O senador Ataídes Oliveira (PSDB) criticou na manhã desta quarta-feira, 27, o fato de o governo do Estado ter autorizado o aumento nas contas de água para o consumidor tocantinense. "Em meio a uma crise que o país atravessa e pouco depois da vigência do pacotão de aumento de impostos do próprio Estado que encareceu as taxas do IPVA e combustível, por exemplo, autorizar uma medida dessas neste momento é algo desumano e nada democrático", disse. "Este governo coloca o povo, de fato, mais perto... Ainda mais perto da crise, do arrocho e das dívidas", complementou. O reajuste nas contas de água dos 47 municípios atendidos pela Odebrecht Saneatins vale a partir de fevereiro e vai atingir aproximadamente 1 milhão de consumidores tocantinenses. São, na prática, dois aumentos: 10,67% de reposição da inflação (conforme o IPCA, que é o Índice de Preço ao Consumidor Amplo), e mais 19,46% (parcelados em três vezes de 6,48%) referentes a recuperação de investimentos feitos pela empresa no Estado. Para o senador, o governador Marcelo Miranda, na atual conjuntura, "não deveria ter proporcionado mais esse desgosto e sacrifício ao tocantinense". "A população tem que saber que o aumento só é dado se o governo do Estado autorizar, por meio da Agência Tocantinense de Regulação (ATR). A empresa pede, mas cabe à ATR, subordinada ao governador, dizer sim ou não. Faltou sensibilidade", lamentou. Ponderado, o senador admitiu até que, apesar das crise, o governo e empresa poderiam discutir reposição dos índices de inflação, mas criticou o fato de neste reajuste ter sido incluído o percentual de 19,46% a título de recuperação de investimentos. "Pelo amor de Deus, não é momento para isso. O povo vai pagar junto com a tarifa uma conta que não é sua. São quase 20% a mais por investimentos que a empresa deve mesmo fazer para melhorar o serviço que o povo já paga e se atrasar tem o fornecimento de água cortado. É difícil fazer a população consumidora compreender isso", disse. Ataídes Oliveira cobrou ainda que o governo do Estado e empresa expliquem quais foram os investimentos feitos que serão ressarcidos neste aumento. "Quais são esses investimentos? Onde foram feitos? É a melhor hora mesmo de passar essa fatura para a população pagar? O governador deve ter a responsabilidade e transparência de vir a público e explicar isso, discutir com a sociedade e deixar claro o motivo de, neste momento de crise, colocar mais essa conta para o bolso dos tocantinense", finalizou.
O que precisa mudar, ser corrigido e o que esperam os cidadãos, empresários e políticos para um ano cheio de desafios para Marcelo Miranda
Por Edson Rodrigues
O governo Marcelo Miranda parece estar muito bem-servido de “companheiros”, “amigos da onça” e “cupins”. Gatos grudados na carne que não querem largar o osso da proximidade do poder e das benesses que isso significa.
A situação traz à baila as críticas recebidas pelo governo por parte da oposição e o famoso “fogo amigo” que, ante aos olhos da sociedade, desgasta e enfraquece a imagem do governador de bom administrador e de agregador.
Enquanto até a presidente Dilma Rousseff, do alto (ou baixo) dos seus 90% de impopularidade, conta com ferrenhos defensores, pessoas que colocam suas reputações em risco para defendê-la do indefensável, Marcelo Miranda não conta com nenhum “companheiro” que saia em sua defesa.
Por mais vis e levianas que sejam as críticas, nenhum componente do governo levanta a voz para defendê-lo, deixando-o à mercê das línguas ferinas e, algumas vezes, sem nem saber de que lado vem o ataque. Não tem deputado, não tem secretário, não tem liderança política, não tem apadrinhado com coragem, com peito suficiente para entra na frente e parar as balas das críticas.
