O clima do ‘já ganhou’ está contaminando o bom desempenho da campanha a reeleição do governador Mauro Carlesse, por parte de seus auxiliares e novos aliados

 

Por: Edson Rodrigues

 

Números de prefeitos, vereadores e deputados não significa garantias de votos. Foi justamente esta contaminação que levou o ex-governador Carlos Gaguim a perder por menos de 1%, as eleições de 2010.

 

Os resultados, aos quais O Paralelo 13 teve acesso nesta noite de quarta-feira (12) é um alerta aos auxiliares do governo de Mauro Carlesse para ‘baixarem a bola’ pois o jogo, literalmente jogado, começa hoje, quinta-feira (13). A oxigenação da base do seu mais forte adversário começou hoje.

 

Dessa forma qualquer resultado das eleições de 07 de outubro, previstos nas pesquisas, até agora publicadas, pode ser furado. O ‘jogo jogado’ começou nesta semana e ainda não deu para ser sentido e aferido nas últimas pesquisas.

 

Voltamos afirmar que nos próximos 24 dias ocorrerão grandes acontecimentos políticos de bastidores, cujas proporções e impactos levarão até deus duvidar.

 

Uma fonte nossa, com bom trânsito no palácio Araguaia, nos confirmou que outro Instituto de pesquisa detectou esta mudança também em Porto Nacional, Paraíso, Gurupi e Araguaína, sendo que em Araguaína, a mudança já mostrou um sangramento maior.

 

Araguaína

Não é novidade, muito menos invenção, a forma definitiva da chegada de Ronaldo Dimas na campanha de Mauro Carlesse à reeleição. Porém, não tem mostrado nenhuma vantagem, muito menos somatória. Sobretudo e principalmente depois que Dimas resolveu declarar, publicamente, seu apoio ao deputado federal Irajá Abreu, postulante ao cargo de senador e pertencente a outra ala, contra os interesses de Mauro Carlesse, inclusive no primeiro turno das eleições suplementar.

O nobre deputado é filho da ex-ministra e senadora Kátia Abreu, que por sinal pode ser vice-presidente da república, cargo que disputa ao lado do presidenciável Ciro Gomes, segundo colocado nas últimas pesquisas do Instituto Ibope, em parceria com a rede globo e folha de São Paulo, divulgadas ontem, quarta-feira (12).

 

Ao prefeito de Araguaína resta baixar a bola ou vai prejudicar a candidatura do seu filho a um mandato de deputado federal.

 

Até aqui o comportamento de Ronaldo Dimas só prejudicou o governador Mauro Carlesse que está vendo sua base se desentender na segunda maior cidade e segundo maior colégio eleitoral do estado: o estremecimento com a deputada Valderez Castelo Branco e o seu esposo deputado federal Lázaro Botelho, ambos candidatos a reeleição e com o deputado Cesar Halum abandonado no salão por Ronaldo Dimas, os três são lideranças consolidadas e respeitadas e todos com uma longa folha de serviços prestados ao povo, especialmente de Araguaína e região.

 

O prefeito de Araguaína corre um grande risco de sair menor do que entrou, principalmente se não conseguir eleger seu filho para o cargo de deputado federal.

 

Desentendimento na base atrapalha serviço de marketing

O desentendimento na base governista, idêntico ao criado por Dimas, em Araguaína, atrapalha, e muito, o serviço de marketing da política e contamina as outras candidaturas proporcionais.

 

É bom que os aliados do governador Mauro Carlesse, lembrem que ele (governador) está fazendo sua parte; cumprindo corretamente suas obrigações como chefe de estado e como candidato. Também não podem esquecer que Carlesse já chegou ao limite e não pode queimar ‘sua gordura’ com companheiros. Os adversários se aproximam para o combate e embate final.

 

Ou os "seus companheiros” parem de sangrar sua candidatura ou todos sofrerão anemia de votos.

 

Contaminação

As candidaturas proporcionais também sofrerão desgastes. Gente, digo candidato, que pensa estar sacramentado pode ter surpresas, estamos em uma eleição onde ninguém tem certeza de nada, pois só tem uma ‘regra mãe’: ‘ganhar’. E ganhar com dinheiro, muita grana; uma nota atrás da outra. Sem deixar provas ou rastros. Sem impressão digital e sem voz. Sem rastros ou provas que possam incriminar quem paga, tampouco quem recebe. Ou alguém tem dúvidas?

