Após o fim do segundo turno das eleições de 2024, e a acachapante derrota da esquerda e centro-esquerda pelo pais, se procura agora um culpado. O Partido dos Trabalhadores (PT) do presidente Luis Inácio Lula da Silva só venceu em uma capital, Fortaleza(CE)
Por Antonio Coelho de Carvalho
Os vencedores PSD sob o comando de Gilberto Kassab e o MDB de Baleia Rossi, partidos que fazem parte do Centrão. Tanto Kassab quanto Baleia têm suas bases políticas em São Paulo. Considerados partidos fisiológicos, que se unem tanto com a esquerda quanto com a direita, difíceis de se ter juízo ideológico ou comportamentais. Ao longe se observa que uma das principais característica desse grupo (Centrão) seria o viés conservador.
A vitória em São Paulo, com a eleição de Ricardo Nunes(MDB) , deu ao partido a vantagem numérica quem quantidade de eleitores. A capital segundo o IBGE conta com 11,9 milhões de habitantes é decisiva em uma eleição presidencial.
O PL de Valdemar da Costa Neto e de Jair Bolsonaro, que também é do clube do Centrão, é o vencedor em grandes cidades. Elegeu 103 prefeitos em municípios brasileiros com mais de 200 mil eleitores.
A taxa de reeleição foi de 80,5% segundo levantamento da empresa de inteligência de dados Nexus com base em informações do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ainda segundo o levantamento emendas parlamentares turbinaram reeleição de prefeitos que chegou a 64,69% em comparação as eleições anteriores, em 2020.
Nunes X Boulus
Para concorrer ao cargo, Guilherme Boulos (PSOL) contou com um “investimento” que ele nunca viu em sua carreira. Com o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o PT, a campanha dele recebeu R$ 81.212.249,00, contando o fundo partidário. A diferença é enorme em comparação a 2020, quando o orçamento foi de R$ 7,6 milhões.
Já Nunes teve R$ 51.528.765,84 para gastar durante a corrida. Em 2020, ele era vice de Bruno Covas, e a cifra chegou a R$ 19,4 milhões, à época, a mais cara campanha naquela eleição. Os dados foram fornecidos pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
PT sendo PT
Ainda de ressaca o PT foi lavar a roupa suja, em uma longa reunião fechada da Executiva do partido chegou brilhante conclusão que o mau resultado nas eleições ocorreu em razão do governo Lula não privilegiar a legenda. O partido jogou suas fichas em Boulos que nem do PT é e sim do PSOL. Os partidos do Centrão detém 11 ministérios, as culpas ficaram direcionadas aos ministros da Casa Civil, Rui Costa, e das Relações Institucionais, Alexandre Padilha.
Para não deixar o radicalismo de lado, uns já pediram a cabeça da presidente do partido deputada Gleisi Hoffmann e uma reforma ministerial para tentar salvar o restante do Lula. O que ficou demonstrando nesse processo eleitoral que acabou é certas "lideranças", caciques, mandatários ou outro nomes que se dê, estão mais preocupados em manter o discurso político do campo ideológico.
Números
A frieza dos números montara deu ao MDB ampla vantagem no ranking. O partido elegeu o maior número de prefeitos na região Nordeste do Brasil, com 280 candidatos vencedores, somando dados do primeiro e segundo turnos.
