Anúncio ocorreu nesta segunda-feira, 17, na Capital com a presença de representantes do governo federal e estadual
Com Assessoria
O governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa (Republicanos), anunciou apoio ao candidato à reeleição para a presidência do Brasil, Jair Bolsonaro (PL). O anúncio ocorreu nesta segunda-feira, 17, durante um evento realizado em um hotel de Palmas, que contou com a presença do ex-ministro do turismo Gilson Machado Neto, a senadora eleita Professora Dorinha (União Brasil), além de deputados estaduais e federais.
No momento o governador relatou os motivos do seu apoio e a necessidade de geração de emprego. “Quero pedir aos deputados estaduais, é hora de fazermos uma cadeia de conversas com nossos prefeitos, nossos eleitores, para intervir nesse processo que é importante para o Tocantins e para o Brasil. Recebi mensagens de empresários e do agronegócio e compreendi a importância da economia tocantinense, da geração de oportunidade para as pessoas, como emprego. É por isso que tomei essa decisão. Tenho que atuar pela minha família, pela sociedade tocantinense e pelo Brasil. Eu declaro meu voto para o presidente Bolsonaro", declarou.
Posicionamento
Esta é a primeira vez que o governador do Tocantins declara publicamente apoio a um candidato na disputa da Presidência. Durante o primeiro turno ele se manteve neutro, e chegou a dizer que não podia pedir voto a um candidato que estava apoiando outra pessoa para o governo do Tocantins por ter "amor próprio" - referindo-se ao apoio de Bolsonaro a Ronaldo Dimas (PL).
"Olha, eu tenho falado sobre isso, do meu amor próprio. Como que eu vou pedir apoio, pedir voto para um candidato que quer me derrotar no meu estado? Dois candidatos principais têm candidatos dos seus partidos e nós respeitamos isso. Eles vão trilhar com seus candidatos e eu vou trilhar o meu caminho pelo Tocantins. Aquele que for escolhido eu trabalharei com ele", afirmou em entrevista.
Após se reeleito, Wanderlei voltou a dizer, durante entrevista à TV Anhanguera no dia 3 de outubro, que pretendia trabalhar junto com quem fosse eleito, mas iria pensar sobre declarar apoio a algum candidato.
No primeiro turno, Jair Bolsonaro (PL) teve 379.194 votos (44%) no Tocantins e foi derrotado pelo ex-presidente Lula (PT), com 434.303 dos votos válidos (50,40%).
Candidato do Republicanos ao governo participava da inauguração do Polo Universitário de Paraisópolis
Com Agências
O candidato Tarcísio de Freitas (Republicanos) teve de interromper uma agenda em Paraisópolis, comunidade na Zona Sul da cidade de São Paulo, por causa de um tiroteio. Ele estava no terceiro andar de um prédio quando ocorreram os disparos. Ainda não se sabe a origem dos tiros.
Nas redes sociais, Tarcísio afirmou que todos presentes na agenda estão bem. "Em primeiro lugar, estamos todos bem. Durante visita ao 1o Polo Universitário de Paraisópolis, fomos atacados por criminosos. Nossa equipe de segurança foi reforçada rapidamente com atuação brilhante da PM de São Paulo. Um bandido foi baleado. Estamos apurando detalhes sobre a situação", escreveu.
Após os disparos, tanto Tarcísio quanto os jornalistas que acompanhavam deixaram o local.
Osvaldo Nico Gonçalves, delegado geral da Polícia Civil de São Paulo, afirmou ao portal g1 que foram enviadas viaturas ao local para apurar o que aconteceu. "Por enquanto ainda não temos informações oficiais do que ocorreu. A Polícia Civil está indo para lá saber o que houve", declarou.
Aliado de Tarcísio, o atual governador, Rodrigo Garcia (PSDB), usou as redes sociais para comentar o caso. O tucano afirmou que determinou que o caso seja investigado. "Acabei de falar com Tarcísio de Freitas e ele e sua equipe estão bem. A polícia militar agiu rápido e garantiu a segurança de todos. Determinei a imediata investigação do ocorrido", declarou.
