O Paralelo 13 vem acompanhando com “lupa” os movimentos políticos e as articulações sobre a sucessão municipal em Porto Nacional. E as notícias que vêm dos bastidores dão conta de que o prefeito, Joaquim Maia foi orientado a se aproximar do MDB para, se for necessário, filiar-se no partido do ex-governador Marcelo Miranda, com garantia total de registro de sua candidatura à reeleição
Por Edson Rodrigues
Nossas fontes asseguram que a saída de Joaquim Maia do Partido Verde – PV – é apenas uma questão de tempo e, como bom aluno político, antes de ir para a romaria do Senhor do Bomfim, o prefeito de Porto deu uma “esticadinha” até a Capital, palmas, para fazer uma visita ao presidente estadual do MDB, Marcelo Miranda, na sede do Diretório Estadual, na Avenida JK.
A questão é que, segundo fontes muito próximas, Marcelo Miranda não quer nem saber de ter seu nome citado junto com o de Carlos Amastha, muito menos estar no mesmo ambiente que o ex-prefeito de Palmas. “A questão é pessoal, de foro íntimo. Não haverá aceno, muito menos cumprimento”, nos assegurou a fonte.
Marcelo Miranda é um dos únicos líderes políticos, ao lado de Siqueira Campos, que ainda consegue transferir votos, tem a simpatia do povo tocantinense e sempre será um forte cabo eleitoral em qualquer eleição pela sua folha de serviços prestados aos Tocantins e pela forma com que faz suas campanhas, sem xingamentos, com respeito aos adversários e apresentando planos de governo. Só essas características já o colocariam em uma posição bem distante de Carlos Amastha.
“AZEDOU O CALDO”
O relacionamento entre a prefeita de Palmas, Cinthia Ribeiro e a Câmara Municipal de Palmas, conforme O Paralelo 13 já havia adiantado no mês de abril, acabou “azedando” de vez, e o céu de brigadeiro na administração municipal já não existe mais, com direito a todas as turbulências, raios e tempestades que previmos.
Entenda-se por raios, tempestades e turbulência os interesses políticos e financeiros partidários que configuram a luta pelo poder, envolvendo pessoas honestas e outras nem tanto, sérias e nem tão sérias quanto se imaginava.
Pois o “cristal” da convivência harmônica e institucional entre a prefeitura de Palmas e a Câmara Municipal trincou de forma irreparável.
METAMORFOSE
Como diz a música de Raul Seixas, haverá, dentro dos próximos oito meses, uma verdadeira “metamorfose ambulante” na política palmense, pois a estória de que durante oito meses o nobre presidente da Câmara Municipal de Palmas jamais foi recebido pela prefeita, Cinthia Ribeiro, é balela. Se fosse verdade, diz uma fonte, seria a comprovação de que ou Marilon Barbosa é fraco, sem prestígio e conivente com a situação hipotética.
Sabe-se que a família Barbosa, desde Fenelon, passando por Wanderlei, o próprio Marilon, até o deputado estadual Léo Barbosa, são pessoas íntegras, sem nenhuma mácula na história política familiar, ao mesmo tempo em que a prefeita Cinthia Ribeiro vem desempnehando um ótimo trabalho administrativo.
Logo, o fato da família Barbosa não estar sendo recebida pela prefeita é uma meia verdade, pois se a Cinthia Ribeiro não vem concedendo audiências aos vereadores, seu secretário de Governo, Carlos Braga, além de receber em sua própria residência não apenas o próprio Marilon Barbosa, atendendo a várias de suas proposituras, ainda tem visitado outros vereadores importantes em seus domicílios, já compareceu à sede do Poder Legislativo onde tratou de assuntos de interesse público e da administração.
Segundo nossa fonte, chegou a hora de tanto o Executivo quanto o Legislativo admitirem que a “farsa” chegou ao seu limite e o relacionamento entre os poderes está realmente abalado.
“A partir de agora, a ferida está exposta, mas o que temos que levar em consideração são os interesses coletivos da população de Palmas e garantir que nem o Executivo nem o Legislativo prejudiquem a sociedade palmense”, nos garantiu a fonte.
