O ex-governador Siqueira Campos, de forma muito elegante ao estilo do jogador Pelé decide pendurar as chuteiras da vida pública, em um momento em que sozinho tem a liderança das pesquisas de intenções de votos espontânea e estimuladas, seguido de Vicentinho Alves.
Por Edson Rodrigues
A pesquisa realizada em 39 municípios, dos dias 8 a 12 de agosto, em que o candidato lidera as pesquisas de intenções de voto para o senado. A pesquisa foi registrada no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) sob o número TO-02589/2018.
A decisão de José Wilson Siqueira Campos foi de um total desprendimento e prova de amor pelo Tocantins. Estado que tem sua marca de luta e vitória, um estado que era o sonho de um povo sofrido na época do norte goiano. Considerado na época pelos principais líderes políticos do Estado, como uma região sem lucros, que só dava despesas ao Estado de Goiás.
Siqueira Campos defendendo a criação do estado do Tocantins na Constituuição de 1988
Em Colinas, Siqueira começou a trabalhar na área rural, fundou a Cooperativa Goiana de Agricultores e deflagrou o movimento popular que pedia a criação do Tocantins. Na eleição de 1965 foi vereador de Colinas do Tocantins com votação expressiva, tornou-se presidente da Câmara no ano seguinte. Siqueira foi eleito deputado federal, reeleito por mais quatro mandatos, permanecendo no cargo entre 1971 e 1988, enquanto representante do norte goiano. Chegou a fazer uma greve de fome de 98 horas em favor da causa separatista. Siqueira foi, inclusive, deputado federal Constituinte.
A criação do Tocantins, pelos deputados membros Assembleia Constituinte, finalizou uma luta de quase 200 anos dos moradores do então Norte de Goiás em prol da divisão do Estado, trazendo a perspectiva de desenvolvimento para uma região que viveu séculos de relativo isolamento. Com o Tocantins finalmente criado, Siqueira Campos se elegeu o primeiro governador, para mandato de dois anos Foi também responsável pela construção da capital Palmas. Voltou a ocupar o cargo governador por mais três mandatos. (1995 a 1998 / 1999 a 2003/ 2011 a 2014),
Eduardo Gomes
O vice-presidente nacional do partido do Solidariedade Eduardo Gomes sempre foi um político de união, de muita humildade. Era um dos pré-candidatos a uma das duas vagas ao senado com o apoio da maioria das lideranças partidárias e dos partidos que fazem parte da coligação do Governador Mauro Carlesse.
Siqueira Campos instalando o Governo em Miracema
Para evitar um descontentamento na base ou até um possível rompimento no grupo, Gomes foi elegante, aceitou com grandiosidade ser o primeiro suplente do ex-governador José Wilson Siqueira Campos, candidato ao senado. Mas como diz o próprio candidato, entrou na vida pública ao lado de Siqueira, e todo o caminho foi trilhado assim. Os dois além de companheiros de palanque e vida pública são grandes amigos o que facilitou a comunicação e compreensão no grupo.
Trajetória
Eduardo Gomes é empresário e sempre foi engajado em movimentos sociais e culturais. Foi professor de educação física em Araguaína, atuando à frente de caravanas do movimento jovem e na luta pela criação do Estado do Tocantins. Foi secretário de Cultura e Turismo de Xambioá, sendo depois convidado a ser secretário de Cultura e Turismo Araguaína. Foi chefe de gabinete da Prefeitura e depois vereador de Palmas.
De vereador, chegou à Câmara dos Deputados, em Brasília, em 2002, com número expressivo de votos: Em 2006, foi reeleito. Em apenas dois mandatos (2003/2006 e 2007/2010), Eduardo Gomes se tornou um dos mais influentes parlamentares do Brasil. Com foco na defesa por projetos de interesse do povo tocantinense, foi presidente da Comissão de Ciência, Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara dos Deputados, função de relevância nacional pela primeira vez exercida por um parlamentar tocantinense.
Agora, com a desistência de Siqueira Campos por motivos de saúde, Eduardo Gomes passa a ser o titular da vaga ao Senado, e o ex-governador, o primeiro suplente.
Inversão de papéis
Em nota, via assessoria de imprensa, Siqueira Campos, candidato ao senado pelo Democratas (DEM) informou sua desistência a vaga por questões de saúde. Conforme o material divulgado pela assessoria do candidato.
