O ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP-PI), afirmou em entrevista ao Conversa com Bial (Globo), na madrugada desta quinta (17), que vê o ex-presidente Lula (PT) como um candidato "aprisionado", com medo de mostrar quem está a seu lado.
Por CRISTINA CAMARGO
Um dos principais líderes do centrão, Ciro Nogueira citou a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT, como pessoas que atrapalham o petista. "Esse é o problema, ele não pode fazer campanha."
A declaração do aliado de Jair Bolsonaro (PL) indica uma linha de campanha do presidente. O próprio mandatário já tinha usado tática semelhante para atacar Lula, ao dizer que tanto Dilma como o deputado cassado José Dirceu seriam ministros de um eventual novo governo do petista no Planalto.
Para Ciro Nogueira, Bolsonaro não tem chance de ganhar a eleição no Nordeste.
"O presidente Bolsonaro vai ganhar no Nordeste? Não. Mas vai ter uma votação muito maior do que a que teve na eleição passada", disse, ao ser questionado sobre como os partidos de direita e centro farão para atacar Lula (PT) nos estados nordestinos.
Para Nogueira, o presidente perde no Nordeste, mas ganha nas outras regiões do país, onde ele aposta que haverá uma derrota significativa de Lula.
O ministro acredita que Bolsonaro pode ser reeleito no primeiro turno. "Nas convenções, já vai estar na frente. Mais perto da eleição, vamos fazer as contas para ver se ganha no primeiro turno. Minha previsão é essa, pelas pesquisas que temos em mãos", disse, sem dar detalhes dessas pesquisas.
Nogueira lembrou que nunca um presidente deixou de ser reeleito no Brasil. Para ele, a população sente que o governante merece um segundo mandato.
O ministro afirmou que o segundo turno já começou e ninguém foi capaz de viabilizar uma candidatura na chamada terceira via.
"As pessoas que se apresentaram, como o [Sergio] Moro, não passaram confiança. As pessoas sentiram [que é] um aproveitador de momento", disse.
Em relação a Bolsonaro, que já chamou de fascista, o ministro vê um amadurecimento político nos anos como presidente da República. "Tivemos que nos unir para transformar esse país", afirmou o ministro, que já foi aliado de Lula.
Os dois momentos, com críticas a Bolsonaro e elogios a Lula, foram mostrados em vídeo durante a entrevista.
Nogueira elogiou a espontaneidade do presidente. Na opinião dele, Bolsonaro fala o que pensa e tem uma forma diferente de se comunicar. "Se ele mudar essa espontaneidade, será um grande erro."
Talvez uma guerra mais equilibrada que a, hoje travada, da Rússia contra a Ucrânia. Assim será o embate entre Wanderlei Barbosa e Ronaldo Dimas, em uma metáfora perfeita com o momento que o mundo atravessa, mas sem, felizmente, baixas entre soldados e civis.
Por Edson Rodrigues
Como na guerra, não se ganha uma eleição sem bons soldados e sem um “arsenal” diversificado de “armas” e de amor pela causa. Mas, o principal de tudo é ser ou ter um bom líder, capaz de cativar seus soldados e despertar as emoções das massas, pois contar apenas com a “elite”, é meio caminho para a derrota.
Ter, apenas, o conceito de bom gestor não será capaz de convencer os eleitores. Isso é crucial para os estados do sul e do sudeste do Brasil, mas, no Tocantins, é preciso muito mais que isso. É preciso uma boa postura e consideração junto ao próprio grupo político, às lideranças que o apóiam, afinar o discurso com os ensejos da população, conquistar os “descamisados”, falar o que o povo quer ouvir, saber do que o povo precisa e não, apenas, falar bonito.
Da mesma forma, um vencedor mantém uma boa relação com os formadores de opinião e com os garimpeiros de votos. Essas duas categorias se completam e fazem todo o esforço de campanha se traduzir em votos, na volta á realidade.
E a realidade, no Tocantins, mostra mais de 88% da população em estado de alerta contra o desemprego, a fome e a pobreza. Muitos desse percentual foram demitidos ainda no governo de Mauro Carlesse. O estado concentra, hoje, mais de 60% de sua população na linha da pobreza. Quem tem acesso a esse povo e conta com sua confiança, são os “soldados políticos”, as lideranças de bairros, associações de moradores, religiosas e com algum trabalho social que, para bem ou para mal, acabam se tornando vereadores, que dão apoio aos deputados estaduais, dirigentes de partidos e são os principais cabos eleitorais e elos entre os candidatos e o povão. Isso é fato.
