Corte entendeu que valor fixado anteriormente não reflete a gravidade do caso

 

Com Site Migalhas A 1ª turma do STJ majorou de R$ 150 mil para 450 salários mínimos (R$ 396 mil) a indenização devida a motociclista que ficou tetraplégica após sofrer acidente em rodovia mal sinalizada que estava em obras, em SC. A concessionária Autopista Litoral Sul, responsável pela sinalização das obras de duplicação da via e o Dnit, órgão responsável pela fiscalização da rodovia Federal, foram condenados solidariamente ao ressarcimento dos danos morais e estéticos. A autora foi atingida por um carro e arremessada da moto, sofrendo uma lesão na coluna cervical, que deu causa à tetraplegia traumática. Depois de passar por cirurgia, o laudo médico apontou a necessidade de cadeira de rodas, par de botas, cama elétrica, cateterismo vesical, além do afastamento do trabalho por tempo indeterminado. O TRF da 4ª região havia fixado a indenização em R$ 150 mil, mas a vítima recorreu ao STJ. Para o relator, ministro Gurgel de Faria, o valor fixado anteriormente não reflete a gravidade do caso, "mostrando-se insuficiente para reparar ou ao menos compensar as consequências permanentes dos danos suportados". O ministro lembrou dois precedentes da Corte nos quais o STJ majorou para R$ 200 mil a indenização devida a um jovem de 20 anos que ficou paraplégico após acidente de trânsito (REsp 1.349.968); e manteve a condenação da União ao pagamento de R$ 400 mil de indenização a outro jovem que ficou tetraplégico após cair de árvore apodrecida (REsp 170.037).  "Nesse contexto – tetraplegia ocasionada por acidente de trânsito em rodovia mal sinalizada –, tenho que a fixação do quantum indenizatório em 450 salários mínimos se coaduna com os princípios da razoabilidade e da proporcionalidade."

Posted On Quinta, 09 Junho 2016 08:28 Escrito por O Paralelo 13

Para aliados de Cunha, a consulta enviada por Maranhão à CCJ tem a a intenção de é tirar dúvidas sobre a votação de processos por quebra de decoro parlamentar

 

Agência Estado O deputado Marcos Rogério (DEM-RO), relator do processo por quebra de decoro parlamentar contra o deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), entregou nesta terça-feira, 31, no Conselho de Ética o parecer final que deve pedir a cassação do mandato parlamentar. Com 84 páginas, o conteúdo do documento só será revelado em sessão convocada para amanhã. Dando sinais de que o relatório considera que Cunha mentiu à CPI da Petrobras ao negar contas no exterior, Rogério disse que produziu um relatório cauteloso, técnico e "substancioso" para evitar questionamentos futuros, mas evitou falar explicitamente sobre suas conclusões. "Meu relatório considera o conjunto dos fatos apurados no curso da instrução", afirmou. Segundo o relator, a decisão do presidente interino Waldir Maranhão (PP-MA) de limitar o escopo do parecer à omissão de informação relevante não comprometeu suas conclusões. Ele ressaltou que, mesmo com a limitação, o representado ainda está sujeito à cassação. Durante a entrevista, Rogério lembrou que a instância recursal das decisões do conselho é a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e que em 2005, quando se apreciou o processo contra o ex-deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ), a CCJ entendeu que era possível incluir novas imputações ao representado se provas surgissem ao longo do processo, ou seja, que o relatório final do conselho poderia ter uma conclusão mais ampla. Com a mais recente decisão de Maranhão, a Câmara tem hoje duas decisões opostas. O relator reclamou que, ao deferir os recursos, Maranhão não consultou o conselho. "Foram decisões monocráticas, ignorando o regimento e o Código de Ética", declarou. Assim que o relatório for apresentado na quarta-feira, 1, ao colegiado, a defesa de Cunha poderá se manifestar na sessão. Espera-se que os aliados de Cunha peçam vista de dois dias úteis ao parecer. Desta forma, a sessão de discussão e votação do relatório ficará para terça-feira, 7.

