por ter demonstrado ser um gestor de conceito, mas, politicamente, sua atuação é contestada e, se não agir rápido, realizando uma oxigenação em sua equipe e não melhorar em sua atuação no aspecto político, o prefeito de Araguaína vai encontrar muitas dificuldades em busca de apoio e respaldo político à sua reeleição.
ÚNICO ALÍVIO
O único alívio de Wagner Rodrigues é a certeza de que a oposição vindo com várias candidaturas e rachada, como é o caso do MDB, só beneficia a sua postulação à reeleição, deixando tempo e espaço livres para que ele faça os ajustes necessários e mudar a rota da sua administração, sem os secretários que mais atrapalham que ajudam.
Já a oposição, precisa ser mais inteligente, principalmente a parte ligada ao governador Wanderlei Barbosa, que espera que cada um faça a sua parte para que ele possa fazer a sua, pois sua gestão, em termos políticos e de ação e obras, já é um respaldo mais que suficiente.
O certo é que há espaço tanto para Wagner Rodrigues quanto para a oposição ao seu governo crescer e se tornarem competitivos, mas, dividida, dificilmente a oposição conseguirá fazer frente à reeleição do prefeito de Araguaína.
Só os fortes permanecem!