Vice eleito já estava deixando o Planalto quando foi informado que Bolsonaro o receberia no gabinete

 

Por: Nathalia Fruet e Andre Anelli

O vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB) e o presidente Jair Bolsonaro (PL) tiveram um encontro rápido na tarde desta 5ª feira (3.nov), no Palácio do Planalto depois da primeira reunião de transição do representante do governo eleito com o atual chefe da Casa Civil, o ministro Ciro Nogueira.

 

Alckmin já estava deixando a sede do Executivo quando foi informado que Bolsonaro o receberia no gabinete. O vice-presidente eleito retornou e foi até o encontro do presidente. A conversa foi rápida, durou menos de 5 minutos. Bolsonaro cumprimentou o vice-presidente eleito pela vitória e desejou sucesso.

 

"Foi positivo [o encontro com Bolsonaro]. O presidente convidou. Nós já estávamos saindo, já [do Palácio do Planalto]. [Pediu] Para que fosse até lá ao seu gabinete. E reiterou o que disse o ministro Ciro Nogueira e o ministro general Ramos [da secretaria geral da presidência] da disposição do governo federal de prestar todas as informações, colaborações, para que se tenha aí uma transição pautada pelo interesse público", afirmou Alckmin.

 

Questionado sobre um reconhecimento de Bolsonaro da derrota nas eleições, Alckmin desconversou e disse que o próprio presidente poderia falar sobre o teor da conversa entre eles. Até esta quinta-feira (3.nov), Bolsonaro não reconheceu o resultado das urnas do último domingo (30.out) publicamente e não citou o nome do presidente eleito Lula (PT).

 

Bolsonaro ficou apenas meia hora no Planalto e, depois de ter encontrado Alckmin, voltou para o Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência da República.

 

 

Posted On Sexta, 04 Novembro 2022 07:25 Escrito por

Interdições ocorrem em 73 pontos no país

Por Alex Rodrigues

Manifestantes seguem ocupando rodovias em ao menos sete estados. Embora policiais rodoviários federais já tenham conseguido liberar o trânsito em ao menos 876 localidades, ainda restavam, às 10h de hoje (3), ao menos 73 pontos de interdição parcial ou bloqueio integral em trechos de vias federais que cortam o país.

 

Em Santa Catarina, manifestantes que não aceitam o resultado das eleições seguem impedindo ou limitando a circulação de veículos em pelo menos 27 trechos de rodovias federais. No estado, que até esta manhã registrava o maior número de ocorrências, havia 16 interdições (fluxo parcialmente impedido) e 13 bloqueios (fluxo totalmente impedido).

 

Ainda há registros de ocorrências também no Amazonas (uma interdição); Mato Grosso (24 interdições); Mato Grosso do Sul (duas interdições); Pará (sete interdições); Paraná (dois bloqueios); Rondônia (dez interdições). Os números, contudo, têm sido atualizados frequentemente.

 

A primeira interdição foi registrada em Mato Grosso do Sul, por volta das 21h15 do domingo (30) – cerca de uma hora e meia após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) anunciar que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estava matematicamente eleito, tendo derrotado o presidente Jair Bolsonaro (PL), que disputava a reeleição.

 

Apenas 4 horas depois, já havia ao menos 134 interdições, bloqueios e pontos de concentração espalhados pelo país. Segundo a diretoria da PRF, a velocidade com que manifestantes, principalmente caminhoneiros, agiram para fechar as rodovias, os pegou de surpresa. O movimento chegou ao ápice perto do fim da noite da segunda-feira (31), quando foram registradas 421 ocorrências. A partir daí, com a ação das forças de segurança, incluindo a Polícia Militar dos estados, o número começou a cair.

 

Ontem (2) à noite, o presidente Jair Bolsonaro divulgou um vídeo em que pede aos manifestantes que desobstruam as rodovias federais. Bolsonaro disse que “é preciso respeitar o direito de ir e vir das pessoas” e que os protestos em rodovias prejudicam a economia do país.

 

“Desobstruam as rodovias, isso não faz parte das manifestações legítimas”, declarou Bolsonaro.

 

No momento em que o vídeo foi divulgado, havia rodovias interditadas em ao menos 16 estados.

 

 

 

Posted On Quinta, 03 Novembro 2022 14:28 Escrito por

Com Site O Sul

 

Bolsonaristas contrários ao resultado da eleição presidencial de domingo (30) realizaram atos em frente a bases do Exército nesta quarta-feira (2), em pelo menos 24 Estados e o Distrito Federal.

 

Os apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) pediam intervenção militar, o que é inconstitucional, e “intervenção federal com Bolsonaro no poder”.

 

Em Santa Catarina, o Grupo de Apoio ao Combate às Organizações Criminosas apura um vídeo em que bolsonaristas aparecem repetindo um gesto semelhante à saudação nazista “Sieg Heil”, uma espécie de reverência, enquanto cantam o Hino Nacional.

