A revelação de mensagens de áudio entre o ex-major Aílton Barros e o coronel Élcio Franco, ex-secretário-executivo do Ministério da Saúde na gestão de Eduardo Pazuello, discutindo uma trama golpista, deixou bolsonaristas atônitos. A descoberta dos áudios também foi considerada "gravíssima" por ex-integrantes do governo de Jair Bolsonaro (PL)

 

Por Juliana Dal Piva

 

Os dois militares chegam a debater como prender o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal). O material foi revelado pela CNN e confirmado pelo UOL.

 

As conversas integram o inquérito da PF (Polícia Federal) que apura a falsificação de cartões de vacinação. Na semana passada, Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, foi preso com Aílton depois da descoberta de mensagens que mostravam os pedidos de inserção falsa de dados sobre vacina da família de Cid e também de Bolsonaro no sistema eletrônico do SUS (Sistema Único de Saúde).

 

Nas conversas, Élcio e Aílton falam em passar por cima do então comandante do Exército, Freire Gomes, usando o Batalhão de Operações Especiais do Exército.

 

Em um dos áudios, Élcio diz: "O Freire [comandante do Exército] não vai. Você não vai esperar dele que ele tome à frente nesse assunto, mas ele não pode impedir de receber a ordem. Ele vai dizer, morrer de pé junto, porque ele tá mostrando. Ele tá com medo das consequências, pô. Medo das consequências é o quê? Ele ter insuflado? Qual foi a sua assessoria? Ele tá indo pra pior hipótese. E qual, qual é a pior hipótese?".

 

Élcio diz ainda: "Ah, deu tudo errado, o presidente foi preso e ele tá sendo chamado a responder. Eu falei, ó, eu, durante o tempo todo [ininteligível] contra o presidente, pô, falei que não, não deveria fazer, que não deveria fazer, que não deveria fazer e pronto. Vai pro Tribunal de Nuremberg desse jeito. Depois que ele me deu a ordem por escrito, eu, comandante da Força, tive que cumprir. Essa é a defesa dele, entendeu? Então, sinceramente, é dessa forma que tem que ser visto".

 

Mais adiante, Aílton Barros fala para Franco: "Esse alto comando de m… que não quer fazer as p…, é preciso convencer o comandante da Brigada de Operações Especiais de Goiânia a prender o Alexandre de Moraes. Vamos organizar, desenvolver, instruir e equipar 1.500 homens".

 

 

Posted On Terça, 09 Mai 2023 06:47 Escrito por

O ex-governador Marcelo Miranda, muito popular e querido pelo povo tocantinense, passou por poucas e boas em relação á Justiça durante sua vida pública. Indiciado, condenado, impedido de tomar posse após ser eleito senador e, finalmente, preso por 147 dias, ele nunca deixou de brigar para provar sua inocência.

 

Por Edson Rodrigues

 

Depois de passar por um verdadeiro linchamento público e político – ele e sua família, com ataques venais de adversários oportunistas, que fizeram questão de não separar a vida pública da vida pessoal - por conta do tratamento dado pela imprensa, principalmente a nacional, sobre cada imbróglio que enfrentou na Justiça, Marcelo Miranda, agora, vem colecionando vitórias jurídicas e mostrando, de forma contundente, que não mereceu passar por tantos infortúnios e que sua humildade em aceitar cada ação, cada investida contra sua carreira política, fez crescer ainda mais a simpatia do povo por ele.

 

Quando saiu da prisão, em dois de fevereiro do ano passado, Marcelo Miranda se mostrou convicto em retomar sua carreira política, apesar de seus adversários continuarem usando as investigações de forma oportunista e vil, tentando “jogar a pá de cal” na carreira política do “governador cassado”.

 

Silêncio

 

Naquela ocasião, quando o STF se julgou incompetente para sentenciar Marcelo Miranda por “falta de conteúdo comprobatório”, e ordenou sua soltura, pouca gente se manifestou em favor do ex-governador, com a maioria da imprensa que havia dado destaque e manchetes garrafais sobre sua prisão, assumindo um silêncio sepulcral, deixando uma lacuna incompleta no rol das informações sobre a carreira de Marcelo Miranda.

