O ministro teria que esclarecer a afirmação feita em reunião ministerial de que, por ele, botaria “esses vagabundos todos na cadeia, começando pelo STF”

 

Com Agências

 

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, ficou em silêncio durante todo o depoimento à Policia Federal colhido na tarde desta sexta-feira, 29. O ministro teria que esclarecer a afirmação feita em reunião ministerial de que, por ele, botaria “esses vagabundos todos na cadeia, começando pelo STF”.

 

O governo chegou a apresentar um habeas corpus ao Supremo Tribunal Federal (STF) para evitar o interrogatório, mas, diante da falta de resposta ao recurso, Weintraub atendeu à determinação do ministro Alexandre de Moraes e recebeu integrantes da PF no Ministério da Educação.

 

Weintraub, porém, citou o direito constitucional de não autoincriminação e se manteve calado durante a oitiva. Oficialmente, o Ministério da Educação afirmou que não irá se manifestar e disse que, “por se tratar de inquérito sigiloso, qualquer informação sobre o caso deve ser requerida junto ao juízo da causa”.

 

Oitiva

A ordem para que o ministro fosse ouvido partiu do ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito que apura a propagação em massa de notícias falsas e ameaças aos magistrados da corte.

 

A decisão de Moraes ocorreu após o vídeo da reunião ministerial de 22 de abril ser divulgada pelo ministro Celso de Mello. No encontro, Weintraub diz ter ojeriza de Brasília, em referência às negociações políticas, e fez fortes críticas ao Supremo.

 

“Eu, por mim, botava esses vagabundos todos na cadeia. Começando no STF”, afirmou.

 

Ao determinar a oitiva de Weintraub, Moraes afirmou que há indícios de que o responsável pelas políticas educacionais do governo federal cometeu seis crimes que preveem até 20 anos e 4 meses de prisão.

 

Segundo Moraes, Weintraub pode ser enquadrado por difamação e injúria, previstos no Código Penal, e por outros quatro crimes tipificados na lei que define os crimes contra a segurança nacional e a ordem política e social.

Posted On Sexta, 29 Mai 2020 19:29 Escrito por

EDUARDO GOMES CONTRA O CORONA VÍRUS

O senador Eduardo Gomes é um dos nossos representantes no Congresso Nacional que tem se desdobrado nos esforços para conseguir dar condições ao Estado do Tocantins de propiciar equipamentos, insumos e tratamento no combate ao corona vírus.

Além de recursos junto ao governo federal destinados aos 139 municípios, o líder do governo Jair Bolsonaro no Congresso conseguiu doações de respiradores mecânicos, junto a empresários, que serão entregues ao Estado e ao município de Araguaína, que atende, também às cidades do Bico do Papagaio.

Nos próximos dias, Eduardo deve anunciar doações para mais municípios tocantinenses.

 

JUSTIÇA PARA DULCE

O Tribunal Regional Eleitoral do Tocantins reconheceu, por unanimidade, a legalidade da prestação de contas da deputada federal Dulce Miranda (MDB).

A decisão, impede que seu suplente assuma o posto no Congresso Nacional e garante a representante escolhida pelo povo tocantinense na continuidade do seu mandato.

A decisão, por 7 votos a zero, não deixou restar dúvidas quanto à lisura na aplicação de recursos durante a campanha de Dulce Miranda.

 

CARLESSE HONRA COMPROMISSO:

Ao assumir o governo do Estado, Mauro Carlesse prometeu reenquadrar o Tocantins à Lei de Responsabilidade Fiscal e manter o pagamento do funcionalismo em dia.

Amanhã, sábado, dia 30, os servidores vão acordar com seus proventos disponíveis em conta, e com a capacidade para, também, honrar seus compromissos financeiros.

Paralelamente, o governo do Estado vem mantendo o auxílio às famílias mais necessitadas e aos estudantes da rede estadual de ensino, com a distribuição de cestas básicas e kits de higiene pessoal.

Tudo isso sem “montar palanque” para as eleições municipais.

 

“EXTRAPOLOU”

O presidente Jair Bolsonaro saiu em defesa do ministro da Educação, Abraham Weintraub, após os ataques que o próprio ministro desferiu a membros do Supremo Tribunal Federal em reunião ministerial de 22 de abril, cujo vídeo foi divulgado na última sexta. Segundo Bolsonaro, "Weintraub jamais falaria o que disse no dia 22 em reunião aberta".