E eles são de extrema importância em uma “guerra” como a que se anuncia.
O COMBATE
Estamos a menos de 15 dias para a o fim do prazo de filiação para quem deseja ser candidato a um cargo eletivo em outubro. O senador Eduardo Gomes, líder do governo Jair Bolsonaro no Congresso Nacional, era o candidato a governador idealizado e desejado pela maioria dos principais líderes políticos do Estado. Porém, na semana passada, em visita á Região Norte do Tocantins, o senador declarou que irá apoiar a candidatura de Ronaldo Dimas, até agora no Podemos, ao governo. Desde que deixou a prefeitura de Araguaína, Dimas é pré-candidato a governador e, até hoje, não conseguiu fazer sua pretensão política tocar o coração do povo, das lideranças políticas, de prefeitos, vereadores e demais atores do jogo sucessório.
Senador Eduardo Gomes e o presidente Jair Bolsonaro
Mas, a partir da declaração de apoio Eduardo Gomes, ninguém pode dizer que não haverá a tão esperada decolagem da candidatura de Dimas, pois, como o próprio senador fora da corrida sucessória, o “leme” da campanha estará a cargo de Ronaldo Dimas.
E Dimas assume esse comando já com um posicionamento diferente. Declaradamente oposicionista ao Palácio Araguaia, ele está de saída do Podemos, partido que comandou no Tocantins nos últimos anos, para cair nos braços do PL, do presidente Jair Bolsonaro, que já é a maior bancada do Congresso Nacional.
O PL deve ser, ainda, o novo partido do próprio senador Eduardo Gomes, padrinho de Dimas. Gomes não tem mais condições de permanecer no MDB, que assumiu ser totalmente oposicionista ao governo de Jair Bolsonaro.
O prefeito de Araguaína Wagner Rodrigues (Solidariedade), Deputado federal Tiago Dimas (Podemos) e Ronaldo Dimas, (PL)
Dessa forma, com tanta responsabilidade em suas mãos – ou em sua candidatura – Dimas precisa olhar muito além do próprio umbigo – e muito além do Podemos. O partido que está deixando ainda vai abrigar os principais candidatos a deputado federal e estadual que vão apoiar a sua candidatura ao governo. Além disso, Dimas emplacou a filiação do seu filho, deputado federal Tiago Dimas, no próprio Podemos, do qual deve vir a se tornar presidente estadual.
Ora, se nacionalmente o Podemos é oposição ao governo de Jair Bolsonaro, e tem o ex-ministro e inimigo da família Bolsonaro, Sérgio Moro como candidato à presidência da República, como Dimas espera ter o apoio de Bolsonaro em sua caminhada pelo governo do Tocantins?
Como ficará a composição da chapa proporcional do PL no Tocantins, a chapa dos “patinhos feios” de Dimas, quem serão os filiados por Dimas ao PL? Isso precisa ser resolvido com rapidez, pois os prazos da Justiça Eleitoral estão terminando e, sem definições, não se faz uma candidatura séria e competitiva. Após o dia dois de abril, voltaremos a esse assunto.
O OUTRO LADO
Governador Wanderlei Barbosa (Republicanos)
Enquanto a candidatura de Dimas precisa de muitas definições, seu principal adversário – talvez o único –, Wanderlei Barbosa, já está anos luz à frente, com várias chapas e chapinhas, prontas para serem homologadas nas Convenções partidárias. Wanderlei também tem o apoio de 21 dos 24 deputados estaduais, candidatos à reeleição, fazendo parte das exceções, o presidente da Assembleia Toinho Andrade, candidato a deputado federal.
Dimas tem poucos dias para formar uma chapa proporcional no PL, sob o risco de falência múltipla, sendo ele próprio o responsável pelo convencimento para que os pré-candidatos a federal e estadual se filiem ao PL, lembrando que são mais de 75 os candidatos a deputado estadual e 18 a deputado federal que apóiam a candidatura de Wanderlei Barbosa.
ALERTA DE BOMBA
Possíveis Candidatos ao governo do Tocantins
É bom deixar claro que, nestas eleições para o governo do Estado, os “alertas de bomba” devem estar constantemente ligados, pois ninguém lidera nadica de nada, pois o jogo sucessório ainda não começou oficialmente e não basta ter apenas bons nomes e líderes em sua nominata. O mais importante é convencer os eleitores, dos mais abastados aos desempregados, os famintos, os homens e mulheres atingidos pelas tragédias sociais, pela pandemia e pelo desemprego, os formadores de opinião, a imprensa e as lideranças, fazendo chegar até eles os projetos de governo, as prioridades, os planos de ação.
