O Sine do Tocantins é o quarto melhor do país em colocação de trabalhadores no mercado de trabalho. O dado faz parte do Boletim de Políticas Pública de Emprego, Trabalho e Renda, do Ministério do Trabalho

 

Por Lara Cavalcante

 

Dado faz parte do Boletim de Políticas Pública de Emprego, Trabalho e Renda, publicado pelo Ministério do Trabalho este mêsCarlessandro Souza/Governo do Tocantins

O Sistema Nacional de Empregos (Sine) do Tocantins é o quarto melhor do país em colocação de trabalhadores no mercado de trabalho. O dado faz parte do Boletim de Políticas Pública de Emprego, Trabalho e Renda, publicado pelo Ministério do Trabalho este mês, com base nas análises de informações do terceiro trimestre de 2018.

 

Para avaliar a efetividade do Sine, a pesquisa levou em conta a razão entre o total de colocados pelo Sistema e o total de admitidos no mercado de trabalho formal de maneira geral. Considerando o terceiro trimestre de 2018, no Tocantins, 8,9% das admissões pelo mercado de trabalho formal se deram por meio da política de intermediação de mão de obra do Sine. Esse percentual está acima da média nacional que ficou em 4,2% e é o quarto melhor índice do país, atrás apenas de Alagoas (19,5%), Ceará (16,3%) e Paraná (11,8%).

 

De acordo com a gerente de Qualificação e Capacitação do Sine Tocantins, Cleudiana de Mesquita, os principais motivos para o resultado apontado pela pesquisa são: o empenho da equipe estadual e a busca constante de parcerias para oferecer, aos trabalhadores, oportunidades de capacitação. “Existe um grande comprometimento da nossa equipe em realizar um bom cadastro dos cidadãos que vêm até nós à procura de um emprego. Isso ajuda a encaminhar o perfil mais adequado para cada vaga”, explica.

 

Outro importante serviço realizado no posto de Palmas e destacado pela gerente Cleudiana é a orientação oferecida aos candidatos para participarem das entrevistas de emprego. “O trabalhador que busca uma vaga conosco, quando demonstra interesse, participa de uma simulação de entrevista com nossa equipe. Nesse momento, podemos orientá-los quanto à postura adequada, técnicas para controlar o nervosismo e como serem claros na exposição de suas competências, no momento da entrevista real", destaca a gerente.

 

O Sine Tocantins oferece periodicamente inúmeros cursos grauitos de capacitação em seus nove postos distribuídos pelo Estado, somente este ano, 461 trabalhadores foram certificados. Além disso, o Sistema mantém parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), com objetivo de encaminhar pessoas para cursos de qualificação sem custos. Em 2018, foram 368 encaminhamentos.

 

A estudante de Administração, Kátia Lopes da Costa, de 19 anos, confirma que a ação estratégica do Sine Tocantins faz a diferença. “Eu sempre fazia entrevistas de emprego, mas não conseguia passar nem da primeira etapa dos processos seletivos. Depois de fazer alguns cursos no Sine e receber orientações da equipe, percebi onde estava errando e já fui chamada em duas empresas”. Kátia Lopes participou das turmas de Marketing Pessoal e Auto Gestão de Atendimento ao Cliente.

 

Além desses temas, o Sine oferece cursos de Qualidade no Atendimento, Relação Interpessoal no Ambiente de Trabalho, Técnicas de Vendas, A Arte de Falar em Público, Orientações ao Secretariado, Elaboração de Currículos, Orientação Profissional, Empregabilidade e Autoestima, Motivação: O Pilar Para o Trabalho, Serviços de Supermercado, Excelência no Atendimento e Técnicas de Vendas, entre outros.

 

Para obter informações sobre as agendas dos cursos oferecidos pelo Sine, os interessados podem procurar as unidades do Sine em Araguaína, Araguatins, Dianópolis, Guaraí, Gurupi, Paraíso, Porto Nacional e Palmas nas unidades do centro e Taquaralto.

