Nova agremiação política, resultado da fusão do DEM com o PSL, terá como número nas urnas o 44
Com Assessoria do TSE
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou por unanimidade, nesta terça-feira (8), em sessão administrativa, o pedido de registro do estatuto e do programa partidário do União Brasil (União), agremiação política resultante da fusão do Democratas (DEM) com o Partido Social Liberal (PSL). A nova legenda terá como número nas urnas o 44.
A fusão e a incorporação de partidos estão previstas na Lei nº 9.096/1995, a chamada Lei dos Partidos Políticos. No artigo 29, a norma determina que os diretórios nacionais das legendas são livres para deliberar sobre a fusão de uma ou mais siglas ou, ainda, sobre a incorporação à outra, desde que respeitando a soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo e os direitos fundamentais da pessoa humana.
Para se fundirem ou incorporarem outros partidos, as agremiações políticas precisam estar regularmente registradas no TSE há, pelo menos, cinco anos. No caso do novo partido União, a deliberação para a fusão da nova agremiação foi aprovada em convenção nacional conjunta realizada no dia 6 de outubro de 2021.
Ao votar, o relator do pedido, ministro Edson Fachin, enfatizou que o novo partido atendeu a todas as exigências para a respectiva criação. “Verifico que foram cumpridos os requisitos obrigatórios para a fusão dos partidos DEM e PSL. Conforme a previsão contida no artigo 29 da Lei dos Partidos Políticos, devem ser somados os votos dos respectivos partidos obtidos na última eleição geral para a Câmara dos Deputados, para efeitos da distribuição dos recursos do Fundo Partidário e do acesso gratuito às propagandas de rádio e TV”, afirmou.
Entenda o que acontece quando partidos decidem se fundir ou incorporar uma legenda.
Aprovação
A decisão terá cumprimento imediato, devendo ser informada à Câmara dos Deputados, ao Senado Federal, ao cartório competente do registro civil das pessoas jurídicas e aos Tribunais Regionais Eleitorais.
A nova sigla deve, no prazo de 30 dias, apresentar ao TSE a comprovação do pedido de encerramento das contas bancárias dos antigos partidos e, em até 90 dias, entregar a prova do cancelamento das respectivas inscrições no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) junto à Secretaria da Receita Federal, conforme previsto na Resolução TSE nº 23.571.
Na primeira sessão conjunta semipresencial de deputados e senadores desde o início da pandemia de covid-19, nesta terça-feira (8), o Congresso Nacional derrubou o veto parcial ao projeto (PL 4.752/2019) que trata da propaganda partidária gratuita no rádio e na televisão (VET 2/2022). Ao todo, 344 deputados votaram pela derrubada do veto contra 49 pela manutenção. No Senado, 54 votaram pela rejeição, enquanto 14 apoiaram o veto.
Por Rodrigo Baptista
Com a derrubada do (VET 2/2022), emissoras de rádio e de televisão terão direito a uma compensação fiscal pela cessão do tempo para a propaganda gratuita dos partidos políticos, restabelecida pela Lei 14.291, de 2022. A norma tem origem no PL 4.572/2019, dos senadores Jorginho Mello (PL-SC) e Wellington Fagundes (PL-MT). Essa compensação será financiada pelo Fundo Partidário. O trecho segue para promulgação.
Ao vetar a compensação fiscal às emissoras de rádio e de televisão, o governo alegou que a medida seria um benefício fiscal, com consequente renúncia de receita, sem observância da Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar 101, de 2000) e da Lei de Diretrizes Orçamentárias (Lei 14.194, de 2021). Deputados e senadores entenderam que rádios e TVs devem receber uma compensação por deixar de arrecadar com publicidade nos horários dedicados ao horário eleitoral.
Segundo o senador Carlos Portinho (PL-RJ), a derrubada do veto é um respeito ao estado de direito e à iniciativa privada.
— A concessão não pode ser apropriada — disse o parlamentar ao defender a derrubada do veto.
O senador Lasier Martins (Podemos-RS) e o deputado federal Ivan Valente (PSOL-SP) também manifestaram apoio à derrubada. Lasier afirmou que emissoras de rádios estão fechando Brasil afora por falta de dinheiro. Valente reforçou que a propaganda faz parte do processo democrático.
