Nome da primeira-dama ficou entre os assuntos mais comentados no Twitter e usuários chegaram a compará-la com a anterior, Michele Bolsonaro
Com Agências
A primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, estaria exercendo funções significativas dentro do governo Luiz Inácio Lula da Silva, segundo publicado pelo Estadão neste domingo, 18. A esposa do petista, que frequentemente fala sobre "ressignificar o papel da primeira-dama", participa de reuniões com ministros, interfere nas publicidades do governo e tem até poder de veto.
Conforme a publicação, Janja determina mudanças e, se não gostar, a iniciativa não segue adiante. Um exemplo da influência da primeira-dama foi a decisão de não remunerar blogueiros alinhados ao governo, como propôs o PT.
Segundo o jornal, o ministro da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta, até pressionou, mas a decisão final foi de Janja, que vetou o pagamento. Ainda conforme o Estadão, a primeira-dama defende que a comunicação seja mais voltada para a televisão aberta.
Ao jornal, o governo negou que Janja interfira na comunicação ou na publicidade institucional. No entanto, uma fonte ouvida pelo Estadão teria dito que o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), já alertou Lula sobre a insatisfação dos companheiros. Lula teria respondido que ele não deveria repetir a crítica, caso não quisesse perder a amizade.
Uma das reclamações de aliados é de que Lula não tem o horário do almoço disponível para receber políticos, e dedica apenas os finais de semana para estar com sua base. De acordo com publicação de Lauro Jardim, em O Globo, ministros já haviam se queixado de o "horário nobre" da agenda de Lula ser ocupado por Janja.
A assessoria de Wagner negou qualquer crítica à primeira-dama. "Não há nenhum fundo de verdade nesse tipo de comentário, nesse tipo de ilação. O senador está absolutamente indignado com isso", disse.
Repercussão
Logo após a publicação da matéria do Estadão, o nome de Janja entrou na lista de assuntos mais comentados do Twitter. Usuários da plataforma chegaram a comparar a postura da atual primeira-dama com a anterior, Michele Bolsonaro.
Da Assessoria
Palmas recebeu, hoje (16), a caravana do Plano Plurianual (PPA) Participativo do Governo Federal. O encontro no Colégio Estadual Professora Elizângela Glória Cardoso contou com as presenças dos ministros da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, Márcio Macêdo da Secretaria-Geral da Presidência, da ministra de Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, do governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa, da prefeita de Palmas, Cinthia Ribeiro, entre outras autoridades estaduais e municipais e equipes técnicas da União.
Durante a plenária, houve a participação de representantes de movimentos sociais, que defenderam propostas de promoção da cidadania, da igualdade étnico-racial, inclusão feminina no mercado de trabalho, dos povos indígenas, da juventude, habitação, agricultura familiar, entre outros temas.
Todas as propostas do Estado para o PPA 2024-2027 foram colhidas nesta que é considerada pelo deputado Eduardo Mantoan (PSDB) uma importante forma de participação social na construção de um país melhor. “Os tocantinenses estão diante de uma grande oportunidade de manifestar o que acreditam ser o caminho certo para o Brasil avançar no que diz respeito às políticas públicas. Convido a todos para que possamos contar com o maior número de participantes para que o planejamento contemple todos os públicos”, ressaltou o parlamentar.
A população brasileira tem até o dia 14 de julho para participar do Plano Plurianual através da plataforma: https://brasilparticipativo.presidencia.gov.br/
De acordo com o Governo Federal, as propostas e programas mais votados serão analisados nos próximos dois meses e irão constar no Projeto de Lei encaminhado para o Congresso Nacional até 31 de agosto. O PL deverá ser votado ainda este ano para ser colocado em prática a partir de 2024.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quinta-feira, 15, em reunião com ministros que “novas ideias” estão “proibidas” e que o governo terá de cumprir o que prometeu.