Participar dos debates promovidos pelos veículos de comunicação tradicionais e de credibilidade será essencial para que todos consigam, desde Wanderlei Barbosa, até Ronaldo Dimas, passando por Paulo Mourão, do PT, mostrar a que vieram e aonde querem chegar nessa corrida sucessória.
Barbosa, Mourão e Dimas, serão, os três, responsáveis diretos por seu sucesso ou fracasso. Ninguém já ganhou ou já perdeu esta eleição. Todos estão apenas no aquecimento.
Mas, o futuro, esse está nas mãos de Deus e dos eleitores. Estas eleições serão ganhas no “cara a cara”, no “olho no olho”, nos grotões das periferias.
Quem conseguir errar menos, será o vencedor das eleições para o governo do Tocantins em outubro de 2022.
Reajuste da data-base de mais de seis mil servidores começará a ser pago a partir da próxima folha de pagamento.
Com Assessoria
O prefeito de Araguaína, Wagner Rodrigues, anunciou o reajuste de 10,18% no pagamento do salário dos servidores públicos municipais, referente a data-base de 2022. A divulgação foi realizada durante reunião, na manhã desta quarta-feira, 16, entre o prefeito, a secretária da Administração do Município, Rejane Mourão, e representantes do SISEPAR (Sindicato dos Servidores Públicos de Araguaína).
Terão reajuste os salários dos servidores efetivos, comissionados e contratados, totalizando mais de seis mil servidores. Com isso, a Prefeitura injetará na economia da cidade mais de R$ 2 milhões por mês. O percentual de aumento atende o acordo firmado com o SISEPAR e começará a ser pago na folha de pagamento referente ao mês de março.
O prefeito reforçou que o Município segue garantindo a valorização do servidor público. “Nosso servidor que, na verdade, é quem dá o resultado à população. Apesar do período delicado com a pandemia e todas as realidades do cenário mundial, atendemos hoje na integralidade o percentual solicitado pelo sindicato e com isso ter nosso trabalhador ainda mais comprometido com nosso povo, colaborando com o crescimento de toda cidade”, destacou Wagner.
Reajuste
O objetivo do reajuste é assegurar o padrão de vida do trabalhador, mantendo o seu poder de compra, alavancando a economia local. De acordo com a secretária da Administração, Rejane Mourão, o impacto orçamentário-financeiro está devidamente previsto em conformidade com a Lei Orçamentária Anual, com o Plano Plurianual e com a Lei de Diretrizes Orçamentárias.
“Priorizamos cumprir os princípios legais e atender os prazos previstos. Com essa negociação com SISEPAR concluída, já vamos encaminhar o projeto de lei complementar à Câmara, para já no próximo pagamento os servidores estarem com a adequação salarial”, explicou a secretária.
Parceria com as classes
Durante a reunião desta quarta-feira, os representantes do sindicato destacaram a abertura ao diálogo e prioridade que o Município tem dado às solicitações da categoria.
“Uma conquista muito grande para todos nós e nos deixa satisfeitos ver o compromisso e a preocupação da Prefeitura de Araguaína em sempre nos atender, negociar, diferente do que temos visto em outros municípios do estado. Acredito que será bem aceito pelos servidores, já que com esse reajuste estamos respeitando o mesmo valor do aumento do salário-mínimo nacional”, disse o presidente do SISEPAR, Carlos Guimarães.
As suspeitas da Polícia Federal, de que o ex-governador do Tocantins, Mauro Carlesse (PL), teria aparelhado a estrutura de Segurança Pública do Estado para blindar ele próprio e seus aliados de investigações, foram ampliadas a partir do material apreendido nas Operações Éris e Hygea.
Por Estadão Conteúdo
As ações, abertas simultaneamente em novembro do ano passado, foram as primeiras etapas ostensivas da investigação que atinge o ex-governador e deram novo impulso ao trabalho da PF. Carlesse renunciou ao cargo na semana passada, em meio aos inquéritos que o colocaram no centro de um escândalo de corrupção, na tentativa de escapar de um processo de impeachment.
O Estadão teve acesso ao relatório parcial do caso, enviado em dezembro do ano passado ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), em que a Polícia Federal expõe o conteúdo obtido nos documentos e celulares confiscados para reafirmar que o sistema de interceptação telefônica e o aparato de inteligência da Secretaria de Segurança Pública foi usado de 'maneira aparentemente criminosa, com a finalidade de blindar os membros da organização criminosa e dos integrantes do seu grupo político'.
