Redação, O Estado de S. Paulo

 

O diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem, disse que o Supremo Tribunal Federal (STF) tem violado a Constituição. Ele foi impedido pelo ministro Alexandre de Moraes de assumir a direção da Polícia Federal em abril de 2020, quando o presidente Jair Bolsonaro (PL) passou a ser investigado sob suspeita de tentar interferir politicamente na corporação.

 

"Foi muito frustrante", comentou ao relembrar o episódio em entrevista ao canal Diário da Honra no YouTube. Ramagem afirmou que 'está havendo um atropelo de regras e de direitos' por parte do STF.

 

"Está havendo uma concentração de poder muito grande, isso é inequívoco. Eles [os ministros do STF] estão quebrando a independência e a harmonia entre os Poderes e a competência de cada Poder. Estão violando a nossa própria Constituição, o princípio de separação de Poderes e todo o princípio republicano. Parece que estão resgatando o absolutismo", disparou.

 

O diretor da Abin, que deve sair candidato a deputado federal, disse que há um 'excesso' de interferência do Supremo Tribunal Federal em ações de governo. Ele citou como exemplo a gestão da pandemia e a decisão que impediu operações policiais nas favelas do Rio durante a crise sanitária.

 

"Judicialização, levar à análise do Judiciário, não pode ser transferência de poder. O Judiciário tem que tomar medidas para não conhecer tais pedidos, porque são assuntos políticos", defendeu. "Há um protagonismo do Judiciário. Isso é equivocado."

 

Ramagem também comentou a saída do ex-ministro da Justiça Sérgio Moro, hoje pré-candidato a presidente, do governo. Moro foi o pivô do inquérito sobre as trocas promovidas por Bolsonaro na PF.

 

"Ficou nítido que o Moro quis em momento complicadíssimo, porque era o início da pandemia, formar uma grande ruptura, desconcertar a República com o que ele estava alegando", criticou. "O Moro, no Ministério da Justiça, primeiro parecia um grande acerto, uma grande esperança. Depois acabou sendo uma grande decepção. Depois o que se viu foi uma grande traição, uma deliberada traição, não ao presidente, à sociedade e ao Brasil."

 

Posted On Segunda, 14 Março 2022 07:04 Escrito por

Faleceu neste sábado, 12 março, o escritor e jornalista Otávio Barros, um pioneiro no jornalismo do Estado e incansável pesquisador de nossa história. Na reta final da criação do Estado, Barros residia entre Araguaína e Carolina-MA, onde colaborava com o jornal Tribuna da Amazônia, de Absalão Coelho.

 

Luiz Pires

 

Criou o seu próprio jornal, O Estado do Tocantins, e colaborou imensamente com o vereador e depois deputado estadual, deputado federal e senador João Ribeiro. Foram dele sugestões de inúmeros projetos em benefício do povo e da cultura tocantinense apresentados por João Ribeiro.

 

Conheceu Siqueira Campos como deputado federal em seus primeiros mandatos e mantiveram um relacionamento profissional e até de amizade, que lhe proporcionou desenvolver bons projetos nas áreas da história, da cultura e do jornalismo tocantinense.

 

Era um garimpador da história tocantinense e da Amazônia. Não perdia a oportunidade de se enfurnar em museus de Belém, Goiáss Velho, Goiânia e Rio de Janeiro. Fez também um excelente trabalho de resgate da história de Carolina-Ma, a Princesa do Tocantins, à época áurea da navegação do Rio Tocantins.

 

Publicou o primeiro livro sobre a História do Tocantins, hoje antológico. Apaixonado pela emancipação, do Estado, participou de sua luta de forma efetiva, seja em Araguaina, Goiânia ou Brasília. Era membro da Academia Tocantinense de Letras (ATL) e se orgulhava do título de Comendador do Tocantins a ele concedido pelo ex governador Siqueira Campos.

 

Otávio Barros deixa, portanto, um legado para nossa história que será cada vez mais relevante. Dessa forma, a sua própria história de vida estará preservada em nossos corações.

Posted On Domingo, 13 Março 2022 04:26 Escrito por

O presidente Jair Bolsonaro garantiu neste sábado, 12, que qualquer tipo de extração mineral em solo indígena apenas será feita com a permissão dos índios. O chefe do Executivo acrescentou que não tem dúvida de que a população local deseja que a atividade seja efetuada em suas áreas.

 

Com Yahoo notícias 

 

"Quero deixar bem claro: só será feito qualquer coisa em terra indígena se os indígenas assim concordarem. Estive lá na aldeia Flexal em Roraima, na (reserva) Raposa Serra do Sol. Pousei lá com o nosso helicóptero, e eles já sabiam do negócio (do projeto). São bem informados. E querem isso porque vão ganhar royalties em cima disso daí. Ou seja: o ser humano quer progredir", argumentou com jornalistas após participar de um evento de filiação do PL, em Brasília.

