A rede de hospitais Prevent Senior confirmou mais uma morte de coronavírus em São Paulo. Com isso, o Brasil tem sete mortes confirmadas pelo covid-19. Não foram informadas maiores informações sobre a vítima. Segundo o UOL, a morte ainda não foi confirmada pela Secretaria Estadual de Saúde.
Com Agências
Cinco mortes foram registradas em São Paulo, todas elas no mesmo hospital Sancta Maggiore, e outras duas mortes foram registradas no estado do Rio de Janeiro. Segundo a rede, 28 pacientes estão com coronavírus, sendo 12 em UTIs (Unidades de Terapia Intensiva).
O Ministério da Saúde divulgou nesta quinta-feira (19) o novo balanço de casos confirmados de novo coronavírus (Sars-Cov-2) no Brasil. Os principais dados são:
* 7 mortes relatadas pelas secretarias
*621 casos confirmados, eram 428 na quarta-feira (18)
*Maioria está em dois estados: SP tem 286 e o Rio de Janeiro, 65.
Casos pelos estados
Na região Norte, há casos nos seguintes estados: Acre (3), Amazonas (3), Pará (1) e Tocantins (1). No Nordeste, há casos nos seguintes estados Alagoas (4), Bahia (30), Ceará (20), Paraíba (1), Pernambuco (28), Rio Grande do Norte (1) e Sergipe (6).
No Sudeste, Espírito Santo (11), Minas Gerais (29), Rio de Janeiro (65) e São Paulo (286). Na região Centro-Oeste, Distrito Federal (42), Goiás (12), Mato Grosso do Sul (7). Na região Sul, Paraná (23), Santa Catarina (20) e Rio Grande do Sul (28).
No mercado físico, pressão sobre a arroba diminui e mesmo com os preços voltando aos patamares acima dos R$ 190,00/@ negócios são limitados
Por: Aleksander Horta
Após as cotações no mercado futuro do boi gordo operarem em limite de baixa nos últimos quatros dias e registrar um recuo de preços de R$ 45,00, os contratos negociados na Bolsa Brasileira (B3) operam nesta quinta-feira (19) com limite de alta. No mercado físico, os negócios seguem limitados e com ofertas de compra de R$ 190,00/@.
O Sócio da Radar Investimentos, Douglas Coelho, destaca que os contratos futuros do boi gordo na Bolsa Brasileira (B3) estavam atingindo limites de alta. “Essa semana foi de muitos ânimos exaltados no mercado como um todo, e o mercado do boi não ficou fora desse cenário e os preços chegaram a perder R$ 45,00 em quatro dias”, comenta.
No mercado físico, as referências de balcão para a arroba estão ao redor de R$ 190,00 a R$ 195,00 no estado de São Paulo. “Neste momento, o comprador quer negociar a valores menores e o pecuarista está com um cenário de pastagens favoráveis devido às chuvas abundantes, na qual consegue segurar o animal no pasto com baixo custo”, relata.
As indústrias estão ofertando preços abaixo dos R$ 200,00/@, mas não estão ocorrendo negócios nestes patamares de valores. “As escalas de abate estão programadas para a próxima segunda-feira (23) e os produtores seguem negociando somente o mínimo e necessário. Neste momento, são os pecuaristas que estão dando as cartas”, afirma.
O analista aponta que as vendas no supermercado tiveram um ganho de 34,4% em função da epidemia do novo coronavírus. “No nosso levantamento observamos que quem comprava 2kg passou a comprar o dobro de carne. Nós também temos que ponderar que este não é um aumento de demanda e os estoques no atacado e os preços estão enxutos”, diz Coelho.
Número supera em 137 casos o balanço divulgado no dia anterior. foi confirmado o primeiro caso em Palmas
Com Agências
O número de mortes em decorrência do novo coronavírus (covid-19) subiu para quatro, conforme atualização mais recente do Ministério da Saúde divulgada hoje (18). Até o balanço anunciado ontem, havia apenas um óbito confirmado.
Os falecimentos ocorreram na cidade de São Paulo. Duas novas mortes foram confirmadas pelo hospital Sancta Maggiore, na capital paulista. As duas vítimas, uma de 65 e outra de 80 anos, estavam internadas desde o último sábado (15) a apresentavam comorbidades.
Já os casos confirmados do novo coronavírus (covid-19) chegaram a 428. O número é 137 acima do último balanço ontem (17), quando o total estava em 291 pessoas infectadas. Na segunda-feira (16), eram 234 pacientes nessa situação.
São Paulo concentra a maior parte dos casos (240). Em seguida vêm Rio de Janeiro (45), Distrito Federal (26), Rio Grande do Sul (19), Pernambuco (16), Minas Gerais (15) e Paraná (13). Além desses, foram identificados casos em Santa Catarina (10), Espírito Santo e Ceará (9), Goiás (8), Mato Grosso do Sul (7), Sergipe (5), Bahia (3) e Alagoas, Rio Grande do Norte e Amazonas (1).