"Era patente o interesse em acompanhar as investigações da Polícia Civil do Tocantins relacionadas aos crimes contra a administração pública do Estado", diz um trecho do documento assinado pelos delegados federais Duílio Cardoso, Tiago dos Santos Souza e Mauro Frenando Knewitz.
A partir das conversas obtidas e de depoimentos colhidos após a deflagração das operações, os delegados apontaram duas estratégias principais que seriam usadas pelo grupo político do ex-governador para se proteger de investigações: o monitoramento constante dos trabalhos da Polícia Civil; e o uso do sistema de interceptações telefônicas, que ficava subordinado à Secretaria de Segurança Pública, para verificar se seus celulares estavam sendo grampeados.
"Acompanhamento dos monitoramentos telefônicos em curso em Tocantins com o propósito de se identificar a existência de inquéritos policiais que possam atingir membros da ORCRIM e demais integrantes do grupo político de Mauro Carlesse, vazamento de informações sobre possíveis investigações em desfavor de integrantes do governo estadual e monitoramento de adversários políticos era algo corriqueiro", escrevem os delegados.
A PF encontrou diversos pedidos do ex-secretário de Segurança do Estado, Cristiano Barbosa Sampaio, ao então diretor de Inteligência e Estratégia da pasta, Ênio Walcacer de Oliveira Filho, para consultar números de telefone ligados a Mauro Carlesse e a outros membros do governo, como o então secretário-chefe da Casa Civil Rolf Vidal. Atualmente, Sampaio ocupa o cargo de coordenador-geral de pesquisa e inovação da Diretoria de Políticas de Segurança Pública no Ministério da Justiça.
O deputado estadual Olyntho Neto (PSDB) também teria sido beneficiado pela aparelhagem do sistema. Segundo os investigadores, ele influenciava nomeações para funções comissionadas na Secretaria de Segurança Pública e remoções na Polícia Civil.
De acordo com o relatório, os delegados de Polícia Civil responsáveis por investigações sensíveis ao grupo político de Mauro Carlesse eram considerados 'opositores da alta cúpula do governo' e passaram a ser perseguidos, inclusive por meio da Corregedoria da corporação.
Como mostrou o Estadão, o ex-governador passou a indicar aliados para postos-chave no sistema de Segurança Pública do Tocantins ao mesmo tempo em que promovia mudanças no regramento que dispõe sobre a movimentação funcional de delegados, através de decretos, portarias e emendas constitucionais, tudo com o objetivo de obstruir as apurações em curso, segundo a PF.
O material apreendido também permitiu que a Polícia Federal pudesse aprofundar a linha de investigação sobre o possível uso do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) para produzir investigações paralelas e ilegais contra adversários políticos. A PF trabalha com a suspeita de que o governador tenha montado um núcleo de inteligência no órgão para municiar dossiês contra seus opositores. O controle ficaria ao cargo do sobrinho dele, Claudinei Quaresemin, apontam as mensagens acessadas pela Polícia Federal.
COM A PALAVRA, OS CITADOS
A reportagem entrou em contato com a defesa do ex-governador Mauro Carlesse e com o gabinete do deputado estadual Olyntho Neto e aguarda resposta. O espaço está aberto para manifestação.
Em manifestação enviada anteriormente ao blog, o advogado Nabor Bulhões, que defende o ex-governador, disse que ele é inocente e 'sempre exerceu suas funções públicas com correção e probidade'. A defesa também afirmou na ocasião que as investigações 'estão impregnadas de conjecturas e presunções maldosas'.
COM A PALAVRA, OS ADVOGADOS JOSÉ EDUARDO CARDOZO E PEDRO BERNARDES NETO, QUE REPRESENTAM O EX-SECRETÁRIO CRISTIANO BARBOSA SAMPAIO
"O atual momento processual apresenta conclusões preliminares por parte da investigação, que não condizem com a realidade. Nesse contexto, a defesa tem a convicção de que, ao final do processo, todas as acusações serão desconstruídas e restará demonstrado que o Del. Cristiano Barbosa, cuja atuação profissional sempre foi marcada pela distinção e ética, não praticou qualquer ato ilícito."