 

Agora, mais uma decisão em favor de Marcelo Miranda, mais silêncio.

 

Em decisão do Juiz Orcélio Nobre da Silva, da 1ª Vara de Fazenda e Registros Públicos do Tribunal de Justiça do Estado do Tocantins, Marcelo Miranda e uma série de outros servidores públicos foram inocentados do processo movido pelo Ministério Público do Estado, que imputava crime de improbidade administrativa ao governador em relação á contratação das empresas formadora do então Consórcio Rivoli, para a construção de pontes.

 

A decisão foi publicada no último dia dois de maio, e o Juiz cita que “com efeito, a inicial apresenta várias páginas, como informa o Ministério Público, mas não se extrai delas a indicação do dolo na atuação de cada requerido. O fato de ter havido “até mesmo investigação criminal na Polícia Federal e ordem judicial do STJ para diligências criminais contra vários dos réus da presente ação”, a propósito, por si só, sem a apresentação dos indicativos da atuação dolosa de cada requerido não satisfaz a exigência legal”.

 

A sentença continua: “Verifica-se, pois, apenas conjecturas genéricas. A narrativa da dimensão, dos prejuízos, e da intensa indignação, contudo, não é suficiente para se caracterizar a improbidade administrativa, que exige, logo na apresentação da inicial, ao menos indícios do dolo que é imputado em relação a cada uma das condutas de cada um dos réus”. ” O fato de ter havido “até mesmo investigação criminal na Polícia Federal e ordem judicial do STJ para diligências criminais contra vários dos réus da presente ação”, a propósito, por si só, sem a apresentação dos indicativos da atuação dolosa de cada requerido não satisfaz a exigência legal”.

 

 

A própria Justiça condena a forma leviana com que os fatos foram “jogados ao ar, sem provas e que não viu, “ao menos indício” de dolo, ou seja, de culpa, na conduta dos “réus” apresentados pelo Ministério Público Estadual.

 

A Justiça está sendo feita. De forma tardia, é verdade, afinal, Dr. José Edmar de Brito Miranda não está mais entre nós, para ver seu nome sendo afastado de acusações que beiram a calúnia. Mas Marcelo Miranda, tão bombardeado pela mídia, está respondendo do seu jeito, com humildade e parcimônia, sem ofensas aos seus acusadores, mas com sede de Justiça.

 

Dizem que tarda, mas não falha!

 

Veja a Decisão da Justiça aqui

 

Posted On Segunda, 08 Mai 2023 06:17 Escrito por

Ex-ministro fala nesta 2ª sobre bloqueios da PRF; Congresso tem PL das Fake News, CMPI e arcabouço fiscal

Com Agências

 

O ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Anderson Torres depõe nesta 2ª feira (8.mai), às 14h30, para a Polícia Federal em inquérito sobre as operações de bloqueio em rodovias feitas pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), no segundo turno das eleições de 2022. Investigadores apuram se houve interferência do governo Jair Bolsonaro (PL), na tentativa de influir nos resultados das urnas.

 

O ex-ministro e ex-secretário de Segurança do Distrito Federal está preso desde 14 de janeiro, suspeito de omissão nos atos golpistas do 8 de janeiro.

 

Depois de ter negado quatro pedidos de liberdade no STF, Torres recebeu neste sábado (5.mai) as primeiras visitas autorizadas de senadores. Ao todo, 38 parlamentares foram liberados para ir ao Batalhão da Polícia Militar do Guará, onde Torres está preso.

 

 

O depoimento abre a segunda semana de maio, que tem ainda a abertura de mais 250 ações penais no Supremo Tribunal Federal (STF) contra os golpistas do 8 de janeiro e início de análise do quarto pacote de denúncias da Procuradoria-Geral da República (PGR).