Manobra No ato de entrega do relatório de Marcos Rogério, o presidente do colegiado, José Carlos Araújo (PR-BA), foi notificado da existência de cinco representações protocoladas contra ele na Mesa Diretora. Os pedidos de investigação são de políticos do interior da Bahia, adversários locais dele. Araújo tem cinco dias úteis para se defender das denúncias (que versam desde o uso político de uma rádio local até recebimento de R$ 75 mil de um deputado estadual). Após esse prazo, a Corregedoria da Casa formulará um parecer pela continuidade ou não da representação. Caberá à Mesa Diretora - comandada em sua maioria por aliados de Cunha - decidir se o caso será encaminhado ao Conselho de Ética. Se as representações forem encaminhadas e instauradas no conselho, Araújo é automaticamente afastado do colegiado. A ação foi vista por Araújo como uma manobra do grupo de Cunha para tirá-lo da votação do parecer contra o peemedebista. "Eduardo Cunha foi afastado, mas tudo leva a crer que ele continua manejando seus tentáculos nesta Casa. Não vamos ficar intimidados com as manobras de Eduardo Cunha", declarou.

Posted On Quarta, 01 Junho 2016 06:32 Escrito por O Paralelo 13

O ministro da Transparência, Fiscalização e Controle, Fabiano Silveira, telefonou no início da noite de hoje (30) ao presidente interino Michel Temer e pediu demissão do cargo. A informação foi confirmada há pouco pelo Palácio do Planalto.

 

Da Agência Brasil De acordo com a assessoria de imprensa da Presidência, Silveira ainda não se reuniu pessoalmente com Temer. Ele ainda pode entregar uma carta de demissão ao presidente interino, mas Temer não se opôs ao pedido de Silveira. O substituto de Silveira ainda não foi divulgado. A situação de Fabiano Silveira na pasta ficou fragilizada após virem à tona conversas gravadas em que ele aparece criticando a Operação Lava Jato e dando orientações para a defesa de investigados em esquema de desvios de recursos na Petrobras, como o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Desde o início do dia, protestos organizados pelos servidores da antiga Controladoria-Geral da União (CGU) foram feitos em Brasília, incluindo um ato em frente ao Planalto e entrega de cargos por parte dos funcionários. Os funcionários fizeram uma lavagem das escadas em frente à entrada do ministério. Nota Em conversas gravadas, reveladas pelo programa Fantástico, da TV Globo, Silveira aparece criticando a Operação Lava Jato e dando orientações para a defesa de investigados em esquema de desvios de recursos na Petrobras. Segundo a reportagem, as gravações foram feitas por pelo ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado no fim de fevereiro, durante um encontro na casa do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).
Saiba Mais     
Ex-ministro se diz alvo de especulações e afirma que não se opôs à Lava Jato Funcionário de carreira do Senado, Silveira participou da reunião quando ainda era integrante do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), e seria indicado por Calheiros para o cargo. A conversa ocorreu antes de assumir o comando da pasta criada pelo presidente interino Michel Temer para substituir a extinta Controladoria-Geral da União (CGU), órgão que era responsável por investigar e combater a corrupção no governo. Nos áudios, Machado, Renan, Silveira e Bruno Mendes, advogado do presidente do Senado, discutem a cobertura da mídia e estratégias de defesa envolvendo a Operação Lava Jato. Em um dos trechos, Silveira diz que a Procuradoria-geral da República (PGR) “está perdida nessa questão”, ao comentar as investigações envolvendo Sérgio Machado no âmbito da Lava Jato. Em um momento anterior da conversa, Silveira parece orientar Renan Calheiros a não entregar à PGR uma versão de sua defesa para os fatos investigados. “A única ressalva que eu faria é a seguinte: está entregando já a sua versão pros caras da... PGR, né.  Entendeu? Presidente, porque tem uns detalhes aqui que eles... (inaudível)  Eles não terão condição, mas quando você coloca aqui, eles vão querer rebater os detalhes que colocou. (inaudível)”, diz Silveira nos áudios veiculados pela TV Globo. Em outra passagem, Renan se demonstra preocupado com uma denúncia de que sua campanha teria recebido R$ 800 mil em propinas ligadas à Transpetro. "Cuidado, Fabiano! Esse negócio do recibo... Isso me preocupa pra c...", afirma o presidente do Senado. A reportagem da TV Globo disse ter apurado que Silveira serviu como emissário de Calheiros no contato com pessoas ligadas a investigações da Lava Jato. Por meio de nota enviada hoje (30) à Agência Brasil, Fabiano Silveira disse ter comparecido “de passagem” à residência do presidente do Senado, sem saber da presença de Sérgio Machado, com quem não tem nenhuma relação pessoal ou profissional. Ele negou ter feito qualquer intervenção em órgãos públicos a favor de terceiros. “Chega a ser um despropósito sugerir que o Ministério Público [...] possa sofrer interferências”, diz a nota. As conversas entre Sérgio Machado e membros da cúpula do PMDB começaram a vir à tona há uma semana, quando o jornal Folha de S. Paulo publicou trechos de áudios em poder da Procuradoria-Geral da República (PGR). O executivo teria gravado as conversas para negociar uma delação premiada, pois temia ser preso na Lava Jato.
Edição: Carolina Pimentel