 

De acordo com Bolsonaro, o indígena, "ao ser trazido para o nosso meio", começa a ver as maravilhas da Medicina e outras coisas que acontecem no Brasil e quer se incorporar. "E tem se incorporado cada vez mais à nossa sociedade", avaliou.

 

O presidente lembrou que o governo federal lançou nesta sexta-feira o Plano Nacional de Fertilizantes e que o presidente da Câmara, Arthur Lira, está muito sensível a questões de exploração dos recursos minerais em terras indígenas, mesmo sabendo que existe, por exemplo, potássio, fora de reservas indígenas. "Mas esse projeto permite, ao regulamentar dois dispositivos da Constituição, que você possa, por exemplo, ter hidrelétricas no vale do Rio Cotingo lá em Roraima."

 

Rússia

 

Na conversa com jornalistas, Bolsonaro reforçou que o Brasil segue com boa relação com a Rússia neste momento em que há uma guerra liderada pelo presidente Vladimir Putin contra a Ucrânia. Uma prova disso, segundo o chefe do Executivo, foi a decisão do país de continuar a vender fertilizantes para o Brasil. Neste sábado, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, embarca para o Canadá à procura de novos fornecedores de potássio e outros insumos para a agricultura doméstica.

 

O presidente foi questionado sobre se o governo estuda alguma sanção contra a Rússia. "Olha, qualquer medida nós vamos tomar via Itamaraty e os nossos representantes na ONU Organização das Nações Unidas. Tá aí uma boa pergunta", comentou.

 

Bolsonaro lembrou que viajou para a Rússia pouco antes do início do conflito e que conversou por mais de duas horas com Putin sobre vários assuntos. "O mais importante foi a questão dos fertilizantes. Nós votamos por duas vezes na ONU e está tudo bem entre nós e a Rússia. Tanto é que não existe qualquer barreira comercial no tocante a fertilizantes para nós aqui no Brasil", minimizou.

 

O presidente comentou também que o Brasil conseguiu até mesmo um empresário russo para comprar uma unidade de fabricação de ureia em Três Lagoas, no Mato Grosso Sul. As atividades locais estão indo "a todo o vapor", conforme o presidente. "Brevemente começará a produzir ureia aqui no Brasil também", disse.

 

 

Posted On Domingo, 13 Março 2022 04:21 Escrito por

Ministério Público amplia investigação contra líder do MBL por suspeita de lavagem de dinheiro 

 

Com  Estadão

 

Promotoria obtém ordem judicial para aprofundar análise de transações de Renan dos Santos e familiares; coordenador do Movimento Brasil Livre nega irregularidades (Novo), aliado do MBL, aparece associado ao dono da Prado Chaves. Há citações também a Nelson Luiz Baeta, à época secretário de Governo, hoje na pasta de Projetos, Orçamento e Gestão.Os documentos estão com o Ministério Público. No caso de agentes com foro privilegiado, o MP não enviou as anotações de Monaco à Procuradoria-Geral de Justiça para a análise de abertura de inquérito.

 

A defesa do coordenador do MBL,Renan dos Santos, afirmou, em nota aoEstadão, que “não há qualquer irregularidade em sua atuação”. Os advogados disseram que a Justiça negou a denúncia contra o líder do MBL “por absoluta falta de indícios de qualquer ilegalidade”. A rejeição da acusação formal, no entanto, se refere ao crime de tráfico de influência.

 

Renan ainda é investigado por suspeita de lavagem de dinheiro. “Todos os esclarecimentos foram prestados aos órgãos públicos. Ele está à total disposição de qualquer órgão público, para esclarecer eventuais dúvidas sobre os fatos, que nada têm de irregulares”, declarou a defesa. headtopics.com

 

A advogada Marina Coelho Araújo, que defende Alessander Monaco, disse que as denúncias do Ministério Público por fraude à licitação são “absurdas”. “Ele gosta muito dessas questões de tecnologia, fazia várias coisas online, no YouTube, participou de coisas do MBL que eram relacionadas a isso, e eram eventos online.” Segundo a defensora, Monaco não participava do MBL. “Não tem nada a ver o MBL com a situação”, disse Marina. Ela afirmou que a denúncia está “muito longe da realidade daquilo que está descrito no processo”. “Ele não tem nenhum envolvimento ilícito com o MBL, não tem envolvimento com pagamento de nada, de propina, coisas assim.”

 

O governo de São Paulo afirmou, por meio de nota, que “não se sabe o contexto em que os manuscritos foram produzidos”. “Não há fato novo em relação ao assunto. Duas acusações similares já foram arquivadas pela Justiça.”

