Candidatos a governador nas duas eleições que se aproximam são todos políticos tocantinenses. Amastha disse que eles são vagabundos. Quem vestirá a carapuça e debaterá com o colombiano?
Por Edson Rodrigues
Quatro de agosto de 2017. Em uma das suas incontáveis viagens, o prefeito de Palmas, o colombiano Carlos Amastha proferiu as seguintes palavras:“por isso o Tocantins não sai do buraco. Bando de políticos, na maioria vagabundos, que apenas pensa nisso. E o povo ainda vota neles. Ate quando? Os caras sendo indiciados, denunciados, por crimes que todos sabemos que na maioria dos casos são verdadeiros, tem a coragem de pedir voto. Pronto... Falei...Culpa da Internet no avião. Desculpem os desabafos. Sinceramente não consigo entender porque trilhamos esse caminho."
Essa declaração do prefeito colombiano paira, desde então, sobre as cabeças dos políticos tocantinenses, como uma nuvem negra a lhes lembrar que um forasteiro, que chegou sem ser convidado, já entrou na nossa casa “botando o pé na porta”, sentando no melhor lugar à mesa, assumindo o controle remoto da TV e, convencendo os moradores de que o chefe da família era omisso, desonesto e indigno, e que ele, o forasteiro, era o bastião da honradez e da ética.
REAÇÃO
Diz um ditado turco que “quem fala mal de alguém para você, certamente fala mal de você para alguém”. Infelizmente, a maioria dos políticos tocantinenses preferiu fingir que não era com eles e poucos foram os que responderam á altura as declarações do colombiano.
Alguns deixaram de apoiar o “prefeito falastrão”, mas, por incrível que pareça, outros preferiram “vestir a carapuça” e cerrar fileiras com o boquirroto em sua aspiração de concorrer ao governo do Estado este ano.
Mas, eis que a Justiça surpreende a todos e resolve cassar o mandato de Marcelo Miranda e o Tocantins terá duas eleições ao invés de apenas uma.
A HORA DA CARAPUÇA
Duas eleições, duas campanhas. Como a imprensa não pode se furtar de desempenhar o seu papel de levar o máximo de informações sobre os candidatos durante um período eleitoral, duas emissoras resolveram promover debates entre os candidatos. Candidatos, esses, que são políticos tocantinenses. Alguns tradicionais e outros novatos, mas, todos políticos.
Amastha, o colombiano, não chamou todos os políticos tocantinenses de vagabundos? Então, caros leitores, seguindo a lógica, todo aquele político tocantinense que aceitar participar de um debate com o candidato falastrão estará, indelevelmente vestindo a carapuça de vagabundo, assumindo para si o estigma e dando razão para o forasteiro.
A iniciativa das emissoras de TV é salutar e de extrema valia para o processo sucessório, só que, achamos, haverá um único problema: reunir no mesmo estúdio uma pessoa que agiu com leviandade e os demais, que, acreditamos, vão defender a honra e a história do povo tocantinense e declinarão do convite.
Repetimos: ao participar de um debate político com quem o chamou de vagabundo, os demais candidatos estarão aceitando o rótulo ante a audiência de milhares de pessoas.
E isso vale tanto para a primeira campanha, para as eleições suplementares, quanto para a campanha para as eleições gerais.
CAI A MÁSCARA
Hoje, o mesmo empresário “honesto”, “ético” e “empreendedor” que se elegeu prefeito de Palmas com esse discurso, responde a mais de 100 processos na Justiça e está indiciado pela Polícia Federal na Operação Nosotros.
Carlos Amastha na sede da Plícia Federal em Palmas
A máscara de ser o “novo”, já não cobre mais o rosto de um colombiano que se tornou político no Brasil e age com uma falta de educação e de modos, como se estivesse no banheiro da sua casa na Colômbia, não respeita nossa cultura, nossas tradições, nossos políticos, muito menos, nossos cidadãos – pois o quê pensar de quem vota em “vagabundos”?.
