Mesmo representando grupos diferentes, senadores tocantinenses têm tudo para atuar como protagonistas das eleições municipais

 

Por Edson Rodrigues

A demarcação de território para os dois senadores tocantinenses com a chegada do PMDB à presidência da república em maio torna-se inevitável. Vicentinho Alves, homem de confiança do presidente do Senado, Renan Calheiros e primeiro secretário da Mesa Diretora da Casa mantém-se no cargo como fiel escudeiro e homem importante na aprovação de Leis e ações do governo.  Já Kátia Abreu, a ministra mais bem avaliada do governo Dilma Rousseff, não tem “telhado de vidro” e deve recuperar-se a longo prazo do desgaste por ter se mantido ao lado da sua amiga presidente até o último momento, principalmente por ter colocado à prova toda a sua lealdade.

 

KÁTIA ABREU

KÁTIA ABREU E IRAJÁ; VICENTINHO, VICENTINHO JR.,: JUNTOS SÃO MAIS FORTES

 

Os que pensaram que Kátia Abreu estaria morta, politicamente, por seu posicionamento, fizeram uma leitura errada, pois deixaram de levar em consideração que a senadora e ministra tem uma garra extraordinária, é guerreira, gosta de desafios e ainda tem mais de seis anos e meio de mandato como senadora.

O momento de Kátia, agora é de se integrar com suas bases eleitorais nos municípios, buscar uma aproximação ainda maior com o eleitorado, tendo como condutor seu filho, Irajá Abreu que vem trabalhando muito bem nesses alicerces eleitorais, via presidência do PSD no Estado, que agregou bons nomes nos principais municípios, com chances reais de eleição ou reeleição, aproveitando-se de maneira correta da janela para as filiações e trocas de partido.

VICENTINHO ALVES

Já o senador Vicentinho Alves vem traçando uma caminhada similar à da senadora Kátia Abreu, pois tem no seu filho, deputado federal Vicentinho Júnior seu articulador junto ás bases nos municípios tocantinenses, com a diferença que vem sendo a “tábua de salvação” de muitos prefeitos, vereadores e candidatos, conseguindo liberação de verbas e articulando candidaturas, com mais de 80 realizações em sua conta, tendo Porto Nacional, sua terra natal como maior exemplo, transformada em um verdadeiro canteiro de obras, com mais de 10 bairros asfaltados, construção de calçadão, meio-fio, iluminação pública, internet gratuita em todo o município, doação de área pública para instalação de indústrias mecânicas, pré-moldados, serralherias, confecções e serrarias, reunindo mais de 200 empreendimentos, com financiamentos do Basa, banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, além de recuperação das estradas vicinais e construção de pontes de concreto.

 

Vicentinho pai e Vicentinho filho juntaram-se, de maneira inteligente, com o prefeito Otoniel Andrade, em uma parceria muito importante para Porto Nacional, que resultou, principalmente, na construção de escolas de tempo integral, tão importantes para os trabalhadores, pois suprem as necessidades não só de educação, mas de onde poder deixar as crianças durante o trabalho, deixando no eleitorado a boa impressão de que estão fazendo tudo o que podem por sua cidade e pelo seu Estado.

 

UNIÃO É QUESTÃO DE TEMPO

A união entre Kátia Abreu e Vicentinho Alves é uma questão de tempo, pois já perceberam que unidos poderão eleger dezenas de companheiros em diversos municípios tocantinenses, principalmente em Palmas, centrando suas atuações em torno do nome do ex-governador e atual deputado federal Carlos Gaguim, que aparece em boa conta junto ao funcionalismo público estadual.

A união dos três pode criar uma nova e poderosa força política em todo o Estado e acelerar a recuperação e consolidação política dos senadores.

 

MARCELO MIRANDA

 MICHEL TEMER E MARCELO MIRANDA: NOVAS ESTRADAS

O governador Marcelo Miranda, a partir de maio, com a provável posse de Michel Temer na presidência da república, de preterido a preferido do Palácio do Planalto.  Colocado no congelador pelo PT da presidente Dilma, do mensalão e do petróleo, viu seus principais articuladores em Brasília, as deputadas Dulce Miranda e Josi Nunes, sofrerem do mesmo mal.

Com a posse de Temer, Marcelo assume o lugar antes ocupado pela senadora Kátia Abreu e pelo senador Vicentinho Alves, juntamente com seus filhos.

