EDUARDO DO DERTINS DEVE DEIXAR LIDERANÇA NA ASSEMBLEIA
Nada justifica o deputado estadual Eduardo do Dertins continuar na liderança do governo do Estado na Assembleia Legislativa e estar apoiando, declaradamente, a candidatura de Wagner Rodrigues à reeleição em Araguaína, juntamente com a prefeita de Palmas, Cinthia Ribeiro.
Permanecer como líder do governo contra o qual se posiciona de forma opositora, é muita cara de pau.
Governistas já se manifestaram pedindo a saída de Eduardo do Dertins e esperam que ele entregue a liderança do governo ainda esta semana a Wanderlei Barbosa.
O desconforto entre os governistas da Assembleia Legislativa é latente com a permanência de Eduardo do Dertins como líder.
CHEGA DE MIMIMI
A reunião entre o governador Wanderlei Barbosa, Eduardo Gomes, Dorinha Seabra e Vicentinho Jr., deu um basta no mimimi nas bases governistas.
Na ocasião, o governador fez questão de afirmar que Republicanos, PL, União Brasil e PP irão, juntos, eleger o maior número possível de prefeitos e vereadores, pois são partidos aliados e, mesmo que haja duas candidaturas em um mesmo município, a disputa será respeitosa e vencerá quem tiver mais méritos, errar menos e se sair melhor na campanha.
PRESIDENTE DA ACISA ENTREGA PRÊMIOS
O presidente da Associação Comercial e Industrial de Porto Nacional, Wilson Neves, estará entregando os prêmios da campanha de fim de ano entre os clientes dos comércios parceiros da Acisa.
O governo do Estado e a prefeitura doaram os presentes para incentivar as compras e o consumo nos comércios de Porto Nacional e Luzimangues.
O sorteio das dezenas de prêmios, que vão de celulares a motos e um carro, será feito ao vivo.
EDUARDO GOMES TEM SEMANA PRODUTIVA
O senador Eduardo Gomes iniciou a semana reunindo-se com o governador Wanderlei Barbosa, presidente do Republicanos, a senadora professora Dorinha, presidente do União Brasil e o deputado Vicentinho Jr, presidente do Progressistas. Na pauta, uma aliança em favor do Tocantins e um pacto de paz para as eleições para prefeitos e vereadores.
Eduardo Gomes reafirmou a disposição de continuar a colaborar com a gestão do governador Wanderlei e disse que o Tocantins está vivendo um momento importante de confluência política, em que as principais lideranças estão unidas com o objetivo de alavancar a economia, gerar empregos e dar oportunidade para os investidores, para melhorar a qualidade de vida dos tocantinenses.
EDUARDO GOMES DESTINA 15 MILHÕES PARA A SAÚDE
O senador Eduardo Gomes liberou, e já estão na conta, R$15, milhões de reais para serem aplicados na área da saúde de Araguaína, Palmas, Gurupí, Paraiso, Natividade, Ananás, Miracema, Formoso do Araguaia, Guaraí, Taguatinga, Babaçulândia e Riachinho.
Já o município de Campos Lindos foi contemplado com R$1.100.000,00, para a construção de um ginásio de esportes.
CINTHIA RIBEIRO EM BRASILIA
A prefeita de Palmas, Cinthia Ribeiro, cumpriu agenda em Brasília, onde conversou com a direção nacional do PSDB. Na pauta seu apoio ao candidato que irá reunir no mesmo palanque o PSDB, o PT, PV, PC do B e Cidadania.
O anúncio dessa decisão deve ser feito no próximo dia seis de abril.
Pelo visto, as pré-candidaturas de Júnior Geo e Vanda Monteiro vão ficar a ver navios...
GEO AINDA NÃO SE DESFILIOU DO PODEMOS I
Mesmo estando com o sinal verde do TRE para se desfiliar do Podemos sem perder o cargo de deputado estadual, Júnior Geo aguarda o momento certo para tomar uma atitude e se filiar a um partido que lhe garanta a legenda para concorrer à prefeitura de Palmas.