Amastha já provou que conseguiu ser pior que os “vagabundos”, pois fez a mesma coisa que condenou nos demais e ainda ludibriou, enganou o povo, na “cara dura”.
Quando se candidatou pela primeira vez à prefeitura de Palmas, o Colombiano Amastha já ligou o alerta dos maiores analistas políticos do Brasil. Em sua coluna na revista Veja, o jornalista Reinaldo Azevedo chamou a atenção para alguns fatos, classificando a candidatura do colombiano como a mais “exótica” candidatura entre os mais de cinco mil candidatos do País.
Disse Azevedo: “em matéria de exotismo — e se deve, sim, cobrar da política um compromisso com a ética e dos políticos, um passado transparente —, a eleição em Palmas, capital do Tocantins, põe o resto do Brasil no chinelo. O colombiano Carlos Amastha (PP), dono do shopping Capim Dourado, disputa a liderança das pesquisas eleitorais com Marcelo Lelis, do PV. Mas quem é, afinal de contas, este senhor?”
A partir deste trecho, que pode ser lido na íntegra no endereço https://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/o-filho-de-ideli-salvatti-a-prefeitura-de-palmas-um-colombiano-e-seus-metodos/, Azevedo fala sobre a Operação Moeda Verde, que associa Amastha a uma quadrilha que traficava licenças ambientais para permitir construções irregulares, como a do Floripa Shopping, de propriedade de Amastha e por suposta prática de falsidade ideológica e participação em advocacia administrativa.
A HORA DO TROCO
Pois bem. Nossa intenção neste editorial foi lembrar aos demais concorrentes dessas eleições suplementares, principalmente Vicentinho Alves, Kátia Abreu e Mauro Carlesse, pela importância e posição que ocupam na política tocantinense, que é chegada a hora de dar o troco à total e completa falta de respeito, de educação e de pudor de Carlos Amastha no trato com a cultura, a tradição e a honra do povo deste Estado que ele não moveu uma palha para ajudar a criar.
Vocês, caros candidatos, têm que dar uma aula de educação e respeito a esse cidadão, e deixar que ele fale sozinho, para o vento, não participando de nenhum debate cuja participação do candidato boquirroto esteja confirmada.
Que me desculpem as emissoras de TV que idealizaram os debates, mas essa é a nossa opinião.
Se “errar é humano e errar duas vezes é burrice”, o seria errar pela terceira vez?
Lá, nos idos de 2012, Reinaldo Azevedo terminou sua coluna sobre a candidatura de Amastha da seguinte forma: “...essas são algumas das histórias de Amastha, que não parece ser, exatamente, um ortodoxo. Setores burrinhos da imprensa, ora vejam!, tratam o homem apenas como “a novidade” contras as “elites tradicionais! O que parece é que os métodos empregados em Santa Catarina, que encantaram a família Salvatti, foram levados para Tocantins.
Tremei, Tocantins!”
Renato Duque, ex-diretor de Serviços da Petrobras, e o ex-presidente da empresa OAS Léo Pinheiro também foram condenados no processo
Com IG São Paulo
O ex-tesoureiro do PT Paulo Adalberto Alves foi condenado a nove anos e 10 meses de prisão, pelo juiz federal Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal da Curitiba. O processo é referente à 31ª fase da Lava Jato, denominada Operação Abismo .
Também foram condenados na Operação Lava Jato Renato Duque, ex-diretor de Serviços da Petrobras, por corrupção passiva, bem como o e ex-presidente da empresa OAS, José Aldemário Pinheiro, conhecido como Léo Pinheiro, por corrupção ativa. A pena de Duque foi de dois anos e oito meses em regime semiaberto, enquanto a de Léo Pinheiro foi estabelecida em dois anos e seis meses em regime aberto. O despacho foi assinado no domingo (13).
De acordo com a denúncia, um consórcio integrado pela OAS e outras empreiteiras pagou R$ 39 milhões em propina, entre 2007 e 2012, para fraudar e superfaturar a licitação de construção do Centro de Pesquisas e Desenvolvimento Leopoldo Américo Miguez de Mello, da Petrobras.
