Também foi derrubado o veto do Executivo ao projeto do deputado Rocha Miranda (PMDB) que cria o “ICMS Turismo”.
Da Assessoria
O cidadão vai poder parcelar o IPVA em até dez vezes. Isso porque os deputados derrubaram na noite desta quarta-feira, 20, o veto do Governo do Estado ao projeto do parlamentar Jorge Frederico (PSC). De acordo com o autor, “não há perda de arrecadação, mas estamos dando oportunidade ao tocantinense de ter mais tranquilidade de pagar os seus impostos”.
Fisco
Os deputados aprovaram ainda alterações nas leis que dispõem sobre o programa TO Legal. Aprovaram também novas regras para Contencioso e procedimentos administrativos-tributários, da Secretaria Estadual da Fazenda. As modificações reformam o nome e as regras do TO Legal do sistema de devolução para o de premiação, tornam obrigatório o formato digital dos documentos anexos do auto de infração, e simplificam a forma de escriturar as operações fiscais do ICMS.
Aprovados ainda o Programa de Recuperação de Créditos Fiscais (Refis), uma correção na lei que autorizou o empréstimo para a construção da nova ponte de Porto Nacional, e autorização da abertura de crédito adicional no orçamento para a Casa Militar, Secretaria de Educação e a Agência Tocantinense de Transportes e Obras (Ageto).
Outros projetos de impacto fiscal alteram anexos do Plano Plurianual 2016-2019 e prorrogam a vigência do regime especial de plantão e cumulação de responsabilidades dos delegados de Polícia Civil.
Social
Os parlamentares consentiram no projeto de doação de 80 casas populares na quadra ALCNO 33, em Palmas, para famílias cadastradas no programa Pró-Moradia, e de terrenos ao Sindicato dos Servidores do Tribunal de Contas do Estado (Sinstec), Associação Centro Comunitário Esperança, em Miranorte, e para a União, em favor do Ministério da Saúde, para construção da Casa de Apoio à Saúde Indígena (Casai) na quadra ACSUNE 60.
Aprovados projetos que dão nova denominação ao Colégio Estadual Dom Pedro I, em Novo Acordo; incluem no calendário oficial do Estado o Dia Estadual do Advogado Criminalista, comemorado a cada 2 de dezembro; e autorizam a realização de plebiscito em Fortaleza do Tabocão.
Legislativo
A Assembleia autorizou declarações de utilidade pública estadual às associações Projeto Restituindo Vidas, do deputado Valdemar Júnior (PMDB), dos Festejos de Santa Luzia na Fazenda Sítio Novo, em Monte do Carmo, proposta pelo deputado Cleiton Cardoso (PSL), e o Instituto Social Alvorada (ISA), de Araguaína, apresentado pela deputada Valderez Castelo Branco (PP).Quanto aos títulos de cidadania tocantinense, foram aprovados projetos que homenageiam o prefeito de São Paulo, João Dória (PSDB), a Valter Silveira, ao médico e educador Neilton Araújo de Oliveira, e ao empresário e líder classista Itelvino Pisoni. As matérias foram apresentadas pelos deputados Olyntho Neto (PSDB), Valdemar Júnior, Alan Barbiero (PSB) e Toinho Andrade (PSD).
O deputado Paulo Maluf (PP-SP), 86, se apresentou à Superintendência da Polícia Federal de São Paulo nesta quarta-feira (20), um dia após o ministro Edson Fachin determinar o início do cumprimento de pena por lavagem de dinheiro.
CAMILA MATTOSO E MARTHA ALVES 0 do Folhapress
O parlamentar chegou à PF por volta das 9h, acompanhado do advogado Ricardo Tosto. Sem falar com a imprensa, ele deixou sua casa nos Jardins, zona oeste da cidade, pelo portão principal em um carro com vidros pretos, por volta das 8h.
A defesa de Maluf afirmou que vai entrar com recurso ainda nesta quarta no Supremo para tentar derrubar a decisão do ministro Edson Fachin, do STF, que, nesta terça-feira (19), determinou que Maluf comece a cumprir a pena em regime fechado e perca o mandato.
'"É uma decisão absurdamente teratológica, contra toda jurisprudência do Supremo. Acho que é fruto da divisão que o Supremo está vivendo. Vamos tentar uma prisão domiciliar", disse o criminalista Antonio Carlos de Almeida Castro, conhecido como Kakay.
Em maio, Paulo Maluf foi condenado pela primeira turma do STF a sete anos, nove meses e dez dias de prisão em regime fechado por crimes de lavagem de dinheiro.
Ele também foi condenado à perda do mandato e ao pagamento de 248 dias-multa no valor de cinco vezes o salário mínimo vigente à época dos fatos, aumentada em três vezes.
Os ministros decidiram ainda que Maluf deve se afastar da administração de empresas, seja em cargo de direção, integrante de conselho de administração ou de gerência, pelo dobro do tempo da pena de prisão, ou seja, mais de 15 anos.