‘Não vamos nos intimidar’, diz Rodrigo Garcia após tiroteio
O governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), afirmou que o Estado “não vai se intimidar” com o tiroteio que aconteceu nesta segunda-feira, 17, na comunidade de Paraisópolis, durante agenda do candidato ao governo do Estado Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos). Em entrevista a TV Jovem Pan News, o tucano exaltou agilidade na atuação da Polícia Militar e disse que, até o momento, “não é possível descartar nada”, mas exaltou que o governo vai garantir que o segundo turno das eleições aconteça “com tranquilidade”. “Minha obrigação enquanto governador é garantir a segurança, a normalidade das eleições e todo esforço necessário para garantir que os candidatos possam fazer a campanha.
Não vamos nos intimidar. Vamos garantir que as eleições aconteçam com toda tranquilidade”, exaltou o governador, que disse ter ligado para Tarcísio logo após o ocorrido. “Liguei me solidarizando e perguntando se a equipe dele estava bem. Ele me cumprimentou pela ação rápida da Polícia Militar, que estava na redondeza e conseguiu evitar uma coisa maior. O local está cercado para poder fazer esclarecimento rápido do ocorrido.
Questionado sobre as motivações do tiroteio e possível caracterização de um atentado, Rodrigo Garcia defendeu que não é o momento ideal para conclusões precipitadas, embora nenhuma hipótese seja descartada. “Não vamos descartar nada, pedi para as forças de segurança de São paulo avaliarem tudo, se é um crime de cunho político. Vamos investigar rapidamente para esclarecer isso. E me coloco à disposição se [os candidatos] precisarem de reforços. A Polícia Militar está à disposição, é dever do Estado proteger”, completou. Segundo o governador, agentes de segurança do Estado apuram ligação do homem baleado, que morreu no local, com outros possíveis envolvidos.
Embora não descarte uma motivação política, o governador reforçou que é preciso separar os bandidos da comunidade local. “Uma comunidade de pessoas de bem, de homens e mulheres de bem, o Tarcísio estava certo em realizar uma reunião em local de ensino e temos que separar bandidos da própria comunidade”, concluiu. Como a Jovem Pan mostrou, Tarcísio de Freitas cumpria agenda da campanha no local, onde participava da inauguração do Primeiro Polo Universitário de Paraisópolis, quando começaram os disparos. O candidato ao Governo de SP disse que “todos estão bem” e citou atuação brilhante da Polícia Militar de São Paulo.
Morto
Um homem morreu durante um tiroteio em Paraisópolis, na Zona Sul da cidade de São Paulo, na manhã desta segunda-feira (17). O caso ocorreu enquanto o candidato ao governo do estado, Tarcísio de Freitas (Republicanos), estava na comunidade.
De acordo com informações da polícia, a vítima era Felipe Silva de Lima, de 27 anos, que tinha duas passagens por roubo. Ele foi baleado na mesma rua do Polo Universitário, onde estava Tarcísio, mas distante do prédio.
Segundo informações do portal g1, Felipe Silva de Lima chegou a ser levado para o Hospital Campo Limpo, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.
“Quando um professor morre, a esperança de um mundo melhor fica menor”
Com imersa tristeza recebemos a noticia do falecimento da professora Zilda Thomaz, 93 anos, uma vida dedicada à educação em Porto Nacional/TO.
Se dedicar a educar, passar conhecimento, responsabilidade, lições de vida, são para poucos e a professora Zilda foi uma mestra que durante toda a sua trajetória no magistério foi capaz de expressar com grande intensidade o que é ser professora, uma tarefa das mais belas.
A família, amigos e ex-alunos nossos sentimentos, nossas orações e toda unidade!
Obs. O velório ocorrendo na sala de velórios em frente ao cemitério Nossa Senhora das Mercês e sepultamento às 8h do dia 18/10.