Queiram ou não, Marcelo ganham mais oxigênio em Brasília e passa a transitar com mais desenvoltura nos ministérios, o que pode significar mais recursos para áreas importantes como a Saúde Pública, a Educação e a Segurança, que se encontravam na UTI.

Temer na presidência significa maior facilidade na alocação de milhões e milhões de reais em recursos para a pavimentação de rodovias, recuperação de estradas vicinais, revitalização dos projetos Rio Formoso e São João, construção da nova ponte sobre o Rio Tocantins em Porto Nacional e diversas outras obras importantes, além da chance crucial de respaldar a recuperação de várias administrações municipais, recuperando a popularidade de prefeitos e vereadores.

Essa nova posição, coloca Marcelo Miranda no patamar de um dos principais cabos eleitorais em agosto, quando inicia-se o processo sucessório nos municípios, principalmente na Capital, palmas, local onde o governador já estuda o apadrinhamento de uma candidatura.

As eleições municipais serão uma espécie de termômetro das forças políticas estaduais para a próxima eleição ao governo do Estado e, com o andar sinuoso da carruagem, a cada momento que se olha, o quadro eleitoral é um.  A cada modificação, um novo mapa político se desenha e, a cada novo mapa, uma nova estrada se constrói rumo à retomada do desenvolvimento do Tocantins.

Que essa estrada deixe para trás os políticos que têm a cara de pau de admitir que atuam e que estão na política por seus filhos, por suas esposas por suas sogras, por suas amantes, por seus times, por tudo, menos pelos eleitores que os elegeram.

Que essa nova estrada relegue a velha política à poeira do passado!

Posted On Sábado, 23 Abril 2016 23:34 Escrito por

Operação Lava Jato mostra aos que se locupletam do dinheiro público, que o início do fim da impunidade já começou

 

Por Edson Rodrigues

É de se louvar o excelente trabalho de combate à corrupção realizado pelo Ministério Público Federal, Ministério Público Estadual, pela implacável e combatente Polícia Federal e pela Justiça Federal, que ora concentram suas miras nos contratos da secretaria da Saúde do Tocantins.

Estamos falando a Operação pronto Socorro, deflagrada em dezembro de 2014, com a prisão da cúpula da secretaria estadual da Saúde ainda na sua primeira fase e, nos moldes da Operação Lava Jato, inicia uma nova fase, com ações do Ministério Público Federal, da Polícia Federal e do DENASUS.  Uma fase bem mais abrangente, pautada pelas apreensões nas sedes das empresas envolvidas, nas residências de seus proprietários e contadores, com quebra de sigilos bancários, bloqueios de bens e contas do envolvidos. Segundo as investigações, as empresas envolvidas teriam arrecadado mais de 132 milhões de reais, somente entre os anos de 2012 e 2014.

 

A “FONTE 00”

Segundo os investigadores, esses recursos estão ligados apenas a repasse federais, as chamadas “verbas carimbadas”.  Se a mesma metodologia de corrupção foi aplicada sobre recursos próprio estaduais, a chamada “fonte 00”, ainda não se sabe, pois nem a Assembleia Legislativa nem o Tribunal de Contas do Estado não se dispuseram a abrir, de forma independente, uma tomada de preços.

É a hora do governo do estado mostrar que não está omisso nem conivente e, via procuradoria do Estado e Corregedoria estadual, empreender esforços, como uma auditoria – feita por empresa idônea e, de preferência, de fora do Estado – para apurar se houve superfaturamento ou dolo nas fontes de recursos da Saúde.

 

OPERAÇÃO DA PF NA SEPLAN

Outra novidade nesta segunda fase da Operação pronto Socorro é que além dos 11 mandados de busca e apreensão – dez na Capital e um em Divinópolis, a 125 Km de Palmas – foi o recolhimento de documentos na SEPLAN (secretaria estadual de Planejamento), justamente no departamento de licitações, o que possibilitou a quebra dos sigilos bancários das empresas, de seus proprietários e dos “operadores” do suposto esquema, o que vai possibilitar um rastreamento das transações que envolveram os contratos sob investigação e, sem sombra de dúvidas, trará muitas surpresas à tona.

O raciocínio é simples:  a Polícia Federal e o Ministério Público Federal – e até o povo brasileiro e tocantinense – já sabem que não há corrupto sem que haja um corruptor.  Ou seja, em se chegando ás empresas que participam do esquema, bloqueia-se a principal veia da corrupção.

O bloqueio de bens das empresas, dos seus proprietários, diretores e hipotéticos “laranjas” é o primeiro passo para que se chegue aos recursos desviados da Saúde do nosso Estado.  O próximo passo seria a cadeia para esses agentes do mal.