Outros empreiteiros, como o empresário Ricardo Pernambuco, da UTC Engenharia, também foram condenados, a nove anos e seis meses em regime fechado. Outras nove pessoas também foram alvo da sentença, condenadas por diferentes crimes.
Na sentença, Moro voltou a defender as delações premiadas, instrumento que segundo ele foi fundamental para a elucidação do caso. O magistrado escreveu que “crimes não são cometidos no céu e, em muitos casos, as únicas pessoas que podem servir como testemunhas são igualmente criminosos”.
Relembre a denúncia
A denúncia do Ministério Público Federal aponta que o contrato entre a Petrobras e o consórcio Novo Cenpes, formado pelas empreiteiras OAS, Carioca Engenharia, Schahin, Construbrase e Construcap, inicialmente de R$ 850 milhões saltou para R$ 1 bilhão depois de sucessivos aditivos.
O MPF informa que, para que o negócio fosse fechado, executivos do consórcio ofereceram e efetivamente pagaram mais de R$ 20 milhões em propinas para funcionários do alto escalão da Petrobras e representantes do Partido dos Trabalhadores (PT), que dava sustentação política a tais funcionários corrompidos.
Segundo o MPF, Paulo Ferreira era o beneficiário de recursos vindos das empreiteiras contratadas pela Petrobras. “Não bastassem esses elementos, o próprio ex-tesoureiro do PT reconheceu que solicitou ao advogado operador do esquema que fizesse pagamentos no seu interesse.”
O dinheiro era repassado por meio de contratos que eram simulados e superfaturados e saques feitos em contas de empresas de fachada. De acordo com força-tarefa da Lava Jato, os valores também eram depositados em contas de terceiros e valores eram transferidos para o exterior.
VEJA MOSTRA QUE PT DEIXOU DILMA DE LADO. ÉPOCA FALA SOBRE BOLSONARO E TEMER, E ISTOÉ DESTACA SAÍDA DE JOAQUIM BARBOSA DA CORRIDA ELEITORAL À PRESIDÊNCIA
VEJA
O PT ESQUECEU DILMA
Que a mídia, batizada pelo PT de golpista, esquecesse a deposição de Dilma para só lembrar-se dos dois anos de governo Temer completados ontem, até se compreenderia. Não por golpista, mas porque a mídia vive do que interessa ao distinto público. E Dilma já não interessa.
Mas o PT… Logo o PT que desfrutou o que pode e o que não deveria ter desfrutado enquanto Dilma governou por quase seis anos… PT ingrato!
Fosse verdade o que ele começou a dizer quando Dilma ainda não havia perdido o cargo, teria providenciado uma homenagem para ela, vítima de um “golpe” que sequer foi concluído com a prisão de Lula. Como golpe não houve e Dilma virou um estorvo, o PT preferiu esquecer a data.
À falta de José Dirceu e de Antônio Palocci cujas cabeças já haviam rolado, determinado a não abrir espaço a quem lhe fizesse sombra, Lula escolheu Dilma para sucedê-lo em 2010. Era mulher. Nenhuma até então, salvo a Princesa Isabel, havia governado o país. Tinha fama de boa gestora.
Mulher, boa gestora, nada disso importava de fato a Lula. Ele queria um presidente que obedecesse às suas ordens. Dilma serviria apenas de ponte para Lula atravessar os oito anos anteriores de governo em direção aos próximos oito. Deu errado porque Dilma quis ficar mais quatro anos.
Lula e o PT, por cegueira, oportunismo e falta de piedade, apontam Dilma como a principal culpada por suas desditas. Anteontem, Delúbio Soares, ex-tesoureiro do PT, que já cumpriu pena como mensaleiro, foi pranteado pelo PT porque em breve será preso outra vez. Ninguém pranteia Dilma.
Não foi ela sozinha que afundou o PT, embora tenha colaborado ativamente para isso. O PT afundou graças a Lula e aos seus ambiciosos companheiros que se embriagaram pelo poder e não queriam mais largá-lo. Preso em Curitiba, Lula tenta, hoje, arrastar o PT para sua cela.