Mas, esse filme nós já assistimos antes e até escrevemos sobre ele, em um artigo intitulado “Os amigos gatos e cachorros”, em que descrevemos situação semelhante e alertamos o governador para que mantenha-se próximo dos seus verdadeiros companheiros, mas que também mantenha próximos seus inimigos, para poder, ao menos, prever seus movimentos hostis.
NOVO MODELO DE GESTÃO
As atenções de todos os tocantinenses, do mais simples cidadão ao mais bem-sucedido dos empresários, da liderança mais rasa á cúpula de todos os partidos políticos estão inteiramente voltadas para esta quarta-feira, 27 de janeiro, data em que o governador prometeu anunciar as novidades e as mudanças que complementam seu “novo modelo de gestão”, que teve o primeiro passo dado na última sexta-feira.
A parte mais aguardada por todos é o anúncio dos novos secretários e das pastas que ocuparão.
UM QUE SE SALVA
Neste ponto queremos abrir um parêntese para falar de um dos poucos secretários que honraram as responsabilidades que lhe foram auferidas e que, pelo menos, tentou fazer algo pelos cidadãos tocantinenses.
Falamos de Samuel Bonilha, atual secretário da Saúde, que mesmo com todo o fogo amigo, com as ingerências e sob o ataque constante do “vírus do HGP”, conseguiu mostrar que além de ser um homem correto, honesto e íntegro, é um ótimo gestor. Permaneceu leal ao governador Marcelo Miranda, manteve aberto o diálogo com a classe médica, com entidades classistas, buscou milhões de reais em recursos para sua Pasta em Brasília – coisa que pouquíssimos secretários fizeram até agora -, conseguiu amenizar em muito a inadimplência do Estado para com fornecedores, servidores, prestadores de serviços e outros pepinos deixados pelos governos anteriores.
O governador Marcelo Miranda e, se for o caso, o novo secretário estadual da Saúde, terão que se desdobrar para fazer, pelo menos, a metade do que Samuel Bonilha conseguiu fazer durante sua gestão sem a varinha mágica dos recursos e da autonomia.
Alerta-se ao novo secretário, se houver, que procure o quanto antes a vacina para o “vírus do HGP”, sob pena de ser acometido pelo mal de todos os males da Saúde Pública tocantinense antes mesmo de conseguir mostrar serviço.
OUTRA ÁREA COMPLICADA
Outra área em que Marcelo Miranda terá sérios problemas para conseguir um bom nome é a da Segurança Pública, onde faltam recursos para a reforma de unidades policiais, combustível e manutenção para as viaturas e até mesmo munição para os policiais.
Em 2016, Marcelo Miranda precisa mostrar que a Segurança Pública é uma de suas prioridades, dando condições para que investigações sejam realizadas do início ao fim, que as operações policiais não coloquem cidadãos inocentes em risco e que a dignidade dos nossos policiais seja resgatada.
PULSO FORTE NA ECONOMIA, PELA GOVERNABILIDADE
Outro ponto em que Marcelo Miranda terá que agir com pulso forte e mão de ferro será na economia.
Não que o Tocantins esteja assim, tão mal, mas as previsões econômicas para 2016 e 2017, para estados e municípios, alavancadas pela retração recorde no PIB e uma taxa de juros na casa dos 14,64%, somando-se ao endividamento progressivo da população, na casa dos 64%, com inadimplência crescente, será difícil o País sair do atoleiro em que o governo petista o colocou.
O Tocantins está endividado, inadimplente com fornecedores e prestadores de serviço e inicia o ano com uma greve dos servidores da Saúde, Pasta que leva 23% do Orçamento anual, mas que gasta 19% apenas com pagamento da folha, sobrando apenas 4% para serem investidos em melhorias. Ou seja, não existe matemático no mundo que faça essa conta fechar.
Isso só aumenta o crédito que deve ser dado a Samuel Bonilha por conseguir fazer tanto com tão pouco.
EDUCAÇÃO INOPERANTE
Infelizmente 2015 foi um ano para ser esquecido na área da Educação. Além da falta de planejamento para que metas fossem atingidas, o Estado deixou de arrecadar milhões de reais junto ao Tesouro federal simplesmente porque não apresentou projetos – muito menos os entregou nas datas-limite – para que as verbas fossem direcionadas.