Por isso, agora, é bom o eleitor entender que em política nada é exato como na matemática. Amigos viram adversários e adversários trocam juras de amor. E as duas verdades que dominam o jogo político atual é que a prefeitura e a Câmara Municipal de Palmas não falam a mesma língua e que Marcelo Miranda jamais comporá palanque ao lado de Carlos Amastha.
“Agora é cada um por si e Deus por todos”, finalizou a sábia fonte.
Deputado colecionou discordâncias em relação aos correligionários, incluindo o Presidente da República, e não votou a reforma da Previdência
Com iG
Cabo eleitoral dos mais dedicados ao presidente Jair Bolsonaro no ano passado, o deputado Alexandre Frota, eleito por São Paulo, foi expulso do PSL nesta terça-feira. O argumento da deputada é que Frota tem demonstrado estar cada vez mais alinhado ao PSDB, postura identificada por ela nos ataques do colega a Bolsonaro e ao senador Major Olímpio , líder do partido no Senado.
Na quarta-feira passada, Frota (SP) não votou a favor da reforma da Previdência em segundo turno. A proposta foi aprovada por 370 votos a favor, 124 contra e uma abstenção. O único deputado presente que marcou abstenção foi Frota.
Filiado à sigla desde março do ano passado, Frota viveu uma “lua de mel” com os colegas antes de começar a criticar publicamente as ações do governo e a postura da bancada do PSL no Congresso. Sua chegada ao partido, por exemplo, foi precedida por um convite público de Bolsonaro, em tom de brincadeira, para que ele ocupasse um ministério.
"Olá, Frota. Parabéns, felicidades, tá ok? Se você quer me ver presidente um dia, eu quero te ver ministro da Cultura. Já imaginou?", disse o então pré-candidato à Presidência da República em um vídeo publicado pelo próprio Frota em março de 2018.
A relação com o ministro Paulo Guedes (Economia) também foi de harmonia durante a tramitação da reforma da Previdência na Câmara. Frota se empenhou para mobilizar parlamentares a favor da reforma, virar votos e tentar blindar Guedes de críticas. O comportamento dele foi elogiado pelo ministro e pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
Sem cessar fogo
As trocas públicas de afeto, no entanto, minguaram recentemente. Frota passou a criticar Bolsonaro por atitudes das quais discorda, entre elas, , a provável indicação do filho Eduardo Bolsonaro para a Embaixada do Brasil nos Estados Unidos. Sobre esse tema, ele publicou uma carta aberta direcionada ao presidente, finalizada com a frase “o Brasil está acima de tudo, inclusive dos benefícios familiares e das ambições pessoais”.
Na lista de críticas, Frota reclamou do presidente não ter apresentado recurso no processo que declarou inimputável Adélio Bispo, autor de um atentado à faca contra ele. Disse que Bolsonaro deveria dar um “esporro” no ideólogo de direita Olavo de Carvalho, guru do bolsonarismo. E se recusou a endossar as convocações para protestos favoráveis ao governo.
Há duas semanas, Frota compartilhou reportagem do jornal O Globo sobre os 102 assessores com laços familiares empregados por Bolsonaro e pelos filhos desde 1991, quando o presidente se elegeu pela primeira vez para deputado federal. No mesmo dia, disparou contra Carla Zambelli e disse que ela faz “ativismo infantil” ao criticá-lo por se aproximar do governador de São Paulo, João Doria, do PSDB.
O tom das críticas foi ainda mais contundente em relação a Major Olímpio. Frota disse que o senador instalou uma “milícia de ex-PMs” no PSL. Irritado, Olímpio foi ao Conselho de Ética do partido para reclamar de Frota. A briga resultou na articulação para que Frota seja expulso.
“Triste do governo que não tiver uma oposição forte, inteligente e responsável”
General Golbery do Couto e Silva 1911/1987
Os líderes dos partidos de oposição estão encontrando dificuldades em unir seus próprios liderados nos municípios. O maior exemplo disso está na própria Assembleia Legislativa, onde não há, sequer, discussões sobre união de siglas para fazer frente ao governo de Mauro Carlesse.
Os exemplos são claros e cristalinos: o ex-prefeito Carlos Amastha, presidente estadual do PSB, entrou com uma ação contra o congelamento das progressões do funcionalismo público, alegando a inconstitucionalidade, mas o único deputado estadual do PSB, Ricardo Ayres, discordou do próprio Amastha.