 

Posted On Segunda, 26 Novembro 2018 17:02 Escrito por O Paralelo 13

Ex-superintendente da PF será responsável pela Secretaria de Operações Policiais Integradas e Fabiano Bordignon vai comandar o Departamento Penitenciário Nacional; Moro está preocupado com PL que visa alterar as execuções penais no País e está na fila de votação da Câmara dos Deputados

Por iG São Paulo

 

Próximo ministro de Justiça e Segurança Pública no governo de Jair Bolsonaro, Sérgio Moro adiantou, nesta segunda-feira (26), que vai criar uma secretaria de operações policiais integradas a partir de 2019. O órgão, que estará agregado ao Ministério da Segurança Pública, tem como objetivo integrar os trabalhos das polícias estaduais, tanto civil como militar, com o da polícia federal.

 

Sérgio Moro acredita que o combate ao crime e, sobretudo, à corrupção, tende a ganhar se policiais agirem em conjunto, sem que haja uma concorrência ou disputa entre eles.

 

O ex-juiz federal adiantou que o responsável por comandar a secretaria será Rosalvo Ferreira, ex-superintendente da polícia federal que atuou com ele durante a Operação Lava Jato.

 

"Isso já é feito, de certa maneira, dentro do Ministério da Segurança Pública , mas a criação de uma secretaria específica para isso é de todo oportuno", disse o futuro ministro.

 

Apesar de integrar o trabalho, Moro garante que a secretaria seguirá dando autonomia para os estados e reconheceu que cada federação do País tem necessidades específicas no que toca à segurança pública e combate ao crime.

 

"Não é trazer as polícias para o comando do Ministério da Justiça, mas fazer a coordenação, a autonomia ficará mantida", explicou.

 

Na coletiva desta segunda-feira, o futuro ministro também demonstrou preocupação com o sistema prisional brasileiro e anunciou outro secretário para cuidar do tema no governo: Fabiano Bordignon.

 

Ex-delegado da Polícia Federal e, portanto, já experiente em sistema prisional, Bordignon ficará responsável pelo departamento penitenciário nacional, que, na visão de Moro, precisa de uma atenção especial no País.

 

Sérgio Moro critica projeto que visa alterar a execução penal

Na coletiva de anúncio dos dois novos secretários, Sérgio Moro aproveitou para comentar o projeto de lei que está na fila de votação da Câmara e visa alterar as execuções penais no Brasil. Pressionado por deputados alvos na Lava Jato, o presidente Rodrigo Maia pode levar o PL ao plenário ainda neste ano.

 

“O meu entendimento é que o projeto tem medidas positivas, mas algumas problemáticas. O ideal seria que não fosse objeto de deliberação nesse fim de legislatura. O ideal seria que fosse dada a oportunidade para que o futuro governo tenha tempo para se debruçar e fazer as correções necessárias. O projeto prevê, por exemplo, que reconhecimento de crime doloso cometido dentro de um presídio ficaria pendente de sentença, o que poderia levar anos. Isso não é uma medida que me parece razoável”, explicou Moro.

 

O futuro ministro da Justiça ainda defendeu que, ao liberar presos com o argumento de que o sistema penitenciário não suporta mais a superlotação pode colocar na rua criminosos que deixam a sociedade em risco.

 

“Seria importante fazer ressalvas em relação ao crime de corrupção, assim como os indultos natalinos deveriam fazer, considerando a dimensão da corrupção no País”, defendeu.

 

Sérgio Moro afirmou que já passou o seu entendimento pessoalmente a Rodrigo Maia e acredita que haverá bom senso dos parlamentares para que, caso haja votação, isso seja feito na próxima legislatura.

Posted On Segunda, 26 Novembro 2018 15:53 Escrito por O Paralelo 13

Denúncia apresentada nesta sexta-feira é a primeira da força-tarefa de SP contra o ex-presidente petista; caso é relacionado a doação ao Instituto Lula

 

Por iG São Paulo

 

A força-tarefa da Operação Lava Jato em São Paulo apresentou uma denúncia à Justiça, nesta segunda-feira (26), contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, por lavagem de dinheiro, no valor de R$ 1 milhão.

 

Formalmente, a Justiça Federal aponta que "usufruindo de seu prestígio internacional, Lula influiu em decisões do presidente da Guiné Equatorial, Teodoro Obiang, que resultaram na ampliação dos negócios do grupo brasileiro ARG no país africano". Em troca, segundo os procuradores da Operação Lava Jato , esse R$ 1 milhão teria sido pago ao Instituto Lula, em forma de doação.