Posted On Terça, 31 Mai 2016 07:19 Escrito por O Paralelo 13

A Justiça do Trabalho em Palmas decidiu na noite dessa segunda-feira, 30, suspender a eleição da nova diretoria do Sindicato dos Médicos no Estado do Tocantins (Simed). A votação estava prevista para ocorrer nesta terça-feira, 31. Um oficial de Justiça vai à sede do Simed nesta manhã para garantir o cumprimento da decisão do juiz titular da 2ª Vara do Trabalho, Francisco Rodrigues de Barros.

Cristiano Machado

Em seu despacho, o magistrado determinou ainda que seja apresentado um novo calendário eleitoral “firmado por representantes de ambas as chapas concorrentes”. E mais: a comissão eleitoral e as chapas vão definir como será a coleta de votos dos médicos que não vão usufruir do benefício da urna eletrônica, disponível apenas na sede do sindicato, em Palmas. Médicos do interior votam por meio de correspondência. O magistrado admite o voto por carta, porém, com ressalvas: “desde que revestido de todas as medidas de segurança possíveis, ou a instalação de urnas nas localidades”.
Ainda na sentença, o juiz afirma que o Simed “não adotou as devidas medidas de clareza do pleito eleitoral, não comunicou a este juízo quais teriam sido as medidas adotadas no sentido de assegurar um pleito que não comportasse qualquer questionamento”.
JUSTIÇA RESTABELECE A ORDEM
O candidato à presidência pela chapa 2 “Responsabilidade Classista”, Hugo Magalhães, 34, declarou há pouco que a Justiça “restabeleceu a ordem” e corrigiu “uma grande injustiça que vinha sendo praticada contra a classe”. “Recebemos com tranquilidade a decisão. A Justiça estabeleceu a ordem e corrigiu uma grande injustiça que vinha sendo praticada não contra a chapa 2, mas contra a classe dos médicos em geral. A eleição, desde o início, vinha sendo praticada de forma antidemocrática, sem transparência e com uma parcialidade incomum. Com essa decisão esperamos um pleito mais claro, democrático e que dê oportunidade iguais a todos os concorrentes”, afirmou Magalhães.
FALTA DE TRANSPARÊNCIA
A falta de transparência é um dos itens citados pelo juiz para decidir por um novo calendário eleitoral. “Os requerentes denunciam diversas irregularidades no Processo Eleitoral do reclamado que ensejam a sua nulidade,  principalmente diante da falta de transparência do procedimento. Acusam a ausência de tempo hábil  para montagem, organização,  divulgação e impugnação das chapas, bem como  certo atropelo no encaminhamento das cédulas eleitorais que, ademais, não se revestem de plena clareza”, diz o magistrado.
MANIPULAÇÃO FRAUDULENTA
Neste despacho, o magistrado cita, por exemplo, que havia determinado no último dia 9 que a comissão eleitoral reabrisse os prazos para impugnação e registro das chapas. Tal fato rendeu multa de R$ 5 mil por dia ao Simed. Somados os valores os prejuízos aos cofres do sindicato já passam de R$ 65 mil. “Como corolário, todos os prazos deveriam ser reabertos, inclusive para impugnação, tudo de forma limpa e cristalina. Em nenhum momento o sindicato logrou nos demonstrar quais teriam sido os novos prazos, se deixando fazer, ao que tudo indica, tudo ao seu bel prazer, atentando contra o princípio da transparência”, atesta o magistrado. “Obviamente que, sem regras definidas, encontra-se aberto o caminho à manipulação fraudulenta, o que ocorre, inclusive no que diz respeito ao manuseio das cédulas”, complementou.