— As concessões de rádio e TV fazem parte do processo democrático brasileiro, do debate público. A TV não serve apenas para programas de entretenimento e programas religiosos, mas para o debate público — disse Ivan Valente.
A propaganda partidária, que é diferente do horário eleitoral, é o tempo semestral de rádio e TV a que têm direito os partidos registrados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ela serve para divulgação da plataforma do partido e para atrair novos filiados. A duração total das inserções depende do desempenho de cada partido nas eleições.
Teste
Desde o início da crise sanitária, as sessões do Congresso Nacional eram realizadas separadamente, uma para os deputados, outra para os senadores. Nesta terça-feira (8), parlamentares participaram de forma simultânea, tanto de forma presencial no Plenário da Câmara dos Deputados, quanto de forma remota, por meio do Sistema de Deliberação Remota. A sessão também marcou a estreia de uma sistemática única de deliberação por meio de cédula eletrônica e dos aplicativos aperfeiçoados para registro de votação nominal.
De acordo com o 1º vice-presidente do Congresso, deputado Marcelo Ramos (PL-AM), a inclusão de apenas dois itens foi uma forma de testar o novo sistema de votação conjunto.
— Inicialmente, será uma sessão em que faremos o teste desse novo modelo, que é uma inovação da Casa nunca antes adotada, mas quero reafirmar o compromisso que disse hoje ao Líder do Governo no Congresso de que nenhuma matéria será votada pelo Congresso Nacional antes da apreciação dos vetos que trancam a pauta — nenhuma —, nenhum PLN, nenhum veto que não tranque a pauta, antes do compromisso firmado por esta Presidência de não votar PLN atropelando os vetos que estão trancando a pauta — disse o deputado no início da sessão.
Apenas o veto sobre a compensação fiscal para emissoras de rádio e TV foi analisado dessa forma, enquanto o veto sobre remédios contra o câncer foi analisado pelo sistema de votação remota (Infoleg, na Câmara, e SDR, no Senado).
A decisão foi tomada pelas lideranças do Senado e da Câmara dos Deputados em reunião que antecedeu a sessão do Congresso.
Redação
O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitou um pedido para desbloquear os bens do ex-ministro Antonio Palocci (governos Lula e Dilma). A defesa do ex-ministro pediu a liberação do patrimônio depois que o benefício foi concedido ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em novembro do ano passado, pela Segunda Turma do STF.
Lewandowski, no entanto, concluiu que a medida não poderia ser estendida a "terceiros" sem relação com os processos analisados pelo tribunal ao levantar o bloqueio contra Lula.
"Para o aproveitamento de decisões proferidas com relação a terceiros, é preciso, primeiro, que tenha havido concurso de agentes e, depois, que a eventual extensão da decisum que beneficia um dos réus não esteja ancorada em motivos de caráter exclusivamente pessoal", escreveu o ministro.
Ao acionar o STF, a defesa de Palocci argumentou que os efeitos da decisão que declarou a 13ª Vara Federal de Curitiba incompetente para bloquear os bens de Lula também deveria valer para ele, que era corréu em uma das ações abertas contra o ex-presidente na esteira da Lava Jato. Braço direito de Lula e da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), Palocci fechou delação premiada com a força-tarefa em 2019. Em depoimento, disse que um "pacto de sangue" entre o ex-presidente e o empresário Emílio Odebrecht envolveu propina de R$ 300 milhões.
Ao analisar o pedido do ex-ministro, Lewandowski concluiu que ele não foi alvo das mesmas medidas cautelares aplicadas a Lula. "Não há nenhuma prova de que o juízo de origem tenha se recusado, de forma imotivada ou arbitrária, a cumprir decisão desta Suprema Corte", diz outro trecho da decisão.
Quando foram computados os votos do primeiro turno das Eleições 2018, para surpresa geral da nação, a grande derrota foi dos institutos de pesquisa. Não de todos, claro. Mas, principalmente do IBOPE e do DataFolha, este último ligado ao Grupo Abril (VEJA) e à Folha de S. Paulo. A constatação de tão grandes discrepâncias entre os resultados veiculados antes e a realidade dos votos após a apuração, só fez aumentar a certeza de que boa parte das pesquisas eleitorais não são nada úteis para o eleitorado, servindo apenas como instrumento de influência midiática.
