Cerca de quatro meses se passaram desde o incêndio na ponte do povoado do Mumbuca e, até o momento, nenhuma providência foi tomada.
Por Cinthia Abreu
Mais de 60 famílias continuam isoladas após a única ponte que liga o povoado à cidade de Mateiros pegar fogo e ficar totalmente destruída, no dia 24 de agosto. No dia 9 de dezembro, representantes da comunidade Mumbuca encaminharam pedido de socorro para a DPE-TO – Defensoria Pública do Estado do Tocantins, por meio do DPAGRA – Defensoria Pública Agrária, relatando o desespero da comunidade em ficar sem qualquer acesso à cidade de Mateiros, completamente isolados e ilhados, pois em razão das chuvas, sequer o acesso de pedestre está sendo possível.
As crianças da comunidade sequer conseguiram concluir o ano letivo, em razão do completo isolamento. Assim, os membros da comunidade estão desamparados pelo Estado e frustrados pelas tentativas e pedidos de apoio não respondidos até então, motivo pelo qual recorrem ao Poder Judiciário, com vistas à solução.
Assim, o DPAGRA, juntamente com o NDDH – Núcleo Especializado de Defesa dos Direitos Humanos e NAC – Núcleo de Ações Coletivas, protocolou ACP – Ação Civil Pública, no sentido de obrigar o Estado do Tocantins e o Município de Mateiros a apresentarem, em caráter de urgência, projeto exequível e cronograma realista para a construção da ponte de acesso à comunidade Mumbuca. Ainda em caráter de urgência, o DPAGRA solicitou que providenciem, no prazo máximo de 15 dias, acesso alternativo, a ser utilizado enquanto o projeto não for apresentado e concluído, ambos os pedidos condicionados a multa diária de R$ 10 mil reais, caso não observados.
Entenda o Caso
A população se vê ilhada e sem estrutura, o que faz com que tarefas simples necessitem de um enorme esforço, ou mesmo se tornem impossíveis de serem realizadas, como comprar alimentação ou irem à escola. A ponte de madeira faz parte de uma estrada de chão e é o único acesso à região para os turistas, que frequentemente estão na região do Jalapão. A ponte é de responsabilidade da prefeitura do município e a cobrança da reforma da ponte por parte da Defensoria Pública do Estado do Tocantins já acontece desde o ano de 2014.
A DPE-TO – Defensoria Pública do Estado do Tocantins, por intermédio do DPAGRA – Defensoria Pública Agrária, oficiou o prefeito da cidade de Mateiros, Júlio Mokfa, e ao Governo do Estado solicitando informações e providências ainda no mês de agosto de 2016. Na resposta do município, foi encaminhado projeto de construção de nova ponte de madeira super orçado em R$ 800 mil e informando ausência de verbas municiais para a construção da ponte. Já o Governo do Estado nunca enviou resposta. Recentemente, o DPAGRA foi informado de que o Governo do Estado havia elaborado projeto para a construção de ponte de madeira na comunidade, cujo orçamento estaria em torno de R$ 64 mil.
Núcleo
O DPAGRA atua na área do Direito Agrário, primordialmente em ações de prevenção à violência no campo, mediação dos conflitos agrários, defesa administrativa ou judicial dos trabalhadores, camponeses, de todos e quaisquer rurícolas e ainda ajuizando demandas individuais e coletivas que envolvam questões agrárias. Além disso, estabelece parcerias em prol da pacificação, do desenvolvimento do campo e evolução científica do Direito Agrário e contribui com o desenvolvimento da agricultura familiar e educação no campo.
Ex-presidente é denunciado pela quarta vez em caso relacionado à investigação do petrolão
Com Agências
O Ministério Público Federal (MPF) denunciou nesta quinta-feira (15/12) o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e mais oito pessoas no âmbito da Operação Lava-Jato. Entre eles está a esposa de Lula, Marisa Letícia, o ex-presidente da Odebrech Marcelo Odebrecht e o ex-ministro Antonio Palocci e. A esposa de Lula, Marisa Letícia, também foi denunciada.
