O presidente do MDB tocantinense, o ex-governador Marcelo Miranda, chegou de Brasília, onde esteve reunido com membros da cúpula nacional da legenda, muito satisfeito e confiante na possibilidade da confirmação da candidatura do senador Eduardo Gomes, líder do governo de Jair Bolsonaro no Congresso Nacional, ao governo do Estado do Tocantins
Por Edson Rodrigues
Para Marcelo, o senador Eduardo Gomes reúne todos os pré-requisitos para ser o futuro governador, e está mais que preparado para encarar a missão de transformar o Tocantins em um verdadeiro canteiro de obras, gerador de emprego e renda e abrir as portas para a industrialização.
Nesta sexta-feira, Marcelo Miranda passou, logo cedo, em Paraíso do Tocantins, onde tomou um café da manhã com o ex-governador Moisés Avelino, ex-prefeito da cidade por dois mandatos e que elegeu seu sucessor, Celsinho e a maioria dos vereadores na Câmara Municipal. Na pauta do encontro, um ótimo desenvolver de ideias e sugestões sobre a sucessão estadual e os rumos do Estado para os próximos quatro anos.
Marcelo seguirá sua viagem em direção ao Norte do Estado, com previsão de almoçar em Araguaína, no domingo, de onde partirá para reuniões e visitas a amigos e correligionários, devendo retornar à Palmas até o próximo dia 30.
Depois, ele seguirá com o “pé na estrada”, rumo às Regiões Sul e Sudeste. A intenção de Marcelo é realizar esse giro pelo Estado durante todo este primeiro semestre, viajando e visitando seus amigos e companheiros do MDB e de outros partidos.
Senador Eduardo Gomes (MDB-TO)
Na primeira quinzena de maio, Marcelo já tem marcada uma audiência com o Diretório Nacional do MDB, em Brasília, quando discutirá a possibilidade de uma possível candidatura ao Senado.
O ex-governador mostra que vem mantendo a humildade que sempre pautou sua vida política e já afirmou, mais de uma vez, que se considera, hoje, apenas “um soldado do MDB, pronto para aceitar a missão que o partido ou que o povo lhe der”.
Resolução do presidente da Comissão Executiva Nacional, Bruno Araújo, foi publicada nesta sexta-feira, 23
Com Assessoria
A prefeita de Palmas Cinthia Ribeiro foi designada pelo presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo, membro da Comissão Partidária para Prévias para escolha do pré-candidato do partido à Presidência da República, nas eleições de 2022. As prévias do PSDB foram agendadas para o dia 17 de outubro próximo.
A resolução foi publicada nesta sexta-feira, 23, e Cinthia Ribeiro é a única mulher integrante desta comissão. “É uma grande honra participar desse processo democrático de escolha do pré-candidato do nosso partido. As prévias são um espaço de debate importante, que permitem que todos os grupos dentro da estrutura partidária possam competir por seu espaço político”, destacou a Prefeita.
A Comissão Partidária para Prévias do PSDB tem como coordenador o ex-senador e ex-presidente do partido José Aníbal, e como membros, além de Cinthia Ribeiro, Marco Vinholi, presidente do PSDB de São Paulo e secretário de Estado de Desenvolvimento Regional, o senador Izalci Lucas (DF), o deputado federal Lucas Redecker (RS), o deputado federal Pedro Vilela (AL) e o ex-deputado Marcos Pestana.
Alexandre Frota (PSDB-SP), Joice Hasselmann (PSL-SP) e Kim Kataguiri (DEM-SP) se uniram a PT, PSOL e outras siglas de oposição para articular pela queda do presidente
Por Agência O Globo
Rompidos com Jair Bolsonaro (sem partido) desde 2019, os deputados Alexandre Frota (PSDB-SP), Joice Hasselmann (PSL-SP) e Kim Kataguiri (DEM-SP) concordaram em unir forças com lideranças de partidos de esquerda, como PT e PSOL, pelo impeachment do presidente. A ideia é unificar os mais de 100 pedidos de afastamento numa única proposta, que deve começar a ser desenhada nos próximos dias.
O encontro virtual, realizado na tarde desta sexta-feira, foi convocado pelo Fórum dos Partidos de Oposição, organizado por PT, PCdoB, PSOL, PSB, PDT, Rede, Cidadania, PV e UP. Também participaram representantes de organizações da sociedade civil, como o Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (Conic) e a Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD).