PSDB
O presidente do PSDB estadual, o ex-senador Ataídes Oliveira, também é outro que apesar de comandar uma legenda no Estado, não consegue exercê-la junto aos deputados estaduais, muito menos dos prefeitos tucanos, quase todos compondo a base de sustentação do governo de Mauro Carlesse.
Além disso, Ataídes tem um “osso atravessado na garganta”, que responde pelo nome da prefeita de Palmas, Cinthia Ribeiro, a quem tentou expulsar da legenda e teve sua vontade barrada pela cúpula nacional.
MDB
Já o MDB é outro partido que, apesar de fazer parte da história política do Tocantins, com relevantes serviços prestados na construção do Estado, com dois governadores – Moisés Avelino e Marcelo Miranda – muitos deputados estaduais e federais, ainda permanece no papel de coadjuvante, estando, hoje, na base de sustentação de Carlesse na Assembleia Legislativa e tem a maioria de seus prefeitos e um senador – afastado do cargo para homenagear o ex-governador Siqueira Campos – que, hoje, ocupa uma secretaria de governo.
No último fim de semana, o MDB realizou as conversações para a eleição do MDB Mulher e do MDB Jovem sem contar com a presença de Moisés Avelino, prefeito da maior cidade governada pelo partido no Estado, com apenas dois dos cinco deputados estaduais (Valdemar Jr. e Nilton Franco) e sem a presença do senador Eduardo Gomes, assim como de diversos outros prefeitos de cidades importantes.
Mesmo assim, em seu discurso, Marcelo Miranda foi enfático em afirmar que o MDB é oposição ao governo Carlesse, deixando no ar uma grande atmosfera de dúvida – e de divisão, novamente, no partido.
DEM
O Democratas vive um momento de conflito localizado, pois a presidente estadual da legenda, deputada federal Dorinha Seabra já declarou total apoio à candidatura de Cinthia Ribeiro à reeleição na prefeitura de Palmas, com a anuência do presidente da legenda na Capital, Lutero Fonseca.
O problema aparece no momento em que dois quadros do Dem, o deputado federal Carlos Gaguim, vice-líder do governo Bolsonaro na Câmara Federal e o governador Mauro Carlesse, que apoiam a candidatura do vice-governador, Wanderlei Barbosa à prefeitura de Palmas.
O clima, por enquanto, é estável no partido. Na semana passada, o governador Mauro Carlesse e a deputada federal Dorinha Seabra, estiveram conversando reservadamente e, segundo uma fonte, uma porta foi aberta para o diálogo, lembrando que a legenda está com sua convenção marcada para o próximo mês, para a eleição do seu Diretório Estadual, com Dorinha concorrendo á reeleição.
Como ainda falta mais de um ano para as eleições municipais, muitos capítulos ainda estão por serem escritos, entrando na história as conversações e coligações que podem mudar muita coisa.
PSD E PDT
As legendas comandadas pelos senadores Irajá Abreu e Kátia Abreu, por enquanto, seguem impassíveis. Não são nem governo nem oposição, mas os dois vêm fazendo um trabalho partidário desgarrado do governo. É claro e notório que não há espaço político para os dois senadores junto à base de apoio do governo, mas, mesmo assim, os dois não têm se furtado em trabalhar pelo Tocantins nos corredores de Brasília, devendo manter esta postura, pelo menos, até o início do ano que vem, quando devem assumir publicamente seus posicionamentos em referência ás eleições municipais.
PTB
O PTB, até sob o comando do grupo político do prefeito de Araguaína, Ronaldo Dimas, pode estar com seus dias contados.
Conforme já foi anunciado pela mídia estadual – e confirmado por nossas fontes em Brasília – estão confirmadas mudanças no comando tocantinense da legenda, que deve ficar sob o comando do presidente da Assembleia Legislativa, Toinho Andrade, ou seja, nas mãos do grupo político do governador Mauro Carlesse, atraindo a filiação de diversos pré-candidatos a prefeito e a vereador, além de abrigar a candidatura do vice-governador, Wanderlei Barbosa, á prefeitura de Palmas.