Muito se fala em incompetência do secretário, mas acreditamos que seja pura e simples incapacidade técnica e desconhecimento dos trâmites necessários para fazer a máquina andar. Um desempenho que gerou a insatisfação popular e merecidas críticas nos deputados estaduais.
ATAÍDES PODE IMPLODIR PSDB
Enquanto o Estado procura por soluções para seus problemas, há partidos que se esmeram em criar problemas para si mesmos, como é o caso do PSDB, em que o senador Ataídes, que obteve 28.784 votos para governador do Tocantins, acaba de anunciar ao PSDB, partido do qual é o presidente estadual, que vai apoiar a candidatura de Carlos Amastha à reeleição para a prefeitura de Palmas.
A decisão de Ataídes foi ao arrepio do partido e O Paralelo 13 conversou com, pelo menos, três prefeitos que se disseram tão abalados pela forma truculenta, e fechada ao diálogo, com que o senador tomou a atitude, que pensam seriamente em deixar o partido. Os três foram unânimes em afirmar que há pelo menos outros três prefeitos dispostos a tomar a mesma atitude.
Após “perder” o apoio do PSD, com a declaração do deputado federal Irajá Abreu de que o candidato do partido à prefeitura de Palmas seria Carlos Gaguim, Carlos Amastha recebeu de braços abertos o apoio de Ataídes, que vem junto com um tempinho a mais no horário eleitoral gratuito.
Um dos prefeitos com quem O Paralelo 13 conversou, afirmou que Ataídes lhe ofereceu cargos na possível próxima administração de Amastha, na qual teria duas secretarias.
O prefeito disse que respondeu que não está a procura de cargos e que a atitude intempestiva do senador pode implodir o partido no Estado pois a tendência é uma debandada geral ocorra: “ele recebeu o partido pronto e organizado, alinhado e, com essa atitude, pode implodir uma legenda histórica para o Tocantins”, desabafou.
APESAR DE TUDO, CONQUISTAS
2015 não foi fácil para Marcelo Miranda, nem 2016 tampouco o será. Mas, mesmo assim, ainda há o que se comemorar.
Sem recursos federais carimbados, com a queda do FPM e todos os problemas herdados dos governos passados, Marcelo Miranda conseguiu proezas que garantem, para 2016, recursos na ordem de700 milhões de dólares para a recuperação de estradas vicinais, junto ao Banco Mundial.
Outra boa notícia, segundo uma fonte palaciana, é que uma comissão do CAF estará no Estado na primeira quinzena de fevereiro para dar o sinal verde à liberação de recursos para a pavimentação da rodovia que liga São Félix, Lagoa do Tocantins e Mateiros, tirando muitos produtores rurais do isolamento e consolidando a vocação turística da região, facilitando o fluxo de turistas e incentivando os investimentos da área hoteleira, que, inclusive, iniciou as tratativas para a liberação de recursos no BNDES e no Banco da Amazônia.
Paralelamente a isso, uma equipe de governo está viabilizando a aceleração das obras de ampliação do HGP e da construção dos hospitais de Gurupi e Araguaína.
Para que isso se realizasse, Marcelo Miranda teve que ser duro, mostrar pulso firme e mão de ferro, sem jamais ser truculento ou injusto.
O retorno que o governador espera com essas ações é que seus secretários se inspirem nele e cumpram suas tarefas, garimpando recursos em Brasília e saibam atrair investidores, missão a ser capitaneada pelo secretário da Indústria e Comércio, que tem o dever de honrar o legado deixado pelo saudoso Eudoro Pedrosa.
Nossos pólos multimodais estão de vento em popa, principalmente os da região central do Estado, em Porto Nacional, que já enfrentam problemas com a logística dos caminhões, numa demanda não prevista no PPA e que nem é de Palmas nem de Porto Nacional, mas de todo o Estado, o que só aumenta a urgência da construção da nova ponte sobre o Rio Tocantins, em Porto Nacional, bem como a duplicação das rodovias que ligam Palmas à Porto Nacional e à Paraíso.