Por Eduardo Rodrigues, Eduardo Gayer e Bruno Luiz
Ao abrir o encontro, o petista pediu que os ministros dissessem o que já foi feito em suas pastas, citassem dificuldades e adiantassem os próximos passos. Segundo Lula, o governo terminou a primeira etapa de reorganização das políticas públicas.
“Essa talvez seja a última reunião ordinária que eu faça antes da reunião que faremos no fim do ano. Até agora tratamos da organização dos ministérios, da briga do orçamento, tentando recuperar parte de todas as políticas públicas que tinham sido desmontadas, essa parte já está cumprida. Precisamos fazer o lançamento do Luz para Todos, que ainda vamos anunciar, e do Água para Todos”, afirmou, na abertura da reunião ministerial.
Segundo Lula, o governo irá lançar no começo de julho um novo programa de desenvolvimento. “Quando a Miriam (Belchior) falou de PAC 3 eu falei para mudar de nome, mas está difícil achar outro nome, então acho que vai ser PAC3 mesmo. É um nome que já está consolidado com a sociedade. Daqui para frente, a gente vai ser proibido de novas ideias, vamos ter que cumprir o que propusemos”, completou.
Todos os ministros foram convidados. A titular do Turismo, Daniela Carneiro, participou do encontro que deve marcar sua despedida do governo. Lula a manteve no cargo, mas aliados do petista já admitem que ela deixará a pasta. O nome do deputado Celso Sabino (União Brasil-PA) deve ser o substituto, em uma vitória do Centrão para ocupar espaço no governo.
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, não participou da reunião. Ela foi internada em São Paulo com fortes dores na coluna. De acordo com boletim médico do Incor, Marina deu entrada na segunda-feira, 12. O quadro é estável e há previsão de alta para os próximos dias. Ela foi representada pelo secretário executivo da pasta, João Paulo Capobianco.
Já o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, foi representado na reunião pelo secretário executivo da pasta, Chico Macena. Marinho está em Genebra, na Suíça, para conferência da Organização Internacional do Trabalho (OIT).
‘Divergências políticas’
Mais cedo, em entrevista a um pool de rádio de Goiás, Lula afirmou há pouco ser preciso “repartir a governança do País” após sua eleição por uma frente ampla no ano passado. “A coisa mais normal que existe na política é divergência”, disse.
“A gente repartiu a nossa vitória, temos que repartir a governança nesse país”, acrescentou. De acordo com o presidente, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, “trata todo mundo com máximo de respeito e de decência”.
O governo, porém, vive sob cerco político e virou refém do presidente da Câmara, Arthur Lira. Como mostrou o Estadão, o deputado diz que age como facilitador, mas pressiona governo por liberação de emendas e cargos. Sem maioria no Congresso e com falhas na articulação política, Lula depende do Centrão para aprovar projetos.
Na entrevista, Lula voltou a tentar serenar os ânimos do País polarizado. “Quando eleições acabam, a gente tem que governar”, declarou o presidente. O presidente voltou a atribuir a divergências ideológicas a resistência do agronegócio ao seu governo. “O problema conosco é ideológico. Não é dinheiro ou o Plano Safra”, afirmou.
Em uma live na terça-feira, Lula afirmou que “nunca teve problema” com o agronegócio. O problema pode ser ideológico. Se for ideológico, paciência, nós vamos estar em campos ideológicos diferentes”, disse.
Na entrevista desta quinta-feira, Lula ainda fez um aceno à ex-ministra da Agricultura no governo Bolsonaro Tereza Cristina (PP-GO), eleita com votação expressiva no Estado que o petista visitará amanhã. “Não conheço Tereza Cristina, mas tenho impressão de que ela é muito séria”, acenou Lula.
Ex-presidente admite a aliados ficar de fora das eleições por maioria, mesmo com pedido de vista
Por: Leonardo Cavalcanti e Gabriella Furquim
Uma semana antes de ser julgado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Jair Bolsonaro já admite a derrota a aliados. O ex-presidente prevê, ainda, tática do presidente da Corte, ministro Alexandre de Moraes, para evitar o adiamento da decisão no caso de um pedido de vista.