SDD
O Solidariedade deu uma “murchada” no Tocantins, sumiu da mídia mesmo tendo quatro deputados estaduais e fazer da parte da base de apoio do governo Mauro Carlesse. Apesar do seu presidente estadual, deputado Vilmar do Detran ter dado um “grito de alerta” de que o partido não tinha compromissos políticos nas eleições municipais de 2020, acredita-se que seguirá, mesmo, os ditames do governo estadual na hora de apoiar as candidaturas.
PT
O Partido dos Trabalhadores teve um revés com a eleição de Célio Moura como deputado federal, enquanto a legenda passa por um momento de adaptação com os desgastes da cúpula nacional e seu maior líder, o ex-presidente Lula, preso, sem data para deixar de ver o sol quadrado.
A legenda saiu estrategicamente dos holofotes e aguarda o momento de voltar a agitar suas bandeiras vermelhas, provavelmente no início de 2020.
PV
O presidente do Partido Verde no Tocantins, Marcelo Lélis está inelegível, mas vem “fazendo limonada do limão que o TRE lhe entregou” e virou empreendedor, inaugurando um dos melhores ambientes para se parra um fim de semana em Aldeia da Serra. Uma pousada com apartamentos com hidromassagem e restaurante de primeira classe.
Sem dúvidas, um lugar onde ele poderá refletir muito sobre seu futuro político e sobre quem o PV apoiará nas eleições de 2020 e em quais municípios irá disputar a prefeitura.
Enquanto isso, os demais partidos estão aguardando o desenrolar das coisas para definir seus posicionamentos nas eleições municipais de 2020.
FIM DAS COLIGAÇÕES PROPOCIONAIS
As eleições municipais de 2020 marcam o fim das coligações proporcionais e os partidos, seus líderes, dirigentes, deputados estaduais, federais e senadores precisarão mostrar suas forças políticas sem perda de tempo e sem desfaçatez, elegendo o maior número de vereadores, principalmente em Palmas, Araguaína, Gurupi, Porto Nacional, Paraíso do Tocantins e nos demais principais colégios eleitorais do Estado. Esse será o parâmetro usado para mostrar a força política de cada um.
CINTHIA VIRA “VIDRAÇA”
Em maio passado, O Paralelo 13 previu que a prefeita de Palmas, Cinthia Ribeiro, iria, inevitavelmente, perder a “zona de conforto” em que administrava a Capital, pois viraria “vidraça“ a partir do momento que começasse a mostrar sua força política.
O vereador Folha “jogou a primeira pedra” e a segunda acaba de ser lançada pelo vereador Milton Néris, que disse que Cinthia “fica de mimimi nas redes sociais sempre que é criticada”.
Cinthia precisa se preparar para os próximo “pedregulhos” que virão em sua direção quando o “rolo compressor” governista resolver colocar seu time em campo em benefício da pré-candidatura de Wanderlei Barbosa.
Cinthia precisa ter em mente uma estratégia que garanta uma governabilidade estável, com uma bancada de no mínimo 11 vereadores sem compromisso com sua candidatura á reeleição, ela precisa buscar um relacionamento institucional próximo da perfeição, sem melindrar ninguém e equilibrando e ponderando o uso das redes sociais, lembrando que elas foram o motivo da derrocada do ex-prefeito e que vêm se transformando no maior adversário do presidente da República Jair Bolsonaro.
Trocando em miúdos, Cinthia tem que assumir o papel de “vidraça” e agir com toda a cautela necessária para chegar “inteira” na campanha de 2020, além de ter muito cuidado na escolha do partido que irá abrigar sua candidatura, para não sofrer nenhum tipo de “fogo amigo”, pois sabe-se que o Palácio Araguaia irá jogar duro nessa sucessão municipal e uma hipotética união das oposições em torno de um nome, deixa a corrida sucessória acirradíssima.
Ganhará quem tiver o melhor time, marcar mais gols, os melhores conselheiros e os aliados com maior capacidade de transmissão de votos, coisa raríssima nos dias de hoje.
MAURO CARLESSE
O governador Mauro Carlesse vem demonstrando ser um bom jogador e articulador político. A maior demonstração disso foi o “xeque-mate” que deu no prefeito de Araguaína, Ronaldo Dimas, um de seus maiores adversários políticos, colocando o presidente da Assembleia Legislativa, Toinho Andrade, no circuito Brasília/São Paulo e garantindo o comando do PTB estadual, até então nas mãos de Dimas.