O presidente afirmou também que o ministro "extrapolou" na ocasião. Na terça, 26, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, deu cinco dias para que Weintraub prestasse esclarecimentos sobre as declarações feitas durante a reunião ministerial em que o chefe da Educação afirmou que "botava todos esses vagabundos na cadeia, começando no STF".

 

GENERAL RECHAÇA GOLPE

Seis dias depois de publicar a "Nota à Nação Brasileira" em tom de ameaça ao Supremo Tribunal Federal (STF) para reclamar de uma possível apreensão do telefone celular do presidente Jair Bolsonaro, o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, adotou um tom mais ameno. Em entrevista na porta do Palácio da Alvorada, ele disse nesta quarta-feira, que a nota era "genérica", "neutra" e que houve "distorção" de suas palavras quando declarou no comunicado que, caso fosse aceito, o pedido de partidos à Corte poderia ter consequências "imprevisíveis" para a estabilidade nacional.

Na conversa com os jornalistas, Heleno observou que não citou o nome de ninguém na nota, embora se referisse à medida adotada pelo ministro Celso de Mello, do STF de encaminhar a solicitação de recolhimento do celular de Bolsonaro à Procuradoria-Geral da República. O general aproveitou para dizer que não passa pela cabeça do presidente ou de ministros qualquer ideia de tentativa de "intervenção militar".

O discurso de Heleno foi reforçado por declaração do vice-presidente. O general Hamilton Mourão reiterou ao Estadão que "não existe" possibilidade de ameaça às instituições, que isso está "fora de cogitação". Embora na reserva e não fale pelas Forças Armadas, o general voltou a servir de bombeiro e procurou adequar o tom do discurso militar de respeito à Constituição ao do governo.

 

NÃO SE EMENDA

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, voltou a comparar o cenário político nacional com a Alemanha nazista e o Holocausto. Alvo de críticas de associações judaicas do Brasil e do exterior, do cônsul de Israel em São Paulo e da Embaixada de Israel, Weintraub fez novas publicações, e afirmou que tem direito de falar do Holocausto.

"Não falem em nome de todos os cristãos ou judeus do mundo. FALO POR MIM! Tive avós católicos e avós sobreviventes dos campos de concentração nazistas (foto). Todos eram brasileiros. TENHO DIREITO DE FALAR DO HOLOCAUSTO! Não preciso de mais gente atentando contra MINHA LIBERDADE!", escreveu na noite da quinta-feira, 28, o ministro.

Na manhã desta sexta-feira, 29, Weintraub voltou a comparar o extermínio judeu na Alemanha nazista com os acontecimentos do Brasil contemporâneo. Nas palavras de Weintraub, "a grande mídia nazista" afirmava que "o Holocausto não existe". Desde a operação da Polícia Federal no inquérito das fake news, aliados do governo federal têm denunciado ataque à liberdade de imprensa e expressão - o que foi comparado pelo ministro com a perseguição dos judeus.

 

CORONEL NA FUNASA

O governo federal trocou o comando da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) e nomeou o comandante da Polícia Militar de Minas Geras, coronel Giovanne Gomes da Silva, para a presidência do órgão, que faz parte da estrutura do Ministério da Saúde. A nomeação está publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta Sexta-feira (29). Silva entra no lugar de Marcio Sidney Sousa Cavalcante, exonerado nesta sexta - e que estava no posto desde o dia 9 de março.

Também nesta sexta-feira foi nomeado o segundo-tenente do Exército Vilson Roberto Ortiz Grzechoczinski como coordenador distrital de Saúde Indígena no Distrito Sanitário Especial Indígena Potiguara da Secretaria Especial de Saúde Indígena. Ele assume o cargo em substituição a Helena Aguiar Rodrigues.

Desde o mês passado, o governo vem nomeando servidores militares em cargos estratégicos do Ministério da Saúde. A primeira nomeação de destaque foi a do general Eduardo Pazuello, que inicialmente assumiu o cargo de secretário executivo do ministério na gestão do então ministro Nelson Teich. Com a saída de Teich do governo, no último dia 15, Pazuello se tornou o ministro interino da pasta.

 

DESAPROVAÇÃO RECORDE

A desaprovação ao governo do presidente Jair Bolsonaro chegou ao nível recorde de 43%, segundo pesquisa telefônica feita pelo instituto Datafolha no início desta semana e divulgada nesta quinta-feira. Essa é a parcela da população que considera a gestão ruim ou péssima. Já os que a veem como ótima ou boa são 33%.