AS CÉDULAS
O juiz se referiu ainda sobre a denúncia da chapa 2 sobre a logística do pleito e a confecção das cédulas, que estavam sendo feitas por funcionários da atual gestão num quarto da sede do sindicato. “As cédulas devem seguir rigorosamente o modelo pré-determinado, impressas com acompanhamento de membros de ambas as chapas ou por pessoas por eles designadas, devem ser confeccionadas em quantidade condizente com o número de votantes, devem ser devidamente assinadas previamente por representante de todos os interessados, encaminhadas com tempo hábil e, de forma alguma serem utilizadas como material publicitário ou de propaganda.” O titular da Vara do Trabalho foi claro: “Inexiste demonstração de que tais providências tenham sido adotadas”.
VOTAÇÃO POR CORRESPONDÊNCIA
A chapa 2 também denunciou a fragilidade da votação por correspondência. Membros da chapa receberam nos últimos dias inúmeras mensagens de médicos do interior que não receberam a correspondência com a cédula. A chapa também solicitou ao Simed lista dos médicos para os quais as correspondências tinham sido enviadas, mas a diretoria atual não forneceu. O juiz se manifestou da seguinte forma sobre tal fato: “Por outro lado, a votação por correspondência deve obedecer rigorosamente o sistema de sobre-carta, com a devida assinatura do votante no envelope principal e sem qualquer identificação no interno, garantido o seu acompanhamento, a partir da abertura até a inclusão na urna, por todos os interessados”.
Ele ainda cita a necessidade de que representantes das duas chapas acompanhem os votos. “Caso não haja esta garantia, mister se faz, para total garantia da lisura do pleito, que este ocorra na forma pleiteada pelos requerentes, ou seja, a instalação de uma urna em cada uma das unidades mencionadas na petição de ingresso”.
A chapa 2 pediu que Simed viabilizasse implantação de urnas nas principais unidades hospitalares do Estado para que os médicos do interior pudessem votar de forma presencial e não por correspondência.

Posted On Terça, 31 Mai 2016 07:13 Escrito por O Paralelo 13

Ou como o governador Marcelo Miranda corre riscos ao manter o PT no comando da Educação do seu governo e a Saúde em situação caótica.  Nós estamos vendo.  O povo também.....

 

Por Edson Rodrigues

 

I - O Paralelo 13 é um dos mais antigos veículos de comunicação impressos no Tocantins, há mais de 28 anos, em circulação, sempre funcionando no mesmo endereço, com os mesmos dirigentes e com a mesma linha editorial, respeitando as autoridades, os dirigentes classistas, as lideranças comunitária, mas, principalmente, o cidadão.

De forma sempre respeitosa, O Paralelo 13 procura levantar junto aos cidadãos suas principais demandas, para manter nossos representantes nos executivos municipais e estadual a par das necessidades e prioridades elencadas pela população, mesmo quando esses esclarecimentos aparecem em forma de críticas ou palavras duras.

É desta forma que procuramos contribuir para o bem comum, baseados na liberdade de expressão e de informação, desde nossa primeira edição, um ano e meio antes da criação do Tocantins.