 

Esta é a primeira denúncia da força-tarefa de São Paulo contra o ex-presidente. Enquanto isso, no Paraná, base e origem da operação, a força-tarefa da Procuradoria já levou o petista três vezes para o banco dos réus – foi, inclusive, em um desses processos, no caso do tríplex do Guarujá, que Lula já foi condenado a 12 anos e um mês de prisão, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

 

Nesta segunda, além do petista, o Ministério Público Federal denunciou o controlador do grupo ARG, Rodolfo Giannetti Geo. Ele é acusado pelos crimes de tráfico de influência em transação comercial internacional e lavagem de dinheiro.

 

Tal ocorrência teria acontecido entre os meses de setembro de 2011 e junho de 2012, quando Lula já não era mais o presidente do Brasil. O ex-presidente também seria denunciado pelo crime de tráfico de influência, mas, por ter mais de 70 anos, esse crime já prescreveu para ele – o que não aconteceu no caso de Rodolfo Giannetti Geo.

 

Segundo os procuradores, em setembro de 2011, Geo procurou Lula e solicitou ao ex-presidente "que interviesse junto ao mandatário da Guiné Equatorial , Teodoro Obiang, para que o governo daquele país continuasse realizando transações comerciais com o Grupo ARG, especialmente na construção de rodovias".

 

Para o MPF, tal transação então "não se trata de doação, mas pagamento de vantagem a Lula em virtude do ex-presidente do Brasil ter influenciado o presidente de outro país no exercício de sua função".

 

Como a doação feita pela ARG seria, na verdade, um pagamento, "o registro do valor como uma doação é ideologicamente falso e trata-se apenas de uma dissimulação da origem do dinheiro ilícito, e, portanto, configura crime de lavagem de dinheiro", diz a denúncia.

 

"As provas do crime denunciado pelo MPF foram encontradas nos e-mails do Instituto Lula, apreendidos em busca e apreensão realizada no Instituto Lula em março de 2016 na Operação Aletheia, 24ª fase da Operação Lava Jato de Curitiba", afirma o documento assinado pela Procuradoria da República no estado de São Paulo.

Posted On Segunda, 26 Novembro 2018 16:52 Escrito por O Paralelo 13

Relatório final diz que repasses ao MDB do Senado passaram por contas no exterior do dono da Itaipava, Walter Faria

 

Com Agências

 

A Polícia Federal rastreou depósitos de US$ 3 milhões feitos por lobistas a contas bancárias na Suíça que seriam parte de um acerto de propina com políticos do MDB do Senado, entre eles o senador Renan Calheiros, em troca de contratos na Petrobras. O relatório final da PF nessa investigação traz detalhes sobre a engenharia financeira montada para pagar propina ao MDB e atribui ao senador, potencial candidato à presidência do Senado, o crime de corrupção passiva. Procurado, Calheiros negou e disse que a acusação será rejeitada pela Justiça. As informações estão no jornal O Globo deste domingo (25/11).

 

A propina passou, diz a PF, por duas contas na Suíça controladas pelo empresário brasileiro Walter Faria, dono do Grupo Petrópolis (da Itaipava), que, por isso, é acusado pela PF de lavagem de dinheiro.

 

O relatório sigiloso, assinado pelo delegado Thiago Delabary, foi enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) em 6 de setembro. No dia 12, o ministro Edson Fachin encaminhou o material à Procuradoria-Geral da República (PGR), que está analisando se apresenta denúncia contra Calheiros e os demais investigados.

 

Renan, reeleito para o cargo de senador, até agora só foi denunciado uma vez na Lava Jato. A denúncia, feita pelo ex-PGR Rodrigo Janot, foi rejeitada pelo STF.

 

Segundo as investigações, o MDB recebia “comissões” de contratos da Diretoria Internacional da Petrobras, então comandada por Nestor Cerveró, apadrinhado do partido.

 

Em 2006, Cerveró acertou com a Samsung Heavy Industries a aquisição de dois navios-sonda pela Petrobras, no valor de US$ 1,2 bilhão, em troca de propina. Cerveró disse em sua delação que acertou repassar US$ 6 milhões dessas propinas ao grupo do MDB do Senado: Renan, o senador Jader Barbalho (PA) e o ex-ministro de Minas e Energia Silas Rondeau.

 

Crime de corrupção passiva

A PF também apontou indícios de envolvimento do deputado federal Aníbal Gomes (MDB-CE) e de seu ex-assessor Luís Carlos Batista Sá. O relatório atribui o crime de corrupção passiva a Renan, Silas, Aníbal e Batista Sá. Em relação a Jader, a PF considerou as provas insuficientes. Todos negam as acusações.