"Em Cristo Jesus brilhou para nós a esperança da feliz ressurreição. E, aos que a certeza da morte entristece, a promessa da imortalidade consola. Senhor, para os que crêem em vós, a vida não é tirada, mas transformada. E, desfeito o nosso corpo mortal, nos é dado, nos céus, um corpo imperecível" (Prefácio dos Mortos)
Fonte Juscelino Tomaz.
Reproduzido da página Porto Nacional somos nós
A “FORÇA” DO APOIO DE KÁTIA - MARCELO A LULA
O Observatório Político de O Paralelo 13 chama a atenção para que se observe bem os resultados do segundo turno das eleições presidenciais no Tocantins.
O resultado das urnas no próximo dia 30 de outubro vai significar que, caso Lula seja o vencedor no Tocantins, os votos a mais que receber podem ser creditados aos apoios do ex-governador Marcelo Miranda e da senadora Kátia Abreu.
Em caso de vitória de Jair Bolsonaro no Tocantins ou de diminuição do número de votos de Lula em relação ao primeiro turno, sairão fortalecidos os senadores Eduardo Gomes e Dorinha Seabra, recém-eleita.
O tempo dirá!
SENADOR EDUARDO GOMES E OS PREFEITOS BOLSOLNARISTAS EM BRASILIA
Um grandioso encontro de prefeitos tocantinenses que apoiam a reeleição de Jair Bolsonaro está previsto para acontecer na próxima quarta-feira, em Brasília.
Estarão presentes prefeitos de todos os estados brasileiros, que irão confirmar seu apoio à reeleição do Presidente da República.
Eduardo Gomes está, pessoalmente, cuidando da organização desse evento e, logo após a sua realização retorna ao Tocantins para fortalecer a candidatura de Bolsonaro nos municípios.
WANDERLEI BARBOSA E SUA NEUTRALIDADE
Foi muito sábia a decisão do governador reeleito Wanderlei Barbosa não declarar apoio a nenhum dos dois candidatos que participam do segundo turno pela presidência da República.
Além de se livrar do nível baixíssimo da campanha eleitoral do segundo turno, que beira ao esgoto, Wanderlei não dá “pano pra manga” dos seus adversários derrotados por ele no dia dois de outubro.
Uma atitude 100% certeira.
PT SAI NA FRENTE
O Partido dos Trabalhadores do Tocantins vem demonstrando muita vontade de contribuir para manter o candidato à presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva à frente nas pesquisas de intenção de voto em terras tocantinenses.
A militância está ativa e, neste fim e semana, realizou distribuição de material publicitário em Palmas, Porto Nacional e em outros municípios tocantinenses.
Enquanto isso, a militância bolsonarista aguarda o momento certo para evidenciar as qualidades e o trabalho realizado pelo governo federal em terras tocantinenses, com um envio de recursos jamais visto na história do Estado, via bancada federal, com destaque para o senador Eduardo Gomes, líder do governo no Congresso Nacional.
ABSTENÇÃO PODE SER RECORDE NO TOCANTINS
O Observatório Político de O Paralelo 13, em conversa com os principais analistas políticos do Estado, registrou uma preocupação das coordenações das candidaturas de Lula e de Bolsonaro, por conta do índice de abstenções, que pode ser recorde neste segundo turno, justamente porque as eleições estaduais já estão resolvidas, com a vitória de Wanderlei Barbosa para o governo do Tocantins.
Até agora, na prática, os bolsonaristas ainda não tornaram público as estratégias que adotarão para esta reta final de campanha.
O certo é que, no Tocantins, os petistas estão em campo, sem medir esforços pela sua causa.
DEPUTADO FEDERAL MAIS VOTADO NO BRASIL
O vereador de Manaus Amom Mandel (Cidadania), (Foto ) foi proporcionalmente o deputado federal mais votado do Brasil, com 288.555 votos (14,5% do total de votos válidos do Amazonas).
Reeleita com mais de 214.733 votos, a deputada Bia Kicis (PL) foi a 2ª deputada proporcionalmente mais votada do país, com 13,36% dos votos válidos do Distrito Federal.