Vários líderes políticos que disputarão as eleições municipais como candidatos a prefeito, vice ou a vereador, já estavam filiados ao PTB, inclusive o candidato de Ronaldo Dimas à sua sucessão, deixando todos “amarrados” a uma liderança palaciana.
Essa jogada política foi apenas o primeiro exemplo dado pelo Palácio Araguaia de que está disposto a jogar o jogo político de igual para igual com quem quer que seja, e já prepara novas jogadas focadas, agora, na Capital, Palmas, aguardando apenas a liberação dos recursos dos empréstimos junto ao Banco do Brasil e à Caixa Econômica Federal para colocar em prática o que já é chamado internamente de “tratoraço”, segundo nos confidenciou um membro do primeiro escalão palaciano.
Traduzindo em miúdos, ou a oposição se une e trabalha junto ou não conseguirá muita coisa nas eleições de 2020.
Se a oposição conseguir essa união, a batalha será boa, pois a oposição tem bons nomes e muitos líderes com mandatos na Assembleia legislativa, no Congresso Nacional e nos municípios, o que os torna fortes e capazes de enfrentar qualquer candidato nos 139 municípios tocantinenses.
É esperar para ver no que vai dar....
Por Edson Rodrigues
Previdência já tem votos necessários no Senado
Levantamento do jorna O Estado de São Paulo mostra que 53 senadores são favoráveis às mudanças na aposentadoria; 11 condicionaram apoio à inclusão de Estados e municípios. Placar elaborado pelo Estado mostra que pelo menos 53 dos 81 senadores votarão a favor da reforma da Previdência, quatro a mais do que o mínimo necessário. Outros 13 se disseram contrários às novas regras para a aposentadoria, quatro se declararam indecisos e dez não responderam. O presidente da Casa, Davi Alcolumbre (DEM-AP), pode se abster e por isso não foi incluído no placar. O governo trabalha com 64 votos favoráveis. “O tema amadureceu na sociedade”, diz o secretário especial da Previdência, Rogério Marinho. Entre os senadores que apoiam a reforma, 11 condicionaram seus votos à inclusão de Estados e municípios, que deve ser analisada em texto paralelo. Jair Bolsonaro e o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, disseram ontem que deve ser enviada ao Congresso, nas próximas semanas, a PEC da capitalização previdenciária – espécie de poupança sustentada pelo próprio trabalhador para assegurar a aposentadoria. A proposta foi sugerida no texto da reforma apresentado pela equipe econômica em fevereiro e descartada durante discussões na Câmara.
Capitalização vai ao Congresso
O ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, disse ontem (10) que o governo vai enviar “nas próximas semanas” à Câmara dos Deputados proposta de emenda à Constituição (PEC) que institui o modelo de capitalização no sistema previdenciário. A capitalização é um sistema em que cada trabalhador tem uma conta individual de Previdência. Segundo ele, o projeto trará todo o detalhamento do modelo, que é uma espécie de poupança individual para que cada trabalhador financie a própria aposentadoria.
Previdência privada ganhará 4 milhões de participantes
Estimativa é que salto nas adesões ocorra em 5 anos. Recursos devem atingir R$ 1 tri em 2020. A aprovação da reforma da Previdência deve levar a um aumento de 25% no número de pessoas que investem em planos de aposentadoria complementar, passando dos atuais 16 milhões para 20 milhões em cinco anos, segundo estimativas da consultoria Mercer. O banco Santander prevê que o volume de recursos deve atingir R$ 1 trilhão já no ano que vem. No Brasil, a previdência complementar representa 25% do PIB do país, enquanto nos EUA chega a 76%. Para especialistas, o ideal é combinar plano privado com a Previdência pública, uma vez que o INSS tem benefícios que vão além da aposentadoria, como auxílio-doença
Congresso e STF podem afetar futuro da operação
Com a proximidade de votações no Congresso e no STF que têm impacto sobre a Lava-Jato, a operação enfrentará desafios num momento em que suas investigações avançam no Rio, e novas frentes se abrem com as delações do ex-ministro Palocci e do lobista Jorge Luz. O Conselho Nacional do Ministério Público deve julgar dois processos contra Deltan Dallagnol.