MDB: 5 capitais (14,9 milhões de habitantes)
PSD: 5 capitais (11,8 milhões de habitantes)
União: 4 (5,4 milhões de habitantes)
PL: 4 (2,6 milhões de habitantes)
PP: 2 capitais (1,7 milhão de habitantes)
Podemos: 2 capitais (763 mil habitantes)
Republicanos: 1 capital (322 mil habitantes)
PSB: 1 capital (1,4 milhão de habitantes)
PT: 1 capital (2,4 milhões de habitantes)
Avante: 1 capital (2,06 milhões de habitantes)
Parlamentos
Antes porém das próximas eleições de 2026, haverá a escolha para as presidências das mesas diretoras da Câmara federal e do Senado. O deputado Arthur Lira (PP-AL) atual presidente da Câmara tenta passar o bastão para outro membro do Centrão o comando da Casa. Já no senado, o presidente Rodrigo Pacheco (PSD-MG), manifestou interesse em relatar uma atualização do Código Penal brasileiro. “Esse é um debate que teremos que fazer”, afirmou. O senador ainda mandou seu recado que não está em seus planos ser ministro no governo Lula. Disse ainda que apóia a reeleição de Lula em 2026. Ministro só do STF.
“É óbvio que, quem é advogado como eu, alguém já disse que, se falar do Supremo Tribunal Federal, é algo que você não trabalha, mas também não recusa. As eleições das Casas será no início de fevereiro. Disse ele em entrevista ao UOL.
Câmara
Após tentativas, desistência, decepções e traições a escolha do novo presidente da Câmara caminha para escolha de Hugo Mota (Republicanos-PB) como o legitimo representante do Cntrão. Alinhado com o atual presidente Arthur Lira. Hugo Motta tem o apoio do MDB, PL, Podemos e Progressistas e ontem a federação PV/PT/PCdoB confirmou o apoio à sua candidatura.
As negociações para a desistência do deputado Elmar Nascimento, líder do União Brasil foram positivas para ele. Segundo o jornal O Globo, uma das opções para o nome do União Brasil agora é comandar a poderosa Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), comissão essa que pode influenciar nos rumos das principais votações. Há também a possibilidades para abrir duas vagas de ministros do TCU. Uma delas já é do PT, pelo apoio a Mota. No entanto, para isso seria preciso convencer os ministros Aroldo Cedraz e Augusto Nardes a anteciparem suas aposentadorias. A velha formula da política brasileira, o toma lá da cá.
Senado
Já na cúpula do Senado, também haverá menos arranjos, ate agora somente dois candidatos na disputa o favorito é o senador Davi Alcolumbre (União-AP), que já conta com o apoio de quatro partidos: PL, PP, PSB e PDT, além do União. A senadora Eliziane Gama (PSD-MA) comunicou seu partido, nesta quinta-feira (31), que é pré-candidata à presidência do Senado. O atual presidente da Casa, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), pertence à sigla. que já esta em Brasília é o presidente do PSD Gilberto Kassab que também articula nos bastidores a eleição na Câmara.
Pacote
O governo Lua se prepara para enviar ao Congresso um pacote de medidas de revisão de gastos obrigatórios. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT-SP) e a minista do Planejamento Simone Tebet (MDB-MS) são os atores da obra que incluirá pelo menos uma proposta de emenda à Constituição (PEC). A equipe econômica trabalha em um pacote de revisão de gastos com o objetivo de cortar entre R$ 30 bilhões a R$ 50 bilhões em despesas. Além de melhorar o resultado das contas públicas, o Ministério da Fazenda quer assegurar a solidez do arcabouço fiscal a partir de 2026, ano em que as despesas obrigatórias devem consumir uma parte ainda maior do Orçamento.
Não falta dinheiro à administração pública, falta gestão. Para a ministra do Planejamento , Simone Tebet, afirmou, o momento atual exige coragem para que sejam cortados gastos com políticas públicas ineficientes. Tebet disse que é preciso equilibrar as contas públicas para viabilizar programas que possam melhorar a vida dos brasileiros.
A preocupação
Os argumentos de Haddad e Tebet para convencer Lula da necessidade de cortar gastos, são os números, que não mentem. Lula o encantador de serpente, vê claramente que esse pacote de corte de gastos afetará diretamente sua popularidade. As despesas obrigatórias crescem muito além do esperado. Outros assessores tentam fazer com esses cortes em políticas públicas não trazer preocupação negativa para a população. Mas no subconsciente a preocupação é de se manter no poder a todo custo, esquecendo o principal, o bem estar do povo. Povo esse que não deixa de ser também responsável pela sua situação. O governo gosta de se fazer de vítima, a sempre procura um culpado para tudo, alem das desculpas pelo errado em não ter feito o dever de casa.