Terceiro parlamentar com maior votação proporcional, o vereador de Belo Horizonte Nikolas Ferreira (PL) obteve 1.492.047 votos para deputado federal, o que corresponde a 13,34% votos válidos em Minas Gerais. Em termos absolutos, foi o deputado mais votado do país na última eleição.
ALEXANDRE DE MORAES ENQUADRA PT POR “ROLOU UM CLIMA”
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, determinou neste domingo a remoção de vídeos postados por perfis da campanha de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em redes sociais que reproduziram fala de Jair Bolsonaro sobre venezuelanas ou qualquer conteúdo relacionado ao tema. Em trecho de entrevista explorado por petistas, Bolsonaro diz que "pintou um clima" em visita a refugiadas de 14 e 15 anos.
"A divulgação de fato sabidamente inverídico, com grave descontextualização e aparente finalidade de vincular a figura do candidato ao cometimento de crime sexual, parece suficiente a configurar propaganda eleitoral negativa, na linha da jurisprudência desta CORTE, segundo a qual a configuração do ilícito pressupõe 'ato que, desqualificando pré-candidato, venha a macular sua honra ou a imagem ou divulgue fato sabidamente inverídico'", escreveu Alexandre de Moraes.
APOIO A LULA PROVOCA RACHA NO NOVO
O presidente do partido Novo, Eduardo Ribeiro, criticou a decisão de seu antecessor e ex-presidente da sigla, João Amoêdo, de declarar voto em Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno das eleições de 2022.
O partido Novo e o candidato à Presidência da sigla nestas eleições, o empresário Luiz Felipe D'Avila, também reagiram ao apoio de Amoêdo a Lula.
"É absolutamente incoerente e lamentável a declaração de voto de João Amoêdo em Lula, que sempre apoiou e financiou ditadores e protagonizou os maiores escândalos de corrupção da história. Seu posicionamento não representa o Partido Novo e vai contra tudo o que sempre defendemos", disse o Novo em nota.
"Apoiar aqueles que aparelharam órgãos de Estado, corromperam nossa democracia e saquearam os cofres públicos é fazer oposição ao povo brasileiro. O Novo sempre foi e sempre será oposição ao lulopetismo e tudo que ele representa", segue o texto.
BOLSONARO FAZ LULA CALAR EM DEBATE
Lula (PT) acusa Bolsonaro (PL) de não ter se solidarizado com as mortes na pandemia e acrescenta que sabe "o que pensa o povo que perdeu um ente querido", comentando sobre a morte de sua sogra, por conta da Covid-19. Em tom irônico, Bolsonaro retruca: “Fez discurso em cima do caixão da esposa e tá se comovendo pela sogra”.
Em meio ao debate, Lula diz que Bolsonaro não se indignou com a pandemia e diz que o presidente não visitou nenhuma família que tenha morrido por Covid-19. "Para mostrar que é bonzinho, tentou ir no enterro da Rainha da Inglaterra", complementa.
Após Bolsonaro responder falando sobre as mortes de familiares do petista, o candidato do PL retomou o assunto e alegou ter visitado hospitais em meio à pandemia. "Visitei hospitais, sim. O senhor não tem conhecimento. Não preciso fazer propaganda do que faço", ressaltou.
“E foi o senhor quem se apoiou na ideia de que ‘não se faz uma Copa do Mundo com hospitais’”, no que se seguiu um silêncio constrangedor por parte de Lula.
MORO REFORÇA BOLSONARO EM DEBATE
No primeiro embate direto entre Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) do segundo turno, o senador eleito Sergio Moro (União Brasil-PR) é um convidado que chama atenção nos bastidores do debate que ocorre em São Paulo nos estúdios da Band, parte do pool que promove o encontro neste domingo.
Ex-juiz da Lava Jato que condenou Lula à prisão --em ações que depois foram anuladas pela Justiça--, Moro faz parte da comitiva de Bolsonaro. O ex-magistrado que foi considerado parcial pelo Supremo Tribunal Federal (STF) se reconciliou com o presidente recentemente, após deixar o caro de ministro da Justiça do atual governo acusando o mandatário de interferência na Polícia Federal.