Já os casos suspeitos alcançaram 11.278. No balanço de ontem, eles haviam chegado a 8.819, quatro vezes mais do que na segunda-feira (16), quando foram contabilizados 2.064. O Ministério da Saúde justificou o salto pelo fato das inclusões no sistema terem passado a ser feitas de forma automatizada pelas secretarias estaduais. Os descartados somaram 13.551.
Segundo dados divulgados pelo Governo Estadual, pacientes estão em Palmas, Porto Nacional, Paraíso do Tocantins e Araguaína.
Mais
O governador do Tocantins, Mauro Carlesse, tem colocado em prática várias medidas que buscam a prevenção do vírus Covid-19.
18 de março
- Ponto Facultativo: Aproveitando o feriado que celebra o dia de São José, padroeiro de Palmas, nesta quinta-feira, 19, o governador Mauro Carlesse decretou ponto facultativo para esta sexta, 20, no município de Palmas, para os órgãos do Poder Executivo Estadual.
- Decreto Situação de Emergência: Após confirmação do primeiro caso de Covid-19 no Tocantins, o governador Mauro Carlesse declarou Situação de Emergência. Com a medida, o Governo do Tocantins pode dispensar licitação, sem prejuízo das restrições da Lei de Responsabilidade Fiscal (LC 101/2000), para comprar, locar materiais, serviços e produtos para atuar na prevenção e tratamento do Covid-19.
- Prorrogação da suspensão das aulas: O governador Mauro Carlesse determinou a prorrogação da suspensão das aulas na Rede Pública Estadual e na Universidade Estadual do Tocantins (Unitins), até o dia 3 de abril.
Relatório da Polícia Federal conclui que o tucano Aécio Neves recebeu mais de R$ 65 milhões em propina da Odebrecht e da Andrade Gutierrez
Ao fim do recesso, MPF vai questionar no Supremo a devolução do mandato ao senador
Com Agências e O Globo
A Polícia Federal (PF) enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) relatório final de inquérito que apurava se o hoje deputado federal Aécio Neves (PSDB) havia recebido propina de empreiteiras para ajudar nas obras das hidrlétricas do rio Madeira. Segundo a PF, Aécio teria recebido R$ 65 milhões em propinas da Odebrecht e da Andrade Gutierrez. Agora, ficará a crago da Procuradoria Geral da República decidir se oferece denúncia ou não. O tucano nega as acusações. As informações são do jornal "O Globo".
Em depoimento, doleiros afirmaram ter viabilizado dinheiro para operadores de Aécio. Os recursos teriam passado por Dario Messer, o "doleiro dos doleiros", preso pela operação Lava Jato. A PF acusa Aécio, o empresário Alexandre Accioly e o ex-diretor de Furnas Dimas Toledo de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Accioly e Toledo são apontados como os operadores do parlamentar.
De acordo com o relatório, a Andrade Gutierrez repassou R$ 35 milhões ao tucano por meio de investimentos numa empresa gestora da Academia Bodytech, de propriedade do empresário. Já a Odebrecht, pagou R$ 28,8 milhões - parte em dinheiro, parte por transferências no exterior. O montante em espécie foi utilizando um doleiro do esquema de Dario Messer.
"Estão presentes indícios suficientes de autoria e de materialidade de que o deputado federal Aécio Neves da Cunha, ao receber valores indevidos no total de R$ 64.990.324,00 (sessenta e quatro milhões, novecentos e noventa mil, trezentos e vinte e quatro reais) do grupo Odebrecht e da construtora Andrade Gutierrez entre os anos de 2008 e 2011, praticou a conduta tipificada no art. 317 do Código Penal, e portanto, praticou o delito de corrupção passiva, com pena de 2 a 12 anos", diz trecho do relatório do delegado Bernardo Guidali Amaral e reproduzido pelo jornal "O Globo".
Segundo o relatório, os pagamentos "ocorreram em contrapartida pelo exercício de influência a sobre o andamento dos negócios da área de energia desenvolvidos em parceria pelas respectivas construtoras, como os Projetos do Rio Madeira, as Usinas Hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau, no Estado de Rondônia, notadamente sobre a Cemig, companhia de capital aberto controlada pelo Governo do Estado de Minas Gerais, e Furnas, empresa de economia mista, subsidiária da Eletrobras".
Em nota enviada ao jornal "O Globo", o advogado do tucano, Alberto Toron, diz que ficou perplexo com as conclusões do relatório da PF. "As temerárias e fantasiosas conclusões a que chega o delegado são baseadas em delações espúrias, algumas delas sequer aceitas pelo MPF e em relatos de ouvir dizer. Não há um singelo elemento de prova que as corrobore", argumenta o defensor.
Em outro trecho, Toron aponta que "a obra investigada, relacionada à represa de Santo Antônio, era de responsabilidade do governo federal à época, ao qual o então governador fazia oposição, e foi realizada em Rondônia, portanto sem qualquer relação com o governo de Minas Gerais".