 

Pacto Siciliano

Resultado das urnas em 7 de outubro poderá enterrar muitos institutos de pesquisas, no Tocantins, para o resto da vida. Tanto os com sedes no estado como os nacionais.

Posted On Quinta, 13 Setembro 2018 09:27 Escrito por O Paralelo 13

Ciro Gomes (PDT), Marina Silva (Rede), Geraldo Alckmin (PSDB) e Fernando Haddad (PT) estão tecnicamente empatados, considerando a margem de erro

Com Agência Brasil

 

A pesquisa eleitoral divulgada pelo Datafolha nesta segunda-feira (10) mostra o deputado federal Jair Bolsonaro (PSL) mantendo a liderança da corrida presidencial, com 24% das intenções de votos.

 

O levantamento do Datafolha não incluiu o nome do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como opção entre os presidenciáveis. O petista que teve a candidatura impugnada foi substituído na pesquisa por Fernando Haddad (PT).

 

O candidato do PSL, Jair Bolsonaro, é seguido por Ciro Gomes (PDT) que tem 13% da preferência dos eleitores, Marina Silva (Rede) com 11%, Geraldo Alckmin (PSDB) com 10% e Fernando Haddad (PT), com 9% das intenções de voto. Os quatro estão tecnicamente empatados em segundo lugar, levando em consideração o limite da margem de erro.

 

Alvaro Dias (Podemos), João Amoêdo (Novo) e Henrique Meirelles (MDB) alcançaram 3% das intenções. Guilherme Boulos (PSOL), Vera (PSTU), Cabo Daciolo (Patriota) atingiram 1%. João Goulart Filho (PPL) e Eymael (DC) não ponturaram. Branco/nulos somaram 15%, já não sabe/não respondeu foram 7%.

 

A margem de erro da pesquisa, encomendada pela TV Globo e "Folha de S.Paulo", é de 2% para mais ou para menos. Foram ouvidas 2.804 pessoas no dia 10 de setembro - o registro da pesquisa no TSE é BR 02376/2018. O nível de confiança da pesquisa é de 95% (isto é, se fosse refeita nos mesmos termos as chances de um resultado diverso é de 5%).

 

Veja a comparação de cada candidato com a pesquisa Datafolha do dia 21 de agosto:

Jair Bolsonaro oscilou de 22% para 24% (com a margem de erro, tem de 22% a 26%);
Ciro Gomes tinha 10%, agora tem 13% (pela margem de erro, de 11% a 15%);
Marina Silva estava com 16% e caiu para 11% (com a margem de erro, tem de 9% a 13%);
Geraldo Alckmin tinha 9%, agora, 10% (com a margem de erro, de 8% a 12%);
Fernando Haddad tinha 4% e cresceu para 9% (com a margem de erro, de 7% a 11%).
Álvaro Dias tinha 4%, agora tem 3% (com a margem de erro, de 1% a 5%);
João Amoêdo tinha 2%, agora, 3% (com a margem de erro, de 1% a 5%);
Henrique Meirelles também tinha 2%, agora 3% (com a margem de erro, de 1% a 5%).
Guilherme Boulos, Vera Lúcia e Cabo Daciolo tinham 1% cada um e mantiveram 1% (com a margem de erro, eles têm de 0% a 3%);
João Goulart Filho tinha 1%, agora, 0% (com a margem de erro, tem de 0% a 2%);
Votos brancos e nulos somavam 22%, agora, 15%.
Não responderam ou não quiseram opinar eram 6%, agora, 7%.

A maior rejeição verificada pela pesquisa é de Bolsonaro , que é repudiado por 43% dos eleitores. Vêm atrás Marina (29%), Alckmin (24%), Haddad (22%), Ciro (20%), Cabo Daciolo (19%), Vera (19%), Eymael (18%), Boulos (17%), Meirelles (17%), João Goulart Filho (15%), Amoêdo (15%) e Alvaro Dias (14%). Rejeita todos/não votaria em nenhum ( 5%), votaria em qualquer um/não rejeita nenhum (2%) e não sabe (6%).