No primeiro debate do 2º turno, candidatos chamam um ao outro de mentirosos; Bolsonaro assume o compromisso de não mudar a composição do STF e ex-presidente não responde quem será seu ministro da Economia
Por: Ricardo Brandt e Fernando Jordão
A 13 dias da votação, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) se enfrentaram na noite deste domingo (16.out), no primeiro debate entre os candidatos à Presidência da República do segundo turno das eleições de 2022. Com ataques e trocas de acusações, no olho a olho, os adversários prometeram ampliar as políticas de auxílio, melhorar a economia, aumentar os empregos, e discutiram, principalmente, o enfrentamento à pandemia da covid-19, corrupção, segurança e Nordeste.
O debate da TV Band -- promovido em pool com o Uol, Folha de S. Paulo e TV Cultura -- começou às 20h. Sem os demais adversários do primeiro turno, os temas de campanha ganharam mais espaço no enfrentamento de ideias dos candidatos ao Planalto. Mesmo assim, as propostas foram coadjuvantes na cena, que teve ataques e troca de olhares e gestos.
"Cara de pau", "mentiroso", "rei das fake news", "ditadorzinho" foram alguns dos adjetivos distribuídos entre eles. O modelo permitiu ver os dois adversários lado a lado, em pé, debatendo e trocando provocações, com olhares enviesados, pisadas emotivas e muito gestual. Bolsonaro chegou a colocar a mão no ombro de Lula em um momento de ironia tensa entre os dois.
Apesar da tensão do debate, não houve excesso de pedidos de direitos de respostas. Nas trocas de ironias, Lula interrompeu Bolsonaro mais de uma vez no primeiro bloco do debate e foi advertido pelo mediador
Na primeira vez em que ficaram frente a frente em um embate direto, sem a presença de coadjuvantes, os adversários protagonizaram uma série de trocas de farpas, discussões e acusações mútuas de corrupção.
O atual chefe do Executivo, por exemplo, iniciou sua primeira fala acusando parlamentares do Partido dos Trabalhadores (PT) de terem votado contra a ampliação do Auxílio Brasil para R$ 400 mensais – o que foi desmentido pelo petista.
“Só de auxílio emergencial gastamos o equivalente a 15 anos de Bolsa Família. Eu tinha vergonha de ver as pessoas mais humildes, especialmente no interior do Nordeste, começando a receber R$ 42. Se podia dar algo melhor, por que não deu lá atrás”, questionou o presidente, em claro aceno ao eleitorado nordestino, que majoritariamente votou em Lula no primeiro turno.
Em outros pontos, o presidente também falou sobre a visita do petista ao Complexo do Alemão, afirmando que “não tinha um policial acompanhando, apenas traficantes”, e questionou Lula sobre Petrolão, falando em “maior escândalo da história da humidade”. “Lula, você tem muito a falar sobre corrupção. A responsabilidade pela corrupção no Brasil foi sua”, disse Bolsonaro.
Em busca dos votos dos indecisos, Bolsonaro adotou estilo mais controlado, mas sem deixar de lado o tom acusatório. Lembrou dos casos de corrupção, dos desvios na compra de respiradores, do controle da mídia, da corrupção na Petrobras, da prisão na Lava Jato, do Mensalão, e voltou a sugerir ligação do PT com o PCC.
No segundo bloco, foi Bolsonaro que trouxe ao debate um assunto que dominou a campanha nos últimos dois dias: as falas do presidente sobre meninas venezuelanas, que o PT passou a usar vinculando a uma suposta ligação à pedofilia. O presidente acusou o petista pela divulgação do material. "Me acusou no que mais me é sagrado."
Os vídeos e mensagens divulgados pela campanha petista foram tirados do ar por ordem do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), neste domingo (16.out), atendendo a pedido da defesa da campanha de reeleição. O ministro Alexandre de Moraes considerou ilegal e falsa a informação propagada. Após a polêmica, Lula foi ao debate com um broche no casaco da campanha Faça Bonito, que promove mobilizações nacionais de combate à violência sexual contra crianças e adolescentes.