“Ao final da tarde desta quarta-feira, por iniciativa própria, ligou para o editor-chefe do Jornal do Tocantins, jornalista Tião Pinheiro, e comunicou sua decisão de não mais ocupar a cabeça de chapa para o Senado Federal. Não pela sua idade, mas sim por fatos como estes que ocorreram nesta data e que o impediriam de visitar os 139 municípios tocantinenses. De poder abraçar e corresponder com a sua presença, o desejo que o eleitor tem de conduzi-lo ao Senado da República”, explicou.
Após entendimentos mantidos com a presidente do Democratas, deputada federal Dorinha Seabra, e com seu companheiro de chapa, ex-deputado Eduardo Gomes, Siqueira Campos comunicou que continuará na chapa, mas na condição de primeiro suplente. Podendo assim, quando chamado, continuar contribuindo com o Tocantins.
Siqueira Campos lembrou ainda que seu antepassado Toninho Siqueira Campos e o Brigadeiro Eduardo Gomes fizeram história no famoso episódio dos 18 do forte de Copacabana. E que aos 17 anos, inspirado no Brigado Eduardo Gomes, filiou-se à União Democrática Nacional (UDN), que é o DNA de seu atual partido, o Democratas. “Comecei a minha vida pública com o Brigadeiro Eduardo Gomes e parto para finalizá-la com jovem Eduardo Gomes, meu companheiro de chapa, que desde os seus 17 anos me acompanha na vida pública.
Nem a tribunais superiores nem a Igreja escapam, segundo estudo da Fundação Getúlio Vargas. Presidência da República agoniza
Por Edson Rodrigues
Dados coletados pelo ICJBrasil (Índice de Confiança na Justiça), produzido pela Escola de Direito de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (Direito SP), revelaram queda na confiança da população em praticamente todas as instituições analisadas, na comparação com o relatório de 2016. As que sofreram as quedas mais acentuadas foram o Poder Executivo (45%) e Congresso Nacional (30%).
À exceção de redes sociais, que viu a confiança subir 61% de um ano para o outro, e da Polícia, que registrou um leve incremento de 4%, a confiança do brasileiro nas outras instituições analisadas caiu. Destaques para Sindicatos (-29%), Ministério Público (-22%), Poder Judiciário (-17%), Grandes Empresas (-15%), Emissoras de TV (-9%), Igreja Católica (-7%) e Forças Armadas e Imprensa Escrita, ambas com queda de 5%. Partidos políticos mantiveram um patamar de 7% na confiança e deixaram o posto de instituição menos confiável pelos brasileiros para o Governo Federal, com apenas 6%.
Pela primeira vez, o ICJBrasil incluiu o STF na avaliação, a fim de verificar se o brasileiro difere o trabalho da Suprema Corte do restante do Judiciário. A confiança da população na Supremo Tribunal Federal é de 24%, assim como na Justiça.
A confiança da população no Judiciário também apresentou uma queda de 10 pontos percentuais entre 2013 a 2017, passando de 34% para 24%. “Esse dado é significativo, tendo em vista que nos anos anteriores não havia grandes oscilações no grau de confiança na Justiça”, destaca Luciana.
As instituições que mais tiveram queda no seu grau de confiança foram o Governo Federal, que passou de 29% para 6%, o Ministério Público, de 50% para 28% e as grandes empresas, cuja confiança passou de 43% para 29%.
2019, O ANO DO ARROCHO
Segundo os dados apresentados nos balancetes do governo federal, dos governos estaduais e dos municipais, 2019 será lembrado na história política brasileira como “o ano do arrocho”. Um ano em que os gabinetes e repartições públicas irão trabalhar com o mínimo de efetivo possível, pois a palavra de ordem em todos os setores será “cortar gastos”.
Sem agir assim, os gestores não terão como ajustar as contas públicas. O caso dos prefeitos é exemplar: quem, até hoje, não conseguiu fazer sua administração decolar, pode ir esquecendo o sonho da reeleição. Fornecedores, colaboradores e empresas que “venderam fiado” para as prefeituras sabem que será muito difícil receber qualquer pagamento nos seis primeiros meses de 2019.
Além de já estarem falidos, as prefeituras e governos estaduais terão que enfrentar a queda na arrecadação de impostos, pois, sem receber o povo não compra e, sem comércio, não há circulação de dinheiro
Seja quem for que assumir o governo federal e os governos estaduais, terá que “sentar no trono” já “botando o pé na parede”, tomando medidas drásticas e extremamente impopulares se quiserem ter chances de fazer um bom governo.
As administrações precisarão se adequar à Lei de Responsabilidade Fiscal. Isso significa demissões de contratados e terceirizados, extinção e fusão de secretarias (ou ministérios, no caso do governo federal) e acerto de contas com bancos e instituições financiadoras, para que possam voltar a ter condições de endividamento e celebração de convênios.