 

Simulações do Datafolha para o segundo turno Nas simulações de segundo turno , Bolsonaro, que lidera a pesquisa, perde para todos os candidatos testados - com exceção de Haddad, com quem fica tecnicamente empatado.

 

Ciro Gomes venceria o capitão reformado por 45% a 35%. O tucano Geraldo Alckmin bateria o deputado federal por 43% a 34%. Já a ambientalista Marina Silva supera Bolsonaro por 43% a 37%. Na disputa com Haddad, o placar é 39% a 38% para o pestista, dentro, portanto, da margem de erro da pesquisa.

 

Em um segundo turno com Marina, a candidata da Rede ganha de Haddad (42% x 31%), fica tecnicamente empatada com Alckmin (38% x 37%) e perde para Ciro (41% x 35%). Segundo o Datafolha , Ciro ganha de Alckmin (39% x 35%) e Alckmin ganha de Haddad (43% x 29%).

 

Posted On Terça, 11 Setembro 2018 05:47 Escrito por O Paralelo 13

Os prefeitos das cinco principais cidades do Estado, depois da Capital – Porto Nacional, Araguaína, Gurupi, Colinas e Paraíso – estão vivendo uma situação de alta tensão na corrida eleitoral que se desenvolve, com um ingrediente amargo que pode colocar em risco o futuro tanto de suas administrações quanto de suas carreiras políticas.

 

 

Essa situação é a definição de quem vão apoiar para deputado federal, pois, caso não estejam apoiando nenhum dos atuais parlamentares, esses prefeitos podem dar adeus á contemplações de seus municípios em emendas parlamentares impositivas e emendas de bancada, às possibilidades de investimentos na Saúde, na Educação e na Segurança Pública.

 

prefeito de Araguaína, Ronaldo Dimas

 O prefeito de Araguaína, Ronaldo Dimas, resolveu assumir o risco por conta própria, esquecendo de ouvir a coletividade, de atentar para os interesses do município e colocou a própria carreira política em jogo ao lançar seu próprio filho como candidato a deputado federal.  Para isso, teve que deixar de apoiar o candidato “oficial” da cidade, César Halum, que faz parte da coligação que apóia a reeleição de Mauro Carlesse ao governo do Estado, além de declarar apoio à candidatura de Irajá Abreu ao Senado, que aparece bem nas pesquisas, empatado com os três principais nomes na corrida sucessória.

 

Caso Dimas consiga eleger seu filho, dará um grande passo na sua trajetória política.  Caso contrário, será a maior derrota que enfrentará.

 

PALMAS, UM CASO A PARTE

Já a principal cidade tocantinense, a Capital, Palmas, não precisa do termômetro das urnas para medir sua força política.  A prefeita, Cinthia Ribeiro resolveu não apadrinhar individualmente nenhuma candidatura proporcional, nem deputado federal, nem estadual.

 

Seu apoio está pulverizado a vários candidatos componentes da coligação que apóia Carlos Amastha.

 

prefeita de Palmas, Cinthia Ribeiro

Cinthia vem demonstrando muito equilíbrio político, evitando entrar em picuinhas ou desavenças com quem quer que seja, um comportamento que é de muita valia para seu futuro político, pois deixa praticamente todas as portas abertas, tanto na Assembleia Legislativa quanto no Congresso Nacional, especialmente na Câmara dos Deputados.

 

DE VOLTA AO RISCO

Imaginem a situação de um prefeito de uma cidade de importância econômica no Estado, se as urnas mostrarem que, em sua casa, seu candidato a deputado federal não foi bem votado. 

 

Como ficará a credibilidade desse prefeito para argumentar e cobrar alguma coisa com o deputado federal?

 

Não é segredo para ninguém que o Palácio Araguaia já arrumou um cantinho no freezer para o prefeito de Araguaína, Ronaldo Dimas, aonde deve “congelar” e ser esquecido.

prefeito de Gurupi, Laurez Moreira

Em conversa com um grão-mestre da cúpula do governo de Mauro Carlesse, os comentários sobre as atitudes de Dimas, nos últimos 14 dias, não foram nada promissores para o prefeito de Araguaína.