Culpado
Ainda a procura de culpados o PT usa narrativas, catáfora das mais rasas, entre ela de que a esquerda ainda não compreendeu os novos meio de se comunicar, digo as redes sociais. De que a direita usa de feke news. De a que população forme opinião pelas redes sociais e não mais pelos meios tradicionais de comunicação. Outro fator relevante é a postura das velhas lideranças partidárias vistas como ultrapassadas. Tentado manter o protagonismo político (do campo ideológico). O problema está no discurso que não convence mais a população pela falta de conexão com quem deseja empreender, e também pela falta de proposta de futuro.Espera-se que o recado das urnas com as derrotas sirvam coma aprendizado e melhoras.
Até mais
Antonio Coelho de Carvalho é Jornalista
Caiado fez as críticas mais duras, acusando o governo de usurpar a atribuição dos governadores; demais participantes elogiaram iniciativa federal, mas falaram que é preciso ir além dos temas tratados na Proposta de Emenda Constitucional
Por Paula Ferreira, Gabriel Hirabahasi, Lavínia Kaucz e Caio Spechoto
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, apresentam nesta quinta-feira, 31, a governadores a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública. A PEC é uma tentativa do governo de tentar minimizar os problemas numa das áreas pior avaliadas da gestão petista. Na reunião realizada no Palácio do Planalto, governadores que apoiam o governo e também os de oposição cobraram ações de combate à criminalidade que vão além do que está previsto na PEC.
O governador de São Paulo Tarcísio de Freitas, agradeceu o convite, disse que ainda precisará analisar a PEC, mas disse que as ações precisam ir além dela. "Talvez a PEC sozinha não tenha o condão de resolver o problema da segurança pública. Há outros problemas correlatos, e talvez nessa reunião podemos dar um primeiro grande passo, de estabelecer grupo de trabalho e formular uma série de propostas", afirmou.
Tarcísio disse que o Estado se preocupa muito com a "a transposição do ilícito nos negócios lícitos". Ele citou o setor de combustíveis, "um dos preferidos pelo crime organizado para a lavagem do dinheiro".
O governador defendeu uma coordenação melhor das informações produzidas pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) com os Grupos de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaecos) nos Estados". Às vezes falta mais acesso às informações que são produzidas", disse.
Tarcísio propôs ainda a criação de linhas de financiamento dentro do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para custear equipamentos de combate ao crime. Além disso, sugeriu a criação de um Sistema Nacional de Controle de Fronteiras.
O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, foi mais incisivo. "Isso é uma invasão de poder, usurpação de poder", disse se referindo à PEC do governo. Disse ainda que a PEC parte de uma premissa errada que vai levar a ações erradas. "Ou encaramos o assunto com a seriedade que merece. O Congresso deveria é dar mais autonomia aos estados para legislar os assuntos penais", disse Caiado. "Ou vamos enfrentar o crime para valer ou o crime vai tomar conta do País", acrescentou. E ainda avisou, por exemplo, que não vai botar câmera em policiais.
O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, também disse que os problemas de segurança vão além da PEC. Ele pediu que os gastos com segurança fique foram dos limites da Lei de Responsabilidade Fiscal. Cobrou ainda que seja aprovada legislação para impedir que o preso habitual seja solto em audiências de custódia. Segundo ele, isso tem sido cada vez mais comum.
"Eu gasto R$ 13 bilhões com segurança, R$ 8 bilhões com educação e R$ 7 bilhões com saúde. O gasto com segurança toma todo meu espaço fiscal", complementou.