TOCANTINS NA UTI
Seja quem for eleito para o cargo de governador do Tocantins dentre s atuais candidatos, receberá um “paciente” em estado grave, no corredor da UTI, com quase todos os seus “órgãos” comprometidos.
Esse eleito terá que forma uma equipe técnica de alta capacidade e disposição para tirar o Tocantins do estado em que se encontra. A “medicação” terá que ser urgente e na dosagem certa, sob o risco de matar de vez o “paciente”.
O problema é que o paciente em risco não é exatamente a instituição estado, mas, sim, seus cidadãos, trabalhadores, comerciantes, empresários, jovens e crianças, que correm o risco de ficar sem o que lhes é de direito, como uma Saúde Pública de qualidade, uma Educação Pública eficiente, Segurança Pública equipada e municiada de condições para garantir os direitos de cada pessoa, com delegacias e presídios que confiram dignidade tanto aos agentes quanto aos presidiários, e mais uma gama de “consertos” e ajustes que envolvem toda a administração pública.
O Tocantins já deve milhões ao IGEPREV, aos bancos que fizeram empréstimos consignados aos servidores, a prestadores de serviço e a fornecedores. Se fosse uma empresa privada, o Tocantins já teria entrado com o pedido de falência.
É preciso que seja estabelecido um pacto de governabilidade com a Assembleia Legislativa, para que o Executivo possa agir – e dividir com os parlamentares a responsabilidade das ações a serem tomadas – e garantir um espaço mínimo para manobras e acordos.
RESPONSABILIDADE DIVIDIDA
Quando falamos, no início deste editorial sobre a queda na credibilidade de entidades antes respeitadas pelo povo, estávamos falando justamente sobre os órgãos fiscalizadores, em quem a população depositava sua confiança para colocar amarras nos atos de improbidade e de corrupção.
Não adianta tapar o sol com a peneira, pois a Lei de Responsabilidade Fiscal está aí para ser cumprida e são esses órgãos fiscalizadores seus bastiões.
Quando falamos que a LRF foi deixada de lado por algum tempo, nos referíamos à frouxidão na fiscalização, que deixou a situação chegar aonde chegou. Agora, essa distração está sendo sentida com a queda na credibilidade junto ao povo.
Isso é fato, é real, não é fake.
Como teremos segurança econômica, se, mesmo com ordem judicial, expedida pela Justiça Eleitora, proibindo o governo interino de Mauro Carlesse de contratar e exonerar servidores, o que vimos acontecer foi exatamente o contrário?
O governo não paga prestadores de serviço nem fornecedores e já estourou o orçamento deste ano, ficando os meses de setembro a dezembro sem segurança para o pagamento dos servidores muito menos para o repasse aos demais poderes
Por enquanto, o que se salvou no Tocantins foi o trabalho consciente do ex-secretário de administração do governo Marcelo Miranda, Jeferson Ayres, que conseguiu aprovar uma norma para que os servidores recebam seu 13º no dia de seus aniversários, restando ao Estado pagar, em dezembro, apenas a folha de novembro.
Ai de ti, Tocantins!
GOIÁS EM COMA FINANCEIRO
O principal jornal de Goiás, O Popular, publicou na edição do último dia, 9, uma grave confirmação: o governo do Estado não tem dinheiro e pode atrasar salário dos servidores públicos já em agosto.
A informação parte de um desembargador do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO), Carlos Alberto França, que revela que a gestão do candidato Zé Eliton (PSDB) busca fontes de recursos para quitar a folha.
Em sessão plenária no TJ, o magistrado detalhou a conversa que teve com o procurador-geral do Estado, Luiz César Kimura, sobre a extinção de um fundo do Judiciário, apelidado de “fundinho”, que tem em conta cerca de R$ 53 milhões.
“O procurador-geral do Estado me procurou, dizendo: ‘Ó, desembargador França, esse valor do Fundinho, a gente precisaria dele para pagar a folha desse mês. Sem esse valor não se paga... vai receber lá pelo dia 14, dia 15’. Aí, eu falei: ‘Uai, procurador, mas o Judiciário vai repassar dinheiro de ofício para o Executivo. Que história é essa? É complicado isso’”, narrou.
Desesperado, Eliton não sabe mais o que fazer para mascarar o rombo deixado pelo ex-governador e seu padrinho, Marconi Perillo (PSDB), que comanda o grupo que domina Goiás há 20 anos. A gravidade das declarações do desembargador deveria acender o alerta do Ministério Público.