GEO AINDA NÃO SE DESFILIOU DO PODEMOS II
Tanto o Podemos quanto o seu suplente, Otoniel Andrade, aguardam apenas o registro da desfiliação de Geo junto ao TRE para impetrar ação, requisitando o mandato na Assembleia Legislativa.
Há seis jurisprudências que asseguram ao partido e ao primeiro suplente, o direito de tomar o mandato para si.
CÉU DE BRIGADEIRO DE RONIVON PRÓXIMO DO FIM
Até o fim deste mês, três candidaturas a prefeito irão começar a se movimentar em busca do principal cargo do Executivo portuense. A principal deles é a do deputado federal Toinho Andrade, do Republicanos, apoiado pelo governador Wanderlei Barbosa.
Toinho já começa a trabalhar sua nominata de vereadores e a receber apoio de lideranças importantes de outras agremiações partidárias.
Com o fim da “janela política”, os exércitos dos candidatos começam a ser colocados para trabalhar na cidade de nos distritos.
CÉU DE BRIGADEIRO DE RONIVON PRÓXIMO DO FIM II
Não se pode esquecer que os candidatos chamados de “terceira via” também estão em campo, principalmente o empresário Álvaro da A7, do PSB de Carlos Amastha.
Álvaro deve apresentar, dm breve, a sua nominata de candidatos a vereador e seu candidato a vice virá do distrito de Luzimangues.
Surpresas estão por vir...
LULA BUSCA ALTERNATIVAS PARA BARRAR QUEDA DE POPULARIDADE
Com a piora da avaliação do governo em diferentes pesquisas de opinião, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e seus ministros apostam em uma série de ações para recuperar popularidade ao longo do ano.
Lula e auxiliares têm discutido as últimas pesquisas de avaliação, cujos resultados têm incomodado o presidente, que reconheceu que o governo está aquém da expectativa gerada na campanha eleitoral de 2022.
Pesquisa Datafolha divulgada na última quinta-feira (21), que seguiu a tendência das pesquisas Quaest e Ipec, registrou empate técnico entre aprovação (35%) e reprovação (33%) do governo.
MAIORIA É CONTRA LIBERAÇÃO DA MACONHA I
Pesquisa Datafolha divulgada neste sábado (23) aponta que 67% dos entrevistados se disseram contra a descriminalização do porte de maconha. No levantamento anterior, realizado em setembro do ano passado, 61% se diziam contrários.
Por outro lado, 31% se mostraram favoráveis na pesquisa divulgada neste sábado. Na pesquisa passada, 36% eram a favor.
Ao mesmo tempo, 2% dos entrevistados informaram que não sabem, ou preferiram não responder. Antes, eram 3%.
O Datafolha relata que foram entrevistadas 2.002 pessoas maiores de 16 anos, entre os dias 19 e 20 de março, em 147 municípios de todo o Brasil. A margem de erro para o total da amostra é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, dentro do nível de confiança de 95%.
MAIORIA É CONTRA LIBERAÇÃO DA MACONHA II
O Supremo Tribunal Federal (STF) retomou no começo deste mês a análise do recurso que discute se é crime o porte de drogas para consumo próprio. Com a retomada do julgamento, o placar ficou em 5 votos a favor de descriminalizar o porte para uso pessoal, e 3 votos contra a descriminalização.
O julgamento foi interrompido por um pedido de vista (mais tempo para análise) do ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF). Ainda não há data para retomada dos votos.
CASAL BOLSONARO PROCESSA LULA POR “MÓVEIS SUMIDOS”
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e a ex-primeira dama Michelle Bolsonaro entraram com ação no Juizado Especial Cível do Distrito Federal para que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se retrate após os móveis que supostamente estavam desaparecidos do Palácio da Alvorada terem sido encontrados na própria residência oficial. O casal também pede uma indenização de R$ 20 mil por danos morais. O Palácio do Planalto foi procurado pelo Estadão, mas ainda não retornou.