Porém, em conversa reservada com um dos membros da equipe investigativa, o caminho mais provável a ser tomado nessa ação é estimular a delação premiada, o que pode livrar muita gente da cadeia, da depressão, do desgaste emocional e da vergonha e humilhação de suas famílias, mas nunca do conhecimento público dos atos vis que praticaram.

Para este experiente profissional, assim que a Polícia Federal fechar o cerco e os envolvidos sentirem a proximidade da corda em seus pescoços, não haverá outra saída – nem a do aeroporto – já que bens e contas bancárias estarão bloqueadas.

SIQUEIRA CAMPOS

O ex-governador Siqueira campos é um desbravador, conquistador, visionário realizador e um dos poucos Estadistas – na acepção da palavra – da política Brasileira.  Um homem que criou um Estado, instituiu todos os Poderes, construiu uma das Capitais mais bonitas e pujantes do Brasil, foi eleito governador pelo voto direto por quatro mandatos, não enriqueceu e vive de sua aposentadoria como deputado federal por cinco mandatos e tem todas as suas contas, de todos os seus mandatos, aprovadas pelo TCE.

Acreditamos na seriedade e na imparcialidade das investigações do Ministério Público Federal, da Polícia Federal e da Justiça Federal, que bloquearam as contas de todos os envolvidos na Operação pronto Socorro.

A inclusão de Siqueira Campos entre os envolvidos se dá apenas e simplesmente por ele ter sido o governador do Estado na época em que as fraudes aconteceram.  Até agora, a hipótese mais provável é que alguém de sua inteira confiança tenha lhe apresentado algum documento de ordem de serviço ou de dispensa de licitação para que assinasse, sem a devida ciência da intenção do documento.

Não acreditamos que Siqueira Campos tenha arquitetado, executado ou, sequer, participado de tal barbaridade contra o povo que ele tanto ama.

Queremos deixar bem claro que, como jornalista e veículo de comunicação, já tivemos diversos embates jurídicos com o ex-governador, ocasiões em que tivemos como defensores os competentíssimos juristas Epitácio Brandão, Hercílio Bezerra e Hélio Miranda, nos quais, graças a Deus, saímos vitoriosos, mas, jamais, em momento algum, fomos humilhados, mal tratados ou sequer destratados.

Ressalte-se que Siqueira Campos criou uma Capital com centenas de milhares de lotes, muitos deles em áreas privilegiadas, como as Avenidas JK e Teothônio Segurado e que nem ele nem nenhum dos seus parentes ou amigos se beneficiou com qualquer lote que seja.

Siqueira Campos sempre gostou do exercício do poder, mas nunca foi um homem apegado a bens materiais.  Seu maior patrimônio é o seu passado de lutas e conquistas, que pode ser facilmente comparado com o de outros estadistas como Tancredo Neves, que foi senador eleito, governador de Minas Gerais e presidente da República; Ulysses Guimarães, deputado federal e presidente do PMDB por mais de 40 anos; JK, que criou e instalou a Capital Federal no meio do cerrado; Pedro Ludovico Teixeira, que criou e instalou a capital de Goiás.  Todos deixaram como legado as benfeitorias e a preocupação com a população de seus estados.

Nenhum desses grandes homens deu o prazer aos seus adversários políticos de os chamarem sequer de desonestos, muito menos de corruptos.

 

TEMPO, O SENHOR DA RAZÃO

O veredito final da valiosa operação Pronto Socorro trará aos olhos da sociedade tocantinense o “chefão” ou os chefões da máfia de corruptos que surrupiou os cofres da Saúde tocantinense, colocando em risco a vida de milhares e milhares de pessoas que não têm outro recurso, senão a Saúde Pública, quando, efetivamente, não levou embora entes queridos de muitas famílias.

Temos, apenas, que parabenizar o Ministério Público Federal, a Polícia Federal e a Justiça Federal por esse trabalho tão importante de combate à corrupção na Saúde do nosso Estado.

Outros capítulos, ou fases, dessa operação, ainda virão, trazendo à tona o nome do “grande chefe” e dos gafanhotos – e realizando a prisão dos mesmos – quetiraram recursos, vidas e a saúde de milhares de pessoas, pois quem interfere na qualidade do atendimento médico, interfere não só com o bolso, mas com a vida doas cidadãos e merece muito mais que a simples punição da Justiça.  Esses irão se haver diretamente com Deus, quando chegarem as suas horas.