Por Edson Rodrigues
No Tocantins, a corrida pelo Senado foi o calcanhar de Aquiles dos institutos de pesquisa. Na primeira “apuração”, ainda em setembro, o “falecido” IBOPE cravou Kátia Abreu com 41% das intenções de voto e Eduardo Gomes com 22%. Já na véspera da eleição, Kátia havia subido para incríveis 56%, enquanto Eduardo Gomes “patinava”, com 31%.
Outro resultado equivocado do Ibope para o Senado
Quantos milhares de eleitores de Eduardo Gomes deixaram de votar nele por acreditar que a eleição já estava perdida, ninguém, jamais, saberá quantificar, pois o resultado das urnas, porém, revelou para qual candidato torcia o renomado IBOPE.
Outra pesquisa errada do Ibope no Tocantins
Kátia Abreu venceu, não com 56% dos votos, mas com 41,64% enquanto que Eduardo Gomes cravou 40,77%. Colocada na somatória dos votos, a diferença fica mais fácil de ser entendida. Apenas 5.932 votos separaram os dois postulantes à vaga no Senado. Menos de 1% de diferença.
EM TODO O BRASIL ERROS DE NORTE A SUL DO PAÍS
Se focarmos na Região Sudeste, foram espantosas as diferenças nos Estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro. Neste último, até então, poucos sabiam da existência do candidato Wilson Witzel. Nenhuma pesquisa colocou-o como favorito e este acabou em primeiríssimo lugar, indo para o segundo turno. Na terra do pão de queijo, o candidato Romeu Zema surpreendeu. As pesquisas também o ignoraram e terminou a corrida em primeiro, indo para o segundo turno.
Os institutos de pesquisa e a mídia fake news de sempre trataram como garantida e certa as eleições de Romero Jucá (Roraima), Dilma Rousseff (Minas Gerais) e Eduardo Suplicy (São Paulo) para o cargo de senador. Erraram feio, feíssimo. Também deram uma grande mancada afirmando o tempo todo que a renovação no Congresso e no Senado seria mínima quando, na verdade, acabou sendo a maior de todos os tempos, com aproximadamente 85% de eleitos novatos.
O que as pessoas em geral precisam entender é que essas pesquisas eleitorais não são feitas para descobrir a verdade das intenções de voto. Fomentadas por institutos que têm interesses próprios, servem mesmo é de ferramenta para manobrar as massas de incautos. Já tive a experiência de trabalhar com marketing eleitoral e sei que nem sempre a pesquisa publicada é condizente com a realidade apurada. E essa grande invenção, chamada de “margem de erro”, que varia entre 2% e 5% “para mais ou para menos”, é apenas mais um embuste dos palpiteiros, pois lhes dá a garantia de que podem errar à vontade. Ou seja, se um candidato tem 5% das intenções de voto, a “margem de erro” significa que ele pode ter 0% ou 10% das intenções de voto. Não é uma diferença muito grande?
Pesquisa dava Dilma eleita, mas que levou foi Rodrigo Pacheco
Na verdade a “margem de erro” serve, além de confundir o eleitor, para garantir, falsamente, a idoneidade do trabalho do “instituto” e é, também, uma bela maneira de iludir os que pretendem uma análise séria de qualquer pesquisa.
Nas eleições de 2020, ficaram marcadas na mente dos eleitores que o povo já não suporta mais a velhacaria dos políticos de carreira e não tolera os envolvidos em corrupção. Outra lição é a de que o horário eleitoral, que é obrigatório e não gratuito no rádio e na televisão, já não influenciam em nada os eleitores. E uma terceira lição é a de que pesquisas eleitorais não são confiáveis, em sua grande maioria.
IBOPE NÃO PREVIU NEM O SEU FIM
Considerada uma das maiores empresas de consultas sobre preferências eleitorais, hábitos de ouvir rádio e assistir a TV, cujo nome virou sinônimo de pesquisa e de audiência, o Ibope bateu as portas. Em janeiro do ano passado, a empresa anunciou o fim de suas atividades após 79 anos de atuação no país.