 

Golpistas

 

No Supremo, mais 250 acusados de atuarem nas invasões e depredações dos prédios sedes dos Três Poderes, em Brasília, no dia 8, e de estarem acampados nos quartéis do Exército serão colocados no banco dos réus às 23h59 desta 2ª feira.

 

É quando se encerra a sessão virtual de análise do STF do terceiro pacote de denúncias feitas pela PGR - de um pacote maior inicial de 1,3 mil, já em mãos dos ministros.

 

Esses primeiros pacotes de acusações envolvem dois núcleos de atuação nos atos golpistas de 8/1: o dos executores dos crimes na Praça dos Três Poderes e os incitadores e autores intelectuais, a maioria deles, de acampados na frente dos quartéis. A PGR dividiu os 2,5 mil alvos em quatro núcleos de atuação para facilitar os processos.

Assim que encerrar a sessão virtual, começa outra. Nela serão analisas mais 250 golpistas. A análise, que deve ter o voto do relator, ministro Alexandre de Moraes, na madrugada desta 3ª feira (9.mai), segue aberta até o dia 15.

 

Neste domingo (7.mai), o STF formou maioria para aceitar as 250 denúncias da PGR, que estão sob análise até a meia-noite de 2ª feira. Com o voto do ministro Gilmar Mendes, são cinco ministros que seguiram o voto do relator, Alexandre de Moraes, pela abertura dos processos penais, com base nas denúncias.

 

O placar até o fim da tarde era de 6 votos a 1. O ministro André Mendonça votou pela rejeição de 200 das acusações e o aceite de 50, que para ele devem ser enviadas para julgamento na primeira instância, e não no STF.

 

Congresso

 

A semana também tem debate sobre o tema também no Congresso. Governo e oposição lutam pelo espaço na composição da CPMI dos Atos Golpistas, aberta no fim de abril.

 

O líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), avisou que até o final da próxima semana deve ser definido o presidente, o relator e os membros da CMPI.

 


Rodrigo Pacheco, Lula e Lira, no Congresso

 

Sem acordo sobre a composição da comissão, o início dos trabalhos deve ser adiado para o final do mês. A CPMI dos Atos Golpistas foi aprovada no dia 26 de abril, pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

 

Outro tema que tomará a pauta da semana, no Parlamento, é o Projeto de Lei das Fake News. Mais uma frente onde o governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ministro de relações Institucionais, Alexandre Padilha, enfrentam problemas.

 

 

A Câmara chegou a pautar na semana passada o PL para votação, mas acabou sendo adiada. O relator do projeto, deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), tenta contornar as dezenas de propostas de emendas apresentadas e pediu prazo para analisar o conteúdo, diante da forte pressão contrária ao texto levado ao Plenário.

 

Fiscal

 

Na pauta econômica, o governo tenta remendar o projeto de lei do arcabouço fiscal apresentado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), que tem enfrentado resistência no Congresso.

 

O relator deputado Cajado prepara novo texto para viabilizar a aprovação da proposta, essencial para o governo, e as tratativas serão de bastidores. O debate oficial no Parlamento fica suspenso até a próxima semana. Haddad está fora do Brasil, no início desta semana, assim como o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).

 

Posted On Segunda, 08 Mai 2023 06:11 Escrito por

Duas das três na Câmara ainda estão sem indicação de relator e membros; CPMI do 8 de Janeiro terá mais participação do governo

Por Camila Costa

 

As três comissões parlamentares de inquérito (CPIs) que já tiveram os requerimentos de criação lidos pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), devem ser instaladas apenas no fim de maio. Um dos entraves é a definição dos presidentes e relatores de duas delas.

 

Lira está nos Estados Unidos e só volta a Brasília no dia 10, quando deve retomar essas negociações. O início da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro também deve ficar para depois do retorno dele.

 

No Senado, a CPI das Organizações Não Governamentais (ONGs) está sendo formada e deve ser instalada nos próximos dias.