A correligionários, Bolsonaro revelou que acredita que Moraes pode pedir que os ministros apresentem os votos mesmo que um deles solicite mais tempo para análise do processo. Assim, mesmo com o adiamento, já haveria uma definição sobre o futuro eleitoral do ex-presidente.
Está marcado para o dia 22 o julgamento da ação movida pelo PDT que pede a inelegibilidade de Bolsonaro por ter feito ataques ao sistema eleitoral durante uma reunião com embaixadores no Palácio da Alvorada, em julho de 2022. Condenado, Bolsonaro pode ficar inelegível por oito anos - o que o deixaria de fora das duas próximas eleições presidenciais.
O julgamento de Bolsonaro foi marcado dias após a posse dos advogados André Ramos Tavares e Floriano Azevedo Marques como ministros do TSE. Ambos foram nomeados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), após aprovação de uma lista com quatro nomes pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Nos bastidores, os dois são tidos como próximos a Moraes.
Também votam os os ministros Kassio Nunes Marques, Carmén Lúcia, Benedito Gonçalves - que é o relator da ação -, Raul Araújo Filho. O primeiro, indicado ao Supremo Tribunal Federal (STF) por Bolsonaro, é cotado como um dos poucos votos contrários à inelegibilidade do ex-presidente.
Regimentalmente, o presidente do TSE pode, após a apresentação de pedido de vista, solicitar que os ministros que ainda não se manifestaram apresentem seus votos. Neste caso, pode haver a definição do placar mesmo após a interrupção após o pedido de mais tempo de análise.
A senadora Professora Dorinha Seabra (União-TO) pediu, em pronunciamento no Plenário na quarta-feira (31), a retirada da complementação da União para o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) do texto do arcabouço fiscal (PLP 93/2023).
Fonte: Agência Senado
Uma semana antes de ser julgado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Jair Bolsonaro já admite a derrota a aliados. O ex-presidente prevê, ainda, tática do presidente da Corte, ministro Alexandre de Moraes, para evitar o adiamento da decisão no caso de um pedido de vista.
A correligionários, Bolsonaro revelou que acredita que Moraes pode pedir que os ministros apresentem os votos mesmo que um deles solicite mais tempo para análise do processo. Assim, mesmo com o adiamento, já haveria uma definição sobre o futuro eleitoral do ex-presidente.
Está marcado para o dia 22 o julgamento da ação movida pelo PDT que pede a inelegibilidade de Bolsonaro por ter feito ataques ao sistema eleitoral durante uma reunião com embaixadores no Palácio da Alvorada, em julho de 2022. Condenado, Bolsonaro pode ficar inelegível por oito anos - o que o deixaria de fora das duas próximas eleições presidenciais.
O julgamento de Bolsonaro foi marcado dias após a posse dos advogados André Ramos Tavares e Floriano Azevedo Marques como ministros do TSE. Ambos foram nomeados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), após aprovação de uma lista com quatro nomes pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Nos bastidores, os dois são tidos como próximos a Moraes.
Também votam os os ministros Kassio Nunes Marques, Carmén Lúcia, Benedito Gonçalves - que é o relator da ação -, Raul Araújo Filho. O primeiro, indicado ao Supremo Tribunal Federal (STF) por Bolsonaro, é cotado como um dos poucos votos contrários à inelegibilidade do ex-presidente.
Regimentalmente, o presidente do TSE pode, após a apresentação de pedido de vista, solicitar que os ministros que ainda não se manifestaram apresentem seus votos. Neste caso, pode haver a definição do placar mesmo após a interrupção após o pedido de mais tempo de análise.
Renan Calheiros vai conduzir a investigação
Por Bruna Lima
O Conselho de Ética do Senado abriu nesta quarta-feira (14) procedimentos disciplinares contra cinco senadores. Um deles é referente ao caso do senador Chico Rodrigues (PSB-RR), flagrado com dinheiro na cueca durante uma operação da Polícia Federal em 2020.