O deputado recorreu, mas perdeu. Ele tentou novo recurso ("embargos infringentes"), negado por Fachin, que aproveitou para determinar o cumprimento imediato da pena.
Para Fachin, Maluf tenta protelar o início do cumprimento da pena.
"A manifesta inadmissibilidade dos embargos infringentes ora opostos, na esteira da jurisprudência desta Suprema Corte, revela seu caráter meramente protelatório, razão por que não impede o imediato cumprimento da decisão condenatória", escreveu.
O ministro já havia sido sorteado relator do caso enquanto estava na primeira turma, antes de mudar de colegiado por causa da Lava Jato.
CONDENAÇÃO
De acordo com a denúncia, Maluf ocultou dinheiro desviado da construção da avenida Água Espraiada (avenida Roberto Marinho) enquanto era prefeito de São Paulo (1993 a 1996). Para isso, fez remessas ilegais ao exterior usando serviços de doleiros e por meio de offshores na ilha de Jersey.
O Ministério Público responsabilizou Maluf por desvios de mais de US$ 172 milhões, mas parte dos crimes já foi prescrita. Fachin considerou apenas desvios na ordem de US$ 15 milhões.
Para a defesa, houve "omissão", "contradição" e "obscuridade" no julgamento. Os advogados também pedem para juntar novos documentos aos autos.
No entanto, o STF entendeu que Maluf quer "reabrir a discussão da causa, promover reanálise de fatos e provas e atacar" a condenação por meio do recurso. Para Fachin, apesar de apontar "omissão, contradição e obscuridade", Maluf "não logrou êxito em demonstrar quaisquer desses defeitos"
"Eu gostaria de dizer que eu ouvi o áudio ‘tem que manter isso aí, viu’", disse Barroso (assista o vídeo no fim da pagina)
Com Agencia Brasil
Os ministros do STF Luís Roberto Barroso e Gilmar Mendes protagonizaram nesta terça-feira (19) mais um embate no plenário da Corte em torno de questões relativas a investigações contra políticos. Após Mendes repetir críticas contra o trabalho da Procuradoria-Geral da República (PGR) nas denúncias contra o presidente Michel Temer, Barroso ergueu o tom de voz para afirmar que "vivemos uma tragédia brasileira, a tragédia da corrupção que se espalhou de alto a baixo sem cerimônia".
Barroso recorreu aos elementos de prova anexados à denúncia para defender o trabalho da PGR. “Eu gostaria de dizer que eu ouvi o áudio ‘tem que manter isso aí, viu’. Eu quero dizer que eu vi a fita, eu vi a mala de dinheiro, eu vi a corridinha na televisão. Eu li o depoimento de Youssef. Eu li o depoimento de Funaro”, disse o ministro ao citar episódios recentes.
“Eu não acho que há uma investigação irresponsável. Há um país que se perdeu pelo caminho, naturalizou as coisas erradas, e nós temos o dever de enfrentar isso e de fazer um novo país, de ensinar as novas gerações de que vale a pena fazer honesto, sem punitivismo, sem vingadores mascarados, mas também sem achar que ricos criminosos têm imunidade”, acrescentou o ministro.
Antes, Gilmar Mendes havia classificado a investigação conduzida, no caso pelo ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot, de caótica, contraditória e mal feita, representando “vexame institucional completo de gente que não sabe investigar. O que nós estamos vendo aqui na verdade é um grande caos. Uma grande bagunça. Serviço mal feito, apressado, de corta e cola”.
“As pessoas ficam entusiasmadas, havia aqui inclusive no plenário uns poucos janozistas”, disse Gilmar Mendes.
Um dos principais pontos de discordância entre os ministros diz respeito a uma gravação feita pelo empresário Joesley Batista, da JBS, de uma conversa com Temer, na qual o presidente diz a frase “tem que manter isso aí”, que, para Janot configura anuência para a compra de silêncio do deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
O áudio foi anexado por Janot a uma denúncia de obstrução das investigações contra Temer, mas depois teve sua autenticidade questionada por não ter sido alvo de uma perícia prévia pela Polícia Federal (PF).
A discussão entre Mendes e Barroso se deu durante o julgamento, na manhã desta terça-feira, sobre a continuidade das investigações contra os denunciados sem foro privilegiado no STF, após a Câmara ter decidido, em outubro, barrar o prosseguimento da denúncia por organização criminosa contra o presidente Michel Temer.
Kassab teria recebido pouco mais de R$ 21 milhões da empreiteira entre 2008 e 2014; ações do MP-SP envolvem outras pessoas ligadas ao ministro
Com Agências
O Ministério Público de São Paulo ( MP-SP ) moveu quatro ações nesta terça-feira (19) por improbidade administrativa, sendo um dos acusados o ministro de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações Gilberto Kassab (PSD-SP), apontado por ter recebido pouco mais de R$ 21 milhões em 'caixa 2' da empreiteira Odebrecht entre os anos de 2008 e 2014, quando ocupava o cargo de prefeito de São Paulo. Com isso, o MP-SP também pede o bloqueio de bens de R$ 85 milhões do político paulista.