Castro disse que o debate sobre a PEC da segurança pública "deveria ser um pouco ampliado por questões práticas e urgentes que precisamos tratar para hoje". Ele destacou os problemas da lavagem de dinheiro e da entrada de armas e drogas. "Precisamos urgentemente que a diplomacia brasileira faça uma conversa dura com esses países, inclusive com sanções claras".
"Hoje, 90% das armas apreendidas pela PM e Polícia Civil do Rio de Janeiro foram fabricadas nos EUA, e vendidas para Paraguai, Colômbia e Equador. Nós sabemos de onde essas armas vêm, para onde são vendidas, e nesses países elas perdem o monitoramento", afirmou. Aliado do governo, o governador do Maranhão, Carlos Brandão, elogiou a iniciativa, e afirmou que os problemas de segurança vão além da PEC. "Não podemos encerrar o debate apenas nessa PEC", comentou.
Lewandowksi questiona polícias do DF e do Rio por atuações no 8/1 e no caso Marielle
No início da reunião, o ministro da Justiça disse que a PEC não altera "em uma vírgula" as competências dos Estados e municípios em relação às polícias civis e militares e às guardas municipais. "Não estamos mexendo em uma vírgula no que diz respeito às competências dos Estados para regular suas polícias civis e militares. E também aos prefeitos, não estamos interferindo em absolutamente nada à definição e às competências das guardas municipais", disse o ministro.
Ao falar da PEC e defender a criação de uma nova polícia ostensiva federal, questionou a atuação das polícias do Rio e do Distrito Federal. Primeiro, o ministro Lewandowski disse que o homicídio da vereadora Marielle Franco (Psol) e de seu motorista, Anderson Gomes, só foi solucionado após a Polícia Federal entrar no caso. Criticou a Polícia do Rio de Janeiro por não ter resolvido o caso antes.
"Por 5 anos, me desculpe governador Cláudio Castro, a Polícia do Rio de Janeiro demorou e não elucidou (o crime). A valorosa e combativa Polícia Federal entrou com sete homens e desvendou esse lamentável crime", disse o ministro. Castro, que está presente na reunião reclamou, ao que o ministro da Justiça respondeu: "Mas não é crítica. Estamos colaborando muito proximamente".
Depois, o ministro defendeu que caso houvesse uma Polícia Ostensiva Federal no desenho previsto na PEC da segurança pública, a invasão do 8 de janeiro não aconteceria e ressaltou que a PF identificou "graves falhas" na atuação da Polícia Militar do Distrito Federal no caso.
"A Polícia Ostensiva Federal poderá, conforme se dispuser em lei, exercer policiamento ostensivo na proteção de bens, serviços e instalações federais. Presidente, se tivéssemos em 8 de janeiro de 2022 (ele quis dizer 2023) uma Polícia Ostensiva Federal, não teria ocorrido a invasão nas sedes dos Três Poderes. Nós dependemos da Polícia Militar do DF. Sem nenhuma crítica, mas a PF terminou o inquérito com relação a esse assunto e chegou à conclusão de que houve graves falhas por parte desta honrada e valorosa corporação do Distrito Federal", declarou.
A eleição para a presidência da Câmara está marcada para 1.º de fevereiro do ano que vem
Por Guilherme Caetano, Iander Porcella, Levy Teles e Victor Ohana
Os principais partidos da Câmara anunciaram nesta quarta-feira, 30, apoio à candidatura de Hugo Motta (PB), líder do Republicanos, para a sucessão de Arthur Lira (PP-AL) na presidência da Casa. O PT, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o MDB e o PL, do ex-presidente Jair Bolsonaro, confirmaram adesão ao nome de Motta, que tem o aval do próprio Lira. A federação liderada pelo PT tem 80 deputados; o PL, 92; e o MDB 45 deputados.