TEMER FOI CONVENCIDO DE QUE PODE DEFENDER LEGADO SEM SAIR DO PLANALTO
Michel Temer sempre soube que não tem chance alguma de se reeleger, mas precisava de uma saída honrosa para deixar o páreo eleitoral com a tranquilidade de que seu governo seria defendido durante a campanha.
Recentemente, ele foi convencido de que não precisa ser candidato para jogar confetes sobre sua gestão e mexer no tabuleiro eleitoral.
Ouviu que, na cadeira de presidente, pode convocar uma entrevista coletiva a qualquer tempo e juntar uma penca de microfones no palácio do Planalto para disparar o torpedo que quiser.
ÉPOCA
BOLSONARO EVITA PARTICIPAR DE DEBATES COM DEMAIS CANDIDATOS A PRESIDENTE
Pré-candidato a presidente pelo PSL, o deputado Jair Bolsonaro (RJ) faltou a todos os debates promovidos até aqui por entidades de classe e veículos de comunicação. Teme precipitar desgaste de imagem ao ser comparado com adversários. Assessores do presidenciável dizem que ele prefere comparecer apenas a entrevistas. Estratégia será reavaliada com a aproximação das eleições.
MAIORIA DOS DIRETÓRIOS DO MDB QUER CANDIDATURA PRÓPRIA À PRESIDÊNCIA
Consulta feita com os diretórios estaduais do MDB mostra que a maioria deles é a favor de candidatura própria à Presidência da República. O resultado animou o presidente Michel Temer, que, apesar do discurso de que abriria mão da disputa, ainda sonha com a reeleição. A rejeição altíssima a Temer e a promessa feita por Henrique Meirelles de bancar boa parte de suas despesas de campanha ao Palácio do Planalto podem favorecer o ex-ministro da Fazenda.
ONDE MEIRELLES PREPARA SUA PRÉ-CAMPANHA AO PLANALTO
Pré-candidato a presidente pelo MDB, o ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles estabeleceu sua base de trabalho numa casa do Lago Sul, em Brasília. O local abriga a Fundação Ulysses Guimarães, ligada ao partido. Ele costuma utilizar as salas de Moreira Franco, presidente da fundação, e a de Romero Jucá, presidente do MDB. De lá, Meirelles pensa a estratégia para a campanha e tenta convencer correligionários da viabilidade de sua candidatura. O número de assessores cresce a cada dia.
ISTOÉ
SAÍDA DE JOAQUIM BARBOSA DO PÁREO ELEITORAL ABRE CAMINHO PARA A UNIÃO DOS CANDIDATOS CENTRISTAS. O DIFÍCIL É FAZER ELES SE ENTENDEREM.
A política é como um tabuleiro de xadrez, e, neste momento do cenário brasileiro, as peças estão espalhadas, aguardando o reinício do jogo. Isso porque, ao anunciar, na terça-feira 8, que não vai concorrer à presidência da República, o ex-ministro do STF Joaquim Barbosa (PSB) bagunçou ainda mais o quadro que já estava para lá de embaralhado. “Meu coração vinha me dizendo: não mexe com isso não”, disse ele, ao confirmar que havia desistido de ser candidato. Abandonando a mesa de jogo, o ex-ministro deixou em aberto o espaço para a conquista dos 10% das intenções de votos que ele chegou a atingir em abril e que o colocavam na terceira posição, atrás apenas de Marina Silva (Rede) com 15% e Jair Bolsonaro (PSL) com 17%. A desistência de Joaquim pode beneficiar o chamado grupo do centro, que tem, até aqui, pelo menos oito pré-candidatos: o presidente Michel Temer, em busca da reeleição; o ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles (MDB); o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM); o senador Álvaro Dias (PODE); o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), o ex-presidente do BNDES Paulo Rabello de Castro (PSC), o empresário Flávio Rocha, e o ex-ministro Afif Domingos (PSD). O problema é que, por enquanto, nenhum deles demonstrou carisma para conquistar o legado de Joaquim, que é baseado na ética e no combate à corrupção. E, pior, não têm tido consistência política para unir todos numa única candidatura. Juntos, poderiam chegar ao segundo turno. Fragmentados como estão, não passarão de um retumbante fracasso.