Nessa operação, o tempo será o senhor da razão.  Por outro lado, podemos dizer que o tempo também será o fiel da balança da Justiça já que, quando aplicado como remédio, é o pior deles, pois sempre mata o paciente no fim.

O certo é que além das novas prisões que podem acontecer nessa segunda fase, muitas surpresas podem acontecer, com muito “peixe grande” caindo na rede.

Que quem brincou com a saúde do povo, tenha no tempo sua única esperança....

 

Posted On Sexta, 22 Abril 2016 15:51 Escrito por

Com palavras como “fascista” e “traidoras”, documento do PT ofende deputadas Dulce Miranda e Josi Nunes e enfurece família Miranda

 

Por Edson Rodrigues

 

A nota publicada na imprensa tocantinense, assinada pelo presidente do PT estadual, Júlio César Ramos Brasil, trazendo duras críticas às duas deputadas federais do PMDB, Josi Nunes e Dulce Miranda, onde se diz traído pelas duas representantes do PMDB na Câmara Federal, traz indício claros de que o PT estadual pretende desembarcar do governo Marcelo Miranda.

A nota chama as “nobres deputadas” de “traidoras que preferiram abraçar o golpe” e, em outro momento é ainda mais contundente, associando a imagem das duas deputadas à palavras como “fascistas, conservadoras e hipócritas, que usaram o nome de Deus e de suas famílias para cravar um punhal e ferir de morte a democracia”.

Um membro do núcleo duro do PMDB palaciano afirmou, ressaltando não estar falando em nome do partido, mas como membro do partido, que seria “uma grande demonstração de caráter e vergonha, e um favor, que o presidente do PT estadual tivesse a iniciativa de solicitar aos seus companheiros que entreguem os cargos que ocupam no governo Marcelo Miranda “o mais breve possível”.

“Os incomodados que se mudem, mas aconselhamos que antes que se retirem das pastas que ocupam, façam uma prestação de contas do que fizeram pelo Tocantins, o que trouxeram de verbas do governo federal – não vale verba carimbada nem obrigatória.  Até agora estão todos em silêncio”, continua exaltado.

Segundo esse membro do PMDB, o silêncio dos petistas, Paulo Mourão, Amália Santana, Zé Roberto e do Senador Donizete Nogueira, é um sinal de que a nota teve a aquiescência e aprovação de todos eles: “isso é muito bom, pois cumpriremos com tranquilidade a orientação do PMDB nacional de exterminar do governo estadual todo e qualquer resquício de PT”, completa.

Os petistas, talvez, apostem no fato de o governador Marcelo Miranda sempre ter sido uma pessoa humilde e de bom coração, mas, ao que parece, não será o caso desta vez.  Afinal, uma das atacadas na nota, além de deputada federal é sua esposa, primeira-dama do estado e mãe de seus filhos, Dona Dulce Miranda.  A mesma pessoa que, ao ver e ouvir o deputado federal Vicentinho Jr. atacar o seu marido nos 15 segundos que tinha para dar o seu voto – contrário – ao prosseguimento do impeachment, quase foi às vias de fato com o parlamentar, sendo contida pelo deputado federal Carlos Gaguim.

 

RESPOSTA DURA E DURADOURA

Esse mesmo membro do primeiro escalão do governo Marcelo Miranda completa suas informações, afirmando que “ as deputadas Dulce Miranda e Josi Nunes, e o governador Marcelo Miranda sempre foram preteridos pelo Palácio do Planalto, pela presidente Dilma Rousseff e pelos seus ministros. As duas parlamentares, inclusive, nunca conseguiram liberar nenhum recurso, nem mesmo carimbado, em seus nomes, ao contrário do que aconteceu com a senadora Kátia Abreu que sempre teve as portas abertas dos cofres federais e que, agora, vai morrer afogada, abraçada ao PT”, concluiu.

O PMDB do Tocantins, na figura do seu presidente, Derval de Paiva, ressalta que foi o primeiro diretório estadual da Região Norte do e o segundo do Brasil a defender o rompimento do partido com o PT do ex-presidente Lula e da presidente Dilma Rousseff.

Mais incisivamente, defendeu o desembarque do governo e a entrega dos cargos em Brasília e nos Estados.

O PMDB do Tocantins sempre foi transparentes quanto ao posicionamento pró impeachment e as deputadas Dulce Miranda e Josi Nunes, que são mães, devem ter pensado, mais que na unidade de ações do partido, no futuro de seus filhose dos filhos de todas as famílias tocantinenses e brasileiras, escolhendo votar a favor da continuidade do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, para pôr fim a esse governo que institucionalizou a própria corrupção, provocando a maior recessão econômica de todos os tempos, o empobrecimento das famílias brasileiras, mais de nove milhões de desempregados e os maiores índices de inadimplência da história.