Lava Jato nas mãos de Raquel Dodge
No dia 9 de setembro expira o prazo de atuação da força-tarefa da Lava Jato, em Curitiba. Caberá à Procuradora-geral da República, Raquel Dodge, decidir se renovar a autorização para que o grupo coordenado pelo procurador do Ministério Público Federal, Deltan Dallagnol, prossiga as investigações ou dissolver a força-tarefa.
Menos de uma semana depois, no dia 14 de setembro, terminará também o mandato de Dodge à frente da PGR. A decisão sobre o futuro da Lava Jato, em Curitiba, será portanto um de seus últimos atos no cargo. Desde 2014, ano em que começou a Operação Lava Jato, a renovação da atuação da força-tarefa do MPF é feita anualmente pela PGR. Outra força-tarefa, a da Polícia Federal, em Curitiba, foi extinta em julho de 2017, durante o governo de Michel Temer.
Não se sabe ainda qual será a decisão de Dodge, ainda mais porque nas últimas semanas ela teria sido alvo de críticas e ataques por parte de Deltan Dallagnol, de acordo com supostas conversas vazadas. A procuradora-geral já garantiu que o combate à corrupção deve continuar, mas sua atuação na Lava Jato ao longo desses dois anos no na PGR tem sido bastante criticada pelos procuradores do MPF.
Futuro PGR não será alinhado com o governo, mas com o Brasil
O presidente Jair Bolsonaro declarou, neste sábado, 10, que o futuro chefe da Procuradoria-Geral da República (PGR) não será alinhado com o governo, mas com o Brasil. Ele pretende indicar o próximo titular da PGR na semana que vem. "Não é com o governo, é com o Brasil", respondeu Bolsonaro, quando questionado se o escolhido será alinhado com o governo. "É igual meus ministros; não estão alinhados comigo. Cada ministro conhece a sua pasta. Agora todos que vieram trabalhar comigo sabiam que eu era contra o Estatuto do Desarmamento, o que eu pensava de tudo, sabiam disso aí."
Ontem, em entrevista, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Jorge Oliveira, afirmou que a PGR "se apequenou" com "questão menores". Questionado sobre a declaração, Bolsonaro falou que Oliveira é seu irmão. Ele concordou com o ministro quando este disse que a escolha do PGR será a mais importante do mandato. "Lógico, é igual casamento, né?", disse Bolsonaro.
Eike Batista pe solto
A Justiça Federal concedeu um habeas corpus ao empresário Eike Batista, preso desde a última quinta-feira (8), durante a Operação Segredo de Midas. A expectativa da defesa é de que ele seja solto nesse domingo (11). A operação está relacionada à delação premiada de Eduardo Plass. O banqueiro foi alvo da operação "Hashtag" em agosto de 2018 e estaria ligado a esquema de corrupção envolvendo o ex-governador do Rio Sérgio Cabral e Eike, segundo a investigação. A decisão de Bretas indica que o Tag Bank e a empresa The adviser investments, controladas pelo colaborador, foram supostamente utilizados "para sediar as empresas fantasmas utilizadas por Eike e Luiz Arthur com a finalidade de manipular o mercado de ativos mobiliários a fim de gerar capital para sustentar o esquema criminoso de pagamento de propina da organização criminosa chefiada por Sérgio Cabral".
Alemanha suspende parte de verba que iria para a Amazônia
Embaixada diz que a decisão "reflete a grande preocupação com o aumento do desmatamento". A embaixada diz que a decisão "reflete a grande preocupação com o aumento do desmatamento na Amazônia brasileira". O bloqueio dos recursos, contudo, não atinge o Fundo Amazônia. O corte também não afetará outros projetos financiados Ministério Federal da Cooperação Econômica alemão. Segundo a Deutsche Welle, em entrevista ao jornal Tagesspiegel, Svenja Schulze, ministra do meio ambiente do país, afirma que a suspensão pode ultrapassar os R$ 150 milhões.