 

As CPIs têm poderes de investigação semelhantes aos das autoridades judiciais. Podem convocar pessoas, requisitar documentos e quebrar sigilos pelo voto da maioria dos integrantes.

 

Veja detalhes de cada CPI por Casa:

 

Câmara dos Deputados:

CPI do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST)

 

O pedido de abertura da CPI do MST foi protocolado em 15 de março. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), leu o pedido de abertura no último dia 26. O colegiado vai investigar o aumento do número de invasões de terra nos últimos meses. O deputado cotado para ser o relator é Ricardo Salles (PL-SP).

 

O deputado Airton Faleiro (PT-PA) é coordenador do núcleo agrário do PT na Câmara e adiantou que a CPI também deve apurar os crimes dos grandes latifundiários que promovem grilagem de terras e desmatam áreas de preservação ambiental, especialmente na Amazônia,.

 

O requerimento de abertura da investigação teve 172 assinaturas. O colegiado terá 27 membros titulares e igual número de suplentes. Os deputados que vão compor a investigação serão indicados pelos líderes partidários.

 

Desde 2003, o MST já foi investigado em quatro comissões de inquérito no Congresso. A primeira foi a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Terra, que funcionou entre 2003 e 2005.

 

CPI das Americanas

 

O pedido de investigação foi protocolado em março e recebeu 216 assinaturas. Arthur Lira leu o requerimento de abertura em 26 de abril. A comissão vai apurar suposta fraude financeira nas lojas Americanas.

 

Após o início da investigação, os deputados terão 120 dias para investigar o rombo contábil de R$ 20 bilhões da empresa. Ainda são aguardados os nomes dos 27 titulares, 27 suplentes e a escolha de relator e presidente.

 

CPI das apostas esportivas

 

O colegiado vai investigar os esquemas de manipulação de resultados em partidas de futebol profissional. O pedido foi protocolado em 14 de março na Câmara.

 

De iniciativa do deputado Felipe Carreras (PSB-PE), o requerimento tem a assinatura de outros 204 parlamentares. O próprio Carreras será o relator da comissão. A CPI terá 34 integrantes, mas os nomes dos membros ainda não foram oficializados.

 

Senado

 

CPI das Organizações Não Governamentais (ONGs)

 

Os blocos partidários já oficializaram alguns nomes que vão compor a CPI das ONGs. O bloco Vanguarda indicou os senadores Jaime Bagatolli (PL-RO) e Zequinha Marinho (PL-PA).

 

O senador Hamilton Mourão será o representante do Republicanos. O suplente é o senador Mecias de Jesus (RR). Plínio Valério (PSDB-AM), autor da proposta de investigação, pretende presidir o colegiado. Já a relatoria deve ficar com o senador Márcio Bittar (União Brasil-AC).

 

Ao todo, a CPI terá 11 titulares e 7 suplentes. O colegiado pretende investigar a atuação de ONGs de fachada na Amazônia e como foram usados recursos enviados pelo governo entre 2002 e 2023, além da interferência do poder público sobre as organizações e a compra ilegal de terras. O prazo para apresentar o relatório é de 130 dias.

 

O pedido de CPI foi protocolado no Senado em 2019, e o requerimento chegou a ser lido no plenário em 2022, mas a comissão não foi instalada por falta de acordo e de indicações de membros pelos líderes. Com a mudança de legislatura, o pedido perdeu a validade, e um novo pedido foi apresentado.

 

Congresso

 

Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro

 

Os líderes devem oficializar os nomes que vão compor a comissão a partir do dia 10, data em que o presidente da Câmara volta de viagem. A previsão é que o colegiado seja instalado em 15 de maio.

 

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, se posicionou nessa sexta-feira (5) sobre a proporcionalidade das vagas na comissão. Ao todo, serão 32 vagas. O governo ficará com 12 cadeiras e a oposição, nove. O restante ficará com partidos que se denominam independentes.