As lideranças deixaram a reunião com a promessa de formar um grupo de trabalho na próxima semana para montar um "calendário de mobilizações" pelo impeachment. O cronograma dessa "campanha nacional pelo impeachment" deve abranger protestos virtuais enquanto durar a pandemia, divulgações de manifestos a favor da causa e pressão para que o presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL), pela abertura do processo.
Joice Hasselmann, que se afastou do presidente após ter sido vítima de uma campanha de ataques virtuais contra si, incentivada por Jair Bolsonaro e os filhos, disse que tentou focar na questão suprapartidária para que a aliança possa avançar até seu objetivo. Ela classificou a reunião como "ótima".
"Precisamos deixar nossas diferenças ideológicas para a época da eleição e trabalhar para tirar o inimigo do país do poder. Ficou marcado de fazermos juntos um manifesto e também a convocação de um ato. Claro, cada um falando com seu público, mas unificando a ideia para mobilizar o país", disse ela.
Sob ameaça da CPI da Covid, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) pretende recriar o Ministério do Planejamento e nomear para o seu comando um senador governista
Por Gustavo Uribe
Para o posto no Planejamento, são avaliados desde o início desta semana pelo Palácio do Planalto os nomes dos senadores Eduardo Gomes (MDB-TO), Jorginho Mello (PL-SC) e Davi Alcolumbre (DEM-AP).
Na semana passada, após não ter conseguido garantir maioria governista na CPI da Covid, Bolsonaro reconheceu nos bastidores deficiências na articulação política do Palácio Planalto com o Senado. A avaliação no governo é a de que foi um erro não ter contemplado o Senado nas últimas mudanças ministeriais.
Hoje, a Esplanada dos Ministérios não tem um ministro que seja senador, enquanto deputados federais comandam cinco pastas: Tereza Cristina (Agricultura), Onyx Lorenzoni (Secretaria-Geral), João Roma (Cidadania), Fábio Faria (Comunicações) e Flávia Arruda (Secretaria de Governo).
No último anúncio, Bolsonaro chegou a cogitar a nomeação para a Secretaria de Governo o nome de Eduardo Gomes, líder do governo no Congresso, mas acabou optando pela indicação da deputada federal Flávia Arruda (PL-DF), aliada do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
Diante do fracasso do governo em não conseguir nem mesmo inviabilizar uma CPI no Senado, a avaliação do presidente é que se tornou indispensável que a Casa seja contemplada com um cargo de primeiro escalão em uma nova mudança na Esplanada dos Ministérios.
A recriação do Planejamento é defendida há meses tanto por integrantes do bloco do centrão como da cúpula militar. A pasta foi incorporada à Economia por Bolsonaro —até então era um ministério à parte.
Para membros do centrão, o presidente deveria retomar o formato de governos anteriores, que tinham pelo menos dois nomes à frente da política econômica.
Assim, a orientação sobre decisões estratégicas não ficaria concentrada nas mãos de um único ministro, podendo haver um maior debate, por exemplo, sobre medidas fiscais, recursos orçamentários e investimentos públicos.
Para assessores palacianos, a rigidez no controle das contas públicas era crucial na primeira metade do mandato do presidente. Agora, porém, com a proximidade da campanha à reeleição, é necessário haver maior investimento em obras públicas.
O presidente também não considera que a recriação do Planejamento possa gerar um desgaste público devido ao aumento do número de pastas, uma vez que, com a aprovação da independência do Banco Central, o total de ministérios caiu de 23 para 22.
Em conversas reservadas, Guedes vem afirmando que não aceita que a pasta seja desmembrada. O argumento é que a fusão de ministérios reduziu gastos públicos e aumentou a eficiência dos serviços, reduzindo brigas que antes existiam, inclusive entre os ministros da área econômica.
Para integrantes do centrão e do governo, no entanto, dificilmente Guedes deixará o cargo. Eles lembram que o ministro fez ameaças semelhantes em outros momentos do governo e acabou aceitando as decisões do presidente.
Além das críticas em relação à postura de Guedes, tanto assessores como congressistas consideram que a demora do ministro em pedir um ajuste prévio na proposta orçamentária mostra que ele está sobrecarregado devido ao tamanho da Economia, que se tornou neste governo uma superpasta.