 

“Ronaldo Dimas ou está doido ou ganhou muito dinheiro. Ou é um brincalhão ou um desequilibrado”, comentou.

 

Pelo dito ou pelo não dito, deixemos as respostas com o tempo, senhor de todas as razões!

 

SENADO, UM SONHO DIVIDIDO

Já para o Senado, podemos dizer que uma das duas cadeiras em disputa virou o sonho de consumo de muita gente.  As duas últimas pesquisas, registradas no TRE, mostram quatro candidatos com chances reais de eleição e aumentam a importância dos quatro maiores colégios eleitorais do Estado na decisão de quem ficará com as vagas, principalmente em Palmas, pelo volume de votos.

prefeito de Paraiso Moises Avelino

Já nas cidades pequenas e médias cidades, a divisão dos votos se dará em nível familiar, apontando diferenças quase milimétricas entre um candidato e outro.

 

Esse panorama mostra que os 10 principais colégios eleitorais serão decisivos e só leva a maioria aquele candidato que tiver uma boa estrutura de campanha, com capilaridade suficiente para atuar com a mesma força em todas as frentes de disputa.

 

PESQUISAS

Como já dizia o saudoso Tancredo Neves, “quando estivermos na frente das pesquisas, temos que trabalhar em dobro para nos manter na liderança. Se estivermos em desvantagem, temos que trabalhar o triplo para sermos os primeiros”.

prefeito de Porto nacional Joaquim Maia

Lá nos idos do século passado, o velho e bom Tancredo já sabia que essa história de dizer o que o resultado da pesquisa de tal instituto foi comprado não cola, só piora a situação do candidato.

 

O caminho certo é único: o trabalho.

 

Esse é o nosso conselho aos candidatos. Trabalhem, mas trabalhem muito, pois ainda há muitos fatos por vir, muitas coisas que podem intervir no resultado final e o embrião sucessório ainda está em fase de formação, principalmente para o Senado, e as pesquisas, algumas vezes, podem mais atrapalhar que ajudar.

 

O SIÊNCIO DO ELEITOR

Para quem já viveu períodos eleitorais no Tocantins, o silêncio dos eleitores, principalmente nos 10 maiores colégios eleitorais, diz muita coisa.

 

Os estudantes universitários e secundaristas, as entidades classistas, empresários, associações comerciais, nunca demonstraram u comportamento tão estranho, diferente das demais eleições, como estão demonstrando agora. 

 

Todos evitam comentar sobre política. Bem diferente das eleições anteriores, em que as preferências eram escancaradas antes mesmo do período eleitoral.  Hoje, não se vê nem carros adesivados.  Ninguém quer ser associado a este ou àquele candidato.

 

Mudanças nesse comportamento só poderão ser notadas após o dia 20 de setembro, trazendo pesquisas mais assertivas e verdadeiras.  Em mais de 30 anos como dirigente de O Paralelo 13, sou testemunha dessa transformação por que passa o eleitorado tocantinense.  Um comportamento frio, desconfiado, que confunde até os institutos de pesquisa, que não conseguiram perceber essa tendência nas eleições suplementares de junho passado.

 

As dezenas de casos de corrupção nos governos passados, as atuais operações da Polícia Federal em território tocantinense, envolvendo desde a prefeitura de Palmas ao Palácio Araguaia, passando por vários órgãos, como a Câmara Municipal de Palmas, nas prefeituras do interior, como Porto Nacional, no Tribunal de Justiça do Estado e até no Ministério Público Estadual, dão uma pista dos motivos desse comportamento do eleitorado.

 

Desde há muito, todos os agentes públicos estão sob suspeita.  Os cidadãos, os eleitores, não sabem mais em quem pode confiar.

 

Mas, apesar disso, precisamos escutar o que disse o Papa Francisco: “dizer que não gosta de política, não está nem aí para os políticos, reclamar das altas tavas de impostos e ficar revoltado, não adianta nada se as pessoas não participarem do processo político, dando o primeiro passo, votando no menos ruim”.