 

Procurada, a assessoria de Renan afirmou que ele“não vê Jorge Luz há mais de 20 anos, não conhece seu filho, não tem conta no exterior, não conhece os donatários das contas e nunca teve negócios com ele e com ninguém”. Disse ainda que “investigação nenhuma comprovará sua participação com qualquer tipo de falcatrua, conta no exterior ou com o recebimento de dinheiro através de terceiros”.

 

Em nota, a assessoria de Walter Faria classificou a acusação de “insustentável”. O empresário afirmou que “as provas demonstram que os delatores e demais investigados não conheciam ou tinham qualquer relacionamento” com ele. “Não houve por parte de Walter Faria qualquer tipo de repasse a políticos ou agentes públicos”, diz a nota.

Posted On Segunda, 26 Novembro 2018 08:57 Escrito por O Paralelo 13

ISTOÉ MOSTRA O CONTRASTE ENTRE OS DOIS MUNDOS DE MICHELLE BOLSONARO. VEJA FALA SOBRE A FESTA NO MERCADO ECONÔMICO E ÉPOCA SOBRE O FIM DA ERA TEMER

 

ISTOÉ

Os dois mundos de Michelle Bolsonaro

 

Enquanto a realidade do poder aguarda a futura primeira-dama, seus familiares mantêm uma vida humilde num casebre a 500 metros de uma boca de fumo situada na precária Ceilândia, cidade a 26 quilômetros do centro da capital federal onde ela nasceu Na quarta-feira (21), a futura primeira-dama do Brasil, Michelle, mulher do presidente eleito Jair Bolsonaro, conheceu o suntuoso palácio em que poderá se instalar a partir do dia 1º de janeiro. Durante pouco mais de uma hora, foi conduzida pela atual primeira-dama, Marcela Temer, pelas salas e corredores dos sete mil metros quadrados do Palácio da Alvorada, construção de três andares em mármore e concreto concebida por Oscar Niemeyer no final da década de 1950.

 

A 26 quilômetros dali, seu pai, Vicente de Paulo, seguia sua rotina de motorista de ônibus aposentado, ao lado da atual mulher e madrasta de Michele, Maísa Torres, na casa em que moram numa quadra da Ceilândia Norte, periferia do Distrito Federal. Ali, Vicente e Maísa tocam seu pequeno negócio, uma serigrafia que imprime camisetas para a Igreja Adventista da qual fazem parte, e que Michele também frequentava quando vivia em Brasília.

 

A situação de vulnerabilidade é incontestável, principalmente em se tratando da família da mulher do futuro presidente do Brasil. Há uma boca de fumo instalada a 500 metros da porta, no final da rua. O casal admite preocupação. “Falta polícia para tirar esses criminosos daqui. A gente já pediu, mas não foi atendido”, revela a madrasta de Michelle Bolsonaro, a quem ela chama de “segunda mãe”.

 

Era ali, em outra casa próxima na mesma região de Ceilândia, que Michelle vivia antes de conhecer, se casar com Jair Bolsonaro e se mudar para o Rio de Janeiro, onde os dois vivem atualmente. Em tudo, o ambiente, a região, os hábitos, a realidade é diametralmente oposta da que Michelle encontrará quando retornar definitivamente a Brasília para viver.

 

Seja no Alvorada ou mesmo na Granja do Torto, caso opte por se acomodar lá. O cômodo reservado para ela no Alvorada foi decorado com sofás do renomado designer italiano Tobia Scarpa e tapetes persas. Já a casa de Vicente, seu pai, e Maísa, a madrasta, exibe no beco em frente um lixo acumulado, o que confere ao lugar um aspecto de abandono. O acesso ao local é feito por um asfalto maltratado pelas chuvas. Recentemente, nos arredores, houve uma tentativa de estupro. Por isso, eles não descuidam da segurança, com grades que ocupam do chão até o teto.

 

VEJA

A festa do mercado

 

O governo de Jair Bolsonaro ainda não começou, mas já pode contar com uma boa notícia. A economia brasileira ensaia finalmente um movimento de recuperação consistente, com a volta gradual da confiança de empresários e consumidores, depois de um quadriênio de recessão profunda seguida de baixo crescimento. Mais do que isso: tanto o mercado financeiro quanto o empresariado estão animados e confiantes para 2019, o que pode se tornar uma profecia autorrealizável: otimistas, financistas e executivos abrem a mão para contratar e investir, o que por si só ajuda a empurrar o crescimento do país.

