Ex-presidente foi a Ribeirão Preto para a feira da Agrishow e foi recepcionado por apoiadores vestidos de verde e amarelo, em 'clima de eleição'
COM O Estado de Minas
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) chegou a Ribeirão Preto, em São Paulo, na tarde deste domingo (30/4), e foi recepcionado por milhares de apoiadores. Em clima de eleição, vestidos de verde e amarelo e camisas da seleção brasileira, o público entoou o clássico “mito” e atacou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com gritos de “ladrão”.
Esta é a primeira vez que Bolsonaro vai ao encontro de apoiadores desde que voltou ao Brasil no fim de março, após mais de três meses nos Estados Unidos. O ex-presidente está em São Paulo para a abertura da Agrishow (Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação), a maior feira do agronegócio na América Latina, nesta segunda-feira (1º/5).
A presença de Bolsonaro foi confirmada pelo Partido Liberal (PL) que afirmou que o presidente de honra da legenda terá a companhia do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), mesmo com a tradicional cerimônia de abertura sendo cancelada após polêmica com o Governo Lula.
Nesta edição de 2023, a Agrishow 'desconvidou' a participação do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro (PSD), na abertura do evento, ao ter chamado Bolsonaro. A situação causou um mal-estar com o executivo federal e fez com que o Banco do Brasil cancelasse o patrocínio ao evento.
O ministro afirmou ao blog da jornalista Andréia Sadi, no G1, que a organização da Agrishow queria constrangê-lo politicamente, ao adiar sua participação para um dia depois da de Bolsonaro. "Eles [organizadores da Agrishow] não desceram do palanque", disse o ministro ao blog.
Na feira, Bolsonaro encontrou o lugar ideal para dialogar com sua base de apoiadores do agronegócio. Durante seu mandato, o ex-presidente marcou presença nas duas edições da Agrishow, em 2019 e 2022 - o evento foi interrompido devido a pandemia de COVID-19.
Lá, ele fez discursos acalorados e palanque, inclusive durante a pré-campanha das últimas eleições. Bolsonaro chegou ao local em 2022 a cavalo ao lado de apoiadores e ainda realizou uma de suas motociatas em Ribeirão Preto.
Jogos de azar têm 52º maior impacto no cálculo do IPCA e reajuste médio de 15% das apostas será observado no índice de maio. Reajustes de R$ 0,50 foram anunciados pela Caixa Econômica Federal no último dia 10 de abril
Com Rede TV
O reajuste médio de 15% no valor das apostas da Mega-Sena, Quina, Lotofácil, Lotomania, Timemania e Dia de Sorte começa a valer a partir deste domingo (30). No entanto, não deve alterar o movimentro de altas menores da inflação, observado nos últimos dois meses.
"O reajuste dos jogos lotéricos não é suficiente para reverter a tendência de desaceleração do IPCA, que deve ser mantida até o final deste primeiro semestre", afirma André Braz, economista do FGV/Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas).
O efeito esperado leva em conta que os jogos de azar correspondem ao 52º maior peso, de 0,43%, no cálculo mensal do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), a inflação oficial. “Com esses 15% de aumento, o impacto vai ser em torno de 0,05 ponto percentual na inflação de maio”, calcula Braz.
Os jogos da Quina e do Dia da Sorte terão os maiores reajustes, de 25%, e o valor de cada aposta subirá de R$ 2 para R$ 2,50. Já para os concursos da Mega-Sena, loteria mais popular do Brasil, a alta é de 11,1%, de R$ 4,50 para R$ 5.
Ainda que os aumentos não tenham um impacto estrondoso no índice oficial de preços, André Braz destaca que o reajuste representa uma despesa permanentemente mais alta para o bolso das famílias que buscam mudar de vida com os sorteios.
"Não é aquele aumento que acontece agora e depois desaparece porque os jogos lotéricos têm um preço tabelado. Se ele ficou mais caro, é inflação na veia. É uma alta permanente, diferente de um artigo de higiene ou dos alimentos, cujos preços podem subir em determinado período, mas cair em outro", explica o economista.