Graças ao nosso bom Deus, aos nossos leitores e colaboradores, temos conseguido superar todos os obstáculos que se interpuseram em nosso caminho e, apesar das pressões e incompreensões, a cada dia nos fortalecemos, agregando as novas práticas do jornalismo á nossa forma de contato com o público leitor.

Sabemos que essa nossa resiliência e “teimosia” em buscar sempre a verdade por trás de cada informação acabam por nos distanciar de membros dos Executivos e Legislativos estadual e municipais, que escolheram andar na contramão da legalidade, praticando atos suspeitos e duvidosos, usando os cargos que ocupam em benefício próprio ou de grupos determinados, que nada têm a ver com o bem da população.

Ao contrário do que querem essas pessoas, isso nos vitamina, nos fortalece e nos sinaliza que estamos no caminho certo, no caminho do bom jornalismo e da prestação de serviço.

Sofremos várias e várias retaliações que, às vezes, nos fizeram diminuir nossa velocidade e nos detiveram por tempo razoável, mas sempre conseguimos chegar ao fim, cumprindo nosso dever de informar e de tratar sempre com a verdade, seja com nossa versão impressa, seja em nosso site – WWW.oparalelo13.com.br – e, de uma forma ou de outra, estamos sobrevivendo.

 

COMPROMISSO

Sempre bem documentados e fundamentados, seja online seja em nossa edição impressa, em coluna por nós assinada, abriremos, agora, um novo espaço para tratar exclusivamente da sucessão municipal, dando enfoque especial aos candidatos a vereador, vice-prefeito e prefeito “fichas-sujas”, bem como fazendo uma avaliação das administrações dos candidatos à reeleição que respondem a processos no TCE, TRE, TJ, TCU, CGE e CGU e nas Câmaras Municipais, trazendo o andamento das denúncias, bem como um dossiê com farta documentação sobre cada caso.

Faremos isso como forma de informar aos nossos leitores quem é quem nas eleições municipais deste ano, pois entendemos que, para mudar, o Brasil tem que começar a “faxina” pela raiz.  Desde os vereadores, vice-prefeitos e prefeitos.

Faremos a nossa parte. Caberá ao eleitor fazer a sua!

 

II – DESCASO COM A VIDA DOS TOCANTINENSES

O governo Marcelo Miranda não tem mais por onde encontrar desculpas para dar á população sobre a situação da área da Saúde Pública.  Não “cola” mais falar em “herança maldita” ou em “administrações anteriores”.

Fazemos essa afirmação baseados em dados fornecidos por membros do primeiro escalão do governo estadual que apontam que após um ano e cinco meses de administração, já seria possível para o governo dar uma nova cara a esse setor que, sabemos, tem sempre uma demanda crescente.

Para esses membros do governo, bastava ter dado prioridade ao setor, já que o governo foi auxiliado pelo Poder Legislativo, com a aprovação do pacote de aumento de impostos, que já resultou num acréscimo significativo na arrecadação estadual.

As medidas do governo, no entanto, não surtiram o efeito esperado, muito menos o necessário.  A importação de um secretário e sua imposição, goela abaixo, sob a pecha de “salvador da pátria”, nada trouxe benefícios imediatos.

Nem no HGP nem nos Hospitais regionais de Araguaína, Gurupi, Paraíso, Porto Nacional, Dianópolis ou Arraias.

O quadro continua de descaso total com a vida humana, com pacientes agonizando, aguardando meses por cirurgias, sem nem previsão para a realização das intervenções, falta de alimentação para pacientes e acompanhantes, passando frio e aumentando a desesperança de, um dia, serem tratados com a dignidade de quem paga impostos para ter acesso a uma saúde que, pelo menos, respeite sua condição de ser humano.

As alegações para tal situação são várias e vêm facilmente à boca de quem deveria estar agindo e não age, e vão de falta de material básico e cirúrgico á falta de médicos especialistas, passando, como sempre, pela falta de leitos de UTI.

Até quando isso vai servir de desculpa?  Há quantos anos ouvimos as mesmas alegações?