Mesmo assim, os membros do PT tocantinense, que não merecem ter seus nomes divulgados, insistiram no apoio a esse governo corrupto e, mais ainda, publicam nota de repúdio, com palavras impróprias de serem associadas ás duas parlamentares do PMDB do Tocantins que, assim como milhões e milhões de brasileiras, são mães e querem o melhor para o futuro do Tocantins e do Brasil.

Confira, abaixo, a nota publicada pelo PT do Tocantins:

“O Partido dos Trabalhadores do Tocantins vê com tristeza e preocupação, o avanço do golpe.  O dia 17 de abril de 2016 está marcado como o dia em que corruptos tentaram manchar a história de uma presidenta honesta, credenciada por 54 milhões de brasileiros, para dar continuidade a um projeto de governo que se difere pelo respeito a todos e todas.

Os fascistas, conservadores e hipócritas utilizaram o nome de Deus e de suas famílias para cravar um punhal e ferir de morte a democracia brasileira. Ironicamente, diziam “Tchau Querida”, se referindo a democracia, a liberdade, a ética e a vontade do povo, demonstrada nas urnas. 

Porém convém relembrar que a luta e a caminhada não acabaram. Agora, mais do que nunca, haverá mais luta e resistência ao avanço do conservadorismo e da Direita Fascista. A Batalha agora será no Senado e no STF.

Ser militante em um momento difícil como este não é fácil, pois somos colocados a prova a cada minuto.  Mas sabemos que a Luta nunca foi mais fácil para os companheiros do passado, e eles a fizeram e escreveram capítulos de muita honra e muito orgulho.  Cabe a nós e a nossa geração fazer a resistência e o enfrentamento do agora.  Resistir, enfrentar e avançar.  Este será o nosso mantra.  Ontem o mal saiu vencedor, mas não prevalecerá.  Agora, mais do que antes, é preciso estarmos unidos e mobilizados, pois a Luta Continua!

 

Estamos igualmente entristecidos e decepcionados pela maneira como o PMDB do Tocantins se portou na Câmara: Como verdadeiro oportunista e aproveitador.  Nós do Partido dos Trabalhadores do Tocantins, nos sentimos traídos pelos votos das deputadas Dulce Miranda e Josi Nunes, que preferiram abraçar o golpe, ao invés de ficar do lado do povo e da democracia.

Reafirmamos que o PT do Tocantins participa do governo do Estado, porque ajudou a elegê-lo.  Sem nós, Marcelo Miranda não teria ganhado as eleições. Não estamos neste governo de favor.

Ressaltamos também, o apoio integral que a bancada do PT na Assembleia Legislativa do Estado deu ao Governo até aqui. Porém, iniciamos ainda hoje um debate com nosso partido para discutir a nossa permanência ou não, neste governo.

A luta continua. Vamos lutar até depois do fim. Pois, lutamos “pelo justo, pelo bom e pelo melhor do mundo” (Olga Benário Prestes).”

 

Júlio César Brasil

Presidente Estadual do PT-TO

 

COLIGAÇÕES PODEM SER PROIBIDAS

Após tomar conhecimento do teor da nota, segundo um membro da cúpula do PMDB do Tocantins, o partido está ultimando os preparativos de uma reunião em que deve ser baixada uma normativa orientando os diretórios municipais do partido nos municípios tocantinenses a não firmarem coligações com o PT.

Essa é uma resposta rápida e contundente ao que foi considerado uma afronta direta à honra e ao respeito merecidos pelos parlamentares do PMDB do Tocantins.

Como dissemos no artigo anterior, os efeitos da votação que selou a continuidade do processo de impeachment da presidente Dilma ainda terão muitos desdobramentos no Tocantins.

Aguardem as cenas dos próximos capítulos....

 

Posted On Quarta, 20 Abril 2016 14:17 Escrito por

Por Edson Rodrigues

 

Como dizia o saudoso Tancredo Neves, “política é como as nuvens, que mudam constantemente sua configuração no céu”. Assim se sucedeu no domingo histórico de votação da continuidade do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, com o placar de 367 votos em favor do Brasil e 137 em favor do PT.

Os maiores derrotados pela votação, na verdade, foram aqueles que firmaram pé e insistiram em apoiar a presidente.  No Brasil, os grandes perdedores foram o ex-presidente Lula e o seu PT.