O desejo de todos os tocantinenses é que em 2016 tudo isso possa se tornar realidade e que, juntos contra esses desafios, possamos oferecer um futuro melhor e mais promissor ao nosso Estado e aos nossos filhos.
Amém!
ANÁLISE POLÍTICA
Por Edson Rodrigues
Depois de um 2015 pra se esquecer, apagar da memória, as primeiras notícias de 2016 são um verdadeiro alento tanto para o povo quanto para a classe política do Tocantins.
A entrevista coletiva da última sexta-feira, no Palácio Araguaia, em que o governador Marcelo Miranda anunciou seu “novo modelo de gestão”, trouxe, além dos primeiros nomes do novo secretariado, a possibilidade de a deputada federal e primeira-dama, Dulce Miranda, assumir a secretaria de Ação Social do Estado, trazendo de volta seu carisma, sua dedicação, sua preocupação com os desassistidos e, principalmente, sua humildade, que é a marca em tudo o que faz.
Até agora, o “novo modelo de gestão” vem agradando a empresários, comerciantes, produtores rurais e à sociedade tocantinense, que aguardam por mais boas notícias na próxima quarta-feira, quando o governador deve fazer novos anúncios importantes dentro das modificações que pretende implantar no seu governo e na sua equipe de trabalho.
SINAL VERDE PARA OBRAS EM PORTO NACIONAL
Outro para quem 2016 começou em ritmo diferente é o prefeito de Porto Nacional, Otoniel Andrade, que recebeu o sinal verde da Caixa Econômica Federal para a construção da orla de Luzimangues, além substituição das pontes de madeira por unidades de concreto nas estradas vicinais, as obras de continuidade da Avenida Beira Rio, dos Portais da cidade nas estradas entre Porto e Palmas e Porto e Natividade, além de mais 800 mil reais para as obras de reforma e ampliação do Mercado Municipal. Os recursos aguardam apenas os trâmites legais para serem repassados aos cofres do município.
Esses recursos são fruto da dedicação do prefeito Otoniel Andrade, do senador Vicentinho Alves e do seu filho, deputado federal Vicentinho Jr., que não se cansam de correr os gabinetes em Brasília cobrando a liberação de recursos de emendas e convênios para a cidade.
Otoniel, inclusive, já inicia esta semana novamente em Brasília, onde tem diversas audiências em ministérios-chave para a liberação de mais recursos para Porto Nacional.
Vale lembrar que também contribuíram para os recursos já liberados e para as audiências desta semana, a senadora e ministra Kátia Abreu, do seu filho, deputado federal Irajá Abreu e do também deputado federal Carlos Gaguim.
PR DE VICENTINHO GANHA CORPO
Por falar no senador Vicentinho, ele estará em Palmas, onde recebe, em audiência, diversos deputados estaduais, prefeitos, vereadores, lideranças políticas e candidatos à eleição e à reeleição em diversos municípios do Estado. Em pauta, a filiação desses políticos ao partido do senador, que está juridicamente presente nos 139 municípios tocantinenses e terá candidaturas próprias ou em coligação com outras legendas em 57 deles.
O grande mérito do senador é estar fazendo esse trabalho agregador sem criar inimizades nem problemas com outras legendas ou lideranças, sempre pautado pela boa política, o que tem o poupado de desgastes desnecessários ou polêmicas.
PSD DEVE ENTREGAR SECRETARIAS NA CAPITAL
São fortes os rumores de que o PSD irá “apear” da prefeitura da capital, entregando as duas secretarias que estão sob o comando da legenda. A expectativa é de que o secretário de Habitação, Diogo Fernandes e o de Desenvolvimento Urbano sustentável, José Messias, que, como dia a gíria, apenas “estão” secretários, deixem o executivo da Capital onde alegam estra, há muito tempo, sem prestígio.