 

Rio Grande do Sul

Os atos se concentraram na capital Porto Alegre, em frente ao prédio do Comando Militar do Sul e ruas próximas. Entre os manifestantes, diversas faixas com frases como “intervenção federal já” e “supremo é o povo”, pautas antidemocráticas e inconstitucionais. A Constituição proíbe intervenção militar.

 

Goiás

O Estado registrou ao menos dois atos de apoiadores de Bolsonaro, um em frente à Base Aérea de Anápolis e o outro perto do Batalhão de Forças Especiais, no Setor Jardim Guanabara, em Goiânia.

 

Nas duas manifestações, bolsonaristas pediam o cumprimento do artigo 142 da Constituição Federal, que não prevê intervenção militar. De acordo com a Constituição, o dispositivo disciplina a função das Forças Armadas no País.

 

Mato Grosso

No município de Cáceres, bolsonaristas bloquearam a Avenida Marechal Castelo Branco, em frente ao 66º Batalhão de Infantaria Motorizada. A manifestação apoia os bloqueios nas rodovias, iniciados ainda no domingo, após a apuração das urnas.

 

Mato Grosso do Sul

Os apoiadores de Bolsonaro se reuniram em uma manifestação em frente ao Comando Militar do Oeste, próximo ao Aeroporto Internacional, em Campo Grande, interditando ao menos duas pistas de rolamento da avenida Duque de Caxias.

 

Os bolsonaristas soltaram fogos de artifício com barulho, o que é crime em Campo Grande. No ato, as pessoas exibem faixas pedindo intervenção das Forças Armadas no processo eleitoral e, também, uma intervenção federal no resultado do pleito de domingo.

 

Santa Catarina

Em Santa Catarina, no ato em frente ao 14º Regimento de Cavalaria Mecanizado, base do Exército de São Miguel do Oeste, bolsonaristas repetiram um gesto semelhante à saudação nazista “Sieg Heil”, uma espécie de reverência, enquanto todos cantavam o Hino Nacional. O Ministério Público não descarta pedidos de prisão preventiva.

 

São Paulo

Em São Paulo, apoiadores do presidente realizaram ato contra o resultado da eleição presidencial se reuniram em diversos municípios. Na capital, fizeram o ato em frente ao Comando Militar do Sudeste, na Zona Sul da cidade.

 

Minas Gerais

Em Belo Horizonte, um grupo de bolsonaristas protestou na avenida Raja Gabaglia, em frente à sede do Comando da 4ª Região Militar do Exército.

 

Também houve registros de protestos em Juiz de Fora, em frente à Companhia de Comando da 4ª Brigada Infantaria Leve, onde os apoiadores do presidente cantaram por diversas vezes o Hino Nacional e gritavam “Deus, pátria, família e liberdade”, palavras repetidas à exaustão pelo presidente Bolsonaro durante a campanha eleitoral.

 

Rio de Janeiro

Na capital carioca, atos de bolsonaristas aconteceram em pelo menos dois pontos: em frente ao Comando Militar do Leste, no Centro, e na Vila Militar, na Zona Oeste. Eles exibiam faixas e entoavam gritos de “intervenção já!”, “prontos para a guerra!” e “eu autorizo!” – a Constituição de 1988 proíbe intervenção militar sob pretexto de “restauração da ordem”.

 

Houve manifestação também em frente a Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), em Resende (RJ), instituição que Bolsonaro se formou oficial do Exército.

 

Ceará

Apoiadores de Jair Bolsonaro realizaram, pela manhã, uma manifestação de teor antidemocrático em frente ao Comando da 10ª Região Militar, em Fortaleza. No ato, eles exibiram cartazes e gritaram palavras de ordem com pedido de uma ditadura militar no País e a prisão do ministro do Supremo Alexandre de Moraes.

 

Paraíba

Bolsonaristas realizam protesto na Epitácio Pessoa, uma das principais avenidas de João Pessoa. Os bolsonaristas cantaram, constantemente, o Hino do Brasil, fizeram uso de bandeiras, camisas verde e amarela e, também, de faixas pedindo “intervenção federal”, ação que é antidemocrática e inconstitucional.

 

Acre

Bolsonaristas se reuniram em frente ao Comando de Fronteira Acre, o 4° Batalhão de Infantaria de Selva (4º Bis), em Rio Branco, para protestar contra o resultado das eleições. Vestidos de verde e amarelo e segurando bandeiras do Brasil, os manifestantes também cantaram o Hino Nacional e fizeram orações durante o ato.

 

Pará

Apoiadores de Bolsonaro que não aceitaram o resultado das eleições democráticas, resolveram acamparam em frente ao 50º Batalhão do Exército.

 

Os líderes do ato foram levados para a sede da Polícia Federal em Altamira e vão responder em liberdade pelo crime de desobediência à ordem judicial, que havia determinado o desbloqueio imediato das rodovias federais, o que não tinha sido cumprido.

 

Paraná

Manifestantes bolsonaristas se reuniram nesta quarta em frente a quartéis do Exército no Paraná. Entre as cidades com atos registrados estavam Curitiba, Guarapuava, Foz do Iguaçu e Maringá.