PSDB dá prazo até quinta para Aécio deixar sigla
O governador de São Paulo João Doria assumiu o controle do partido em maio, ao eleger seu aliado Bruno Araújo (PE) para comandar a sigla no lugar de Geraldo Alckmin. 'Ou eu ou Aécio Neves', disse o outro Bruno Covas prefeito de São Paulo (SP) ao defender expulsão de deputado mineiro do PSDB. O governador Joao Doria defende afastamento de Aécio do PSDB: “Melhor seria saída espontânea”. Tucanos de SP pressionam por saída de Aécio do PSDB e aliados de MG ameaçam retaliação. Aécio vira réu em SP por corrupção e tentativa de obstruir a Lava-Jato. Em outra empreitada Doria tenta trazer para o partido nomes como os deputados federais Tabata Amaral (SP), que pode ser expulsa do PDT por votar a favor da reforma da Previdência, Joice Hasselmann (PSL-SP). A ideia é trazer rostos novos, mudando a cara da legenda, que tem uma velha guarda atuante, como Alckmin, o senador José Serra e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
Por Edson Rodrigues
Previdência já tem votos necessários no Senado
Levantamento do jorna O Estado de São Paulo mostra que 53 senadores são favoráveis às mudanças na aposentadoria; 11 condicionaram apoio à inclusão de Estados e municípios. Placar elaborado pelo Estado mostra que pelo menos 53 dos 81 senadores votarão a favor da reforma da Previdência, quatro a mais do que o mínimo necessário. Outros 13 se disseram contrários às novas regras para a aposentadoria, quatro se declararam indecisos e dez não responderam. O presidente da Casa, Davi Alcolumbre (DEM-AP), pode se abster e por isso não foi incluído no placar. O governo trabalha com 64 votos favoráveis. “O tema amadureceu na sociedade”, diz o secretário especial da Previdência, Rogério Marinho. Entre os senadores que apoiam a reforma, 11 condicionaram seus votos à inclusão de Estados e municípios, que deve ser analisada em texto paralelo. Jair Bolsonaro e o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, disseram ontem que deve ser enviada ao Congresso, nas próximas semanas, a PEC da capitalização previdenciária – espécie de poupança sustentada pelo próprio trabalhador para assegurar a aposentadoria. A proposta foi sugerida no texto da reforma apresentado pela equipe econômica em fevereiro e descartada durante discussões na Câmara.
Capitalização vai ao Congresso
O ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, disse ontem (10) que o governo vai enviar “nas próximas semanas” à Câmara dos Deputados proposta de emenda à Constituição (PEC) que institui o modelo de capitalização no sistema previdenciário. A capitalização é um sistema em que cada trabalhador tem uma conta individual de Previdência. Segundo ele, o projeto trará todo o detalhamento do modelo, que é uma espécie de poupança individual para que cada trabalhador financie a própria aposentadoria.
Previdência privada ganhará 4 milhões de participantes
Estimativa é que salto nas adesões ocorra em 5 anos. Recursos devem atingir R$ 1 tri em 2020. A aprovação da reforma da Previdência deve levar a um aumento de 25% no número de pessoas que investem em planos de aposentadoria complementar, passando dos atuais 16 milhões para 20 milhões em cinco anos, segundo estimativas da consultoria Mercer. O banco Santander prevê que o volume de recursos deve atingir R$ 1 trilhão já no ano que vem. No Brasil, a previdência complementar representa 25% do PIB do país, enquanto nos EUA chega a 76%. Para especialistas, o ideal é combinar plano privado com a Previdência pública, uma vez que o INSS tem benefícios que vão além da aposentadoria, como auxílio-doença
Congresso e STF podem afetar futuro da operação
Com a proximidade de votações no Congresso e no STF que têm impacto sobre a Lava-Jato, a operação enfrentará desafios num momento em que suas investigações avançam no Rio, e novas frentes se abrem com as delações do ex-ministro Palocci e do lobista Jorge Luz. O Conselho Nacional do Ministério Público deve julgar dois processos contra Deltan Dallagnol.
Lava Jato nas mãos de Raquel Dodge
No dia 9 de setembro expira o prazo de atuação da força-tarefa da Lava Jato, em Curitiba. Caberá à Procuradora-geral da República, Raquel Dodge, decidir se renovar a autorização para que o grupo coordenado pelo procurador do Ministério Público Federal, Deltan Dallagnol, prossiga as investigações ou dissolver a força-tarefa.
Menos de uma semana depois, no dia 14 de setembro, terminará também o mandato de Dodge à frente da PGR. A decisão sobre o futuro da Lava Jato, em Curitiba, será portanto um de seus últimos atos no cargo. Desde 2014, ano em que começou a Operação Lava Jato, a renovação da atuação da força-tarefa do MPF é feita anualmente pela PGR. Outra força-tarefa, a da Polícia Federal, em Curitiba, foi extinta em julho de 2017, durante o governo de Michel Temer.