Em relação à pesquisa anterior, feita há um mês, a desaprovação subiu cinco pontos porcentuais, mas a aprovação se manteve estável. Houve diminuição da parcela que vê o governo como regular, de 26% para 22%.

A pesquisa foi realizada após a divulgação do vídeo da reunião ministerial em que Bolsonaro falou da necessidade de proteger sua família e que, segundo o ex-ministro Sérgio Moro, demonstrou ingerência indevida na Polícia Federal. Entre os que assistiram ao vídeo, a desaprovação ao governo ficou acima da média: 53%.

 

Posted On Sexta, 29 Mai 2020 13:39 Escrito por

Quatro dos seis estados com mais de mil mortes por covid possuem taxa de ocupação dos leitos de emergência acima dos 80%; média no país ultrapassa os 70%. Em novo recorde, Brasil registrou mais de 26 mil casos, ontem, totalizando 438.238 infectados

 

Por Bruna Lima / Maria Eduarda Cardim

 

O Brasil bateu recorde de número de casos do novo coronavírus em 24 horas. Segundo o balanço do Ministério da Saúde, ontem, 26.417 registros foram computados pelos estados. Com isso, o país totaliza 438.238 infectados pela covid-19. A pasta também registrou mais 1.156 mortes. Ao todo, foram 26.754 vidas perdidas. A situação das UTIs agrava o cenário. Quatro dos seis estados que têm mais de mil mortes pela doença possuem taxa de ocupação das unidades de terapia intensiva acima de 80%. São eles: Rio de Janeiro, Pará, Ceará e Pernambuco. Sem isolamento social, a previsão é de que o Brasil fique sem UTI na primeira semana de julho, exigindo uma demanda 46 vezes maior do que a oferta atual para atender a infectados pela covid-19. Neste cenário, a data estimada para um pico de casos no Brasil seria 2 de julho.

 

O cálculo, feito por meio de uma calculadora desenvolvida por pesquisadores da Universidade de Brasília (UnB) com apoio da Organização Panamericana de Saúde (Opas/OMS), usa dados de casos confirmados de covid-19 pelos órgãos oficiais de saúde brasileiros e de quantidade de leitos registrados na plataforma do Ministério da Saúde voltada para o combate à pandemia. Os parâmetros de entrada assumem uma taxa de ocupação de 74% e 14.924 leitos disponíveis.

 

Segundo as estimativas, serão necessárias 678.182 UTIs no auge da demanda, caso não haja capacitação de novos leitos e adoção de estratégias para diminuir a circulação do vírus. Considerando média de 50% de isolamento social, a partir de agora, durante 70 dias, o Brasil pode ficar sem leitos com respiradores na primeira semana de agosto.

 

 

Além de adiar o pico, a medida diminuiria a demanda, que seria de 76.211 novas UTIs, ou seja, seis vezes mais do que a oferta atual. Este cenário prevê que 150 de cada 100 mil habitantes morreriam no surto. O número corresponde a 1,49% de todos que ficaram doentes. O modelo também indica que 21,36% dos brasileiros serão infectados pelo vírus, mas apenas 53,28% destes desenvolverão sintomas visíveis.

 

A média de ocupação de leitos de UTI destinados a pacientes com covid ultrapassa a taxa de 70% no país. Em alguns casos, a situação é mais grave. Em Pernambuco, 96% dos leitos reservados para tratar casos críticos com Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) estão ocupados. Mesmo assim, 190 pessoas aguardam na fila por uma vaga em UTI. A condição é semelhante no Ceará, onde 91% dos leitos estão preenchidos.

 

Considerando não só os leitos específicos para coronavírus, mas, sim, toda a rede de saúde estadual do Rio de Janeiro, a taxa de ocupação dos leitos de emergência já está em 86%, deixando mais de 220 pacientes suspeitos no aguardo por uma vaga. No Pará, 84.36% dos leitos de UTI adulto reservados para pacientes com a doença estão preenchidos.

 

São Paulo e Amazonas são os únicos estados com mais de mil mortes com mais de 20% dos leitos desocupados. Em São Paulo, epicentro da doença no Brasil, 77,4% dos pacientes estão internados. Segundo o governo paulista, o número leitos de UTI no estado dobrou. Outro ponto que ajudou a desafogar a rede de saúde foi a abertura de sete hospitais de campanha: quatro na capital e três no interior.