O MPF afirma que Lula comandava "uma sofisticada estrutura ilícita para captação de apoio parlamentar" por meio de desvios na Petrobras.
O MPF afirma que Lula comandava "uma sofisticada estrutura ilícita para captação de apoio parlamentar" por meio de desvios na Petrobras. Propinas pagas pela Odebrecht, no esquema liderado pelo ex-presidente, chegaram a R$ 75 milhões em oito contratos com a Petrobras e incluíram terreno de R$ 12,5 milhões para Instituto Lula e cobertura vizinha à residência de Lula em São Bernardo de R$ 504 mil.
Por meio do esquema, estes diretores geravam recursos que eram repassados para enriquecimento ilícito do ex-presidente, de agentes políticos e das próprias agremiações que participavam do loteamento dos cargos públicos, bem como para campanhas eleitorais movidas por dinheiro criminoso.
A solenidade acontecerá nesta quarta-feira, 14, no Palácio Araguaia
Por Jarbas Coutinho
O governador Marcelo Miranda entregará nesta quarta-feira, 14, 37 viaturas à Polícia Militar (PM). A solenidade será realizada às 16 horas, na Ala Norte do Palácio Araguaia, com a presença do comandante geral da Polícia Militar, coronel Glauber de Oliveira Santos, secretários de Estado e auxiliares do Governo.
As viaturas serão distribuídas para unidades da Polícia Militar em Palmas e no interior do Tocantins. Os veículos estão equipados com giroflex, sirene, rádio e vão reforçar os serviços de policiamento ostensivo, preventivo e repressivo no Estado.
Compartilhe esta notícia
Conforme matéria veiculada pela Agência Estado, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes disse nesta terça-feira,13, que a Corte precisa discutir o vazamento dos acordos de delação premiada de investigados na Operação Lava Jato. De acordo com Mendes, não é possível descartar a possibilidade de anulação das delações, que têm sido divulgadas pela imprensa antes da homologação pelo Supremo.
"O vazamento seletivo, o vazamento antes de chegar à autoridade, no caso, o ministro Teori, que é o relator. Em suma, são muitos problemas, que eu acho que precisam ser realmente discutidos. Acho que o STF tem que tomar posição sobre isso", disse o ministro.
Ministros do STF têm demonstrado incômodo com o vazamento dos depoimentos tomados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) de investigados na Lava Jato, principalmente, as oitivas mais recentes, que estão relacionadas com a empreiteira Odebrecht e ainda não foram enviadas ao Supremo para homologação.
Na semana passada, após a divulgação das primeiras delações, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, informou que vai apurar o vazamento para a imprensa de documento sigiloso que seria relativo à delação premiada de um dos executivos da Odebrecht.
Os acordos de delação premiada da operação Lava Jato estão baseados na Lei 12.850/2013. A norma prevê que os depoimentos devem permanecer sob sigilo até o recebimento da denúncia. A lei também diz que os depoimentos passam a ter validade somente após a homologação pelo juiz responsável pelo caso, que poderá recusar a validação dos depoimentos se a proposta não atender aos requisitos legais. Um deles é a manutenção do sigilo.
Diante de inúmeras manifestações e da campanha na rede social no qual tem usado a tag Renuncia Temer, o senador Ronaldo Caiado, que é líder do Democratas na Casa, insinuou que uma boa saída para a crise institucional do País seria um "gestor maior" e que não era preciso ter medo de "antecipar eleições".
Apesar de dizer que não se referia a uma renúncia específica de Michel Temer, Caiado deu recados diretos ao presidente, dizendo que ele precisava ter a "sensibilidade que Dilma não teve" e que deveria diferenciar o que está sendo feito pelo governo do que é aceito pela população.
O presidente do Democratas, José Agripino (RN), afirmou por meio de sua assessoria que qualquer insinuação de pedido de renúncia do presidente Michel Temer é um posicionamento pessoal do senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) e não representa o posicionamento da bancada ou do partido.