A saída de Barbosa da disputa é vista com bons olhos pelo grupo. A candidatura do ex-ministro era considerada empecilho para o crescimento das candidaturas do centro. Acreditavam que, assim que Barbosa lançasse a candidatura, o potencial de crescimento seria enorme, tirando votos tanto da esquerda quanto da direita. O líder do PSB na Câmara e principal articulador da candidatura do ex-ministro, Júlio Delgado, lamentou a decisão. “Perdeu a chance de ser presidente”, afirmou a ISTOÉ. Sem Barbosa no páreo, o jogo foi novamente zerado. Tanto que vários candidatos de centro já estão de olho no espólio de Joaquim, como Álvaro Dias, Afif Domingos, e, principalmente, Geraldo Alckmin. O tucano tem variado entre 6 e 9% nas pesquisas e quer despontar como um dos principais herdeiros dos votos do ex-ministro, ao lado de Ciro Gomes (PDT) e Marina Silva (Rede), candidatos da centro-esquerda.
“Política é um jogo. Muitos candidatos do centro estão blefando, sabem que não têm condições e insistem para negociar a desistência lá na frente” Murilo Hidalgo, diretor do Instituto Paraná Pesquisas
Em uma época em que muitos eleitores querem fugir da polarização entre esquerda e direita, um candidato de centro surgiria como boa alternativa. Acontece que o excesso de candidatos pulveriza os votos e enfraquece o grupo. “Política é um jogo. Muitos candidatos do centro estão blefando, sabem que não têm condições e insistem para negociar a desistência lá na frente”, avaliou o diretor do Instituto Paraná Pesquisas, Murilo Hidalgo. “O centro precisa encontrar com urgência um nome para colocar ordem na casa”, completou.
Ao centro ainda faltam uma cara e votos. Cientes das dificuldades, alguns desses atores começaram a se movimentar nos bastidores. Com poucas chances de se reeleger, Temer está empenhado na união. Abriu um canal de diálogo com Alckmin. A idéia é unir MDB e PSDB, lançando o tucano candidato à presidência e Henrique Meirelles como vice. O ex-ministro da Fazenda, por ora, não está disposto a ser vice. Alckmin, por seu lado, resiste em defender abertamente o legado de Temer, um presidente impopular. “Alckmin quer o partido do Temer, tudo do Temer, mas só não quer o Temer”, disse um assessor próximo do presidente.
Há outros empecilhos para essa união. Álvaro Dias, por exemplo, é o sonho de consumo de uma ala do PSDB para ser o vice de Alckmin. Apesar de não passar de 6% nas pesquisas, Álvaro é forte na região Sul, onde chega a ter 18%. O senador, porém, tem conversado com outro candidato de centro: Rodrigo Maia (DEM), que tem apenas 1%. Maia e Álvaro também demonstraram preocupação com o excesso de candidaturas, mas ambos concordam que a cabeça da chapa não deveria ser Alckmin. Todos têm consciência, no entanto, de que não podem chegar a outubro com diversas candidaturas disputando entre si. A demora em traçar um caminho comum pode custar a vitória nas urnas.
Prisão de Lula é 'assunto encerrado', diz Gilmar Mendes
Da Redação
A prisão do ex-presidente Lula com base na condenação por corrupção passiva e lavagem de dinheiro imposta pelo TRF4 é “assunto encerrado” para o Supremo Tribunal Federal, disse o ministro Gilmar Mendes em entrevista à Bloomberg nesta quinta-feira. Para ele, o petista não tem condições de ser candidato neste ano.
“Discutimos esta questão do habeas corpus e dissemos que seria lícita a ordem de prisão em segunda instância. O pleno do STF já decidiu a matéria com relação ao caso Lula. Para nós, esse assunto está encerrado”, disse o ministro em entrevista à Bloomberg na última quinta-feira à tarde, em seu gabinete no Supremo.