Fonte: Estadão Conteúdo
Costa Neto comemora crescimento do PL e diz que é preciso ser 'fiel' a Bolsonaro
Por Iander Porcella
O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, afirmou nesta terça-feira, 15, que o partido precisa ser "fiel" ao presidente Jair Bolsonaro. O dirigente participou de um ato político, em Brasília, organizado para celebrar a filiação da deputada Carla Zambelli (SP) e lançar uma frente parlamentar intitulada "Lealdade Acima de Tudo", formada por apoiadores de Bolsonaro que vão disputar uma vaga ou a reeleição na Câmara.
"Eu fico pensando na sorte que nós tivemos de poder recebê-lo (Bolsonaro) no nosso partido", disse Costa Neto, que é ex-deputado. "Mas eu nunca pensei que íamos chegar aonde nós estamos chegando, independente de qualquer coisa, porque o eleitor do Bolsonaro é fiel. E, aconteça o que acontecer, o resultado vai vir. É por isso que nós temos que ser fiéis ao Bolsonaro, fazer tudo o que ele pede, tudo o que ele precisa, para podermos retribuir o que ele fez por nós."
Em seu discurso, Costa Neto destacou que passou oito anos "brigando" com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (FHC), entre 1995 a 2002, mas depois se aliou a Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que governou entre 2003 e 2010. Disse que a aliança fez com que o partido crescesse antes de "levar uma trombada" e "ir para o buraco". Costa Neto chegou a ser preso no escândalo do mensalão.
Após dois anos sem partido e de se eleger com críticas às legendas que integram o Centrão no Congresso, Bolsonaro se filiou ao PL em novembro do ano passado. O lançamento da pré-candidatura do presidente ao segundo mandato está marcado para o próximo dia 26.
Na visão de Costa Neto, Bolsonaro vai crescer nas pesquisas de intenção de voto com as inserções da propaganda partidária e eleitoral na TV e com o efeito do Auxílio Brasil, programa social que substituiu o Bolsa Família. Atualmente, Bolsonaro aparece em segundo lugar, atrás de Lula.
A migração em massa de aliados de Bolsonaro para o PL tem provocado insatisfação em outros partidos, como o Republicanos, também integrante do Centrão e da base aliada do governo no Congresso. Em entrevista ao Estadão/Broadcast, no mês passado, o deputado Vinicius Carvalho (SP), novo líder da bancada do Republicanos na Câmara, disse que falta "lealdade" do Palácio do Planalto à legenda. A janela partidária, período em que os parlamentares podem trocar de sigla sem perder o mandato, começou no último dia 3 e vai até 1º de abril.
Nesta terça-feira, 15, também se filiaram ao PL os deputados Filipe Barros (PR), Major Fabiana (RJ), José Medeiros (MT), Paulo Bengtson (PA) e General Girão (RN), que vão concorrer à reeleição. Ingressaram no partido de Costa Neto, ainda, apoiadores de Bolsonaro, como o jogador de vôlei Maurício Souza (MG), que foi demitido no ano passado do Minas Tênis Clube após fazer comentários homofóbicos sobre uma HQ do Super-Homem, e o cantor de axé Netinho, que vai concorrer a uma vaga na Câmara pela Bahia.
"Leal com o nosso presidente. Leal com o Brasil", dizia uma das frases estampadas em cartazes no local. Bolsonaro não compareceu à cerimônia, mas mandou uma caneta usada por ele para a assinatura das filiações. Os ministros Rogério Marinho, do Desenvolvimento Regional, e Luiz Eduardo Ramos, da Secretaria da Presidência, representaram o governo.
De acordo com Zambelli, os candidatos da "frente parlamentar" terão o mesmo número na urna e uma unidade visual na campanha realizada nas redes sociais. "Todos aqui somos conhecidos por sermos leais ao presidente Bolsonaro, leais ao nosso Brasil, às nossas pautas, ao que a gente foi eleito para dizer e fazer", disse a deputada. "Com isso, acreditamos que todos nós estaremos mais fortes, não só para nos elegermos, mas para trazermos outras pessoas conosco, formando uma grande frente de parlamentares, a partir de 2023, que sejam leais ao presidente Bolsonaro."
No último sábado, 12, migraram para o PL os deputados Sóstenes Cavalcante (RJ); Coronel Chrisóstomo (RO); Cabo Junio Amaral (MG); Márcio Labre (RJ); Bibo Nunes (RS); Carlos Jordy (RJ); Loester Trutis (MS); Sanderson (RS), Daniel Freitas (RJ); Luiz Lima (RJ); Marcelo Álvaro Antônio (MG); Éder Mauro (PA) e Alberto Neto (AM). Quase todos os novos integrantes do partido de Bolsonaro estavam filiados ao União Brasil, sigla formada a partir da fusão entre DEM e PSL.