GAGUIM VOLTA AO PÁREO
Com o PSD saindo do governo da Capital, elevam-se as chances do deputado federal Carlos Gaguim vir a ser candidato pelo PMB, Partido da Mulher Brasileira, com o apoio do próprio PSD e da ala peemedebista comandada pela senadora e ministra Kátia Abreu e do seu filho, deputado federal Irajá Abreu, além de cerca de seis partidos.
Caso Carlos Gaguim resolva assumir o desafio, surgirá uma candidatura muito forte, capaz de atrair outras lideranças e de fazer frente às pretensões de reeleição do prefeito de Palmas, Carlos Amastha.
Vale lembrar que, conforme análises de especialistas e analistas políticos, apenas um candidatura oposicionista forte, unida e sem subdivisões será capaz de derrotar o atual prefeito.
A se confirmar a saída do PSD do governo da Capital, abrem-se possibilidades para uma união das oposições, o único temor do atual prefeito.
AMASTHA CONSEGUE VERBA FEDERAL
Falando no colombiano Carlos Amastha, ele não está apenas observando as movimentações políticas que visam às eleições de outubro próximo. Numa clara demonstração de que está no páreo e que quer mostrar serviço, o prefeito de Palmas solicitou – e foi bem sucedido em um pedido de – audiência exclusiva com o secretário-chefe da Casa Civil da presidente Dilma Rousseff, Jaques Wagner, na qual conseguiu a liberação de cerca de 70 milhões de reais em recursos para as áreas da Educação, Saúde, Esporte e Infraestrutura.
A semana começa assim. Espera-se que continuem as boas notícias para o Tocantins.
Esse é apenas o primeiro dos muitos passos a serem dados até a próxima quarta-feira. O toque do Dr. Brito Miranda pode ser sentido nas articulações que fortalecem o governo no Estado e em Brasília
Por Edson Rodrigues
Uma fonte do Palácio Araguaia acaba de nos confidenciar que o primeiro movimento do governador Marcelo Miranda dentro da filosofia de uma nova forma de gestão será trazer de volta para a secretaria de Ação Social a deputada federal e primeira-dama do Estado, Dulce Miranda.
A ação tem como mentor o grande articulador político do atual momento do governo do Estado, Dr. José Edmar de Brito Miranda que, do alto dos seus muitos anos de experiência política elegeu seu filho três vezes governador e duas vezes senador.
O movimento no “tabuleiro de xadrez” tem como objetivo trazer de volta ao Estado todo o carisma, humildade e competência de Dulce Miranda, que realizou um grande trabalho quando foi secretária de Ação Social em mandatos anteriores, com grandes ações junto às famílias carentes, com a criação de creches, lavouras comunitárias, atenção aos pioneiros mirins e à saúde infantil.
Dulce traz consigo a marca da competência, da atenção aos mais necessitados e a honestidade e correção com as coisas que faz, além de planos imediatos de criação de centros comunitários, projetos de profissionalização para os jovens e trabalhos junto com as primeiras-damas dos municípios para apoiá-las em ações de cunho social mais amplo em suas cidades.
FORTALECIMENTO EM BRASÍLIA
Com a vinda de Dulce, assume em seu lugar o suplente Freire Júnior, político de grande experiência e trânsito em Brasília, com contatos em todos os escalões, onde já foi presidente do Clube dos Congressistas e amealhou amizades duradouras, que podem render frutos interessantes para o Tocantins na hora de brigar por recursos federais e incentivos da União.
Quem assumiria, automaticamente, seria o primeiro suplente Jr. Coimbra, que abriu mão para continuar no cargo de secretário executivo do Ministério do Turismo, de onde vem carreando recursos importantes para o setor no Estado. Coimbra está no cargo por meio de indicação da cúpula nacional do PMDB, e sua escolha pela permanência em Brasília conta também como uma prova de fidelidade aos interesses do partido.