Como mostrou a Folha, apesar de dizer que o prazo para pedir ajustes na proposta orçamentária estava apertado, Guedes teve mais de dois meses para solicitar alterações entre a consolidação de dados e a votação do projeto.
No atual governo, antigos ministérios foram rebaixados para o status de secretarias para serem incorporados pela Economia, como Planejamento, Trabalho e Indústria. Ao todo, a superpasta reúne oito secretarias especiais.
Parlamentares querem beneficiar bares e restaurantes, eventos, turismo e autônomos não contemplados com o auxílio emergencial; o Ministério da Economia, no entanto, resiste a mais gastos sem limitações
Com O Estado de S. Paulo
O Senado desencadeou um movimento para aumentar a quantidade de programas fora das duas principais regras fiscais brasileiras. O Ministério da Economia resiste a mais gastos sem as limitações, mas líderes do governo prometeram uma análise sobre que outras despesas poderão receber um tratamento diferenciado para atender setores atingidos pela pandemia de covid-19.
No início da semana, o Congresso aprovou um projeto dando aval para o Executivo realizar novos gastos fora do teto de gastos (regra que atrela o crescimento das despesas à inflação) e da meta fiscal (receitas menos despesas, sem levar em conta os gastos com o pagamento da dívida) para três finalidades: combate à covid-19, Pronampe (financiamento de micro e pequenas empresas) e benefício emergencial ao emprego (BEm), que vai ser pago a quem tiver o salário e jornada reduzidos ou o contrato suspenso.
A medida foi vista como um decreto informal de calamidade pública, por reproduzir o “cheque em branco” dado ao governo em 2020. A ampliação pode levar os créditos extraordinários a R$ 125 bilhões em 2021, como mostrou o jornal O Estado de S. Paulo.
Agora, os senadores querem que mais programas também tenham recursos garantidos sem as limitações de gasto neste ano. Parlamentares discutem medidas para beneficiar especificamente bares e restaurantes, eventos, turismo e profissionais autônomos que não são contemplados com a nova rodada do auxílio emergencial.
O setor de bares e restaurantes vem pressionando o governo por medidas de socorro. Neste mês, o presidente da Associação de Bares e Restaurantes (Abrasel), Paulo Solmucci, se reuniu com o presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Economia, Paulo Guedes. “Em 27 de janeiro o presidente fez uma promessa de (resolver em) 15 dias. Já temos 80 e nada”, afirmou Solmucci. Segundo ele, a proporção de bares e restaurantes que não tem conseguido pagar salários em dia é crescente e chegou a 91% no início de abril. “O setor está morrendo, somos mortos-vivos”, disse.
Para o setor de entretenimento, o Congresso aprovou neste mês um projeto que cria o Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse), um dos mais afetados pela pandemia do novo coronavírus.
Cálculos preliminares de consultores da Câmara apontam que a proposta poderá ter impacto de até R$ 4 bilhões nas contas do governo, ampliando a necessidade de o Ministério da Economia arrumar mais espaço no Orçamento.
Reunião
O assunto foi discutido durante reunião de líderes, na manhã de ontem. “A ideia é fazer a discussão a partir da semana que vem por meio da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE)”, afirmou a líder da bancada feminina, Simone Tebet (MDB-MS), que propôs um levantamento sobre a efetividade de cada programa reivindicado pelos senadores.
O líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), afirmou que deve ser feita uma análise sobre custo e os resultados, com base no que o governo gastou em 2020. Os líderes partidários concordaram em colocar um “pé no freio” antes de aprovar uma série de projetos que aguardam na fila. “O governo sempre coloca a questão da responsabilidade fiscal ao falar da criação de auxílios.”, afirmou o líder da minoria no Senado, Jean Paul Prates (PT-RN).
O movimento é encaminhar as medidas por meio de uma proposta apresentada pelo senador Esperidião Amin (PP-SC), que retoma programas de socorro às empresas até o fim deste ano. O texto foi apresentado no Senado como maneira de pressionar o governo a tirar do papel uma nova rodada do Pronampe e da autorização para redução de jornadas e salários nas empresas, que, apesar do projeto aprovado pelo Congresso, ainda não saíram do papel. De acordo com os líderes partidários, o texto pode entrar em votação na primeira quinzena de maio, junto com um pacote de medidas econômicas no Senado.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.