 

Por isso, seguimos o pensamento do Papa e aconselhamos os eleitores tocantinenses a participar ativamente da escolha dos nossos representantes, desde a Assembleia Legislativa à presidência da República, passando pelos deputados federais, senadores e pelo governador do estado.  Assistam ás entrevistas, aos debates e aos programas eleitorais no Horário Gratuito, acompanhem as redes sociais, blogs, sites jornalísticos, telejornais e tudo o mais que estiver à sua disposição, com informações sérias.

 

Esses são os instrumentos para a formulação de um voto, pelo menos, pensado e coerente.

 

A história já mostrou que a abstenção eleitoral e a terceirização do voto só favorecem os piores candidatos...

 

 

Em nossa edição impressa da próxima semana, traremos reportagens, entrevistas e uma análise da conjuntura política sucessória.

 

Aguarde!

Posted On Sábado, 08 Setembro 2018 07:55 Escrito por O Paralelo 13

Como disse um dos “cardeais” do datafolha, resultados de pesquisas necessitam que “se olhe pelo retrovisor”

 

Por Edson Rodrigues

 

Não precisamos nem fazer muito esforço para lembrar da eleição suplementar de julho passado, em que as pesquisas de intenção de votos e a “rádio peão” concordaram em apontar que tanto Amastha quanto Vicentinho Jr. Tinham condições de vencer Carlesse ainda no primeiro turno.

 

Por causa das pesquisas – e do resultado final da eleição – Carlesse acabou aparecendo com o “azarão”, que vence os favoritos.  Os institutos de pesquisa ficaram desacreditados, principalmente por não terem conseguido detectar o nível recorde de abstenções (53,54%), e por errarem de longe o que as urnas definiram.

 

Pois, agora, com o início da campanha eleitoral para a eleição ordinária de outubro próximo, começa tudo de novo.  As cartas estão na mesa e o povo na expectativa, tentando se esquivar das “armadilhas” das pesquisas e das falsas promessas dos candidatos.

Resumindo, não há voto vinculado muito menos cartas marcadas.  A eleição 2018 será um verdadeiro “cabaré de cego”, em quem conseguir enxergar com um olho será rei.  É cada um por si, e Deus para todos.

 

REDES SOCIAIS

Com a determinação, na mini-reforma eleitoral do ano passado, de que o tempo oficial de campanha será cortado pela metade (de 90 para 45 dias) e de que haverá um limite de gastos para os candidatos, a influência da internet — um meio mais barato para propaganda — cresce exponencialmente, prevê Márcia Cavallari, CEO do Ibope Inteligência. Segundo ela, pelo menos 39% dos eleitores planejam utilizar as redes sociais e a web para se informar sobre o pleito deste ano — em 2014, eram 13%. "Na eleição presidencial, qualquer mudança impacta de forma muito rápida. E isso se intensificou com a rapidez com que a informação circula nas redes sociais", diz Cavallari.

 

Para Alessandro Janoni, diretor de pesquisa do Datafolha, essa volatilidade maior já pôde ser sentida na última disputa no Tocantins, por exemplo, quando o resultado se mostrou totalmente diferente das pesquisas. "A internet e, principalmente, as redes potencializaram a formação de opinião. Elas reúnem todos os vetores: conteúdo, crítica ao conteúdo e defesa. E justamente num fator de formação de opinião importante, composto por amigos e parentes", diz Janoni.

 

Assim, ainda que uma pesquisa feita no sábado anterior à votação aponte a vitória apertada de um candidato, seu concorrente pode se beneficiar de informações trocadas online nas horas seguintes e, dada a intensidade crescente da troca de conteúdos relacionados à política via internet, levar o cargo. Não por acaso, o instituto norte-americano Gallup decidiu não acompanhar com pesquisas de intenção de voto a última corrida presidencial dos Estados Unidos.

 

INTENÇÃO X VOTO

Os institutos de pesquisa brasileiros não manifestam a intenção de tomar uma atitude tão radical quanto a do Gallup, mas seus dirigentes se preocupam com a forma como as pesquisas têm sido interpretadas pela imprensa e pelo eleitorado. Murilo Hidalgo, presidente do Paraná Pesquisas, admite que seu instituto pode errar, mas garante ter um "histórico mais de acertos do que de erros" em seus 26 anos de história.