Os 261 itens foram localizados pelo governo no ano passado, 10 meses após declarado o "sumiço" deles. No início de 2022, logo após a posse, Lula e a primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, acusaram o desaparecimento de objetos após a saída de Bolsonaro e Michelle do Alvorada. Também divulgaram o mau estado de conservação que afirmaram ter recebido a residência presidencial.
ATOS DE APOIO AO PT NÃO “DÃO IBOPE” I
Grupos de esquerda e apoiadores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foram às ruas de cidades brasileiras e do exterior, neste sábado, 23. Convocados por entidades após o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) reunir uma multidão na Avenida Paulista no mês passado, os atos foram marcados pelo esvaziamento.
As convocações compartilhadas pela militância petista para o que chamaram de Dia de Mobilização Nacional de Luta pela Democracia tinham hora e local de concentração para pelo menos 19 cidades. Entre elas, Barcelona, na Espanha, e Lisboa, Portugal. No Brasil, em algumas capitais houve reunião de dezenas de pessoas.
ATOS DE APOIO AO PT NÃO “DÃO IBOPE” II
No Rio de Janeiro, o ato foi cancelado sob a alegação de mau tempo. A principal manifestação foi realizada em Salvador, com a participação da presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR). Mesmo na capital baiana o ato foi esvaziado.
A cúpula do governo Lula buscou, desde o início das mobilizações, se distanciar da organização dos atos. O presidente da República não compareceu a nenhuma delas. Os ministros também não foram escalados. Mas o PT oficialmente convocou apoiadores à adesão.
Em nota oficial publicada no site do partido e enviada aos diretórios estaduais e municipais da sigla, o PT pediu para que filiados e apoiadores fossem às ruas defender as pautas da "defesa da democracia" e a "punição daqueles que atentaram contra o Estado Democrático de Direito", sem citar o nome de Bolsonaro.
As oposições ao grupo político palaciano não são fracas e jamais devem ser subestimadas. Sua maior fraqueza na atualidade é não ter um líder capaz de uni-las. Neste Panorama Político faremos uma análise transparente e realista sobre o momento das oposições no Tocantins
Por Edson Rodrigues
Antes, porém, queremos levantar uma questão: em que time jogará o deputado estadual Eduardo do Dertins, presidente estadual do Solidariedade, partido que compõe uma federação partidária com o PSDB da prefeita de Palmas Cinthia Ribeiro.
No discurso, Cinthia diz querer estar no mesmo palanque do governador Wanderlei Barbosa, mas, na prática, se juntou a adversários e opositores da gestão Wanderlei Barbosa, como é o caso do mais ferrenho deles, o prefeito de Araguaína Wagner Rodrigues
Deputado Eduardo do Dertins e o prefeito de Araguaína Wagner Rodrigues
Eduardo do Dertins precisa ligar o “desconfiômetro” e entregar seu posto de líder do governo na Assembleia Legislativa, pois, na prática, é um líder de si mesmo, deslocado da realidade, que não consegue explicar por que declarou apoio a Wagner Rodrigues, que afirmou que a gestão de Wanderlei Barbosa “não tem nada a mostrar em Araguaína”.
Se Eduardo do Dertins resolveu dar uma de “machão” e assumir o apoio à Wagner Rodrigues e não ao candidato do Palácio Araguaia, Jorge Frederico, deveria permanecer nessa postura e entregar seu cargo de líder do governo.
Mas, acara de pau não deixou... até agora...