 

Rumo ao quarto lugar

Com mais de mil mortes diárias sendo confirmadas consecutivamente nos últimos dias, a previsão é de que o Brasil, que soma 26.417, ultrapasse, hoje, o número de óbitos da Espanha, 27.119, chegando ao quinto lugar no ranking mundial contabilizado pela universidade Johns Hopkins. A diferença entre as duas nações é de 702 óbitos. O Brasil também pode tomar a quarta posição da França nos próximos dias. Em fase de diminuição da curva, os franceses têm 28.665 mortes.

 

Um dia após anunciar a reabertura econômica, São Paulo bateu um novo recorde e registrou 6.382 casos de covid-19 em 24 horas, ontem. A covid-19 matou 6.980 pessoas e infectou 95.865 no estado. Além de SP, outros cinco estados já bateram as mil mortes. São eles: Rio de Janeiro (4.856), Pará (2.704), Ceará (2.733), Pernambuco (2.566) e Amazonas (1.964). Juntos, somam 21.803 óbitos, ou seja, 81,4% de todas as mortes confirmadas no país.

 

 

Posted On Sexta, 29 Mai 2020 07:24 Escrito por

Um novo capítulo no cenário político, principalmente sobre a sucessão municipal em Palmas começa a ser escrito. Isso porque o deputado federal Osires Damaso (PSC) declarou na última terça-feira pré-candidato a prefeito em Palmas. Considerado ficha limpa, o parlamentar é conhecido pelo bom convívio entre os grupos políticos e partidos.

 

Com Assessoria

 

De acordo com uma fonte ligada ao pré-candidato a decisão foi tomada após ouvir a população e fazer reuniões com profissionais liberais, dirigentes partidários e empresários. Damaso trabalha para buscar a formação de um grupo de homens e mulheres de vários segmentos políticos e empresariais para que só a partir de então discutirem uma propositura política para apresentar aos empresários e profissionais liberais. Uma proposta de governo que passa a ter importante apoio dos congressistas e do Poder Legislativo tocantinense, de onde o nobre deputado tem sua origem como homem público.

 

O pré-candidato tem uma boa convivência com o governador Mauro Carlesse e ainda no Congresso Nacional. A frente da prefeitura de Palmas, com o apoio da Câmara Municipal e Assembleia Legislativa pode proporcionar a comunidade uma administração eficaz, com a geração de emprego, e consequentemente qualidade de vida.

 

Tudo indica que veremos em Palmas uma disputa política de alto nível, de debates, propostas que serão debatidas com muita ética e Respeito. Damaso enfrentará uma gestora com muito dinheiro em caixa, disposta a reeleição. Pelo andar da carruagem, as demais candidaturas surgirão no decorrer dos próximos meses, mas por enquanto a sucessão palmense passa a ter dois rostos com condições reais de uma disputa com muitos lances deixando o eleitor escolher com autoridade qual considera o melhor. O tempo dirá!

 

Quem é Osires Damaso?

Atualmente, o deputado federal Osires Damaso preside o Partido Social Cristão (PSC) no Tocantins. Nascido em Campinorte (GO), mudou-se para Paraíso do Tocantins com a sua família quando tinha dois anos de idade. Começou a trabalhar ainda na adolescência, com 16 anos. Ao longo dos anos trabalhou como frentista em posto de gasolina, vendedor de peixe na feira, motorista de caminhão, passou a atuar no ramo hortifrutigranjeiro e acabou se tornando o proprietário de uma das maiores redes de supermercados. Sua carreira política começou em 2000, quando disputou a prefeitura de Paraíso do Tocantins, mas não foi eleito. Em 2002 candidatou-se a deputado estadual, ficando como suplente. Em 2006, fez mais uma tentativa, ficando com a primeira suplência de seu grupo político. Com a renúncia do então presidente da Assembleia Legislativa para assumir o Governo do Estado, Osires Damaso assumiu em definitivo a vaga de deputado. Em seguida, elegeu-se deputado estadual pelo Democratas em 2010. Em 2013, o deputado assumiu a presidência da Casa de Leis e, nas eleições de 2014, reelegeu-se para mais um mandato, sendo o quinto mais votado do Estado e, na sequência, reeleito presidente da Assembleia Legislativa. Em 2017 Osires Damaso se candidatou ao cargo de deputado federal e está em sua primeira legislatura.