Confira novos valores das loterias:
Mega-Sena: de R$ 4,50 para R$ 5
Quina: de R$ 2 para R$ 2,50
Lotofácil: de R$ 2,50 para R$ 3
Lotomania: de R$ 2,50 para R$ 3
Timemania: de R$ 3 para R$ 3,50
Dia de Sorte: de R$ 2 para R$ 2,50
As alterações entrarão em vigor já neste domingo (30) para a Mega-Sena, a Quina, a Lotofácil e a Lotomania. A partir de 3 de maio, os reajustes passam a valer também para os jogos da Timemania e do Dia de Sorte.
Abertura de empregos subiu 97,6% em relação a março do ano passado
Por Wellton Máximo
Após dois meses de recuo, a criação de emprego formal subiu em março. Segundo dados divulgados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego, 195.171 postos de trabalho com carteira assinada foram abertos no último mês. O indicador mede a diferença entre contratações e demissões.
A criação de empregos cresceu 97,6% maior que a do mesmo mês do ano passado. Em março de 2022, tinham sido criados 98.786 postos de trabalho, nos dados com ajuste, que consideram declarações entregues em atraso pelos empregadores. A abertura mensal de vagas atingiu o maior nível desde setembro do ano passado.
Nos três primeiros meses do ano, foram abertas 526.173 vagas. Esse resultado é 15% mais baixo que no mesmo período do ano passado. A comparação considera os dados com ajustes, quando o Ministério do Trabalho registra declarações entregues fora do prazo pelos empregadores e retifica os dados de meses anteriores. A mudança da metodologia do Caged não torna possível a comparação com anos anteriores a 2020.
Setores
Na divisão por ramos de atividade, quatro dos cinco setores pesquisados criaram empregos formais em março. A estatística foi liderada pelos serviços, com a abertura de 122.323 postos, seguido pela construção civil, com 33.641 postos a mais. Em terceiro lugar, vem indústria de transformação, de extração e de outros tipos, com a criação de 20.984 postos de trabalho.
O nível de emprego aumentou no comércio, com a abertura de 18.555 postos. Somente a agropecuária, pressionada pelo fim da safra de vários produtos, extinguiu empregos com carteira assinada no mês passado, com o fechamento de 332 vagas.
Destaques
Nos serviços, a criação de empregos foi puxada pelo segmento de administração pública, defesa e seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais, com a abertura de 44.913 postos formais. A categoria de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas abriu 35.467 vagas.
Na indústria, o destaque positivo ficou com a indústria de transformação, que contratou 17.876 trabalhadores a mais do que demitiu. Em segundo lugar, ficou a indústria extrativa, que abriu 1.566 vagas.
As estatísticas do Caged apresentadas a partir 2020 não detalham as contratações e demissões por segmentos do comércio. A série histórica anterior separava os dados do comércio atacadista e varejista.
Regiões
Todas as cinco regiões brasileiras criaram empregos com carteira assinada em março. O Sudeste liderou a abertura de vagas, com 113.374 postos a mais, seguido pelo Sul, com 37.441 postos. Em seguida, vem o Centro-Oeste, com 22.435 postos. O Nordeste abriu 14.115 postos de trabalho, e o Norte criou 10.077 vagas formais no mês passado.
Na divisão por unidades da Federação, 22 registraram saldo positivo, e cinco extinguiram vagas. Os destaques na criação de empregos foram São Paulo (50.768 postos), Minas Gerais (38.730) e Rio de Janeiro (19.427). As maiores variações negativas ocorreram em Pernambuco (5.266 postos), Paraíba (815) e Rio Grande do Norte (78).
A Dívida Pública Federal (DPF) subiu 0,63% em março e fechou o mês em R$ 5,892 trilhões. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira, 26, pelo Tesouro Nacional. Em fevereiro, o estoque estava em R$ 5,856 trilhões.
Por Eduardo Rodrigues
A DPF inclui a dívida interna e externa. A Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) avançou 0,74% em março e fechou o mês em R$ 5,616 trilhões. Já a Dívida Pública Federal externa (DPFe) recuou 2% no mês, somando R$ 234,36 bilhões ao fim de março.
O coordenador-geral de Operações da Dívida Pública do Tesouro Nacional, Luis Felipe Vital, disse que a divulgação do novo arcabouço fiscal fez com que a curva de juros tivesse um movimento positivo em março, apesar das quebras de bancos nos Estados Unidos e na Europa no mês passado.