BASE REFORÇADA
Após a reunião no Palácio Araguaia entre Wanderlei Barbosa, presidente estadual do Republicanos, Eduardo Gomes, presidente do PL, Dorinha Seabra, presidente do União Brasil e Vicentinho Jr, presidente do PP, em que as quatro maiores lideranças, a base política do governador Wanderlei Barbosa saiu mais reforçada que nunca, com um pacto de colaboração entre os quatro maiores partidos da atualidade do Tocantins, de apoiarem as mesmas candidaturas, onde for possível, e não acirramento de disputas onde cada um estiver em um palanque diferente nos municípios.
PALMAS
A deputada estadual Janad Valcari, pode vencer as eleições já no primeiro turno
O único lugar em que a disputa será acirradíssima é em Palmas, em que a possibilidade de um segundo turno e o favoritismo da deputada estadual Janad Valcari criam um cenário diferente dos demais 138 municípios. Se a oposição vier dividida em Palmas, há um sério risco de não haver segundo turno e Janad ser eleita já no primeiro turno.
O jogo da sucessão municipal para as oposições, em Palmas, será daqueles que privilegiará quem errar menos, colocando-o no segundo turno para disputar com Janad Valcari. Mesmo que com chances remotas de derrotar a deputada estadual líder de todas as pesquisas de intenção de votos já feitas para esse pleito e, principalmente se, daqui a algum tempo, no tempo certo, o governador Wanderlei Barbosa , depois de discutir com aliados e companheiros, decidir apoiar Janad Valcari. Aí será caixão e vela preta pra oposição.
Não se pode esquecer, também, que se a oposição sair vitoriosa na disputa pela prefeitura de Palmas, o jogo sucessório de 2026, nas eleições majoritárias, pode se apresentar duríssimo para o próprio governador Wanderlei Barbosa e seu grupo politico
TENDÊNCIAS, VIDA OU MORTE
Prefeita de Palmas Cinthia Ribeiro e Carlos Amastha
É certo que a prefeita Cinthia Ribeiro vai fazer o possível e o impossível – inclusive tentar fazer elefante voar – para derrotar sua “inimiga número um”, Janad Valcari, líder absoluta nas pesquisas de intenção de voto e que foi sua principal crítica e opositora quando estava na Câmara Municipal.
A tendência é que Cinthia apoie Carlos Amastha, do PSB, em um “pacote” que traria junto o PT, do presidente Lula, o PV e o Solidariedade.
Caso sejam derrotados em Palmas, maior colégio eleitoral do Tocantins, as oposições dificilmente terão fôlego para sobreviver e ter candidatos competitivos para disputar cargos majoritários nas eleições de 2026.
Mas, mas...
Caso a oposição saia vitoriosa em Palmas, isso representará uma “colher de creolina no litro de leite” do governador Wanderlei Barbosa na luta por uma das duas vagas para o Senado em 2026.
Agora é aguardar os próximos movimentos no tabuleiro sucessório.
Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do RJ, deputado federal e ex-chefe da Polícia Civil foram presos neste domingo (24), em operação que mira os mandantes do crime
Por Andréia Sadi, Paula Paiva Paulo
A Polícia Federal aponta nas investigações que a morte da vereadora Marielle Franco foi um crime idealizado pelos irmãos Domingos e Chiquinho Brazão e "meticulosamente planejado" pelo delegado Rivaldo Barbosa, que assumiu o comando da Polícia Civil do Rio de Janeiro um dia antes do crime, em março de 2018.
A informação está no documento em que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), expede os mandados de prisão contra os três. As ordens foram cumpridas pela PF neste domingo (24). Moraes tirou o sigilo dos documentos após as prisões.
Os irmãos Brazão são apontados como os mandantes do crime pelos investigadores. Já o delegado Rivaldo Barbosa é suspeito de participar ativamente do plano e também de obstruir as investigações do assassinato.
Concluída a investigação, o próximo passo cabe à Procuradoria-Geral da República (PGR), que pode denunciar os suspeitos à Justiça.