Na eleição de 2018, a marca IBOPE sofreu um grande abalo de credibilidade ao divulgar à vésperas da votação uma pesquisa que previa a vitória, de virada, da deputada Manuela d’Avila, em Porto Alegre (RS), o que não se confirmou nas urnas. O tão renomado Instituto, que “previa” resultados com métodos e métricas, não conseguiu prever a saturação dos eleitores com as tentativas de manipulação.Mas, como o ramo das pesquisas eleitorais é uma fonte inesgotável de riquezas e recursos, quem pensa que o IBOPE largou a teta ao anunciar seu fim, está sendo novamente enganado por ele.
Com os mesmos donos, mas com CNPJ diferente, está na praça o IPEC (Inteligência, Pesquisa e Consultoria).
Não cometa o mesmo erro duas vezes. Ao ler IPEC, entenda IBOPE, e desconfie da pesquisa, assim como de muitos “institutos” de fundo de quintal que costumam aparecer em época de eleições. E o que não falta no Tocantins são esses pseudo Institutos de Pesquisa arrumando resultados ao gosto do freguês.
Mas o eleitor tocantinense está vacinado e não cai mais nessas arapucas.
O PARALELO 13, COM 34 ANOS NO MERCADO DE COMUNICAÇÃO, PODE FIRMAR PARCERIA COM INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS
Como diretor-presidente de O Paralelo 13, tivemos a honra de receber, na tarde do último sábado, a visita de um executivo, representante de uma empresa de pesquisas de nível nacional, que propôs uma parceria, utilizando nossa edição impressa.
Com 34 anos de atuação ininterrupta no mercado da comunicação, com início um ano antes da criação do Tocantins, procuramos mostrar nossas considerações acerca dos enormes erros cometidos em eleições passadas, nossa opinião sobre os institutos de pesquisa e seu poder de destruir credibilidades, até de si próprios.
Nosso visitante concordou com nossas colocações, se disse impressionado com nossa atuação de combate e esclarecimento da população acerca das pesquisas eleitorais e nos apresentou um demonstrativo do histórico da empresa, com resultados em vários estados e capitais, a metodologia e as próprias pesquisas, com 96,2% de acertos, sendo a única empresa do Brasil a ter um índice tão alto de qualidade, com trabalhos feitos sempre dentro da legislação eleitora, com registros dentro do TER e do TSE, e sua proposta, para o início do mês de março, de fazer avaliações em todo o decorrer do período eleitoral.
O Paralelo 13, no momento, opta por não publicar nenhuma pesquisa, de nenhum instituto, enquanto a “família O Paralelo 13” não discutir a proposta, conheça a sede da empresa e seus colaboradores.
Sentimo-nos honrados com a proposta e, em momento oportuno, discutiremos e decidiremos pela parceria ou não.
Alvos de ataques do presidente, ministros assumirão comando do TSE
Com Estadão Conteúdo
Os ministros Alexandre de Moraes e Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), deixaram por volta das 12h30 desta segunda-feira o Palácio do Planalto sem conversar com a imprensa. Eles foram entregar ao presidente Jair Bolsonaro convite para a cerimônia de posse do novo comando do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), como constava da agenda do chefe do Executivo.
A reunião ocorreu em um momento de tensão entre os Poderes Executivo e Judiciário e foi rápida - durou cerca de 15 minutos. O ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), Bruno Bianco, também participou do encontro. Os ministros assumem no próximo dia 28 os cargos de presidente e vice-presidente, respectivamente, da Corte Eleitoral.
A agenda vem em meio a mais uma tensão entre Bolsonaro e Moraes. O presidente descumpriu ordem judicial do ministro, que o intimou a depor à Polícia Federal (PF) no âmbito do inquérito em curso no STF para investigar o vazamento de dados sigilosos pelo presidente.
Na semana passada, Bolsonaro não compareceu à cerimônia de retomada dos trabalhos no STF. No início da sessão, o presidente da Corte, Luiz Fux, informou que o chefe do Executivo não participaria do encontro entre as autoridades porque estava em visita ao Estado de São Paulo para inspecionar as comunidades atingidas pelas chuvas.
Fachin fica na presidência do TSE até agosto, quando Moraes assumirá o tribunal. Dessa forma, o desafeto de Bolsonaro - e relator do inquérito das fake news no Supremo - estará à frente da Corte durante as eleições.
A Secretaria Especial de Comunicação (Secom) do governo foi procurada para comentar o encontro e questionada se o presidente teria se comprometido com Moraes a cumprir sua determinação e prestar depoimento à Polícia Federal, mas não retornou até a publicação desta matéria.