 

Bancos e consultorias começam a revisar para cima a projeção de expansão do produto interno bruto (PIB) em 2019 — o consenso no mercado aponta uma alta de 2,5%, que, se confirmada, será o melhor resultado em seis anos.

 

Trata-se de um fenômeno avalizado por uma série de indicadores e acontecimentos nas últimas semanas. Entre os fatores mais significativos que trazem ânimo ao setor privado está a composição da equipe econômica do novo governo com profissionais experientes e tarimbados nos cargos-chave: é a sinalização de que o futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, terá força e autonomia para implementar suas ideias, neutralizando, por ora, as suspeitas de que o estatismo histórico de Bolsonaro poderia prevalecer no governo.

 

Guedes pretende imprimir medidas para melhorar o ambiente de negócios sem abrir mão de políticas fiscais e monetárias responsáveis. Será o grande teste de Bolsonaro no campo econômico. A prioridade, obviamente, é a reforma da Previdência, sem a qual o próximo governo não terá condições a curto e médio prazo de reequilibrar as finanças públicas — e isso pode minar o otimismo que está se espalhando. Com as contas no vermelho, será inviável melhorar a qualidade dos serviços públicos em áreas fundamentais como saúde, educação e segurança.

 

ÉPOCA

“Não vou sentir falta de nada”

 

Em um cair de tarde chuvoso, Michel Miguel Elias Temer Lulia, de 78 anos, o 37º presidente do Brasil, estava sentado na cabeceira de uma longa mesa de madeira em um dos salões do Palácio da Alvorada, em Brasília.

 

Dali a 42 dias, Temer deixaria o cargo a que foi catapultado depois do impeachment da presidente Dilma Rousseff, de quem era vice. Recebeu Época no palácio em que morou por apenas uma semana – por considerá-lo grande, frio, impessoal demais, voltou ao Jaburu.

 