“Março teve cenário de instabilidade, com bancos nos EUA e Europa e com isso o mercado passou a reavaliar expectativas sobre a política monetária norte-americana. Essa instabilidade de março foi negativa para países emergentes, mas o Brasil teve uma performance melhor que seus pares”, afirmou. “A divulgação do novo arcabouço fiscal foi positiva para a curva de juros do Brasil, com queda de juros ao longo de toda a curva. Março foi bastante positivo para o mercado local”, completou.
Ele destacou que, em março, o Tesouro emitiu R$ 168,70 bilhões em títulos – o maior valor desde abril de 2021. “O Tesouro conseguiu emitir volumes maiores que os de meses anteriores. Ainda assim, 2023 tem R$ 202 bilhões em resgates líquidos até março”, completou.
Colchão de liquidez
O Tesouro Nacional encerrou março com R$ 973,56 bilhões no chamado “colchão da dívida”, a reserva de liquidez feita para honrar compromissos com investidores que compram os títulos brasileiros. O valor observado é 2,22% menor em termos nominais que os R$ 995,66 bilhões que estavam na reserva em fevereiro. O montante ainda é 9,28% menor que o observado em março de 2022 (R$ 1,073 trilhão).
No fim de março, o colchão era suficiente para honrar 9,22 meses de vencimentos de títulos. O valor serve de termômetro para saber se o País tem recursos para pagar seus investidores ou precisará recorrer rapidamente ao mercado para reforçar o caixa. O órgão trabalha com um mínimo prudencial equivalente a uma reserva para três meses de vencimentos.
Abril
Vital afirmou que o mês de abril tem apresentando um cenário externo estável e um ambiente doméstico ainda positivo com a melhora da percepção dos agentes com o panorama fiscal. “A curva de juros perdeu inclinação ao longo do mês”, destacou.
Vital citou ainda que, após o Tesouro Nacional retornar ao mercado externo com o lançamento do Global 2033, outros agentes já voltaram ao mercado internacional e outros preparam suas emissões.
Jornais de Portugal e da Espanha repercutiram o protesto de deputados da extrema direita portuguesa durante discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Assembleia da República de Portugal na manhã desta terça-feira, 25, data que marca “Revolução dos Cravos”, o fim da ditadura militar naquele país.
Por Ana Luiza Antunes
O jornal português Público citou as manifestações feitas pelos deputados da oposição, que reiteraram críticas à visita de Lula ao país e afirmaram que a presença do chefe de Estado brasileiro no 25 de abril era um “erro tremendo”. Sobre a participação de Lula, o jornal destacou os aplausos que Lula recebeu após terminar seu discurso, bem como seu pedido de desculpas ao parlamento pelo o que havia acontecido mais cedo.
Já o Diário de Notícias destacou os protestos contra Lula feitos partido Chega e de brasileiros do Movimento Brasil Portugal. Segundo o periódico, as palavras mais ouvidas nos protestos pediam “Lula, ladrão, o teu lugar é na prisão” e “Tolerância Zero à Corrupção”. Os cartazes e gestos feitos por parlamentares dentro da Assembleia também tomaram espaço nas reportagens do jornal.
Já o jornal Expresso pontuou a “alta tensão” dentro do parlamento português nesta manhã. De acordo com o portal, o Chega prometeu a “maior manifestação de sempre” contra Lula frente à Assembleia da República portuguesa. O periódico ainda cita que, mesmo que Lula tenha desvalorizado o incidente e ridicularizado os deputados”, não deixou de atacar a extrema direita.
Os jornais espanhóis El País e DW Español também repercutiram os atos em Portugal. Segundo os periódicos, Lula foi recebido por aplausos e protestos de ambos os lados durante sua visita a Portugal. No El País, Lula foi classificado como um símbolo, “para o bem ou para o mal”, e ainda citou que o presidente caracterizou as manifestações como uma “cena ridícula”.
O canal de televisão RTVE Notícias enfatizou os cartazes empunhados pela oposição com os dizeres “Basta de corrupção” e o portal RTP destacou fala de Lula durante Fórum Empresarial Portugal-Brasil, ao dizer que o “Brasil está pronto para voltar a ser um país grande e importante”.