Não se sabe ainda qual será a decisão de Dodge, ainda mais porque nas últimas semanas ela teria sido alvo de críticas e ataques por parte de Deltan Dallagnol, de acordo com supostas conversas vazadas. A procuradora-geral já garantiu que o combate à corrupção deve continuar, mas sua atuação na Lava Jato ao longo desses dois anos no na PGR tem sido bastante criticada pelos procuradores do MPF.
Futuro PGR não será alinhado com o governo, mas com o Brasil
O presidente Jair Bolsonaro declarou, neste sábado, 10, que o futuro chefe da Procuradoria-Geral da República (PGR) não será alinhado com o governo, mas com o Brasil. Ele pretende indicar o próximo titular da PGR na semana que vem. "Não é com o governo, é com o Brasil", respondeu Bolsonaro, quando questionado se o escolhido será alinhado com o governo. "É igual meus ministros; não estão alinhados comigo. Cada ministro conhece a sua pasta. Agora todos que vieram trabalhar comigo sabiam que eu era contra o Estatuto do Desarmamento, o que eu pensava de tudo, sabiam disso aí."
Ontem, em entrevista, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Jorge Oliveira, afirmou que a PGR "se apequenou" com "questão menores". Questionado sobre a declaração, Bolsonaro falou que Oliveira é seu irmão. Ele concordou com o ministro quando este disse que a escolha do PGR será a mais importante do mandato. "Lógico, é igual casamento, né?", disse Bolsonaro.
Eike Batista pe solto
A Justiça Federal concedeu um habeas corpus ao empresário Eike Batista, preso desde a última quinta-feira (8), durante a Operação Segredo de Midas. A expectativa da defesa é de que ele seja solto nesse domingo (11). A operação está relacionada à delação premiada de Eduardo Plass. O banqueiro foi alvo da operação "Hashtag" em agosto de 2018 e estaria ligado a esquema de corrupção envolvendo o ex-governador do Rio Sérgio Cabral e Eike, segundo a investigação. A decisão de Bretas indica que o Tag Bank e a empresa The adviser investments, controladas pelo colaborador, foram supostamente utilizados "para sediar as empresas fantasmas utilizadas por Eike e Luiz Arthur com a finalidade de manipular o mercado de ativos mobiliários a fim de gerar capital para sustentar o esquema criminoso de pagamento de propina da organização criminosa chefiada por Sérgio Cabral".
Alemanha suspende parte de verba que iria para a Amazônia
Embaixada diz que a decisão "reflete a grande preocupação com o aumento do desmatamento". A embaixada diz que a decisão "reflete a grande preocupação com o aumento do desmatamento na Amazônia brasileira". O bloqueio dos recursos, contudo, não atinge o Fundo Amazônia. O corte também não afetará outros projetos financiados Ministério Federal da Cooperação Econômica alemão. Segundo a Deutsche Welle, em entrevista ao jornal Tagesspiegel, Svenja Schulze, ministra do meio ambiente do país, afirma que a suspensão pode ultrapassar os R$ 150 milhões.
PSDB dá prazo até quinta para Aécio deixar sigla
O governador de São Paulo João Doria assumiu o controle do partido em maio, ao eleger seu aliado Bruno Araújo (PE) para comandar a sigla no lugar de Geraldo Alckmin. 'Ou eu ou Aécio Neves', disse o outro Bruno Covas prefeito de São Paulo (SP) ao defender expulsão de deputado mineiro do PSDB. O governador Joao Doria defende afastamento de Aécio do PSDB: “Melhor seria saída espontânea”. Tucanos de SP pressionam por saída de Aécio do PSDB e aliados de MG ameaçam retaliação. Aécio vira réu em SP por corrupção e tentativa de obstruir a Lava-Jato. Em outra empreitada Doria tenta trazer para o partido nomes como os deputados federais Tabata Amaral (SP), que pode ser expulsa do PDT por votar a favor da reforma da Previdência, Joice Hasselmann (PSL-SP). A ideia é trazer rostos novos, mudando a cara da legenda, que tem uma velha guarda atuante, como Alckmin, o senador José Serra e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.