 

Posted On Sexta, 29 Mai 2020 07:22 Escrito por

Santa Catarina registrou o maior número de mortes, em 24 horas, desde o início da pandemia do novo coronavírus, com 12 óbitos na última terça-feira, 26. Nesta semana, o Hospital Marieta Konder Bornhausen, de Itajaí, distante cerca 97 km da capital, atingiu 100% de ocupação dos leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) para covid-19. Pacientes tiveram de ser transferidos para outras unidades. A região da foz do Itajaí soma 22 óbitos, seis confirmados somente em uma semana, e lidera o índice de letalidade em Santa Catarina.

 

Com Estadão Conteúdo

 

Os casos confirmadas e óbitos no Estado aumentaram após a reabertura do comércio, incluindo shoppings centers, em 13 de abril. Desde então, o número de mortes mais que dobrou, saltando de 47 para 126. Durante divulgação do boletim diário, o secretário estadual de Saúde, André Motta, disse que as previsões “apontam para uma aceleração da transmissão do vírus”. “Apesar dos números favoráveis até então, todos nós precisamos prestar muita atenção. Esse enfrentamento está ainda começando, precisamos reforçar o isolamento social”, afirmou Motta no mesmo comunicado transmitido via internet.

 

A Secretaria de Saúde em Itajaí disse que o município já cobrou o Estado para implantação de novos leitos. “O compromisso é que o (Hospital e Maternidade) Marieta Konder Bornhausen chegue a 100 leitos de UTI para covid-19 e outros 20 para as demais patologias”, informou o município em nota. No sul catarinense, no Hospital Regional de Araranguá, a ocupação das UTIs para covid-19 chegou a 90% nesta quarta-feira, 27.

Flexibilização

Também nesta quarta-feira, 27, o governador Carlos Moisés (PSL) afirmou que vai permitir que os municípios decidam sobre medidas de flexibilização da quarentena – em relação, por exemplo, ao transporte público. Além dos ônibus, que estão suspensos por força do decreto estadual em vigor desde 17 de março, aulas e eventos com aglomeração de público permanecem sem autorização.

O pedido de autonomia veio dos próprios prefeitos, em reunião virtual com o governador na semana passada, na qual defendem a descentralização de ações contra a pandemia. Moisés não descartou atitudes pontuais para restringir flexibilização.

 

Em meio aos pedidos de flexibilização, os números disparam. Uma das situações mais preocupantes é na região oeste, que começou a registrar um crescimento de casos mais acelerado nas últimas semanas. A região também enfrenta surtos de infecção nos frigoríficos.

 

Em apenas uma unidade da BRF, na cidade de Concórdia, 73 funcionários testaram positivo. Na semana passada, uma unidade da JBS, em Ipumirim, foi interditada pelo Ministério Público do Trabalho por situação semelhante. O primeiro caso na região foi confirmado em 7 de abril. No oeste, há o maior número de infectados no Estado.

 

Associadas ao aumento de casos, as empresas do Sindicato da Indústria de Carnes & Derivados (Sindicarne) e Associação Catarinense de Avicultura (Acav) doaram cerca de R$ 35 milhões em recursos, equipamentos e alimentos para hospitais, municípios e governo. Só a JBS doou mais de R$ 28 milhões.

 

Em Santa Catarina, o uso de máscaras em locais públicos tornou-se obrigatório, além da medição de temperatura em supermercados e hotéis.

 

Novos respiradores

O Estado enfrenta momento de instabilidade política após o chamado “escândalo dos respiradores”, que resultou na troca dos secretários Douglas Borba (Casa Civil) e Helton Zeferino (Saúde) e rendeu uma CPI na Assembleia Legislativa (Alesc) para investigar irregularidades na compra de 200 respiradores da China. Um inquérito do Ministério Público aponta ilegalidades no pagamento dos R$ 33 milhões antecipados para compra dos equipamentos que ainda não foram entregues nas unidades de saúde.

 

O governador Moisés deu como descartada a possibilidade de usar os respiradores da China no combate à pandemia. E ainda nesta quarta-feira, anunciou a entrega de 100 dos 500 novos respiradores e monitores adquiridos da WEG S.A, de Jaraguá do Sul. Os critérios para entrega deverão respeitar taxa de ocupação e número de casos positivados nas últimas 48 horas. Segundo o governo estadual, 20 equipamentos foram encaminhados para Itajaí, onde a situação é mais crítica. Blumenau, que também teve um salto no número de casos, não recebeu nenhum dos equipamentos.

 

Posted On Sexta, 29 Mai 2020 07:16 Escrito por