 

"Existe uma deturpação por parte dos meios de comunicação. A manchete dispara o resultado da eleição, mas a pesquisa está apontando apenas a intenção de voto. Além disso, a divulgação da pesquisa passou a ser usada como peça de marketing pelos candidatos", diz Hidalgo. O próprio pesquisador reconhece, contudo, que os levantamentos sobre intenção de voto contribuem para atrair recursos para as campanhas, já que medem a viabilidade das chapas — essa lógica será posta à prova numa eleição sem doações empresariais.

Para Márcia Cavallari, do Ibope, é preciso ficar claro que a pesquisa não tem o papel de adivinhar o resultado. "Temos de conscientizar a mídia e a população de que a pesquisa não é um oráculo infalível. Ela tem o papel de mostrar como a opinião está se formando, para que lado está indo, mas não o número exato do resultado". Na mesma linha, Janoni, do Datafolha, resume em poucas palavras: "A pesquisa sempre reflete o passado, nunca prevê o futuro".

 

CAMPANHA DIFERENTE

As redes sociais, portanto, transformaram as campanhas eleitorais.  Os partidos se tornaram “barrigas de aluguel”.  Nas ruas e avenidas, é difícil ver um carro com o “furadinho” de um candidato, pois a vinculação já não faz mais parte do repertório do eleitor.

 

80% do eleitorado acham que todos os políticos são corruptos, 10% desconfiam disso e o restante prefere não se manifestar.  Diante desse quadro podemos afirmar, taxativamente, que pelo menos 3 candidatos à deputado federal estão com suas reeleições garantidas, enquanto que na Assembleia Legislativa, serão em torno de 15 os reeleitos.

 

Isso, claro, nos baseando no que disseram, acima, os especialistas, que as pesquisas apontam o passado e não o futuro.

 

CUIDADOS IMPORTANTES

Da mesma forma que as pesquisas não são confiáveis, assim também o são os climas de oba-oba e de já ganhou que tomam conta de algumas campanhas.

 

Além de subestimar os adversários, isso demonstra uma incapacidade de identificar a vontade popular – ou a falta dela – para com alguns segmentos políticos.

 

A campanha, na verdade, só começou com o Horário Gratuito de Rádio e TV no ar e, mesmo assim, nem todos os partidos conseguiram entregar seus primeiros programas.  Ou seja, por mais pesquisas que existam, a campanha política deste ano se divide entre o antes e o depois do Horário Gratuito de Rádio e TV – e com ressalvas.

Atualmente, de cada 100 pessoas, no máximo seis admitem terem visto o Horário Eleitoral Gratuito, e apenas três realmente prestaram atenção ao que foi dito e exposto.

 

REDES SOCIAIS

O papel das redes sociais na eleição se mostra ainda mais relevante quando observadas as taxas de acesso à internet no Brasil e o crescimento do número de usuários de Facebook, Whatsapp e Twitter nos últimos anos.

Uma pesquisa realizada pela Ipsos e Fecomércio-RJ  estimou que 70% dos brasileiros tinham acesso à internet. Desse total, 69% afirmou que usava o celular como principal forma de navegar. Além disso, mais de 90% dos entrevistados declarou, na pesquisa, que acessar as redes sociais é seu principal intuito quando entram na internet.

 

O número absoluto de pessoas que utilizam as redes sociais também aumentou muito da eleição de 2014 para cá. De acordo com informações publicadas pelo colunista Nilson Teixeira, do jornal Valor Econômico, o número de contas de Whatsapp e Facebook mais que dobrou desde 2013, chegando a 120 milhões em 2018 – lembrando que cada pessoa pode ter mais de uma conta em cada rede social.

 

O horário [de rádio e TV], especialmente os spots veiculados ao longo da programação, será uma ferramenta mais poderosa e eficiente apenas para os partidos e coalizões que disponham de maior tempo na televisão e no rádio.

 

Aqueles que possuem pouco tempo certamente tentarão compensar a pouca visibilidade explorando e maximizando as novas mídias digitais, as redes sociais.