Com esse movimento, Marcelo Miranda fortalece seu posicionamento em Brasília e traz para o Tocantins um verdadeiro dínamo da ação social, criando uma nova mola propulsora em seu governo, capaz de manter a atenção e a admiração da população, enquanto se desdobra para resolver os demais problemas.
Mais um passo positivo em sua nova forma de gestão.
Da extinção de secretarias à fusão de outras e à permanência do secretário da Saúde, Samuel Bonilha, Marcelo falou de tudo, menos de Kátia Abreu
O governador Marcelo Miranda reuniu a imprensa, no fim da tarde desta quinta-feira, para anunciar o que foi considerado o primeiro passo para uma mudança radical em seu governo. De confirmações a surpresas, muito foi dito, o único assunto evitado foi a tão propalada reaproximação com a senadora e ministra Kátia Abreu.
Estiveram presentes os secretários de Comunicação, da Casa Civil e do Planejamento.
Marcelo Miranda fez uma explanação das mudanças dentro do que chamou de “novo modelo de gestão” e que acredita que ele será a garantia da recuperação da confiança da sociedade em seu governo. Das 19 secretarias existentes, restaram apenas 14, mas nada foi dito sobre a extinção de Autarquias como e Agências, como o Naturatins.
Questionado sobre a situação da Saúde em seu governo, Marcelo admitiu que o “choque de gestão” esperado para o setor acabou não acontecendo por causa das condições financeira em que encontrou os cofres do Estado, mas que acredita que com as modificações ele vai, de fato ocorrer. O secretário do Planejamento afirmou que dos 23% do orçamento garantidos para a Saúde, 19% foram gastos com pagamento de pessoal e que um enxugamento no número de servidores servirá para dar mais margem de investimentos.
Quanto à troca de secretário na Pasta, Marcelo Miranda foi enfático ao afirmar que Samuel Bonilha continua, até que ele ache oportuno anunciar outro nome. O governador foi enfático, porém, em afirmar que recursos para a área da Saúde já estão garantidos, como os 50 milhões de reais assegurados pela deputada Dorinha Seabra para a construção do Hospital de Araguaína, e verbas para a construção do hospital de Gurupi e para a ampliação do HGP. O governador garantiu que novas tratativas estão sendo feitas com as empresas responsáveis pelas obras para que elas sejam aceleradas, sem nenhum tipo de aditivo ou aumento de custos.
Quanto aos movimentos grevistas, Marcelo Miranda assegurou que não haverá qualquer tipo de negociação ou abertura à pressões de qualquer categoria. Segundo ele, “o Estado não é banco e não fabrica dinheiro. Direitos adquiridos são direitos adquiridos, mas só vamos cumprir aquilo que o orçamento nos permitir”.
O governador garantiu, também, que está descartado qualquer aumento de salário para o funcionalismo em 2016: “temos que respeitar o momento econômico delicado que o mundo atravessa, e o Brasil inteiro sofre com isso. Com o Tocantins não é diferente”, salientou.
QUARTA DE REVELAÇÕES, MARÇO DE DEFINIÇÕES
O governador anunciou que apenas na próxima quarta-feira serão anunciados os demais passos da mudança administrativa, com o início da nova filosofia de governo. Segundo ele, alguns cargos serão extintos e novos nomes para algumas Pastas anunciados, mas que será o mês de março o marco da nova forma de gestão, um conjunto de medidas que virão de encontro aos anseios da população tocantinense, dando respostas efetivas às várias demandas da população.
“Graças à Deus, o Tocantins é um dos poucos estados que não têm dívidas com a União e que manteve sua capacidade de buscar recursos externos. E é isso que faremos, com responsabilidade e sabedoria. Nosso governo não está dormindo e estamos em busca de soluções factíveis e de curto prazo para os nossos principais problemas”, afirmou.