SALARIOS ATRASADOS
Até hoje, 70% do funcionalismo não receberam o mês de julho, o Tribunal de Justiça, o tribunal regional Eleitoral e o Ministério Público também não receberam seus repasses e o pagamento das folhas salariais de agosto, setembro, outubro, novembro, dezembro e o 13º ainda não têm dotação orçamentária para serem garantidos.
Ministros decidiram, por 6 votos a 5, que ações que pedem ressarcimento aos cofres públicos, decorrente de casos de desvio de dinheiro, não prescrevem
Com Agência Brasil
Em votação, a maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, nesta quarta-feira (8), que não será imposto prazo nenhum às ações de cobrança de danos causados por agentes, públicos ou privados, em casos envolvendo atos de improbidade administrativa.
Ou seja, segundo a Corte, as pessoas condenadas por desvio de dinheiro público não verão seus crimes de improbidade prescreverem, e terão que arcar com o ressarcimento do que desviaram aos cofres públicos, cedo ou tarde. Segundo integrantes do Ministério Público (MP), a decisão terá impacto direto nas investigações da Operação Lava Jato.
A decisão foi tomada por seis votos a cinco. E a votação desta quarta foi uma mudança no entendimento de grande parte dos ministros, afinal, na semana passada, a maioria dos ministros era a favor da prescrição – ou seja, do cumprimento do prazo de cinco anos para que o governo ou o MP possam entrar na Justiça para cobrar prejuízos que foram causados à administração pública, após a condenação do réu.
O resultado desse julgamento só mudou devido à mudança nos votos dos ministros Luiz Fux e Luís Roberto Barroso. Isso porque, na semana passada, quando o julgamento começou, ambos votaram pela prescrição, mas hoje mudaram de opinião.
"Eu acho que o juiz deve produz o melhor resultado possível ao interesse da sociedade. Tendo levado em conta os argumentos jurídicos e muitos argumentos que me foram trazidos ao longo desse intervalo que mediou o primeiro julgamento do outro, sobre as dificuldades de recuperação, me convenço que, como regra geral, a prescritibilidade neste caso não produz o melhor o resultado para a sociedade", argumentou Barroso.
Por sua vez, Fux decidiu retificar seu voto após entender as consequências da decisão. "Hoje em dia não é consoante aos princípios e à postura judicial do STF que danos decorrentes de crimes praticados contra a administração pública e de atos de improbidade praticados contra administração pública fiquem imunes da obrigação ao ressarcimento", justificou.
Respaldo de coligação faz ex-prefeito de Palmas voltar atrás na decisão de desistir de concorrer ao governo, mas ainda precisa resolver problemas de prestação de contas junto à Justiça
Por Edson Rodrigues
Uma fonte do staff do ex-prefeito de Palmas nos garantiu que, em entrevista coletiva marcada para a tarde desta terça-feira (7), Carlos Amastha vai confirmar a sua candidatura ao governo do Estado.
Pesaram na decisão as opiniões dos membros da sua chapa majoritária, senadores Vicentinho Alves e Ataídes Oliveira, do seu vice, o empresário Oswaldo Stival, além dos deputados estaduais, Ricardo Ayres e Valdemar Júnior, e do deputado federal Vicentinho Júnior.
JUSTIÇA ELEITORAL
A confirmação da candidatura de Amastha anula o tsunami político que o anúncio de sua desistência havia provocado nos bastidores políticos.
O único problema de Amastha será contornar o parecer negativo à sua prestação de contas referente à campanha para a eleição suplementar de junho, em que o juiz Agenor Alexandre da Silva alega descumprimento de prazos e métodos no acerto de dívidas de campanha em valores que chegam a quase 900 mil reais.
Vale ressaltar que essa é uma decisão preliminar e que ainda cabe recurso.
Ou seja, Amastha terá que “matar um leão por dia” para conseguir o registro de sua candidatura.
Só o tempo dirá!
Caro leitor e eleitor, o casamento foi desfeito, e os fatos alegados pelo ex-prefeito, o candidato a governador Carlos Amastha, em menos de 24horas após as convenções não justifica tal renúncia. O motivo da desistência de Amastha teria sido motivada pela saída de dois partidos do grupo que compunham o grupo. O PCdoB e o PTB. O candidato, em sua rede social disse que sem tais lideranças seu projeto perde a essência.
Por Edson Rodrigues
O grupo havia solicitado ao governadoriável a criação de duas chapas e no momento da convenção descobriram que ela não haveria, diante disto retiraram seu apoio a Amastha e compuseram a chapa do adversário, Marlon Reis.