 

Em resumo, tanto TV quanto internet desempenham um papel central nas campanhas eleitorais, especialmente nas disputas majoritárias como a Presidência, governos estaduais e Senado.

 

Nas campanhas proporcionais (deputados), com a exceção daqueles “puxadores de votos” que os partidos e coalizões privilegiam nas inserções do horário de rádio e TV, os demais candidatos deverão conjugar uma campanha no estilo tradicional, que envolve o contato presencial e face a face, com os recursos da mídia digital, como os sites, Facebook, Instagram e os aplicativos de mensagem rápida como o WhatsApp.

 

SENADO DA REPÚBLICA

Com duas vagas em disputa o quadro para o Senado ainda é nebuloso e mostra uma campanha acirrada, cheia de pegadinhas, em que o postulante ao senado deve andar “colado” no candidato a governador, o que, no Tocantins, pode significar uma derrota acachapante.

 

Aquele candidato que não tiver uma estrutura de campanha paralela ao candidato ao governo, pode cair na armadilha do eleitor que não vota, em hipótese alguma, por partido ou por coligação.

 

É obvio que há redutos de candidatos proporcionais e de candidatos ao Senado que não aceitam a associação ao candidato ao governo de sua chapa, o que torna as eleições de outubro próximo a mais absoluta incógnita.

 

CONCLUSÃO

Ninguém, nenhum candidato a nada pode afirmar que “só Deus para me derrotar”. É preciso tomar cuidado com todos á sua volta, com os “demônios” da traição.

 

Apenas após os próximos 15 dias de campanha poderemos ter um rascunho mais nítido da situação, principalmente para o Senado.

 

O certo é que muitos institutos de pesquisa querem enfiar “goela abaixo” dos eleitores de que não haverá segundo turno no Tocantins.  Esse é um ledo engano ou uma simples artimanha de quem trabalha “sob contrato” para o candidato X ou Y.

 

O segundo turno é praticamente certo e será um “Deus nos acuda”, pois os proporcionais passarão a ter uma importância enorme no tabuleiro político e muito “amigo” virará inimigo e vice-versa.

 

Segundo os especialistas nacionais, quem terá grande influência junto ao eleitor indeciso serão os veículos de comunicação impressos e online, juntamente com as rede sociais.

Só não entende quem não quer.

 

Logo, afirmar que não haverá segundo turno não passa de um chute.

 

Nunca será um gol!

Posted On Domingo, 02 Setembro 2018 06:23 Escrito por O Paralelo 13

O velho conde, retornando de seu passeio matinal, chega à sua mansão e é recebido pelo seu mordomo que, desmedidamente respeitoso, com um largo sorriso e uma reverência, abre-lhe a porta e, de cabeça baixa, o saúda dizendo:
- Entre, seu grande filho da p*ta. De onde é que o corno do Conde vem com essa cara de v*ado velho?
E o conde, sorridente, lhe responde:
- Do otorrino. Acabo de colocar um aparelho auditivo...
Moral da história: nunca esqueça de que as situações podem mudar e, às vezes, a gente nem nota!

 

Por Edson Rodrigues

 

Começamos com essa anedota européia para avisar que os bastidores da corrida sucessória guardam inúmeras novidades, principalmente na disputa pelo Senado.

 

O grande articulador político e ex-deputado federal, Eduardo Gomes, vice-presidente nacional do Solidariedade vem fazendo os últimos ajustes para colocar sua campanha nas ruas, becos e onde mais puder expor seus projetos e ideias ao povo tocantinense.  Todo o planejamento já está devidamente ajustado e, agora, ele trabalha na escalação de seus auxiliares, coordenadores, equipe de marketing e o material de campanha já está sendo confeccionado nas gráficas.

Candidato ao Senado Eduardo Gomes

A direção nacional do seu partido já lhe assegurou toda a estrutura partidária para o embate, garantindo que Eduardo Gomes vem para brigar por uma das duas vagas, com o pensamento voltado em fazer um trabalho como senador da república que possa dar condições de governabilidade ao seu companheiro e amigo, o governador Mauro Carlesse.