"As conclusões formuladas pela autoridade policial em seu relatório sobre a sociedade até hoje vigente, entre a AALU (QuatroA) e a Andrade Gutierrez/Safira, são totalmente improcedentes, e a elas se chegou a despeito de farto material comprobatório que sustentava de forma incontestável o depoimento prestado pelo empresário a esta mesma autoridade policial", destacou a defesa de Alexandre Accioly, em nota.
A defesa de Dimas Toledo não foi encontrada.
Um estudo realizado por pesquisadores da PUC-Rio, Fiocruz e Instituto D'Or da Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro estimou que, até o dia 26 de março, o Brasil pode ter até 4.970 casos confirmados de coronavírus
Por Carolina Marins
Os estados de São Paulo e Rio de Janeiro, que concentram os maiores casos, terão, respectivamente, 3.380 e 596 casos.
Para fazer essa projeção, os pesquisadores utilizaram o cenário de alguns países como Irã, Itália, Coreia do Sul, Espanha, França, Alemanha, China e EUA. Replicando a taxa de crescimento de cada um desses países juntamente com suas medidas de contenção, foi possível projetar cenários otimista, mediano e pessimista no Brasil.
Foram utilizadas as taxas de crescimento de cada um dos países até a confirmação do 50º caso, além de como a ação de cada país e o comportamento da sua população influenciou no crescimento posterior dessa curva.
O Brasil atingiu 50 confirmados no dia 12 de março. A partir desse dado, os pesquisadores conseguiram obter a projeção de 15 a 26 de março.
Se o Brasil replicar o pior cenário, a expectativa é de que, em 9 dias, o país tenha 4.970 casos; na expectativa otimista, é possível chegar ao número de 2.314 casos; a mediana é de 3.750.
A mesma lógica pode ser aplicada aos estados. Em São Paulo, foi utilizada a data de 13 de março, quando havia 56 casos. O Rio de Janeiro não alcançou 50 casos até o último dado utilizado pelo estudo, então, foi considerado o dia 15 de março, quando havia 24 casos no estado.
Com isso, no melhor cenário, São Paulo e Rio de Janeiro terão, respectivamente, 1.573 e 278. No pior cenário, o número varia de 3.380 casos no estado paulista e 596 no estado carioca. No mediano, são 2.550 pacientes em São Paulo e 450 no Rio.
Bons e maus exemplos
Segundo Fernando Bozza, que compõe o Núcleo de Operações e Inteligência em Saúde que é responsável pelo estudo, as escolhas que tanto o governo quanto a população brasileira fizer agora determinarão qual dos três cenários teremos daqui a alguns dias.
"O cenário otimista está próximo a esses cenários [dos países] onde uma série de estratégias de mitigação foram implementadas", disse em entrevista ao UOL. "Elas vão desde estratégias coletivas, como o cancelamento de aulas, a diminuição da circulação de pessoas, o home office, o fechamento de academias, igrejas, até quarenta, até estratégias mais individuais, como testagem de casos, identificação de casos e quarentena desses casos positivos."
De acordo com ele, países como Coreia do Sul e Japão dão um bom exemplo de resposta rápida e ações coletivas que levaram a uma diminuição considerável no número de casos ao longo dos dias.
O estudo comparou o tempo de resposta da Coreia do Sul e da Itália. A nação sul-coreana teve uma resposta mais rápida à propagação da doença com a restrição de entrada de moradores de Hubei, na China, já no dia 4 de fevereiro, quando ainda tinha 16 casos confirmados.
Já a demora de resposta da Itália levou ao aumento exponencial de contaminados e mortos. Segundo dados da OMS de ontem, há 1.809 mortes no país e mais de 24 mil infectados. Já a Coreia tem 75 mortos e 8.236 contaminados.
De acordo com o pesquisador, ainda é cedo para determinar para qual dos exemplos o Brasil está caminhando. Os próximos dias poderão ser determinantes para definir isso.
"A informação que a gente quer passar para as pessoas é de que há múltiplos cenários. Aonde a gente vai querer ir nessa história? Ao pior ou ao melhor cenário?", questiona.
"Estamos mostrando que o que tem pela frente não é fatalista, do tipo 'vão morrer não sei quantas mil pessoas', mas também não é excessivamente otimista de falar 'isso é uma bobagem'. É uma situação preocupante que tem grandes chances de ter diferentes cenários a depender das ações que forem tomadas nesse momento."
Bozza explica que a intenção do grupo ao realizar este estudo foi o de conseguir determinar cenários a curto prazo a fim de facilitar a visualização do que está por vir aos tomadores de decisões e para a própria população.
"Estou muito esperançoso de que a população brasileira entenderá a gravidade do problema e que tomará todas as medidas para que essa situação seja a menos dramática possível, porque seu potencial é de ser bastante crítico."