A eleição para a presidência da Câmara está marcada para 1.º de fevereiro do ano que vem. Os deputados Elmar Nascimento (União Brasil-BA) e Antonio Brito (PSD-BA) também disputam o posto ocupado por Lira. Os anúncios de ontem consolidam o favoritismo de Motta no pleito parlamentar.
O apoio do PL foi anunciado pelo líder do partido, deputado Altineu Cortes (RJ), em frente à sala da liderança do PT. A previsão era de que os petistas também declarassem na noite de ontem o apoio a Motta. A candidatura já recebeu o apoio do Podemos e do PP. "Eu quero formalizar o apoio do PL à candidatura do deputado Hugo Motta", declarou Altineu. "Vai ser formada uma comissão do partido com alguns deputados para levar algumas pautas importantes para o partido", emendou. "Essa comissão vai tratar disso com o deputado no próximo mês, mas o apoio do PL está formalizado", declarou.
Uma ala bolsonarista defendia uma postura mais intransigente na disputa, com uma lista de reivindicações para condicionar o apoio a determinado candidato ou até mesmo uma candidatura própria. Por outro lado, um grupo majoritário queria apoiar Motta.
O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, defendeu o apoio ao candidato de Lira. "Hugo Motta é muito equilibrado e tende a ser um bom presidente", afirmou Valdemar. Na lista dos pedidos feitos pelo PL está a exigência de que o novo presidente da Camara ponha em votação o projeto da anistia para os condenados do 8 de Janeiro. O PL também quer a vice-presidência e ampliar espaços em comissões importantes. "Tivemos uma reunião muito boa com a bancada. Agora, o pessoal só está acertando os espaços e a nossa pauta", afirmou o líder da sigla.
Anistia
A costura feita por Lira para conseguir amplo apoio ao seu nome na disputa pela sucessão desagradou a parte dos bolsonaristas. Nesta semana, Lira tirou da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) o projeto de lei que prevê anistiar os bolsonaristas condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) pelos ataques de 8 de janeiro e o transferiu a uma comissão especial - o que deve atrasar a sua tramitação. O projeto é peça-chave para a tentativa de reverter a inelegibilidade de Jair Bolsonaro.
A medida teve apoio de Valdemar Costa Neto, chefe do PL, e do próprio ex-presidente, mas desagradou a deputados federais, como Caroline de Toni (SC), presidente da CCJ, que colheria os louros por ter aprovado uma pauta de apelo para a militância bolsonarista. Os parlamentares têm relatado pressão cada vez maior do eleitorado para dar um jeito de atenuar a punição aos condenados. Algumas penas chegam a 17 anos de prisão. Deputados dizem que Lira garantiu ao PL que a comissão especial daria seu parecer ainda neste ano, mensagem reverberada pelo próprio Bolsonaro. Mas há uma descrença na bancada de que isso possa acontecer.
Conforme apurou o Estadão/Broadcast, Lula deu aval para o PT apoiar a candidatura de Motta, em um almoço no Palácio da Alvorada com a presidente da sigla, Gleisi Hoffmann, e o líder da legenda na Câmara, Odair Cunha (MG).
A corrente Construindo Um Novo Brasil (CNB), majoritária do partido, havia decidido anteontem dar o endosso ao candidato do Republicanos.
1ª secretaria
Motta ofereceu ao PT o comando da 1.ª Secretaria da Câmara na futura composição da Mesa Diretora. Hoje, os petistas ocupam a 2.ª Secretaria. Além disso, o partido negocia a indicação para uma vaga no Tribunal de Contas da União (TCU), e os cotados são Gleisi e Odair.
A bancada ainda deve realizar uma votação, mas já há maioria pró-Motta entre os deputados do partido. Com o apoio do PT, o candidato do Republicanos consolida sua candidatura contra os dois adversários, Elmar Nascimento e Antonio Brito. Motta também tem o apoio do PP, que conta com 50 parlamentares, do Podemos (14) e do próprio Republicanos (44).