No dia anterior, Mendes votou contra conceder liberdade a Lula em novo recurso da defesa do petista à Corte, assim como os ministros Luis Fachin, Dias Toffoli e Ricardo Lewandowski. De posição contrária à prisão após julgamento em segunda instância, Mendes disse que é preciso manter decisão colegiada: “não cabe à parte brigar com o todo pela coerência jurídica. O colegiado já disse que a prisão era legítima, não nos cabe mais discutir nesse caso específico do Lula “.
No seu entendimento, alguma mudança eventualmente ocorrerá só a partir de julgamento de mérito da decisão em recursos ao Superior Tribunal de Justiça ou ao STF. Com a condenação do TRF4, Mendes avalia que Lula está fora da disputa eleitoral deste ano.
“Enquanto houver vida, há esperança, mas, para mim, a inelegibilidade de Lula é aritmética: ele está condenado em segundo grau por crime contra a administração pública”, disse.
Segundo Mendes, o PT mantém viva a expectativa de candidatura do ex-presidente porque ele é um “ativo eleitoral significativo” e fundamental para as negociações eleitorais. “O PT não tem um plano B e a forma de galvanizar apoios depende da candidatura de Lula. Há um esforço para retardar o processo. A estratégia se entende, sobretudo, porque o PT está estraçalhado, mas ele não é e não será candidato”, avaliou.
Sobre a rediscussão pelo pleno do STF da manutenção da prisão após o julgamento em segunda instância, Mendes disse que não deverá ocorrer agora e que, talvez, o tema volte à pauta após o fim do mandato da ministra Cármen Lúcia, em setembro.
“Neste momento estamos nos voltando para outras questões e talvez na gestão da ministra Cármen Lúcia não se discuta mais. Não espere para agora esse debate”.
PP, DEM, PRB e Solidariedade fecham pacto para a eleição e podem apoiar Alckmin
Uma longa reunião na quarta-feira à noite selou um pacto mais do que relevante nesta fase da disputa eleitoral. Por ele, DEM, PP, Solidariedade e PRB apoiarão um mesmo candidato à Presidência da República — Geraldo Alckmin seria a opção natural.
Os presidentes dos quatro partidos chegaram à conclusão, diante de Rodrigo Maia, em cuja residência oficial ocorreu o encontro, que juntos têm força suficiente para que seus pleitos sejam atendidos.
A indicação do candidato a vice é a mais importante delas. O grupo quer também ganhar mais corpo, com a adesão do PTB e PR. Ao fecharem um acordo com essa feição, fica implícito que as candidaturas a presidente de Maia (pelo DEM) e Flávio Rocha (PRB) morreram e devem ser enterradas ao longo de junho.
Com Assessoria
Como vem acontecendo em todos os municípios do estado, o candidato da coligação A vez dos tocantinenses, Vicentinho Alves (PR), uniu adversários políticos históricos em torno de sua candidatura nas eleições suplementares também em Formoso do Araguaia.
Naquele importante município Vicentinho ganhou o reforço do prefeito Wagner da Gráfica, que vem somar com os ex prefeitos Pedro Rezende e Hermes Azevedo.
Wagner da Gráfica reforçou a admiração que tem por Vicentinho Alves. “Vicentinho tem uma longa história política, neste período trouxe importantes investimentos para Formoso do Araguaia. Acredito nesta proposta de municipalização. Estou confiante na vitória.”
Por onde passa, Vicentinho faz valer o seu espírito conciliador, unindo correntes politicas antagônicas em busca de harmonia e da estabilidade na administração pública do Tocantins.
Vicentinho comemorou com serenidade o reforço à sua candidatura. "Vivemos um momento de instabilidade política e administrativa no estado e precisamos unir todas as forças, fazer um governo de pacificação, para gerar segurança jurídica, atrair investimentos e proporcionar novos empregos aos pais e mães de família e à juventude tocantinenses ", disse Vicentinho.