Segundo a PF, Rivaldo Barbosa "foi o responsável por ter o controle do domínio final do fato, ao ter total ingerência sobre as mazelas inerentes à marcha da execução, sobretudo, com a imposição de condições e exigências".
Conforme a investigação, o delegado deu uma "garantia prévia de impunidade" aos mandantes do crime. Os presos negam as acusações.
Caso Marielle: veja perguntas e respostas após prisão dos supostos mandantes
Irmãos Brazão
Domingos Brazão é conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE) do Rio de Janeiro e Chiquinho Brazão, deputado federal pelo União Brasil.
Os irmãos são políticos com longa trajetória no estado do Rio de Janeiro. Historicamente, essa família tem um reduto eleitoral e político em Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio, região dominada por milicianos. O nome de Domingos Brazão foi citado no processo de Marielle desde o primeiro ano das investigações, em 2018. Ele sempre negou envolvimento com o crime.
Segundo a PF, os dois encomendaram a morte de Marielle por uma disputa de terras que envolvia interesses da milícia e grilagem.
Para que o crime desse certo, segundo a PF, contrataram dois serviços:
o assassinato, praticado pelo ex-policial militar Ronnie Lessa, que está preso e fechou um acordo de delação premiada;
e a "garantia de impunidade", por meio de uma organização criminosa na Delegacia de Homicídios do Rio de Janeiro comandada por Rivaldo Barbosa.
A decisão de Moraes revela que foi prometido a Ronie Lessa “terrenos em novas áreas a serem loteadas pelos irmãos Brazão” depois da execução do homicídio.
Segundo o documento, Rivaldo fez uma única exigência: que Marielle não fosse executada no trajeto de deslocamento para a Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro, chegando ou saindo dela.
"Tal exigência tem fundamento na necessidade de se afastar outros órgãos, sobretudo federais, da persecução do crime em comento, de modo a garantir que todas as vicissitudes da investigação fossem manobradas por Rivaldo", diz a PF nos documentos da investigação.
Neste domingo (24), o ministro Ricardo Lewandowski e o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, disseram que a motivação do crime é "complexa".
O ministro leu um trecho do relatório da PF que cita "diversos indícios do envolvimento dos Brazão, em especial Domingos, em atividades criminosas como milicias e grilagem de terras. Ficou delineada divergência no campo politico em regularização fundiária e direito à moradia".
"Me parece um trecho significativo sobre o assassinato de Marielle, que se opunha a esse grupo que queria regularizar terras para fins comerciais, enquanto o grupo de Marielle queria utilizar essas terras para fins sociais, de moradia popular", disse o ministro.
De acordo com o texto, os irmãos Brazão infiltraram um miliciano no PSOL, partido de Marielle, para monitorar a vereadora.
Esse miliciano, então, teria levantado que Marielle pediu para a população não aderir a novos loteamentos situados em áreas de milícia.
Além disso, os investigadores falam de uma “descontrolada” reação de Chiquinho Brazão sobre a atuação de Marielle na votação do Projeto de Lei 174/2016 – projeto de Chiquinho que sobre regularização de loteamentos e grupamentos existentes em Jacarepaguá.
Segundo a decisão, as testemunhas foram "enfáticas" ao apontar que a atuação de Marielle passou a prejudicar os interesses dos irmãos Brazão no que diz respeito à exploração de áreas de milícias.
No entendimento da vereadora, as iniciativas de regularização fundiária pela caracterização de Áreas de Especial Interesse Social (AEIS) deveriam atender ao déficit habitacional da cidade.
"No entanto, tais instrumentos teriam sido empregados de forma distorcida pelos irmãos Brazão, apenas para viabilizar a exploração econômica de espaços territoriais que, não raro, eram dominados por milicianos", diz a decisão.
Esquema estrutural de corrupção
A investigação também revelou um esquema estrutural de corrupção na Delegacia de Homicídios do Rio de Janeiro, conduzido por Rivaldo Barbosa. Não foi a primeira vez que o delegado garantiu a impunidade de criminosos.