As ações abertas hoje têm origem nos depoimentos dos delatores da Odebrecht, que acusam o ministro de Michel Temer, Gilberto Kassab , de receber o dinheiro em 'caixa 2' durante o período em que era prefeito da capital paulista e também quando ocupava o cargo de ministro das Cidades, no governo da petista Dilma Rousseff. Nesta terça-feira , a empreiteira fechou um novo acordode leniência com o MP paulista e o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) relativo às irregularidades cometidas entre os anos de 2008 e 2015. Além disso, a empresa garantiu à Promotoria que irá devolver o dinheiro aos cofres públicos.
Cartel de empreiteiras
No novo acordo de leniência, a Odebrecht revelou que integrou um cartel que reuniu 22 empreiteiras que fraudavam concorrências e repartir entre si contratos de obras viárias com o governo de São Paulo. O esquema teria funcionado durante mais de uma década, no período de 2004 a 2015, e teve como alvos os contratos do Rodoanel Mário Covas (trecho sul) e outras sete obras licitadas durante as gestões do PSDB no estado: Avenida Roberto Marinho, Nova Marginal Tietê, Complexo Jacú Pêssego, Chucri Zaidan, Avenida Cruzeiro do Sul, Avenida Sena Madureira, e Córrego Ponte Baixa.
Segundo as informações e documentos apresentados pela Odebrecht e por seus executivos, o cartel de empresas que visava faturar o contrato do Rodoanel se constituiu a partir de conversas iniciadas em junho de 2004 entre representantes das maiores empreiteiras do País: a própria Odebrecht, a Andrade Gutierrez, a Camargo Corrêa, a OAS e a Queiroz Galvão.
Vice-campeão em planilha
Vale lembrar que o agora ministro da Comunicação foi o segundo nome mais citado na planilha entregue pela Odebrecht em delação premiada nos primeiros meses deste ano. Depois do ex-governador Sérgio Cabral (PMDB-RJ), que é apontado por ter recebido propina de R$ 62 milhões, Gilberto Kassab aparece como “vice”, com a quantia de R$ 21,3 milhões. Na sequência da empreiteira vêm: Pezão, com R$ 20,3 milhões; Paes, com R$ 16,1 milhões.
Sentença a ser cumprida pelo ex-governador do Rio foi acrescida em 15 anos nesta terça, mesmo dia em que sua esposa, Adriana Ancelmo, foi para casa
Com IG São Paulo
O ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral foi condenado pela quarta vez na Operação Lava Jato, nesta terça-feira (19). Agora, a sua sentença foi acrescida em 15 anos, totalizando 87 anos de cadeia.
A decisão diz respeito à operação Eficiência 2 e foi tomada pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal. Apesar da sentença, Sérgio Cabral ainda pode recorrer.
O peemedebista já tinha sido condenado a 72 anos de prisão em três processos. Agora, as penas chegam a 87 anos em quatro processos: três com Bretas, no Rio, e um com o juiz Sérgio Moro, no Paraná, também na Lava Jato.
Além dele, sua esposa, Adriana Ancelmo, também foi condenada. A decisão ocorre no mesmo dia em que ela deixa a prisão para trocar a preventiva pela domiciliar . Pela manhã, Adriana saiu do presídio de Benfica, na Zona Norte do Rio, em direção ao seu apartamento, no Leblon, Zona Sul da capital fluminense.
Nova denúncia e um pedido de desculpas
Um dia antes da condenação, o juiz aceitou uma nova denúncia contra Cabral, que passa então a ser réu em 17 processos.
Nessa nova denúncia, o ex-governador é investigado pelo pagamento de R$ 18.117.824,36, de propinas em contratos com a Fundação Departamento de Estradas e Rodagem do Rio (Funderj). Os repasses teriam sido feitos entre janeiro de 2007 e setembro de 2014.
Preso há mais de um ano e atualmente cumprindo pena no presídio de Benfica, na zona norte da capital fluminense, Cabral negou que tenha recebido propina e rechaçou as acusações apresentadas na denúncia do Ministério Público Federal.
Na semana passada, em audiência com Bretas, o ex-governador do Rio de Janeiro admitiu ter recebido doações ilícitas e fez um pedido de desculpas . "Peço desculpas à população por ter feito uso de caixa dois e de sobras de caixa dois", disse Sérgio Cabral.
Sérgio Cabral, no entanto, não especificou qual a quantia dessas doações não contabilizadas que chegou aos seus bolsos, limitando-se a dizer que o montante conferiu a ele "uma vida incompatível, muito além de seus dinheiros lícitos". "Eu errei", reconheceu o peemedebista.