Já no Tocantins, quem mais perde é Kátia Abreu, senadora e até hoje ministra da Agricultura e, por sorte, tem seus dois grandes inimigos na berlinda: o PT pode ter seu registro de partido político cassado e sua maior estrela – com o perdão do trocadilho – o ex-presidente Lula, desafeto venal da tocantinense, dificilmente escapará das garras da Polícia Federal nas águas da operação Lava Jato.

Kátia, que não tem telhado de vidro, terá que mudar o tamanho de seu calçado e descer do salto alto para redesenhar sua vida política.  Sua permanência ao lado da presidente da República, mesmo que por amizade pessoal, começa a ter reflexos em outras áreas, como na Confederação Nacional da Agricultura, entidade que preside pelo segundo mandato, que havia fechado questão em favor do impeachment e se sentiu traída com o posicionamento da senadora.  Por lá, fala-se até em “impeachment” contra Kátia.

Essa correção de rota de Kátia Abreu deve partir dela própria e começar pela sucessão municipal de Palmas, Capital do seu Estado.

 

RAUL FILHO, CARTA FORA DO BARALHO

O homem mais popular na política partidária é, sem sombra de dúvidas, o ex-prefeito Raul Filho, filiado ao PR do senador Vicentinho Alves, e que já lidera várias pesquisas de opinião pública – as em que não figura em primeiro lugar, aparece invariavelmente na segunda posição com empate técnico.

Raul Filho está condenado por colegiado e inelegível, mas não está preso, não usa tornozeleira eletrônica, mas terá que pagar sua pena, que foi convertida em prestação de serviços, que podem ir desde lavar banheiros em creches ou abrigos públicos ou fazer trabalhos assistenciais.  Caso não a cumpra, terá que usar roupa de presidiário, receber visitas na prisão aos fins de semana e não dormir em casa.

Mas, porque Raul foi condenado?

Raul foi condenado por crime ambiental, não político ou de improbidade.  Mesmo assim, a condenação por colegiado o enquadra na Lei da Ficha Limpa.  Com isso, o senador Vicentinho Alves perde sua “bala de prata” na sucessão da Capital, mas ganha um imenso poder de barganha, pois Raul Filho sempre foi figura fácil nas rodas políticas, goza de prestígio junto à população e será um dos grandes cabos eleitorais na campanha pela prefeitura de Palmas, com força significativa para mudar cenários e fortalecer candidaturas.

 

CARLOS AMASTHA, HOMEM DE SORTE

A condenação de Raul Filho caiu no colo do atual prefeito Carlos Amastha como um bilhete premiado de loteria, o que comprova que, além de jogar bem o jogo político e ser um expert em marketing pessoal, o colombiano tem muita sorte.

Filiado ao PSB e com o apoio do PSDB do senador Ataídes Oliveira, Amastha deve dispensar a presença da senadora Kátia Abreu e do seu filho, Irajá Abreu em seus palanques, mesmo que essa opção o obrigue a dar a vaga de vice-prefeito em sua chapa ao partido de Aécio Neves.

Se já aparecia bem nas campanhas, agora Amastha deve estar trabalhando em um planejamento para que os índices de intenção de votos pela sua reeleição permaneçam num patamar adequado, sem perder musculatura na reta final.

 

MARCELO MIRANDA E O PMDB PALACIANO

O governador Marcelo Miranda tem mais uma oportunidade dada por Deus ou pelo destino de dar uma virada em sua vida pública.

De preterido pelo Palácio do Planalto e pela presidente Dilma, caso Michel Temer assuma a presidência da República, o governador do Tocantins poderá alçar voo como o preferido do governo federal, com as portas ministeriais abertas para seu governo, com as deputadas federais Josi Nunes e Dulce Miranda recebendo tratamento VIP graças aos votos de domingo.

Outro peemedebista ex-aliado de Marcelo que, apesar de estar sem mandato, poderá ganhar influência em Brasília, é o ex-deputado federal Jr. Coimbra, que flanava no segundo escalão do governo federal por indicação da bancada do PMDB na Câmara federal e acabou demitido por Dilma por conta da sua amizade com o deputado Eduardo Cunha.

Mesmo assim, Marcelo Miranda ainda precisa ficar atento em relação aos seus “companheiros” que servem a Deus e ao diabo.  A hora é de aproveitar a oportunidade e olhar para os peemedebistas que sempre estiveram ao seu lado, na vitória ou na derrota e que lutaram e trabalharam por sua volta ao Palácio Araguaia. Eles também merecem ser prestigiados.  Muitos ainda estão “na sarjeta” à margem do poder.