 

Com bandeiras do Brasil e vestidos de verde e amarelo, os manifestantes exibiam faixas com mensagens de patriotismo e contra o socialismo. Em alguns casos, pediam intervenção federal.

Tocantins

Manifestantes em ato pacífico pedem por “intervenção federal” em frente no QG do Exército. Eles não concordam com o resultado das eleições em um ato pacífico em frente ao Quartel do Exército em Palmas para pedirem “intervenção federal”.

 

Posted On Quinta, 03 Novembro 2022 06:19 Escrito por

Representação contra a parlamentar foi protocolada no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, Zambelli foi a deputada mais bem votada do Brasil

 

Da Redação

 

A bancada do PSOL protocolou uma representação no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados pedindo a cassação da deputada federal reeleita Carla Zambelli (PL-SP). A legenda afirma que a parlamentar foi flagrada perseguindo, com arma em punho, um homem negro que gritava por socorro às vésperas das eleições e que essa postura rompe o dever de cidadania e da dignidade da pessoa humana. No documento, os deputados do PSOL citam também a Declaração de Viena e a Conferência Mundial Contra o Racismo, Discriminação Racial, Xenofobia e Intolerância para fundamentar o pedido de cassação.

No último dia 29, véspera do segundo turno das eleições, Zambelli se envolveu em uma confusão em São Paulo e chegou a perseguir um homem com um revólver em mãos. O caso aconteceu nos Jardins, bairro nobre da capital paulista. O homem e a deputada teriam discutido e trocado ofensas. Um segurança da deputada chegou a ser preso em flagrante por disparo de arma de fogo, mas pagou fiança e foi liberado. Zambelli teve seus perfis nas redes sociais removidos na última terça-feira, 1º de novembro, mas ainda não há esclarecimentos do motivo.

 

Além da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) o pastor bolsonarista André Valadão tiveram  suas contas em redes sociais retidas nesta terça-feira (1º). No caso de Zambelli, notória apoiadora do presidente Jair Bolsonaro (PL), as contas foram suspensas no Twitter, Linkedin, Facebook e YouTube. O Twitter sinaliza na página suspensa que a conta foi retida por uma "demanda judicial". A congressista afirmou em nota que foi pega de surpresa com a decisão e que não teve direito de defesa.

 

Posted On Quinta, 03 Novembro 2022 06:09 Escrito por

Discurso de Bolsonaro e decisões judiciais não põem fim às manifestações, mas PRF informa redução de 515 atos desde o início, na última segunda-feira

Por Jovem Pan

 

O terceiro dia de manifestações de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) contra a eleição democrática de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) começa com 178 rodovias interditadas, segundo o último balanço da Polícia Rodoviária Federal, divulgado na madrugada desta quarta-feira, 2. Os protestos ocorrem simultaneamente em 17 Estados, sendo Santa Catarina o local com a maior quantidade de registros: 37 bloqueios.

 

Segundo a entidade policial, 515 atos foram desfeitos pelas autoridades de segurança desde o início, na segunda-feira, 31. Na última terça, 1º de novembro, o presidente Bolsonaro se pronunciou pela primeira vez após o pleito do domingo, 30, e apesar de não citar sua derrota nas urnas e nem o candidato opositor, condenou as ações dos manifestantes pelas estradas brasileiras. No mesmo dia, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, emitiu nova decisão judicial determinando que as polícias militares dos Estados atuassem na dissolução das manifestações usando todos os recursos necessários para isso, além de multa de R$ 100 mil por hora para os envolvidos nas paralisações. A suprema corte brasileira aponta os atos como ilegais, visto que são contra uma eleição reconhecida como válida e democrática.

 

A primeira decisão judicial de Moraes foi emitida ainda na segunda-feira, após ser provocado pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT), que apontou os atos como causadores de “transtornos e prejuízos a toda a sociedade” e afirmou serem fruto de “simples discordância com o resultado do pleito presidencial ocorrido no país”, caracterizando-se como “manifestações antidemocráticas e, potencialmente, criminosas que atentam contra o Estado Democrático de Direito”. O ministro determinou que governos federal e estaduais tomassem “as medidas necessárias e suficientes” pelo encerramento das manifestações e apontou que a PRF não estava “realizando sua tarefa constitucional e legal”.

 

A determinação judicial citava a possibilidade de afastamento ou até prisão em flagrante do diretor da entidade policial, Silvinei Vasques, em caso de descumprimento da decisão. Uma multa pessoal de R$ 100 mil foi imposta a Vasques por cada hora em que as pistas permanecessem bloqueadas. No momento da decisão, o balanço da PRF indicava pelo menos 136 estradas do país.

 

À meia-noite da terça-feira, 1º de novembro, a presidente do STF, ministra Rosa Weber abriu uma votação extraordinária em plenário virtual – no qual os demais ministros da primeira turma declaram apenas se concordam ou não, sem argumentação – para magistrados se posicionarem sobre a decisão de Moraes. Rapidamente, a suprema corte formou maioria em favor da determinação judicial já proferida.

 

 

Posted On Quarta, 02 Novembro 2022 06:45 Escrito por
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