Ele mantinha acordos com os grandes contraventores da cidade para encobrir a autoria e motivação dos crimes violentos ligados à exploração de jogos ilegais.
“Esses ajustes indicam a razão pela qual homicídios de grande repercussão na capital fluminense jamais eram esclarecidos”, diz o texto.
O que dizem os suspeitos
A defesa de Domingos Brazão afirmou que ele é inocente e divulgou a seguinte nota:
"Domingos Brazão, que desde o primeiro momento sempre se colocou formalmente à disposição das autoridades para prestar todos os esclarecimentos que entendessem necessários, foi surpreendido neste domingo (24) pela determinação do Supremo Tribunal Federal. Em tal contexto, reforça a inexistência de qualquer motivação que possa lhe vincular ao caso e nega qualquer envolvimento com os personagens citados, ressaltando que delações não devem ser tratadas como verdade absoluta — especialmente quando se trata da palavra de criminosos que fizeram dos assassinatos seu meio de vida — e aguarda que os fatos sejam concretamente esclarecidos."
A defesa de Chiquinho Brazão não havia se posicionado até a última atualização desta reportagem.
O advogado de Rivaldo Barbosa, Alexandre Dumans, disse que seu cliente não obstruiu as investigações. "Ao contrário. Foi exatamente durante a administração dele que o Ronnie Lessa foi preso", afirmou o advogado.
Ex-ajudante de ordens negou ter sido pressionado por policiais para fazer delação, admitiu que falou 'besteira' e reclamou que amigos o chamam de 'leproso'
Por Gabriel de Sousa
Antes de ser preso pela Polícia Federal (PF) nesta sexta-feira, 22, o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), foi interrogado por um juiz auxiliar do ministro Alexandre de Moraes. O magistrado cobrou explicações sobre os os áudios em que atacou o próprio ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e a PF. Mauro Cid admitiu que errou, mas não quis contar com quem fez o "desabafo" sobre as investigações contra Bolsonaro.
Nesta quinta-feira, 21, a revista Veja divulgou os áudios de Cid, que falava com um interlocutor desconhecido sobre a delação premiada que fechou com a PF em setembro. Em uma das gravações, o tenente-coronel afirmou que os investigadores "não queriam saber a verdade" sobre a tentativa de golpe de Estado e que Alexandre de Moraes seria "a lei". "Ele prende, ele solta quando ele ele quiser, com Ministério Público, sem Ministério Público, com acusação, sem acusação", disse o ex-ajudante de ordens.
As besteiras e o desabafo do coronel
Ao STF, Mauro Cid negou que tivesse sofrido pressão por parte da PF ou do Judiciário para realizar uma delação premiada. Segundo ele, os áudios com ataques aos investigadores foram um mero desabafo de "quem quer chutar a porta e acaba falando besteira". O tenente-coronel disse também que a conversa era "privada, informal, particular e sem o intuito de ser exposta pela revista".
"É um desabafo, quer chutar a porta e acaba falando besteira. Genérico, todo mundo, acaba dizendo coisas que não eram para serem ditas. Em razão da situação que está vivendo, foi um desabafo. É um desserviço que a Veja faz ao inquérito, a minha família, ás minhas filhas", diz um trecho do depoimento.
Mauro Cid não se lembra do interlocutor
O coronel do Exército foi questionado sobre quem era a pessoa com que ele conversou e reclamou da atuação dos investigadores do inquérito que apura tentativa de golpe. Mauro Cid desconversou. Alegou que não se lembrava. Disse que só anda conversando com pessoas mais próximas, incluindo parentes. O oficial afirmou que "está recluso, praticamente em casa, não tem vida social e não trabalha. Não lembra para quem falou essas frases de desabafo, num momento ruim. Não conseguiu ainda identificar quem foi essa pessoa. Não acredita que alguém do núcleo próximo tenha contato com a imprensa. Possivelmente a conversa teria ocorrido por telefone. Provavelmente celular", declarou.
