As cestas básicas serão entregues em 14 municípios da Região Central
Com Assessoria
O Governo do Tocantins, por meio da Agência de Desenvolvimento do Turismo, Cultura e Economia Criativa (Adetuc) e da Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social (Setas), iniciou, neste sábado, 09, a entrega de aproximadamente 700 cestas básicas aos músicos e artesãos que residem na Região Central.
A iniciativa é uma continuidade da segunda etapa do projeto de Assistência a Músicos e Artesãos destinada a apoiar os profissionais da Cultura que estão, temporariamente, com suas fontes de renda prejudicadas em decorrência das ações de contingenciamento da disseminação da COVID 19 no Estado. A meta é atender em torno de 2 mil pessoas em todo o Estado.
Ponte Alta foi beneficiada na primeira etapa do projeto com a entrega de cestas básicas
Na primeira etapa do projeto, realizada há um mês, foram entregues em torno de 700 cestas básica à classe artística do Jalapão. As cestas básicas serão entregues em 14 municípios da Região Central: Abreulândia, Araguaína,Babaçulândia, Colinas, Goiatins, Guaraí, Lajeado, Miracema, Miranorte, Pedro Afonso, Rio dos Bois, Santa Fé do Araguaia , Santa Maria do Tocantins, Tocantínia.
O projeto beneficia os artesãos cadastrados pelo Sistema de Informações Cadastrais do Artesanato Brasileiro (Sicab) e os músicos registrados pela Ordem dos Músicos do Brasil (OMB). Os profissionais não inclusos nestes cadastros foram inseridos após levantamento realizado junto às secretarias de Cultura de cada município.
Atendendo uma determinação do Governador Mauro Carlesse, o presidente da Adetuc, Tom Lyra, considera a ação um ato de solidariedade e acredita que este auxílio é muito importante para aqueles que enriquecem a cultura do Estado. “Esta iniciativa é muito valiosa e acreditamos que o momento requer ainda mais atenção aos músicos e artesãos do Tocantins”, afirmou.
Quando O Paralelo 13 noticiou, em primeira mão, a instalação de três hospitais de campanha no Tocantins, um em Gurupi, outro em Palmas e o terceiro em Araguaína, conquistados à duras penas pelo senador Eduardo Gomes e pelo Governador Mauro Carlesse, muitos críticos, opositores ao governo do Estado e “não simpáticos” ao senador Eduardo Gomes, teceram comentários duros quanto às intenções dos dois por trás da “instalação de equipamentos médicos em um Estado que tinha poucos casos em relação aos demais”
Por Edson Rodrigues
As críticas prosseguiram ferrenhas, por duas semanas, falando em lavagem de dinheiro – que não vinha ao caso, pois os três hospitais serão custeados, totalmente, pela União - ou politicagem, por conta das eleições municipais deste ano.
Mas, eis que os casos de contaminação pelo coronavírus começam a aparecer, no sul, no centro, no norte, no sudeste, no oeste.... em todos os cantos do Estado. E veio a primeira morte, a segunda, a constatação de que pacientes do Sul do Pará, do maranhão, da Bahia, do Mato Grosso, do Piauí, de Goiás, enfim de todos os estados que, tradicionalmente “se penduram” na Saúde Pública do Tocantins, estavam procurando nossas unidades hospitalares para tratar da Covid-19.
Governador Mauro Carlesse
E, então, o prefeito de Araguaína, Ronaldo Dimas, candidato a governador do Estado em 2022, considerado um dos melhores prefeitos do Tocantins, um dos primeiros gestores a afrouxar as medidas de isolamento social por pressões de comerciantes e empresários, vem ao secretário estadual da Saúde pedir socorro para conter o aumento súbito nos casos de Covid-19 em seu município, que havia perdido o controle sobre o número de contaminados e cujo sistema de saúde público já estava colapsado.
SÓ O COMEÇO
Segundo os estudos da progressão das contaminações por Covid-19 no Brasil, no Tocantins os casos estão apenas no começo. O último boletim divulgado pela secretaria estadual da Saúde aponta que foram registrados mais 31 casos em Araguaína, que continua sendo a cidade com mais diagnósticos, e 17 em Palmas.
Também houve novos registros de Covid-19 em Alvorada (1), Araguatins (4), Axixá do Tocantins (2), Cariri do Tocantins (3), Cristalândia (1), Figueirópolis (1), Gurupi (3), Maurilândia do Tocantins (2),Paraíso do Tocantins (1), Tocantinópolis (1) e Wanderlândia (2).
O Laboratório Central De Saúde Pública Do Tocantins (Lacen) realizou 275 exames de Covid-19, sendo que 60 deram positivo. Os outros 11 casos foram confirmados em testes rápidos.
Ou seja, são quase 500 casos no Tocantins, com nove vítimas fatais.
E, agora, começa o corre-corre dos gestores municipais á secretaria estadual da Saúde, amedrontados com a velocidade da proliferação, que pode triplicar o número de casos rapidamente, principalmente nos municípios onde o percentual de assistidos por esgoto sanitário é quase zero e onde as medidas de isolamento social foram ignoradas.
ESQUECIMENTO E UNIÃO
Senador Eduardo Gomes
Para esses críticos de primeira hora e que, agora, recorrem aos recursos do Estado, falta, ainda, a humildade de admitir que estavam errados ao criticar o governador Mauro Carlesse e o senador Eduardo Gomes, simplesmente por terem se antecipado aos fatos, quando os índices indicavam que o número de infectados iria subir de forma exponencial e duas mortes já haviam acontecido.
A todos os que estão procurando o Palácio Araguaia ou o gabinete do senador Eduardo Gomes, a palavra é uma só: harmonia. Toda a estrutura médica garantida pelos dois em Brasília, agora, está à disposição dos tocantinenses. A prioridade é a união de esforços para o combate à Covid-19 e para que se evitem mais mortes de tocantinenses, pois, como disse o senador em entrevista à Globonews, “precisamos focar no combate à pandemia. Salvar vidas é a nossa prioridade número um”.
Temos que enfrentar e vencer essa batalha contra esse inimigo invisível. Todos juntos, se possível!
No Brasil, de 145.328 infectados, 59.297 estão recuperados da doença
Por Jonas Valente
Com 10.222 novos casos confirmados de covid-19, o Brasil chegou a 145.328 pessoas infectadas, um aumento de 7,5% em relação a ontem(7), quando foram registradas 135.106 pessoas nessa condição. A atualização foi divulgada pelo Ministério da Saúde nesta sexta-feira (8). O número foi o segundo mais alto, abaixo apenas do recorde de quarta-feira(6), quando os novos casos atualizados somaram 10.503. Do total de casos confirmados, 76.134 estão em acompanhamento (52,4%), 59.297 estão recuperados (40,8%) e 1.852 mortes estão em investigação.
O Brasil bateu novo recorde de mortes nas últimas 24h, com 751. A marca de 9.897 representou um acréscimo de 8,2% em relação a ontem, quando foram contabilizados 9.146 falecimentos. O número levou a um novo patamar, depois de uma semana na casa dos 600 óbitos ao longo da semana. A letalidade ficou em 6,8%.
Segundo o boletim epidemiológico divulgado nesta noite, até hoje foram identificadas 107 mil hospitalizações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), cerca de 606% em relação ao mesmo período do ano anterior. Deste total, 27.086 são por covid-19, sendo 37.101 classificados como não especificados e 38.096 em investigação. Ou seja, o número de hospitalizações pode crescer caso essas investigações atestem o diagnóstico de infecção com o novo coronavírus.
Sobre o perfil das hospitalizações por covid-19, 54,8% são brancos, 36,3% são pardos, 6,7% são pretos, são 1,9% amarelos e 0,3%, indígenas.
São Paulo se mantém como epicentro da pandemia no país, concentrando o maior número de falecimentos (3.416). O estado é seguido pelo Rio de Janeiro (1.503), Ceará (966), Pernambuco (927) e Amazonas (874).
Além disso, foram registradas mortes no Pará (515), Maranhão (330), Bahia (183), Espírito Santo (165), Minas Gerais (139), Paraíba (114), Alagoas (108), Paraná (106), Rio Grande do Sul (91), Rio Grande do Norte (81), Santa Catarina (63), Amapá (66), Goiás (49), Rondônia (39), Acre (38), Piauí (37), Distrito Federal (37), Sergipe (28), Roraima (16), Mato Grosso (14), Mato Grosso do Sul (11), e Tocantins (9).
Os estados com maior incidência (número de casos por um milhão de habitantes) são o Amapá (2.746), Amazonas (2.588), Roraima (1.684), Ceará (1.638) Acre (1.335) e Pernambuco (1.212).
Leitos
Na entrevista coletiva no Palácio do Planalto, a secretária substituta de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, Cleusa Bernardo, explicou que o órgão não conseguiu êxito nos editais para a contratação de dois mil novos leitos anunciados no mês de abril. Até o momento, foram locados 540 leitos aos estados.
“A empresa que tinha feito o compromisso de entregar 2.540 leitos não conseguiu. Já estamos no 3º edital para entregar o restante”, explicou.
Além disso, também não saiu, até o momento, o levantamento de ocupação de leitos. No dia 14 de abril, o ministério editou norma que obriga os hospitais a fornecerem essas informações às respectivas secretarias de saúde.
“Em relação à disponibilização dos leitos, está prevista para semana que vem um painel em que vamos colocar os dados. Dos hospitais, já tivemos preenchimento do sistema por 416 unidades. E por que a dificuldade? Porque os hospitais estão sobrecarregados nos atendimentos. Não é fácil para eles ter tempo de fazer essa informação, eles estão encontrando dificuldades”, justificou Cleusa Bernardo.
De acordo com a gestora, foram habilitados novos 116 leitos de Unidades de Tratamento Intensivo (UTI). Para cada um, a receita diária será de R$ 1,6 mil. A habilitação consiste no custeio pelo governo federal de leitos abertos pelos estados e municípios. Uma lista de quantos leitos cada estado recebeu pode ser conferida no site do Ministério da Saúde.
Novas unidades habilitadas pelo Ministério da Saúde começam a funcionar imediatamente atendendo a população
Por Aldenes Lima
O Governo do Tocantins conseguiu habilitar, junto ao Ministério da Saúde (MS), os 42 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para o enfrentamento da COVID-19, disponíveis para atendimento aos pacientes com quadros graves.
Os leitos habilitados estão em Araguaína, com 10 novas unidades no Hospital Dom Orione e outras 10 no Hospital de Referência de Araguaína (HRA). Em Palmas, foram habilitados os 16 leitos do Hospital Geral de Palmas (HGP), além de outros seis no Hospital Infantil Público de Palmas (HIPP). Esse número irá aumentar em curto prazo com ampliação de novos leitos de UTI Covid-19 no HRA, onde a equipe de engenharia da Secretaria de Estado da Saúde (SES) está instalando novos respiradores.
Para o titular da SES, Dr. Edgar Tollini, que de 2016 a 2018 atuou no Ministério da Saúde como diretor de Atenção Hospitalar Urgência e Emergência, função responsável pela habilitação de leitos, a formalização dos novos leitos é apenas uma fase do trabalho árduo da Gestão Estadual no enfrentamento à Covid-19. “Temos trabalhado junto ao Ministério da Saúde, em busca de recursos e apoio e temos levado esse apoio aos municípios. Neste momento, temos contado com o compromisso de diversas instituições e de toda equipe da secretaria que como sempre tem procurado fazer o melhor trabalho para atender a população tocantinense”, destacou.
Segundo a farmacêutica Renata Siqueira, que é do grupo de risco para a Covid-19, saber da ampliação de leitos é um alívio. “Apesar de toda preocupação e precaução que a gente toma, saber que há mais locais em que podemos ser acolhidos caso tenhamos a doença e complicações por causa dela, é muito bom, fico feliz em saber que a gestão está tomando providências”, afirmou.
Habilitação
Todos os leitos de UTI COVID-19 serão geridos pela Regulação Estadual da Secretaria de Estado da Saúde (SES) e tiveram sua habilitação divulgada pelo MS, no Diário Oficial da União, através da Portaria Nº 1.120, de 6 de maio de 2020, publicada na Edição 87 do Diário, desta sexta-feira, 08. As habilitações atendem a Portaria nº 568/GM/MS, de 26 de março de 2020, que autoriza em caráter emergencial, a habilitação temporária de leitos de UTI, para uso exclusivo de pacientes de COVID-19, pelo período de 90 (noventa) dias, podendo ser prorrogado.
Ocupação
Com a ampliação do número da oferta, o sistema de saúde tem 35,7% de ocupação de leitos SUS (em funcionamento), com 15 pacientes internados em UTI das unidades geridas pelo Executivo Estadual.
Pedido foi negado pela segunda vez e, segundo STJ, viola intimidade e privacidade do presidente
Com Agência Brasil
Nesta sexta-feira, 8, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) foi contra imposição para que presidente Jair Bolsonaro (sem partido) entregasse seus resultados de exames que comprovam que não foi infectado pelo novo coronavírus .
Requerimento foi feito por Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3) e pela Justiça Federal de São Paulo.
O presidente do STJ , João Otávio Noronha, ficou ao lado da Advocacia-Geral da União (AGU), que justificou que isso violaria o direito à intimidade e privacidade do presidente. Mesmo afirmando que não foi infectado, Bolsonaro se recusou inúmeras vezes a mostrar exames.
Mesmo que tenha vida pública e política, Bolsonaro não precisaria, necessariamente, divulgar ou não resultados que contestam que teve a Covid-19 . Segundo AGU, a resposta sobre essa questão seria irrelevante e não alteram função do presidente.
A decisão do STJ
O presidente do STJ afirmou que a decisão da Justiça Federal de São Paulo tinha "flagrante ilegitimidade".
O ministro apontou ainda que, sendo agente público ou não, todas as pessoas têm direito à proteção da intimidade e vida privada.
"Agente público ou não, a todo e qualquer indivíduo garante-se a proteção a sua intimidade e privacidade, direitos civis sem os quais não haveria estrutura mínima sobre a qual se fundar o Estado Democrático de Direito", afirmou Noronha.
"Relativizar tais direitos titularizados por detentores de cargos públicos no comando da administração pública em nome de suposta 'tranquilidade da população' é presumir que as funções de administração são exercidas por figuras outras que não sujeitos de direitos igualmente inseridos no conceito de população", completou.
O ministro ressaltou ainda que o governo já prestou informações sobre a saúde do presidente em relatório médico, o que atenderia ao interesse público.