 

“O pregão eletrônico é uma modalidade de concorrência pública aprovada pelos mecanismos de controle, com destaque para a sua transparência. Ele seguiu todas as etapas exigidas pela legislação vigente e está à disposição dos órgãos de fiscalização”, diz a nota do governo. Ainda de acordo com o comunicado, a atual gestão “é reconhecida por selecionar quadros técnicos”.

 

Por meio de sua assessoria, o deputado estadual Heni Ozi Cukier(Novo) afirmou “desconhecer a empresa Prado Chaves ou a pessoa de nome Alessander Monaco”. O parlamentar disse não ter “qualquer tipo de ligação com empresas de licitação, menos ainda com a empresa em questão”. “É importante enfatizar que o deputado jamais foi questionado formal ou informalmente por qualquer instância investigatória sobre a Operação Juno Moneta, que sequer foi denunciada à Justiça. É um grande absurdo fazer qualquer insinuação de relação com a operação em questão por causa de simples anotações que já eram públicas há tempos.” 

 

Cukier ainda destacou que as anotações em questão mencionam “integrantes da bancada federal e estadual de São Paulo do Novo, como Vinícius Poit, Daniel José e Ricardo Mellão, citam até o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o apresentador Luciano Huck, o apresentador e comediante Danilo Gentili, Hélio Beltrão, João Amoêdo, entre outras figuras conhecidas”.

 

De fato, todos esses nomes estão nas anotações de Monaco, mas, diferentemente do deputado estadual, eles não estão relacionados a valores e não foram analisados por investigadores, segundo relatórios obtidos pelo Estadão.

 

A reportagem entrou em contato com a Prado Chaves, e seu diretor, Marcelo Caio Zotta, que não se manifestaram. OEstadãotambém procurou Rosalina Maia, mas ela não respondeu até a conclusão desta edição.

 

Sérgio Moro, após as declarações sexistas do deputado estadual Arthur do Val, o MBL fala agora em lançar a candidatura do coordenador nacional do grupo, Renan dos Santos, ao Palácio do Planalto.Em transmissão ao vivo na quarta-feira, Ricardo Almeida e Cristiano Beraldo, militantes do grupo, disseram que Moro precisaria operar um “milagre” para se viabilizar como possível vencedor da eleição. Almeida comentou a possibilidade de Santos se aventurar na disputa. “Em se tratando de MBL, tudo pode acontecer. Coisas muito loucas podem ocorrer. Renan presidente, já pensou?”, disse, em tom jocoso. “Tem um lado meu muito louco que queria ver a aventura, mas tem um lado prudente que não. Se a gente fizer isso, vamos ficar tão sobrecarregados que não vamos conseguir fazer o que interessa.” 

Colaborou Gustavo Côrtes, especial para o Estadão

 

Posted On Domingo, 13 Março 2022 04:18 Escrito por

O número de novos casos de covid-19 aumentou em alguns países europeus nos últimos dias, incluindo Reino Unido e Alemanha. O movimento acende preocupações a respeito da subvariante da Ômicron conhecida como BA.2

 

Com Agências

 

Os motivos para a escalada de infecções, que ocorre após um mês e meio de quedas acentuadas, permanecem incertos. Ainda assim, grande parte da Europa encerrou as restrições à mobilidade nas últimas semanas, o que pode estar impulsionando o volume de diagnósticos positivos.

 

A BA.2 está ultrapassando a linhagem original da Ômicron, agora conhecida como BA.1, em partes do mundo. O aumento está levantando questões sobre se a BA.2 poderia causar uma interrupção mais ampla no declínio global dos casos de covid-19.

 

Em algumas partes do mundo, a subvariante já é de longe a versão mais dominante do vírus. É a variante mais comum na Inglaterra, Irlanda do Norte e Escócia. Em Londres, em 4 de março, 84% dos testes de PCR positivos para covid-19 provavelmente foram causados pela BA.2, de acordo com a Agência de Segurança da Saúde do Reino Unido.

 

Na última terça-feira, quando a Organização Mundial da Saúde (OMS) publicou sua última atualização, o número de novos casos de coronavírus caiu 5% globalmente em relação à semana anterior.

 

Essa queda, no entanto, mascara uma grande divergência no estado do vírus em diferentes partes do mundo. Enquanto os casos na Europa caíram 18% e os casos nas Américas caíram 24%, no Pacífico Ocidental - uma região da OMS que inclui a China -, houve alta de 46%.

 

Certos países que viram os casos caírem agora estão registrando pequenas reversões. Os casos estão subindo ligeiramente no Reino Unido, França, Alemanha e Áustria, entre outros lugares. Fonte: Dow Jones Newswires.

 

 

 

Posted On Domingo, 13 Março 2022 04:17 Escrito por