Na conversa, falou sobre o que aprendeu no poder, os palpites dados ao seu sucessor, Jair Bolsonaro (em quem disse ter votado no segundo turno), e o futuro a partir de 1º de janeiro. "Não vou sentir falta de nada", disse sobre os anos na presidência. Istoé mostra o contraste entre os dois mundos de Michelle Bolsonaro Poder aguarda a futura primeira-dama; já seus familiares mantêm uma vida humilde. ISTOÉ Os dois mundos de Michelle Bolsonaro Enquanto a realidade do poder aguarda a futura primeira-dama, seus familiares mantêm uma vida humilde num casebre a 500 metros de uma boca de fumo situada na precária Ceilândia, cidade a 26 quilômetros do centro da capital federal onde ela nasceu Na quarta-feira (21), a futura primeira-dama do Brasil, Michelle, mulher do presidente eleito Jair Bolsonaro, conheceu o suntuoso palácio em que poderá se instalar a partir do dia 1º de janeiro. Durante pouco mais de uma hora, foi conduzida pela atual primeira-dama, Marcela Temer, pelas salas e corredores dos sete mil metros quadrados do Palácio da Alvorada, construção de três andares em mármore e concreto concebida por Oscar Niemeyer no nal da década de 1950. A 26 quilômetros dali, seu pai, Vicente de Paulo, seguia sua rotina de motorista de ônibus aposentado, ao lado da atual mulher e madrasta de Michele, Maísa Torres, na casa em que moram numa quadra da Ceilândia Norte, periferia do Distrito Federal. Ali, Vicente e Maísa tocam seu pequeno negócio, uma serigraa que imprime camisetas para a Igreja Adventista da qual fazem parte, e que Michele também frequentava quando vivia em Brasília. A situação de vulnerabilidade é incontestável, principalmente em se tratando da família da mulher do futuro presidente do Brasil. Há uma boca de fumo instalada a 500 metros da porta, no nal da rua. O casal admite preocupação. “Falta polícia para tirar esses criminosos daqui. A gente já pediu, mas não foi atendido”, revela a madrasta de Michelle Bolsonaro, a quem ela chama de “segunda mãe”. Era ali, em outra casa próxima na mesma região de Ceilândia, que Michelle vivia antes de conhecer, se casar com Jair Bolsonaro e se mudar para o Rio de Janeiro, onde os dois vivem atualmente. Em tudo, o ambiente, a região, os hábitos, a realidade é diametralmente oposta da que Michelle encontrará quando retornar denitivamente a Brasília para viver. Seja no Alvorada ou mesmo na Granja do Torto, caso opte por se acomodar lá. O cômodo reservado para ela no Alvorada foi decorado com sofás do renomado designer italiano Tobia Scarpa e tapetes persas. Já a casa de Vicente, seu pai, e Maísa, a madrasta, exibe no beco em frente um lixo acumulado, o que confere ao lugar um aspecto de abandono. O acesso ao local é feito por um asfalto maltratado pelas chuvas. Recentemente, nos arredores, houve uma tentativa de estupro. Por isso, eles não descuidam da segurança, com grades que ocupam do chão até o teto. VEJA A festa do mercado Com os sinais de retomada do crescimento e a composição da equipe econômica de Paulo Guedes, empresários e investidores voltam a car otimistas Da redação, 25 de novembro de 2018 Compartilhar 8 Tweetar 25/11/2018 Istoé mostra o contraste entre os dois mundos de Michelle Bolsonaro - Notícias - Revistas semanais - Nominuto.com http://www.nominuto.com/noticias/revistas-semanais/istoe-mostra-o-contraste-entre-os-dois-mundos-de-michelle-bolsonaro/177921/ 2/3 O governo de Jair Bolsonaro ainda não começou, mas já pode contar com uma boa notícia. A economia brasileira ensaia nalmente um movimento de recuperação consistente, com a volta gradual da conança de empresários e consumidores, depois de um quadriênio de recessão profunda seguida de baixo crescimento. Mais do que isso: tanto o mercado nanceiro quanto o empresariado estão animados e conantes para 2019, o que pode se tornar uma profecia autorrealizável: otimistas, nancistas e executivos abrem a mão para contratar e investir, o que por si só ajuda a empurrar o crescimento do país. Bancos e consultorias começam a revisar para cima a projeção de expansão do produto interno bruto (PIB) em 2019 — o consenso no mercado aponta uma alta de 2,5%, que, se conrmada, será o melhor resultado em seis anos. Trata-se de um fenômeno avalizado por uma série de indicadores e acontecimentos nas últimas semanas. Entre os fatores mais signicativos que trazem ânimo ao setor privado está a composição da equipe econômica do novo governo com prossionais experientes e tarimbados nos cargos-chave: é a sinalização de que o futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, terá força e autonomia para implementar suas ideias, neutralizando, por ora, as suspeitas de que o estatismo histórico de Bolsonaro poderia prevalecer no governo. Guedes pretende imprimir medidas para melhorar o ambiente de negócios sem abrir mão de políticas scais e monetárias responsáveis. Será o grande teste de Bolsonaro no campo econômico. A prioridade, obviamente, é a reforma da Previdência, sem a qual o próximo governo não terá condições a curto e médio prazo de reequilibrar as nanças públicas — e isso pode minar o otimismo que está se espalhando. Com as contas no vermelho, será inviável melhorar a qualidade dos serviços públicos em áreas fundamentais como saúde, educação e segurança.

 

ÉPOCA

“Não vou sentir falta de nada”

Os últimos dias de Michel Temer no poder Em um cair de tarde chuvoso, Michel Miguel Elias Temer Lulia, de 78 anos, o 37º presidente do Brasil, estava sentado na cabeceira de uma longa mesa de madeira em um dos salões do Palácio da Alvorada, em Brasília. Dali a 42 dias, Temer deixaria o cargo a que foi catapultado depois do impeachment da presidente Dilma Rousseff, de quem era vice. Recebeu Época no palácio em que morou por apenas uma semana – por considerá-lo grande, frio, impessoal demais, voltou ao Jaburu. Na conversa, falou sobre o que aprendeu no poder, os palpites dados ao seu sucessor, Jair Bolsonaro (em quem disse ter votado no segundo turno), e o futuro a partir de 1º de janeiro. "Não vou sentir falta de nada", disse sobre os anos na presidência. Leia em Época desta semana os detalhes dessa conversa e também um poema inédito escrito por Temer.

 

Leia em Época desta semana os detalhes dessa conversa e também um poema inédito escrito por Temer.

Posted On Segunda, 26 Novembro 2018 07:13 Escrito por O Paralelo 13