NOVOS NOMES
O governador anunciou os nomes de Edson Ronaldo Nascimento, analista de finanças e controle da secretaria do Tesouro Nacional, que ocupava o cargo de superintendente executivo na secretaria de Fazenda de Goiás, como o novo secretário da Fazenda do Tocantins. Lívio Luciano Carneiro Queiroz é o novo secretário de Governo. Luciano é funcionário de carreira do Fisco de Goiás e irmão do publicitário Marcus Vinícius, que tem voz ativa no governo Marcelo Miranda.
Já Alexandre de Castro Silva vai para a que já está sendo chamada de “supersecretaria” de Desenvolvimento Econômico, Ciência, tecnologia, Turismo e Cultura. Alexandre é engenheiro civil.
KÁTIA ABREU: A INCÓGNITA CONTINUA
Fizemos a primeira pergunta da entrevista coletiva ao governador Marcelo Miranda e fomos logo ao que interessava: ele estava ou não em conversações com o clã dos Abreu na composição do novo secretariado e com vistas às eleições municipais de outubro próximo. O governador foi enfático ao afirmar que seu relacionamento com a senadora e ministra, assim como com seu filho Irajá Abreu continua sendo apenas “republicano” e que não havia nenhuma “conversa em andamento”.
Mas nossas fontes tanto do Palácio Araguaia quanto do Palácio do Planalto afirmaram que as conversas vêm acontecendo e que são uma realidade, estando “bem adiantadas”.
Segundo nossas fontes, apesar da discrição de Marcelo Miranda sobre o assunto, o adiamento das definições de novos nomes e de fusões e extinções de secretarias para a próxima quarta-feira estariam intimamente ligadas ao desenrolar dessas conversas, podendo surgir nomes ligados ao clã dos Abreu nas novas nomeações.
As fontes indicam que isso seria de extrema importância para o futuro do governo de Marcelo Miranda, que garantiria alianças poderosas para as eleições nos principais municípios tocantinenses e um bom relacionamento com o governo federal, além de apoio para os principais projetos agrícolas do Estado.
A verdade é que o primeiro passo para uma mudança radical nos rumos do governo Marcelo Miranda foram dados, e de maneira positiva.
O posicionamento do governador em resguardar mais informações é um dos traços da sua tradicional sobriedade e humildade na condução do governo, sempre visando o melhor para o povo e a melhor forma de gerir crises e costurar acordos políticos.
A próxima quarta-feira será importante, mas o mês de março será definitivo para selar o futuro político do Tocantins.
Confira abaixo como eram e como ficaram as secretarias do governo do Estado até este primeiro anúncio:
Quais eram as secretarias estaduais:
Secretaria da Administração (Secad)
Secretaria da Articulação Política
Secretaria da Comunicação Social (Secom)
Secretaria da Cultura (Secult)
Secretaria da Educação (Seduc)
Secretaria da Fazenda (Sefaz)
Secretaria da Infraestrutura (Seinfra)
Secretaria da Saúde (Sesau)
Secretaria da Segurança Pública (SSP)
Secretaria de Defesa e Proteção Social (Sedeps)
Secretaria de Desenvolvimento da Agricultura e Pecuária (Seagro)
Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Turismo (Sedetur)
Secretaria de Desenvolvimento Regional, Urbano e Habitação (Sedruh)
Secretaria de Representação do Estado em Brasília
Secretaria do Esporte, Lazer e Juventude (SEELJ)
Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh)
Secretaria do Planejamento e Orçamento (Seplan)
Secretaria do Trabalho e Assistência Social (Setas)
Secretaria-Geral de Governo
Como ficam provisoriamente:
Secretaria Geral de Governo e Articulação Política
Secretaria de Comunicação Social
Secretaria de Planejamento e Orçamento
Secretaria da Administração
Secretaria da Fazenda
Secretaria da Educação, Juventude e Esportes
Secretaria da Saúde
Secretaria de Cidadania e Justiça
Secretaria do Trabalho e Assistência Social
Secretaria da Segurança Pública
Secretaria do Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia, Turismo e Cultura
Secretaria da Agricultura e Pecuária
Secretaria da Infraestrutura, Habitação e Serviços Públicos
Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos