Apesar da ótima atuação dos Ministérios Públicos Federal e Estadual, da Polícia Federal, dos Tribunais de Contas da União e dos Estados, das Corregedorias e tantos outros órgãos de fiscalização e combate à corrupção, a cada dia quer passa vemos o Brasil, como País e subdividido em cada um dos 26 Estados mais o Distrito Federal, ser sacudido por notícias envolvendo políticos, práticas ilícitas e dinheiro, muito dinheiro
Por Edson Rodrigues
É praticamente impossível ser poder, ficar no poder ou estar perto do poder, mesmo sendo oposição, para, pelo menos, 90% dos atuais políticos, sem estar envolvido em algum ato ilícito, seja lá no início da carreira política, seja em seu fim, quando a corrupção já passou a ser coisa corriqueira na luta pela autopreservação.
O Tocantins não fica fora dessas estatísticas. Falando só dos fatos recentes, tivemos as prisões de membros dos Legislativos Municipais de Porto Nacional, Augustinópolis e Palmas, sem contar as denúncias de que, em outros municípios, os Executivos Municipais têm que “molhar a mão” dos vereadores para ter seus Projetos de Lei aprovados.
Ainda no Tocantins, há a tramitação de processos investigativos envolvendo parlamentares estaduais e federais, ex-governadores, ex-secretários, ex-prefeitos, ex-parlamentares.
Em nível nacional a epidemia da corrupção é ainda mais abrangente, indo de Chico à Francisco, do primeiro ao vigésimo escalões.
ONDE ESTÃO OS CULPADOS?
Quando nós falamos em corrupção, logo os políticos são lembrados e viram o principal alvo da conversa. Mas será que eles são os únicos corruptos deste país? Será que os cidadãos refletem sobre a licitude e honestidade de suas atitudes no dia a dia?
A população muitas vezes se revolta e se sente uma vítima desse mal - que se alastra no seio das sociedades, não respeitando limites culturais, temporais ou territoriais - e ignora sua parcela de culpa. Em uma sociedade corrompida que finge ser contra a corrupção, ninguém é inocente. E os políticos são apenas um reflexo das pessoas que representam.
Muitas pessoas acreditam que o poder econômico dos candidatos define os vencedores, uma vez que a compra direta ou indireta de votos e a possível aferição de benefícios podem atrair o eleitorado. Mas os motivos que determinam a escolha de cada cidadão variam e dependem de fatores como classe social, econômica e intelectual, assim como as ideologias e propostas daqueles que almejam o voto. Vivemos em um Estado Democrático de Direito que assegura essa livre preferência. O que não é admissível é que essa escolha seja viciada, sobrepondo os interesses privados em detrimento do interesse público.
De caixa de cerveja à botijão de gás, passando por uma conta de luz paga e chegando até a um cargo comissionado, tudo é moeda de troca para o mais corrupto dos corruptos, o eleitor, eleger alguém que, só pela negociação pelo voto, já se sabe que é corrupto.
A corrupção é, sem dúvidas, um dos piores males vividos nos estados e municípios, mas ela não é um acontecimento recente, nem tampouco uma criação brasileira. Com o decorrer do tempo, os crescentes episódios de corrupção e o consequente enfraquecimento dos mecanismos coibidores e fiscalizatórios, aumentam os casos de impunidade dos corruptos e dos corruptores, gerando desconfiança na população.
No Brasil, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), estima-se que são desviados no Brasil por ano, aproximadamente, R$ 200 bilhões (duzentos bilhões de reais). Por isso, é necessário que se reflita que o momento atual de crise política, econômica e social que o país vive não é apenas resultado de ações recentes.
Quando eleitos, muitos gestores trabalham como se os órgãos públicos funcionassem pra suprir necessidades próprias e não coletivas. Nesse mesmo sentido, muitas pessoas são incorporadas às instituições não por suas especialidades ou competências, mas pela sua influência e amizade com tais administradores, caracterizando claramente uma espécie de suborno e enfraquecendo o serviço público.
Entretanto, a corrupção é assim: traz junto com ela a ineficiência e descrédito dos serviços e das instituições públicas, reduz o crescimento econômico, concentra a renda, eleva a pobreza, transforma direitos dos cidadãos em moeda de negócio e prejudica a vida de todas as classes sociais, ainda que de maneiras diferentes, assim como afeta todos os setores da vida em sociedade. Por isso, ela deve ser refletida inicialmente sobre os potenciais danos que pode causar e posteriormente sobre os meios de combate a esse círculo vicioso.
AUSÊNCIA DE ESTADISTAS
Durante muito tempo o Brasil teve o privilégio de contar com pessoas como os saudosos Ulysses Guimarães, Tancredo Neves, Teotônio Vilella, Severo Gomes, Miguel Arraes, Franco Montoro, Mário Covas, Henrique Santillo, Mauro Borges e Pedro Ludovico, assim como Tocantins, que de Norte de Goiás à atualidade, contou com nomes como os também saudosos Jacinto Nunes, Euvaldo Tomaz de Souza, Dr. Francisco Aires, Jaime Farias, José dos Santos Dourado, João Cruz, Mário Cavalcante, entre outros.
São remanescentes de uma época em que vereador não tinha salário. Tinha, sim, vocação para servir o povo e cuidar do bem comum.
COMO ACABAR?
Diante de todo esse quadro, é valoroso também que chegue ao conhecimento da população os programas e atividades realizadas pelos órgãos públicos voltados ao combate à corrupção. É preciso que os cidadãos saibam e apoiem essas ações. Nesse sentido, podemos destacar o trabalho do Ministério Público brasileiro, em todos os seus ramos, no que se refere à repressão e prevenção da corrupção, bem como na conscientização da população. O MP acredita que nós podemos e devemos lutar por um país mais justo, com menos corrupção e impunidade, fenômenos intimamente relacionados. E quando comprovado os desvios, espera-se do Judiciário que faça a sua parte.
Assim, para quebrar o círculo vicioso de corrupção existente no Brasil, é necessário uma autorreflexão, uma educação voltada pra ética, mas, sobretudo, uma vivência pautada em ações honestas e probas, que respeitem os ideais republicanos, onde vença a consciência política, onde as pessoas compreendam que o combate à corrupção é responsabilidade de todos.
Essa é uma luta de todos nós, e que alguém não se engane se acha que aparentemente ganha, porque na verdade perde, perde muito mais, e até mesmo individualmente, porque a sociedade que deveria ser beneficiada, torna-se a sua maior vítima e nós sentimos, por incrível que pareça, todos os dias, justamente na má prestação dos serviços públicos.
E aí? Seu botijão de gás lá da última eleição, ainda está no fogão? A caixa de cerveja dura até hoje? Sua última fatura de energia está paga? Conseguiu bom atendimento na saúde pública? Está satisfeito com a Segurança e a Educação? Sua rua está sem buracos?
Com a palavra agora, cada um de nós!
Veja mostra a força da bancada evangélica. Istoé fala sobre Leonardo Da Vinci e Época fala da polarização do governo Bolsonaro
VEJA
Bancada evangélica
Toda quarta-feira às 8 horas o plenário 6 da Câmara dos Deputados se converte em igreja. Com a Bíblia nas mãos, parlamentares e assessores, alguns acompanhados da esposa, agrupam-se para o “culto devocional”. Religião e poder dão-se as mãos. O culto de 27 de março, por exemplo, começou com aleluias e glórias ao senhor, enquanto a deputada e cantora gospel Lauriete Rodrigues (PR) — ex-mulher do ex-senador Magno Malta — puxava o louvor com seu violão.
O deputado e pastor Francisco Eurico da Silva (Patriota), capelão da bancada evangélica, fez a pregação do dia. Depois, uma questão mundana se impôs: a escolha do novo líder da Frente Parlamentar Evangélica, composta hoje de 120 parlamentares ativos, um recorde desde a sua fundação, em 2002 — e maior, muito maior, do que qualquer partido político no Congresso Nacional.
Não há nem nunca houve votação para o posto de líder da frente religiosa: após discussões por vezes ásperas, Silas Câmara (PRB) foi sagrado por aclamação. Há diferenças e divisões na frente, mas a unidade de ação da bancada, nesta legislatura, vem amparada por uma convicção renovada na força política que o eleitorado evangélico demonstrou: foram os evangélicos que, proporcionalmente, mais sustentaram a eleição de Jair Bolsonaro. E o presidente dá repetidas mostras de alinhamento com o setor. Agora mesmo, matou no nascedouro a ideia de um novo imposto que incidiria também sobre as igrejas, o que mostra a força da bancada evangélica.
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ISTOÉ
Leonardo Da Vinci: O legado do gênio inspirador
O artista, engenheiro e sábio florentino morreu há 500 anos, mas sua contribuição, para muito além das artes, permanece entre nós e continua a surpreender Os contemporâneos de Leonardo Da Vinci (1452-1519) contam que o artista, engenheiro e sábio de muitas disciplinas costumava fazer um gesto característico quando conversava com os nobres, exibia-se em um palco ou se dirigia a aprendizes no ateliê: levantava a mão e apontava com o dedo indicador para o alto, em direção de algum objeto ou mesmo de um fenômeno natural. Em vida, o Leonardo di Ser Piero da Vinci — nascido em Anchiano, lugarejo vizinho a Vinci, então república de Florença, filho ilegítimo do notário Piero Fruosino — despertava admiração pela beleza, força física, maneiras refinadas, raciocínio crítico e a vontade de impressionar e até chocar as pessoas a sua volta.
Trajado com um manto cor-de-rosa curto, quando a moda era a veste longa, bastos cabelos encaracolados e barba que lhe caía pela cintura, Leonardo se imbuía de uma consciência teatral. Representava o papel do personagem que, com curiosidade insaciável, perseguia a perfeição: a imagem do que se convencionou chamar de homem renascentista, aquele que se liberta das superstições medievais e usa o poder de observação da natureza para expressar o resultado do conhecimento em esboços, diagramas, cálculos e, por m, obras de arte e engenharia.
A síntese do “método de Da Vinci”, como descreveu o poeta Paul Valéry, uma modalidade de alto saber não-verbal, pode ser encontrada na imagem da mão humana com o dedo apontando para um alvo determinado ou não. Além de repetir o gesto no dia a dia, ele o fixou em pinturas: São Tomé indica o céu em “A Última Ceia”, o anjo de ‘‘Anunciação” aponta Maria para o espectador e São João Batista ergue o dedo com um despudor que ainda faz corar muitos críticos. Seu modelo teria sido o jovem aluno Salai (“Diabinho”), um delinquente com quem viveu por longo tempo.
Provocador, Leonardo parecia querer mostrar o caminho da redenção ou a trilha da decifração do universo. “Para Leonardo, Mistério era uma sombra, um sorriso e um dedo apontado para a escuridão”, disse um de seus biógrafos mais eminentes, o inglês Kenneth Clark (1903-1983).
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ÉPOCA
A conspiração
No começo de abril, o deputado federal Marco Feliciano (Podemos) viajou aos Estados Unidos para se reunir com o ideólogo do governo Jair Bolsonaro, Olavo de Carvalho. Naquele momento, Olavo e o pastor Silas Malafaia, adversário de Feliciano, trocavam ataques nas redes sociais em razão de críticas feitas pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PSL) a imigrantes brasileiros na ilegalidade em solo americano.
Feliciano enxergou na disputa virtual uma oportunidade de fazer de Olavo seu aliado. O deputado percebera que a união de setores evangélicos e olavistas poderia abrir caminho, no governo Bolsonaro, para o avanço do que Feliciano chama de “força conservadora”, uma aliança entre os seguidores do ideólogo e os religiosos alinhados com o pastor em busca de poder na administração federal.
A união, ao menos retórica, deu-se num momento em que o círculo militar do Palácio do Planalto se via acuado pela indisposição, até então velada, entre o presidente Jair Bolsonaro e seu vice, Hamilton Mourão. Abriu-se, portanto, um espaço de poder com potencial de ser preenchido.
O primeiro passo do plano ensaiado nos Estados Unidos visava explorar supostas fragilidades dos generais palacianos — e, como se verá adiante, acabaria dando prestígio a Feliciano junto ao núcleo ideológico: tratava-se da assinatura de um manifesto de três páginas no qual deputado e guru armavam o desejo de “impedir o sequestro do governo” pelo “estamento burocrático”, termo cunhado para se referir aos militares do Palácio que, na opinião da dupla, movimentavam-se para impedir a agenda de costumes do grupo conservador.
“A base de Bolsonaro são os conservadores e os evangélicos. Os militares vêm a reboque. São os conservadores, liderados por Olavo, e a base evangélica, que é muito grande no país, os responsáveis pela sustentação do governo”, disse Feliciano a Época.
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Comunicação do Planalto tem sido palco de uma disputa entre o núcleo militar e os chamados 'olavistas'
Com Jornal do Brasil
Em um novo capítulo das disputas dentro do governo, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) afirmou neste domingo (5) que não pretende regulamentar nem os veículos de comunicação nem as mídias sociais.
Em mensagem publicada em sua conta oficial no Twitter, ele escreveu que recomenda "um estágio na Coreia do Norte ou em Cuba" para quem defender uma espécie de controle do conteúdo divulgado.
"Em meu governo, a chama da democracia será mantida sem qualquer regulamentação da mídia, aí incluída as sociais. Quem achar o contrário recomendo um estágio na Coreia do Norte ou Cuba", afirmou.
A publicação, de acordo com assessores presidenciais, foi uma resposta a críticas feitas nas redes sociais a uma declaração do ministro da Secretaria de Governo, Carlos Santos Cruz. O general é alvo de forte campanha de detração nas redes sociais, capitaneada pelo escritor Olavo de Carvalho há dias. A Secom (Secretaria de Comunicação Social) está subordinada à pasta dele. Santos Cruz concedeu entrevista no início de abril à rádio Jovem Pan na qual comentou sobre a necessidade de evitar distorções nas redes sociais.
Ele afirmou ainda que a influência das mídias sociais é benéfica, mas também pode "tumultuar". Para ele, é necessário ter cuidado com a sua utilização, evitando ataques e o seu uso como "arma de discórdia".
"As distorções e os grupos radicais, sejam eles de uma ponta ou de outra, da posta leste ou da ponta oeste, isso aí têm que ser tomado muito cuidado, tem que ser disciplinado. A própria legislação tem de ser melhorada", disse.
Um trecho da entrevista foi pinçado pelo humorista Danilo Gentili no fim da manhã deste domingo. Em um post também no Twitter, ele lançou dúvidas se a fala do ministro abriria caminho para a regulação das mídias sociais.
O que se seguiu foi uma série de posts da família Bolsonaro sobre o assunto e de simpatizantes do presidente, que chegavam a pedir a saída do general do cargo. O deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) resgatou um discurso dele sobre o assunto e escreveu: "Mesmo ao falar de uma fake news contra Bolsonaro sempre defendemos a não regulamentação da internet ou da imprensa. A melhor pessoa para fazer esse filtro é você".
Cerca de uma hora depois, Carlos Bolsonaro, filho que acessa as redes do presidente, postou: "A internet 'livre' foi o que trouxe Bolsonaro até a Presidência e graças a ela podemos divulgar o trabalho que o governo vem fazendo! Numa democracia, respeitar as liberdades não significa ficar de quatro para a imprensa, mas sempre permitir que exista a liberdade das mídias!".
O escritor Olavo de Carvalho, um dos gurus do presidente, foi explícito ao endereçar as críticas. "Controlar a internet, Santos Cruz? Controlar a sua boca, seu merda", escreveu. A comunicação do Palácio do Planalto tem sido palco desde o início do governo de uma disputa entre o núcleo militar e os chamados "olavistas", seguidores do escritor.
No mês passado, Santos Cruz desautorizou pedido feita pela Secom para que as empresas estatais enviassem para avaliação prévia propagandas de perfil mercadológico.
O gesto foi interpretado por assessores palacianos como a primeira crise entre o militar e o empresário Fábio Wajngarten, que assumiu recentemente a Secom na tentativa de melhorar a comunicação do governo.
Funeral Mais cedo, durante a tarde, Bolsonaro compareceu ao enterro da mãe de um ex-assessor no cemitério Campo da Esperança, em Brasília. Antes, cumprimentou apoiadores em frente ao Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência.
O enterro foi da mãe do ex-assessor Eduardo Guimarães, Teresa Cristina. Guimarães assessorou Bolsonaro na Câmara dos Deputados até o ano passado. No enterro, o presidente se emocionou, ficou abraçado à família e não falou com jornalistas. Em frente ao Alvorada, antes de ir para o cemitério, Bolsonaro foi questionado por jornalistas sobre se desistiu de ir a Nova York por causa das críticas feitas a ele pelo prefeito da cidade, Bill de Blasio.
EUA
O presidente respondeu apenas que vai aos Estados Unidos, mas não disse em qual data nem em quais circunstâncias. Bolsonaro também disse a um apoiador, em frente ao palácio, que na próxima terça-feira (7) vai assinar um decreto sobre munição.
As críticas proferidas pelo governador Mauro Carlesse em relação à administração de Cinthia Ribeiro, em Palmas, não são novidade para ninguém. Mas a maneira como foram trazidas a público é que significa um “divisor de águas”, um posicionamento concreto das peças, cada uma de um lado do tabuleiro político, em relação à reeleição da prefeita de Palmas.
Por Edson Rodrigues
Outra certeza após as críticas do governador quanto à sua administração, é que Cinthia Ribeiro sai, definitivamente, da zona de conforto em que sua administração havia “estacionado”. Agora, ela passa a ser “vidraça”.
Não há mais céu de brigadeiro para a prefeita da Capital, mas isso, também, não significa que tudo esteja perdido para Cinthia Ribeiro e seus aliados. Significa, apenas que será cada um de um lado, em busca do mesmo objetivo e ambos, governador e prefeita da Capital, poderão colher flores ou espinhos, de acordo com o rendimento de suas administrações.
CONVENÇÃO
Agora começa um ciclo de pegadinhas e sedução, uma vez que Cinthia está, atualmente, apadrinhada pelo senador Eduardo Gomes, do MDB, vice-líder do governo Jair Bolsonaro e segundo secretário da Mesa-Diretora do Senado, e caminha a passos largos para se filiar ao PTB de Ronaldo Dima, prefeito de Araguaína e aliado de Gomes no Norte do Estado.
A convocação da convenção do PSDB, atual partido de Cinthia Ribeiro, para este sábado tem a única intenção de confirmar o ex-senador Ataídes Oliveira como presidente da legenda no Estado.
Ataídes e Cinthia não se falam e a confirmação do ex-senador na presidência do PSDB significa que a “porta da frente é serventia da casa” para a prefeita da Capital. Por outro ponto de vista, significa, também, que Cinthia está “livre para voar” rumo aos braços de um partido que queira ter em seus quadros a atual prefeita da Capital do Tocantins.
FUSÃO DESENHADA
Segundo o renomado colunista político Claudio Humberto publicou em seu site, está muito próxima uma fusão entre o PSDB, o DEM e o PSD, que será agilizada após a convenção nacional do PSDB, em junho.
Caso essa fusão se concretize, algumas pessoas podem alavancar suas posições, mas, também deixará um rastro devastador para algumas carreiras políticas e projetos futuros de diversos líderes tocantinenses.
O senador Irajá Abreu pode crescer seu cacife no cenário político por ser senador e pose vir a ser presidente estadual da legenda que resultará da fusão. Resta saber como ficarão as posições do governador Mauro Carlesse, do seu vice, Wanderlei Barbosa, do presidente da Assembleia Legislativa, Toinho Andrade e de seus respectivos seguidores, pois a fusão os deixará lado a lado com diversos adversários políticos espalhados desde a Capital até o interior do Estado, que são filiados a uma das três siglas.
Mas, como disse Claudio Humberto, até junho, “muita água vai correm embaixo da ponte”.
Haja coração!
Até as cenas dos próximos capítulos!
Bradesco fica mais próximo do Itaú desde 2008. Lucro de 29% no Brasil salva espanhol Santander no 1º trimestre
Com Jornal do Brasil
Os balanços dos bancos no 1º trimestre do governo Bolsonaro mostram que pouca coisa mudou: os bancos continuam tendo lucros bilionários, reforçados pelas cobranças nas prestações de serviços, cada vez mais automatizadas. Com o resultado positivo de R$ 6,8 bilhões do Itaú Unibanco no 1º trimestre (6,6% maior que no ano passado, os três maiores bancos privados acumulam lucros de R$ 16,640 bilhões no governo Bolsonaro. A receita de serviços acumulada passa dos R$ 25 bilhões, sem somados os R$ 1,607 milhões de ganhos do Itaú nas atividades de seguros(R$ 10,2 bilhões no total).
Os dados do Itaú são pouco transparentes com relação à atividades no Brasil, já que as operações da CorpBanca, unidade que opera na América Latina (Argentina, Chile, Panamá e Colômbia) são incorporadas, além das redes no Uruguai e Paraguai, herdadas, em 2008, do Unibanco, que comprou as operações do Banco Nacional em 1995. Desde a fusão entre o Itaú-Unibanco, os resultados do Bradesco, que perdeu a liderança, nunca chegaram tão perto: 7,8% a menos.
Aumenta da inadimplência gera perdas no Itaú
Com os dados globais da AL, o Itaú tem inadimplência de apenas 3,02%. Entretanto, decompondo os créditos com atraso acima de 90 dias, por origem, o nível cai com os 1,37% da América Latina (era de 1,6% em março de 2018), mas permanece estável no Brasil em 3,68% (3,7% em março do ano passsado). Além de não ter caído em um ano, a inadimplência geral do Itaú está bem maior que os 3,3% do Bradesco e os 3,1% do Santander (ambos em queda).
O problema do Itaú está concentrado no calote das grandes empresas brasileiras. As operações de créditos para grandes encolheram 3,1% nos 12 meses terminados em março, quando caíram para R$ 190,7 bilhões. Mas os atrasos acima de 90 dias aumentaram extraordinários 92,6% no período. Nenhum banco brasileiro reportou tão intenso aumento dos atrasos. Entre as pessoas físicas (aí englobando a AL) que, com R$ 215,6 bilhões, concentram a maior parte das operações do Itaú, houve aumento de 12,7% nas operações e baixa de 4,1% nos atrasos.
Entre as pequenas e médias empresas (saldo de R$ 74,1 bilhões, incluindo AL), houve aumento de 17,6% nas operações mas queda de 32,8% nos atrasos com mais de três meses.
Impacto das normas contábeis
Todos os bancos brasileiros e internacionais estão sofrendo perdas contábeis com a aplicação das regras da IFRS 16 (International Financial Reporting Standards), O Itaú teve impacto na avaliação de bens e ativos financeiros, extensivo à área de seguros. Mas o que chamou a atenção no balanço do Itaú foi a fraca evolução das receitas de serviços e seguros comparadas a março de 2018, de apenas 1% (sendo 1,1% para as tarifas e apenas 0,3% para receitas em seguros, no período em que a inflação brasileira atingiu 4,75%). Seria efeito da crise Argentina? Isto não está indicado no balanço nem foi exposto nas entrevistas dos diretores hoje.
Em 12 meses, as receitas com cartões de crédito encolheram 1,7% (parte devido ao encolhimento das operações de rolagem, obrigadas pelo Banco Central a migrar para outras linhas de crédito). As receitas de conta corrente aumentaram apenas 1,5%, abaixo da variação do IPCA (4,75%). Apesar da guerra das tacas de administração, as receitas nessa área cresceram 5,2%, parte pela valorização das carteiras de ações.
Com Lula, Dilma, Temer ou Bolsonaro os ganhos do banco continuam numa boa
Nos três primeiros meses do governo Bolsonaro, os lucros bilionários do Santander Brasil chegaram a 724 milhões de euros (R$ 3,2 bilhões ao câmbio de ontem), um aumento de 7,7% no 1º trimestre frente ao último de 2018 e de 14,8% (em euros) sobre igual período do ano passado. O lucro recorrente da filial brasileira foi de R$ 3,4 bilhões. Com isso, o Brasil garantiu 29% do lucro global da organização dirigida por Ana Botin. Foi a maior fatia do lucro global do Santander nos últimos anos.
Individualmente, o Santander dos Estados Unidos teve o maior crescimento de lucro no trimestre, 35%, mas representou apenas 7% dos ganhos globais. A Espanha que teve perda de 11%, com 403 milhões de euros, gerou apenas 16% do lucro global. Na verdade, as organizações Santander tiveram forte queda no lucro do 1º trimestre, de 1,840 bilhão de euros, uma redução de 11% no 1º trimestre frente a dezembro de 2018 e queda de 10,4% em relação aos 1º trimestre do ano passado.
Perdas na Espanha, na Polônia e no Reino Unido, além da Argentina, nas operações da América Latina, e os encargos da aplicação do capítulo 16 da IFRS (International Financial Reporting Standards), normas internacionais de contabilidade que determinaram fortes baixas contábeis em ativos financeiros e nas atividades de seguro reduziram em 694 milhões de euros os ganhos globais. Cobertos pelos 724 milhões de euros do Brasil.
No Brasil, apesar dos lucros, a performance trimestral não foi favorável (em euros, por causa do câmbio mais apreciado em 2019). Nas receitas de serviços e tarifas, a filial do banco espanhol faturou 931 milhões de euros, uma queda de 1,3% no trimestre e uma expansão de 8,4% nos últimos 12 meses. Houve perdas anuais de 6% em contas correntes, de 17,3% em títulos e de 7,1% em seguros. Mas, no 1º trimestre, comparado com dezembro, houve avanços de 16,1% em cartões de crédito e débitos e meios de pagamento (+4% em 12 meses) e de 16,4% em seguros.
Vejam a distribuição dos lucros do Santander pelo Mundo
Lucros bilionários seguem no 1º Tri. 2019
Indicador Itaú Bradesco Santander
Lucro líquido 1º trimestre (R$ milhões) 6.877 6.238 3.485
Retorno sobre Patrimônio Líquido Médio 24,8%* 20,5% 21,1%
Receita de Serviços (em R$ milhões) 7.890 8.074 4.529
Índice Inadimplência dos créditos > 90 dias 3,68% 3,3% 3,1%
Fonte: Balanço dos bancos
· *Apenas operações do Brasil