 

A CPMI vai investigar os atos relacionados à invasão e à depredação das sedes dos Três Poderes, o que inclui a apuração sobre quem participou, financiou e incentivou os atos de vandalismo.

 

 

 

 

Posted On Domingo, 07 Mai 2023 04:21 Escrito por

Nos bastidores, aliados de Bolsonaro temem desgaste do ex-presidente e articulam mais vagas na comissão

 

Por Bruna Lima

 

Apesar de questionamentos quanto à distribuição de vagas na comissão parlamentar mista de inquérito (CPMI) para apurar os atos extremistas de 8 de janeiro e das investigações mirando o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a oposição no Congresso reafirma o interesse na instalação do colegiado, que deve ocorrer na próxima semana.

 

A previsão anterior era a instalação na semana do dia 1º. Contudo, o período foi tomado pelas articulações em torno do projeto de lei das Fake News, que acabou sendo retirado de pauta pela falta de acordo para aprová-lo. Tanto o Senado quanto a Câmara também aguardavam a decisão do presidente da Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), sobre questões de ordem que interferiam na proporcionalidade das cadeiras na CPMI.

 

Pacheco foi contrário ao pedido da oposição que buscava garantir uma vaga para o Novo na Câmara e uma para o Bloco Vanguarda, formado pelo PL e o Novo no Senado. Com isso, os aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) perdem duas cadeiras na comissão.

 

O líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), recorreu da decisão internamente, junto à Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), mas disse que não pretende judicializar o caso. A estratégia é indicar os membros para as duas cadeiras disponíveis enquanto aguarda resposta do recurso, sem a pretenção de adiar os trabalhos.

 

"Vamos aguardar que o Congresso decida sem que isso signifique, da nossa parte, uma tentativa de procrastinação. Queremos e conclamamos que isso não aconteça, que não sirva de desculpa para a não instalação", afirmou Marinho.

 

A movimentação do Novo na Câmara é mais ofensiva. O presidente da legenda, Eduardo Ribeiro, afirmou que vai entrar com mandado de segurança na Justiça contra a distribuição das vagas.

 

A pressão para a abertura da CPMI vem da oposição, que quer usar os trabalhos para investigar a suposta omissão do governo federal em impedir as invasões aos prédios da Praça dos Três Poderes. No entanto, parte dos parlamentares aliados a Jair Bolsonaro temem que o momento não seja propício para a instalação por causa das recentes operações da Polícia Federal envolvendo o ex-presidente.

 

Desde que voltou dos Estados Unidos, Bolsonaro prestou dois depoimentos à Polícia Federal — no caso das joias e dos atos de 8 de Janeiro — e deve passar por nova oitiva nas investigações sobre fraude nos certificados de vacinas.

 

A base do governo só intensificou o movimento para garantir o comando dos trabalhos por avaliar que a instalação seria inevitável. Isso ocorreu depois da divulgação das imagens do ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Gonçalves Dias em meio aos vândalos durante a invasão ao Palácio do Planalto.

 

Futuro da CPMI

As lideranças se movimentam para montar uma estratégia sobre quais pessoas serão convocadas para depor no colegiado. Pelo lado dos aliados ao governo, há a expectativa da convocação do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Anderson Torres. Já a oposição vai apostar na apresentação de documentos e no depoimento do ex-ministro do GSI Gonçalves Dias.

 

Já há nomes confirmados pelas lideranças partidárias e outras articulações avançadas. O governo trabalha para consolidar um pelotão experiente e midiático, com nomes como Renan Calheiros (MDB-AL), Eduardo Braga (MDB-AM), Omar Aziz (PSD-AM) e Randolfe Rodrigues (Rede-AP), senadores que integraram a CPI da Pandemia.

 

A oposição também trabalha para emplacar políticos de grande visibilidade, mas para defender a imagem do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), incluindo filhos dele e ex-ministros.

 

Posted On Sábado, 06 Mai 2023 07:17 Escrito por
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