 

Com um ótimo trânsito em Brasília, Eduardo Gomes tem condições de buscar alternativas que possam contribuir para tirar o Tocantins do ostracismo, proporcionando condições de melhorias nas áreas da Saúde, Educação, Segurança Pública e geração de empregos.

 

A entrada definitiva de Eduardo Gomes no páreo trará grandes surpresas nos resultados das pesquisas já nos próximos 20 dias.

 

HALUM E ATAÍDES NA BERLINDA

Nada como um dia após o outro.  O prefeito de Araguaína, com sua popularidade em alta, transformando a cidade em um grande canteiro de obras. Se desdobrou para vencer, nas urnas, sua grande adversária Valderez Castelo Branco, esposa do deputado federal Lázaro Botelho e se transformou em “queridinho” dos candidatos aos parlamentos estadual e federal.

 

Deputado César Halum e o Prefeito de Araguaína Ronaldo Dimas

César Halum era um dos que contavam como certo o apoio de Ronaldo Dimas, dos vereadores e dos secretários que fazem parte da base política do prefeito de Araguaína, mesmo tendo apoiado Valderez Castelo Branco na disputa pela prefeitura contra Ronaldo Dimas, mas viu seu castelo ruir quando Dimas anunciou apoio a Eduardo Gomes e a Irajá Abreu às duas vagas para o Senado.

 

Golpe semelhante sofreu o senador Ataídes Oliveira, que viu seu principal suplente “sumir da sua alça de mira”.  João Stival, empresário de sucesso em Gurupi, o “objeto de desejo” de Ataídes rumou, junto com seu irmão, Owaldo Stival, candidato a vice-governador na chapa de Carlos Amastha, o prefeito de Gurupi, Laurez Moreira e a prefeita de Palmas, Cíntia Ribeiro, para o lado do senador Vicentinho Alves, que será candidato á reeleição na majoritária de Amastha.

 

Trocando em miúdos, Ataídes foi rejeitado pelos quadros do seu próprio partido, colocado na “geladeira”, e teve sua candidatura à reeleição praticamente implodida, restando apenas tentar construir um palanque próprio com o MDB de Marcelo Miranda e Derval de Paiva.

Senadores Ataídes Oliveira e Vicentinho Alves

Prova disso é que Amastha esteve em Porto Nacional na noite da última segunda-feira em uma concentração política que marcou o lançamento à reeleição do deputado federal ficha limpa e campeão em liberação de recursos para os municípios tocantinenses, Vicentinho Jr., em que as atenções estiveram voltadas, também para o senador Vicentinho Alves, candidatíssimo á reeleição.

 

Prestigiaram, ainda, o evento, a mãe de Vicentinho Jr. E esposa de Vicentinho Alves, Dona Adaídes de Oliveira, diversos prefeitos e ex-prefeitos da região e os deputados Valdemar Jr e Ricardo Ayres, além de uma multidão de populares.

 

Durante o evento, o único nome a não ser mencionado foi exatamente o de Ataídes Oliveira, que tem como companheiro de partido, o PSDB, o candidato a vice na chapa de Amastha, Oswaldo Stival.

Isso deixou claro que, extra oficialmente, Ataídes é carta fora do baralho dentro do seu próprio partido.

 

DISPUTA ACIRRADA

Com essas e outras surpresas que ainda estão por vir, o quadro sucessório da disputa pelo Senado passa a ser a mais acirrada da história do Tocantins, sendo disputada milímetro a milímetro, com efeitos colaterais a cada novo movimento, e influenciando diretamente na disputa pelo governo do Estado.

 

Não podemos esquecer que a campanha eleitoral começou, de direito, desde as convenções partidárias, mas só começa de fato na próxima sexta-feira, com o Horário Eleitoral Gratuito de Rádio e TV, caminhadas, concentrações públicas e muitas e muitas novidades ainda estão por vir pelas vias jurídicas, sem descartar os efeitos das duas operações da Polícia que estão em andamento no Tocantins.

 

O clima de “já ganhou” ou a aceitação de derrota, tanto para governador quanto para senador podem mudar radicalmente.

 

Como sempre, o tempo será o senhor da razão...

Posted On Quarta, 29 Agosto 2018 04:55 Escrito por O Paralelo 13
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