Bolsonaro depois pediu direito de resposta quando Lula tocou no assunto e ironizou a live feita pelo presidente na manhã deste domingo para rebater as insinuações do PT sobre as falas das meninas venezuelanas.
Lula quer atrair o eleitorado dos apoiadores que conquistou nessa segunda etapa, como os do ex-presidente FHC e de João Amoêdo, do Novo. Explorou temas como rachadinhas, orçamento secreto e desmatamento da Amazônia para atacar Bolsonaro. O petista subiu o tom em alguns momentos. "Você é o rei das fake news, rei da estupidez, de mentir para a sociedade brasileira."
Bolsonaro também falou: "Não continue mentindo, pega mal até pra sua idade. Pelo seu passado não vou dizer, porque o seu passado é lamentável".
O ex-presidente chamou Bolsonaro de "pequeno ditadorzinho" nas suas alegações finais.
Propostas
A gestão da pandemia de covid-19 pautou o início do debate. O assunto foi introduzido pelo petista, que questionou: "O Brasil tem 3% da população mundial e o Brasil teve 11% das mortes da pandemia no mundo. Por que houve tanta demora para comprar vacina?".
"É uma vergonha, na verdade, você carregar nas costas 400 mil mortes que poderiam ter sido evitadas se tivesse comprado vacina no tempo certo. A ciência fala isso todo dia, o senhor recebeu proposta de compra de vacina muito cedo e não quis comprar porque não acreditava", atacou Lula.
Bolsonaro respondeu dizendo que nenhum país do mundo começou a vacinar em 2020. "Nós compramos mais de 500 milhões de doses de vacina e todos aqueles que quiseram tomar vacina tomaram, e o Brasil foi um dos países que mais vacinou no mundo e em tempo mais rápido." Bolsonaro afirma ter sido contra o protocolo do ex-ministro Henrique Mandetta, de que os doentes deveriam esperar em casa até sentir falta de ar.
Bolsonaro se comprometeu a não ampliar número de cadeiras no Supremo Tribunal Federal (STF), ao ser questionado. Disse que atualmente o PT tem sete ministros na Corte que foram indicados em seus governos e que ele indicou dois. Se reeleito vai indicar mais dois, passará a ter quatro nomes indicados e o PT terá cinco. "Um equilíbrio."
Lula afirmou que "tentar mexer na Suprema Corte para colocar amigo é um atraso, um retrocesso que a República brasiliera já conhece muito bem e eu sou contra". Bolsonaro disse que a proposta de ampliação de cadeiras foi apresentada pela deputada Luiza Erundina "e tem 40 deputados do PT que deram o devido apoiamento". Mas acrescentou: "Da minha parte, está feito o compromisso. Não terá nenhuma proposta, como nunca estudei isso com profundidade".
De olho na desvantagem no primeiro turno no Nordeste, Bolsonaro fez acenos aos eleitores locais. Logo no início do debate, falou sobre o Auxílio Brasil e o comparou ao Bolsa Família. "O Bolsa Família pagava muito pouco. Eu tinha vergonha de ver as pessoas mais humildes, em especial do Nordeste, do interior do Nordeste, algumas famílias começando a receber R$ 42 por mês", afirmou.
Em resposta, o ex-presidente disse que seu governo tinha outros programas sociais além do Bolsa Família e que promovia reajustes no salário mínimo. Bolsonaro seguiu usando expressões como "irmãos nordestinos" e "quero falar agora com o pessoal do Nordeste".
Na pauta de economia, Bolsonaro defendeu a gestão do ministro Paulo Guedes e suas medidas de controle. "O Congresso votou e eu sancionei a redução do teto do ICMS para 17% no máximo. E eu, como presidente da República, abri mão de todos os impostos federais dos combustíveis. Isso puxou o preço das coisas lá para baixo." Depois do debate, Bolsonaro disse que quer viver uma "lua de mel" com o Congresso.
Lula disse que a "privatização da Petrobras é uma loucura". "Eu sou contra privatização." Nas suas falas finais, o petista aproveitou para um último ataque. "É um ditadorzinho, que quer ocupar a Suprema Corte."