"Esperamos de Hugo Motta equilíbrio e busca de consenso", disse na noite de ontem o presidente do MDB, Baleia Rossi. O partido tem 44 deputados na Câmara. O líder da legenda na Casa, Isnaldo Bulhões (AL), é próximo do colega do Republicanos e trabalhou para convencer a bancada a apoiá-lo.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Deputados Hugo Motta, Antonio Brito e Elmar Nascimento confirmam candidaturas
Com Assessoria
A pouco mais de três meses da eleição para a nova Mesa Diretora da Câmara dos Deputados, que irá comandar a Casa no biênio 2025/2026, três nomes já surgiram na disputa à Presidência da Câmara.
Nesta terça-feira (29) o presidente Arthur Lira (PP-AL) anunciou o seu apoio ao deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), que será candidato pelos partidos que compõem o bloco MDB-PSD-Republicanos-Podemos, do qual é vice-líder. Ao todo, 147 deputados integram o grupo.
Republicanos lança deputado Hugo Motta à presidência da Câmara, com o apoio de Lira
Poucas horas depois, dois outros deputados: Antonio Brito (PSD-BA) e Elmar Nascimento (União-BA), também confirmaram suas candidaturas à Presidência da Câmara.
Brito disse que busca o consenso na Casa. "Vocês me conhecem: eu dialogo com a esquerda, com a direita e com o centro. O consenso não é buscado entre os desiguais, mas buscar pautas comuns a todos que a gente possa defender e colocar em votação na Casa, com previsibilidade, e isso eu vou fazer", disse.
Antonio Brito confirma candidatura à presidência da Câmara
Já Elmar afirmou que sua candidatura "se firma na renovação e no fortalecimento da democracia, valorizando a diversidade de pensamentos". Segundo ele, seu objetivo é "permitir que surjam as melhores decisões para o País, assegurando a participação efetiva dos 513 deputados desta Casa”, afirmou.
Elmar Nascimento confirma candidatura e defende renovação da Câmara
A eleição da nova Mesa será no início de fevereiro, em data a ser confirmada. Estarão em disputa sete cargos: presidente, 1º vice-presidente, 2º vice-presidente, 1º secretário, 2º secretário, 3º secretário e 4º secretário (veja as funções de cada um no quadro abaixo).
Fonte: Agência Câmara de Notícias
Da Assessoria
Com o fim do processo eleitoral e, portanto, os prefeitos dos 139 municípios do Estado definidos, o governador Wanderlei Barbosa parabeniza os eleitos no pleito de 2024 e afirma que as portas do Palácio Araguaia estão abertas para todos os escolhidos pelo povo.
“As eleições encerraram nesse domingo, 27, com a definição da nossa capital, que pela primeira vez na história passou por um segundo turno. Por isso, gostaria de parabenizar todos os prefeitos, vice-prefeitos e vereadores eleitos e dizer que as portas do Palácio Araguaia estão abertas para todos eles, sem distinção de cor partidária. Continuaremos fazendo uma gestão republicana, respeitando o resultado das urnas e a vontade popular e buscando o melhor para os tocantinenses. Continuaremos governando para todos”, declara Wanderlei Barbosa.
O Governador fez um balanço positivo do pleito em 2024 em relação às eleições anteriores e parabenizou a Justiça Eleitoral. “O que vimos nesta eleição foi um arrefecimento dos ânimos em relação a outras eleições municipais, que são sempre calorosas pela proximidade de votantes e votados. A Justiça Eleitoral agiu rápido em todos os casos, no sentido de coibir crimes eleitorais e, mesmo quando as forças policiais precisaram ser acionadas, responderam prontamente. A velocidade da apuração em todas as cidades do Estado foi mantida e o Tocantins foi um dos primeiros estados do Brasil a conseguir apurar 100% das urnas, tanto no primeiro quanto no segundo turno, demonstrando a expertise dos servidores e a maturidade da nossa democracia”, ressalta o governador.