As traições sofridas por Dilma durante a votação pela continuidade do seu impeachment devem servir de exemplo e valem uma reflexão a todo e qualquer governante sobre o grau de periculosidade de ter ao seu lado pessoas que não são totalmente confiáveis.

 

OS SEM-CANDIDATO

As atenções se voltam, novamente, para os senadores Kátia Abreu e Vicentinho Alves e seus filhos, os deputados federais Irajá Abreu e Vicentinho Jr., respectivamente.  A primeira ficou sem Carlos Amastha e o segundo, sem Raul Filho e, ambos, sem rumo e sem candidato em Palmas.

Mas nada os impede de se unirem para aplicar suas forças e transformar candidaturas menos festejadas em potenciais concorrentes, tanto em Palmas quanto nos demais 138 municípios do Estado.

Os dois senadores, juntos, terão força e significância consideráveis em qualquer pleito em que se envolverem e em Palmas têm duas opções:

 

CARLOS GAGUIM

O deputado federal Carlos Gaguim é um nome identificado com a criação e emancipação política de Palmas, cidade onde iniciou sua história política, sendo eleito vereador e presidente da Câmara Municipal por dois mandatos.  A partir daí, foi eleito para a Assembleia Legislativa, onde também foi presidente por dois mandatos e eleito governador para um mandato tampão, cargo no qual concedeu uma série de benefícios, progressões e promoções ao funcionalismo público, fato que o fez ser querido e respeitado pela grande massa de servidores estaduais.

O atual sonho político de Gaguim é chegar ao Senado, e sua candidatura à prefeitura da Capital ainda é uma incógnita.  Nada o impede, no entanto, que do alto do seu prestígio junto aos servidores e ao seu bom trânsito e traquejo políticos, de agir como o catalisador de uma candidatura única para fazer frente ao atual prefeito Carlos Amastha.

Condições políticas e pessoais, Gaguim reúne de sobra para enfrentar essa empreitada.  Resta saber se ele estará disponível para encabeçar esse movimento.

 

TOM LYRA

Bem sucedido como cidadão e como empresário, Tom Lyra, atualmente filiado ao PPS, traz consigo uma extensa bagagem administrativa adquirida no Brasil e no exterior, além de um excelente relacionamento com as classes empresarial e política da Capital.  Vice-governador de Sandoval Cardoso, Lyra pode ser uma opção viável caso tenha em seu staff “fazedores de votos” como Kátia Abreu e Vicentinho Alves.

Sua disposição para concorrer ao cargo também é uma incógnita, mas, “onde há fumaça, há fogo”, logo, é um nome a ser considerado.

 

O EFEITO PALÁCIO ARAGUAIA

Dentro de todo esse contexto, é certo que o quadro sucessório de Palmas terá modificações profundas, principalmente com o PMDB de Marcelo Miranda livre das ingerências de Kátia Abreu e de Dilma Rousseff, o que cria condições para que construa uma candidatura com chances reais de vitória.

Outra certeza é que nem Carlos Gaguim muito menos Carlos Amastha serão os “ungidos” pelas hostes palacianas na corrida sucessória da Capital – e nem em qualquer outra corrida, diga-se de passagem – pois os dois são os maiores desafetos do PMDB de Marcelo Miranda.

Outras análises sobre os efeitos do impeachment na sucessão de Palmas e dos demais municípios tocantinenses só poderão ser feitas após o andamento do processo no Senado, tendo em vista que o Tocantins possui três votos em partidos diferentes – Kátia Abreu no PMDB (afastada, tendo em seu lugar Donizete Nogueira), Vicentinho Alves no PR e Ataídes Oliveira no PSDB – sendo que Kátia Abreu deve deixar o ministério da Agricultura para voltar ao Senado Federal para trabalhar contra o impedimento de sua amiga Dilma Rousseff.

O que cada um dos nossos senadores fará com seu voto terá consequências imediatas caso o impeachment passe ou não.

Até os próximos capítulos!