Conversamos com uma pessoa que tem um parente hospitalizado há 87 dias no HGP à espera de uma cirurgia.  Ela nos contou que esse parente já foi preparado para a cirurgia por três vezes, mas, nas três vezes, a cirurgia foi suspensa por “problemas técnicos”.

Assim como essa pessoa, há outras centenas de pacientes passando pelos mesmos – não diríamos nem problemas, mas constrangimentos – temores, dores e dissabores.

Sabemos que, sob a mesma situação, centenas de pessoas já vieram a óbito não só no HGP, mas em todas as unidades de Saúde Pública do Estado e outras centenas estão na fila.  Não se sabe se por atendimento ou para entrar nas estatísticas da falta de atendimento.

Aqui cabe a indagação: talvez, se o sistema de Saúde Pública estadual fosse uma prioridade, quantas vidas teriam sido salvas e quantas ainda se poderiam salvar no Tocantins?

Trazemos o exemplo vivo – quase morto – da nossa Porto Nacional, onde tudo o que falamos nas linhas anteriores acontece dia após dia, nas barbas dos nossos “representantes”, dos eleitos pelo povo e para o povo.

Vemos responsáveis e profissionais da área da Saúde realizando verdadeiros milagres com o parco material que têm em mãos para trabalhar.  Seja de onde tenham vindo, pois sabemos que muitos vêm das cidades circunvizinhas onde a Saúde pública simplesmente inexiste, quem chega em  busca de saúde a Porto Nacional encontra profissionais sobrecarregados, falta de material básico para curativos, de material para cirurgias, de leitos, de alimentação, enfim, falta de condição total nas unidades de Saúde.

Com todo respeito ao trabalho do Ministério Público, achamos que já passou da hora da Justiça reconhecer – e fazer – a sua parte nesse caos.

 

ILUSTRAÇÃO

Chegam ao pronto-socorro de um hospital público três pessoas que acabaram de sofrer um acidente.  Elas recebem os primeiros atendimentos e, imediatamente, é acionada a emergência.

Ligam para o diretor da unidade, mas seu telefone está desligado.

Em seguida, o médico plantonista detecta que o estado de duas das vítimas é grave, com grande hemorragia, caso de cirurgia urgente.

Ligam para o secretário de Saúde que, irritadíssimo, afirma que “aquilo não é com ele”, que “quem resolve isso é o diretor”, e desliga o telefone na cara da pessoa que buscava uma solução.

O chefe de enfermagem, então, insiste em ligar para o diretor que, também muito irritado, indaga “o que querem com ele àquela hora”.

Avisado sobre a situação, da gravidade e da necessidade de cirurgia com médico especialista, a resposta é que “estou aqui, no aniversário de uma amiga.  Quando acabar aqui, vou até aí”.

Na manhã seguinte ao chegar á unidade de saúde, o diretor fica sabendo que as duas pessoas que precisavam de cirurgia haviam falecido.  Uma era sua mãe, a outra, sua cunhada.  O sobrevivente, que presenciou toda a tentativa dos profissionais em conseguir ajuda, seu sobrinho.

Ou seja, as autoridades políticas, judiciárias, legislativas, dirigentes e outros “você sabe com quem está falando?”, acaba também fazendo parte das estatísticas nefastas da Saúde Pública no Tocantins.

 

III – EDUCAÇÃO, QUESTÃO DE GOVERNO, QUESTÃO DE GESTÃO

Infelizmente não podemos afirmar nada diferente. O flagelo em que se encontra a Educação do Tocantins é de inteira responsabilidade do governador, Marcelo Miranda.  Afinal, o secretário estadual da Educação é seu auxiliar direto e seus atos são de responsabilidade de quem o escolheu.

Tanto o secretário quanto sua equipe direta mantém um irritante ar de despreocupação com a situação de milhares de alunos de tempo integral que enfrentam o calor de 40 graus sem nenhum tipo de ventilação mecânica, sem alimentação adequada, enfim, sem a mínima condição de apreender informações, de aprender, pois a fome e o desconforto desviam a atenção do cérebro para a sobrevivência e, posso garantir, nenhuma fórmula matemática ou nenhuma regra do português é mais difícil de ser entendida que um estômago queimando de fome e o corpo ardendo de calor.