O pedido foi protocolado pelos partidos Cidadania e Rede em 2020, mas só teve andamento no colegiado neste ano, com a normalização das atividades após a pandemia de Covid-19. As legendas pedem a cassação do mandato de Rodrigues.
Conselho de Ética vai investigar senador flagrado com dinheiro na cueca e outros 4 parlamentares
O senador diz ter tomado a atitude de esconder o dinheiro na cueca por medo. A defesa afirma que Rodrigues “está sendo linchado por ter guardado o próprio dinheiro”.
Para conduzir as investigações, foi designado o senador Renan Calheiros (MDB-AL), sorteado para os trabalhos.
Ao acolher a denúncia, o senador Jayme Campos (União-MT), presidente do conselho, alegou que a abertura não analisa o mérito do pedido, mas mostra que foram cumpridos os requisitos regimentais para dar seguimento ao processo.
Procedimentos abertos
Também foram abertos processos contra Styvenson Valentim (Podemos-RN), Jorge Kajuru (PSB-GO), Cid Gomes (PDT-CE) e Randolfe Rodrigues (sem partido-AP).
Jorge Kajuru
O senador Jorge Kajuru (PSB-GO) é alvo de dois procedimentos. Um deles foi protocolado pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), por divulgação ilegal de uma conversa com o então presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre a instalação da CPI da Covid.
O outro processo é do ex-senador Luiz Carlos do Carmo, por suposta divulgação de informações falsas que miravam gastos por parte de senadores goianos.
Randolfe Rodrigues
Llíder do governo no Congresso, o senador Randolfe Rodrigues também é alvo de uma investigação. Trata-se de um pedido feito em 2021 pelo então deputado Daniel Silveira.
Na representação, Silveira alega que o senador “desfere seríssimas palavras que podem ser interpretadas como subversivas, antidemocráticas, caluniosas, difamatórias” e que atentam contra Bolsonaro.
Silveira se refere a falas de Randolfe no escopo da CPI da Covid, ocasião em que o senador chamou Bolsonaro de “genocida”, “ladrão de vacina”e “ladrão de dinheiro”.
Cid Gomes
Já Cid Gomes será investigado por um pedido do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
Na representação, Lira alega que o senador “proferiu palavras injuriosas, ultrapassando todos os limites constitucionais destinados aos mandatários, incorrendo em flagrante quebra de decoro parlamentar e abuso de prerrogativas ao insultar, caluniar, difamar outro membro do Congresso”.
Em 2019, Gomes se referiu a Lira como “um achacador” que pratica “chantagem para criação de dificuldades para encontrar propostas de solução”.
Styvenson Valentim
O senador Styvenson Valentim é alvo de um procedimento apresentado pela ex-deputada Joice Hasselmann. Ela acusa o parlamentar de ironizar, desrespeitar mulheres e ofender a honra dela ao comentar o episódio em que a ex-deputada apareceu com diversas lesões, em 2021.
A polícia concluiu que não houve agressões, mas, à época, o senador Styvenson disse, nas redes sociais, que a deputada “apareceu com oito fraturas na cara, querendo livrar a cara do marido”. O senador também insinuou que Joice estava drogada ou tinha apanhado do marido.
Outros processos
O Conselho também arquivou seis procedimentos. A análise de uma representação contra o senador Flávio Bolsonaro — sobre lavagem de dinheiro, corrupção e associação com milícia — foi adiada.
Outra denúncia contra Flávio — por interferência em investigações do Ministério Público do Rio de Janeiro — foi arquivada. Os senadores Damares Alves (Republicanos-DF), Davi Alcolumbre (União- AP), Humberto Costa (PT-PE), Jayme Campos (União-MT), bem como o ex-senador Paulo Rocha, também tiveram os procedimentos arquivados.
Pelo regimento, os membros do Conselho têm dois dias úteis, a partir da publicação da decisão da presidência do colegiado, para entrar com recurso, que precisa ser subscrito por pelo menos cinco membros titulares.