Posted On Terça, 19 Abril 2016 05:36 Escrito por

A sessão foi marcada por discursos acalorados de ambos os lados. 'Golpe ficará na história como ato vergonhoso', diz José Eduardo Cardozo

A abertura do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff (PT) foi aprovada na noite deste domingo no plenário da Câmara de Deputados. A sessão foi marcada por discursos acalorados de ambos os lados. O placar final ficou em 367 a favor, 137 contra, sete abstenções e dois ausentes. Ruas e avenidas de várias capitais do país foram tomadas por manifestantes - aqueles favoráveis ao impedimento comemoraram com fogos de artifício e buzinaço. Com a aprovação, o rito de impeachment segue agora para o Senado. No primeiro momento, Os senadores terão de decidir se instauram o processo e afastam a presidente Dilma preventivamente do cargo por 180 dias. Neste período, o vice-presidente Michel Temer (PMDB), que acompanhou a votação neste domingo no Palácio do Jaburu, assume o cargo interinamente. Hoje, a tendência é que os senadores também aprovem o processo de impedimento, conforme levantamento de intenções junto aos parlamentares daquela Casa. De acordo com o relator do processo aprovado na Câmara, deputado Jovair Arantes, a presidente desrespeitou a lei na abertura de créditos suplementares, por meio de decreto presidencial, sem autorização do Congresso Nacional e tomou emprestados recursos do Banco do Brasil para pagar benefícios do Plano Safra, nas chamadas pedaladas fiscais. Dilma nega ter cometido crime. A sessão deste domingo foi presidida por Eduardo Cunha (PMDB-RJ), alvo de inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) por conta das investigações da Operação Lava Jato. A sessão deste domingo na Câmara dos Deputados começou às 14h. Os deputados começaram a ser chamados para declararem os seus votos por volta das 17h45. A cada fala, os parlamentares reagiam com aplausos ou vaias. Em alguns casos, os políticos eram interrompidos por gritos de colegas contrários. Tiririca
Um dos votos mais comemorados foi do deputado federal Tiririca (PR/SP). Em poucos segundos, o parlamentar deu o seu parecer sobre a abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). “Seu presidente, pelo meu país o meu voto é sim”, declarou. A frase foi seguida com muitas palmas e comemoração de colegas favoráveis ao impedimento. Tiririca foi abraçado e cercado por parlamentares. Cusparada
O clima esquentou depois do voto do deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ). Ele disse estar "constrangido" de participar de uma "eleição indireta, conduzida por um ladrão, urdida por um traidor conspirador e apoiada por torturadores covardes, analfabetos políticos e vendidos. Uma farsa sexista". Ele declarou seu voto contra o impeachment em nome "dos direitos da população LGBT, do povo negro exterminado nas periferias, dos trabalhadores da cultura, dos sem teto, dos sem terra". Logo depois de discursar, ele cuspiu em direção ao deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ). Segundo ele, foi em resposta a um insulto durante a votação. "Na hora em que fui votar esse canalha (Bolsonaro) decidiu me insultar na saída e tentar agarra meu braço. Ele ou alguém que estivesse perto dele. Quando ouvi o insulto eu devolvi, cuspi na cara dele que é o que ele merece", explicou Willys.
'Golpe ficará na história como ato vergonhoso', diz José Eduardo Cardozo

O advogado-geral da União se pronunciou após a aprovação do impeachment O advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, disse que a decisão dos deputados de aprovarem nesta segunda-feira (18/4) a abertura do processo de impeachment foi política e que as denúncias contra a presidenta Dilma Rousseff não têm procedência e “nunca foram discutidas em profundidade”. Segundo Cardozo, o governo recebeu com “indignação e tristeza” a notícia. “Não há como se afirmar que houve má-fé, dolo”, disse, em referência ao mérito do pedido de impeachment em apreciação no Congresso Nacional, que agora será apreciado pelos senadores. Reafirmando argumentações anteriores, o advogado disse que a defesa de Dilma já demonstrou “claramente” que não há ilegalidade nos decretos de crédito suplementar e nem no atraso do repasse de recursos do Tesouro aos bancos públicos, conhecido como “pedaladas fiscais”. Segundo o pedido de impeachment, esses configuram crime de responsabilidade fiscal. “Em nenhum momento isso pode ser visto como operação de crédito, portanto não há ofensa à Lei de Responsabilidade Fiscal”, disse. Cardozo afirmou que a decisão foi “eminentemente e puramente política”, “Estamos indignados. [A decisão é uma] ruptura à Constituição Federal, configura a nosso ver um golpe à democracia e aos 54 milhões de brasileiros que elegeram a presidenta, um golpe à Constituição. Temos hoje mais um ato na linha da configuração de um golpe, o golpe de abril de 2016, que ficará na história como um ato vergonhoso”, disse.

Com Agencias de noticias

Posted On Segunda, 18 Abril 2016 06:44 Escrito por
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