Fica a pergunta ao senhor governador Marcelo Miranda, aos senhores senadores, aos senhores deputados, aos senhores membros do Ministério Público, do Tribunal de Contas do Estado, se eles conseguiriam tomar decisões, analisar leis ou contabilidade fiscal sob o calor e assolados pela fome como estão nossos alunos?

Outra pergunta:  para onde está indo o dinheiro que cai na conta, sagradamente, todo mês, vindo do ministério da Educação, direcionado única e exclusivamente às nossas escolas?

A única alternativa certa nesses questionamentos é que falta ao secretário da Educação um compromisso com suas atribuições.  Falta-lhe capacidade de gestão, lhe falta competência e lhe falta um mínimo de humanidade e compaixão.

Sem merenda dá para aprender?

Ao governador Marcelo Miranda falta coragem de mandar esse senhor de volta para seus afazeres anteriores ao de gestor da educação estadual do Tocantins.  Falta coragem ao governador de impor a esse acordo de governo de coalizão com o PT, que os indicados por esse partido tenham um mínimo de competência e capacidade de comandar as pastas que lhes foram oferecidas. 

Pelo menos isso.

Todo mundo já notou que todos os segmentos classistas que manobram contra o Palácio Araguaia são ligados ao Partido dos Trabalhadores, logo, que essa “coalizão” é uma farsa, um fardo para o governo do Estado.

O governador Marcelo de Carvalho Miranda não pode ficar refém de um partido, de um acordo, de uma parceria que soa falsa aos olhos do mais leigo dos leigos.

O governador do Estado do Tocantins não pode correr o risco de enfrentar a mesma situação da presidente afastada Dilma Rousseff, que entre ficar ao lado de aliados “podres” e ficar ao lado do povo, escolheu o lado do acordo puído, da traição e da sabotagem e acabou apeada do poder em dois tempos.

Marcelo Miranda tem que ouvir os anseios e o clamor do povo e tomar a atitude de exonerar esse secretário da Educação, mesmo que o PT rompa com seu governo na Assembleia.

Que o PT indique alguém mais capaz, pelo menos, mas que não se omitam quanto á situação assustadora que nossos alunos enfrentam na rede pública estadual de ensino.

Ao manter o atual secretário da Educação “ad eternum”, Marcelo Miranda assume o risco de assumir, junto com ele, os resultados terríveis da incapacidade desse senhor.

Não falamos muito sobre merenda nem mesmo sobre o transporte escolar na zona rural porque preferimos ir ao cerne da questão.

Se o governador Marcelo Miranda não sabia dessa situação na nossa educação, está sabendo a partir deste editorial.  Não há mais desculpas.

Agora é com o senhor, governador Marcelo Miranda...e com o povo tocantinense.....

 

IV - APENAS PARA CONCLUIR

A construção da linha editorial de O Paralelo 13 foi erguida sobre rocha, sob os princípios morais e éticos do seu diretor-presidente, Edson Rodrigues e do seu diretor-geral Edvaldo Rodrigues, afastado temporariamente de suas funções. Este veículo de comunicação não tem telhado de vidro, muito menos pé de barro e sempre soube se manter afastado das ofertas de vantagens financeiras oportunistas e mal intencionadas, prezando pelo respeito ao seu leitor e á prestação de serviços de utilidade pública.

Assim, usamos este artigo para nos pronunciar sobre a Saúde e a educação do nosso Estado, que vão de mal a pior, usando palavras duras e tecendo críticas construtivas, nos valendo da liberdade de expressão e do direito ao acesso á informação de cada cidadão.

É por esse motivo que nos sentimos tranqüilos em agir como sempre agimos, e assinar editoriais como este, pelo bem do povo do Tocantins.

 

 

 

Posted On Domingo, 29 Mai 2016 22:45 Escrito por O Paralelo 13