Veja bem. Em abril deste ano, Carlos Amastha afastou-se do Executivo Municipal para disputar o processo no Tocantins. Naquele período o gestor possuía uma aprovação popular que ultrapassava os 60%.
A partir daí foi costurando, conversando e buscando aliados. Para formar a majoritária e disputar o governo conseguiu convencer a Família Stival, em que um dos membros familiares compôs a sua chapa. Um fato inédito, já que são um dos mais bem sucedidos grupo empresarial no Tocantins na área de frigoríficos, com exportação de carne para o exterior e até então não se envolviam em política partidária.
Dois grandes partidos também juntaram-se a proposta, sonho, ideologia do candidato. Ataídes Oliveira, presidente do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), e Vicentinho Alves, do Partido da República (PR), uniram-se ao governadoriável para juntos compor uma majoritária harmoniosa, em sintonia com ideias e propostas.
O grupo foi ganhando resistência com a chegada de inúmeros partidos, e lideranças da Capital e do interior. Mas Amastha resolveu abandonar o barco com estes líderes políticos, uns com mandatos eletivos outros que há anos vem construindo sua base para chegar até a disputa. De repente, o líder abandonou seus sonhos, seu desejo de trabalhar na vida pública após o ato que homologou seus nomes como candidatos ao governo, vice, senadores e deputados estaduais e federais.
Os questionamentos
O anúncio ainda não foi digerido pela população, nem por aqueles que acreditaram no governadoriável, tampouco pelos seus adversários e formadores de opinião. É inacreditável tal renúncia levando em consideração as alianças, os apoios, um bom tempo de horário gratuito de propaganda eleitoral e um fundo partidário que seria responsável pelo custeio de toda a campanha.
Nos bastidores da política muitos se perguntam e criam hipóteses. A principal delas gira em torno de uma possível informação privilegiada que Amastha teria tido sobre a última fase da Operação Jogo Limpo que trouxe a público o envolvimento de alguns nomes que eram os seus principais auxiliares. Haveria hance de tal investigação da Polícia respingar no governadoriável? Porque Amastha renunciou? O fim das alianças com o PTB e PCdoB é um pivô PDT como desculpa ou o fato em si?
Recapitulando
Nas eleições suplementares ocorridas no mês de junho no Tocantins, Carlos Amastha que também disputou o governo naquele período tinha o apoio do PT, onde o seu vice era filiado a sigla. O grupo não apoia o governadoriável na atual disputa, no entanto, nada foi dito ou mencionado sobre o fato. O PT não possuía o mesmo sonho do governadoriável? Não faziam parte da essência do projeto?
Em uma de suas declarações, Amastha destacou que tal atitude tomada nesta segunda-feira leva em consideração sua postura, e que sente-se traindo seus companheiros que estão com ele desde o princípio. Voltemos ao questionamento. Onde o PT se perdeu? Pois assim como os demais ele por um período fazia parte da jornada. Retirou-se sem alarde, e ninguém mencionou, lamentou ou desistiu por perder o apoio do partido. Todos usaram da justificativa que na política funciona assim, uns aliados podem resultar na perda de outros.
Articulação
Esta noite de segunda-feira foi curta para os candidatos que compunham o grupo que Carlos Amastha encabeçava como candidato ao governo. O objetivo é encontrar solução e um nome que substitua o candidato. O projeto do governadoriável e daqueles que acreditaram no ex-prefeito da pode dissolver-se, caso não haja uma tomada de decisão em consenso. Hoje dezenas de candidatos estão no mato sem cachorro, muitos deles que há anos sonhavam e trabalharam para participar deste processo democrático. Tudo tem se derretido, num estalar de dedos.
O sonho de Amastha, não era mais apenas seu, era de um grupo que acreditou nas suas propostas, investiu em seu potencial, apoiou, e estavam trabalhando para que este fosse o anseio de todos os tocantinenses. Hoje muitos sentem-se traídos. Amastha disse que não pode trair ambos os partidos que optaram por não coligar-se com ele. Mas e os outros? Ficam a deriva?
Ele juntou-se a nomes já conhecidos na política tocantnense, trouxe novos integrantes, desdisse o que já havia dito, e hoje cabe a pergunta: os vagabundos, mentirosos, cheios de promessas são de fato eles?
Bastidores
Segundo o que circula nos bastidores, o governadoriável informou de sua desistência aos demais candidatos da sua chapa por meio de mensagem via WatsApp. Mas apesar de reunidos, mobilizando-se nas últimas horas nada foi confirmado. Como diria a jornalista Sandra Annenberg em seu famoso bordão que ficou conhecido em todo o País: Que deselegante!
Por ora, os fatos não passam de especulação.