Cid admitiu ressentimento com Bolsonaro
Em um dos áudios divulgados pela Veja, Cid revelou ter um ressentimento de Bolsonaro por ter sido o único que ficou "fudido" após o início das investigações contra o ex-presidente. O tenente-coronel disse que o ex-chefe do Executivo ficou "milionário" a partir de transferências feitas via Pix por apoiadores, enquanto ele teve a carreira no Exército e a vida financeira prejudicada.
Segundo Cid, enquanto Bolsonaro enriqueceu através das transferências e os outros generais investigados pela tentativa de golpe estão na reserva das Forças Armadas, ele está com a "carreira desabando". O ex-ajudante de ordens afirmou também que os seus amigos o tratam como "um leproso, com medo de se prejudicar". "Quer ter a vida de volta. Está enclausurado. A imprensa sempre fica indo atrás. Está agoniado. Engordou mais de 10 quilos. O áudio é um desabafo. Acredita que as pessoas deviam o estar apoiando e dando sustentação", diz outro trecho do depoimento.
Em outra gravação, o tenente-coronel diz que Bolsonaro e outros investigados terão penas acima de 100 anos de prisão. Cid também cita os presos pelos atos antidemocráticos de 8 de Janeiro de 2023, chamando-os de "bagrinhos" que foram condenados a 17 anos pelo STF.
Segundo Cid, ele se assusta com as sentenças que estão sendo feitas contra os envolvidos nos atos golpistas e "imagina a pena que os mais altos vão pegar".
Moraes tira sigilo para não pairar dúvida
Nesta sexta, 22, o ministro Alexandre de Moraes retirou o sigilo do novo depoimento de Cid. No despacho, o magistrado justificou que o fazia para não deixar dúvidas de que o militar não foi forçado a fazer delação premiada. "Diante da necessidade de afastar qualquer dúvida sobre a legalidade, espontaneidade e voluntariedade da colaboração de Mauro César Barbosa Cid, que confirmou integralmente os termos anteriores de suas declarações", escreveu o ministro do STF.
Assim que deixou o STF, Cid foi preso pela PF e levado para um quartel da Polícia do Exército, onde ficou encarcerado entre maio e setembro do ano passado. O tenente-coronel foi detido pela primeira vez durante a Operação Venire, que investigou fraudes em cartões de vacina de Bolsonaro e da sua filha Laura.
A UPM realiza Assembleia Geral Conjunta do Bloco Argentino em Mendonza
Com Assessoria
A União de Parlamentares Sul-Americanos e do Mercosul - UPM realizou uma Assembleia Geral Extraordinária Conjunta do Bloco Argentino, e celebrou o seu vigésimo quinto aniversário de sua fundação com a participação de vários parlamentares membros da entidade e convidados.
O encontro ocorreu na cidade de Mendoza, na República Argentina, nos dias 21 e 22 de março, sob a coordenação do presidente da UPM, deputado estadual Valdemar Júnior (Republicanos), e com a presença de parlamentares tocantinenses e de outros estados da federação brasileira, além de representantes de países membros como Uruguai, Argentina, Chile e Paraguai.
No dia 21, os parlamentares participaram de plenárias na sede do poder legislativo de Mendoza. Também foi realizada a leitura e revisão da gestão do período 2021/2023, a eleição das autoridades do Bloco Argentino para o período 2024/2026 e a aprovação da agenda institucional para a entidade.
Além disso, os parlamentares visitaram a Universidade Nacional de Cuyo, onde participaram de um fórum de debates e, posteriormente, foi celebrada a assinatura de um convênio de colaboração mútua entre a UPM e a universidade Cuyo. Também foram firmados convênios de colaboração mútua entre as cidades de Mendoza e Romeral com a UPM.
No dia 22, os parlamentares participaram das atividades nas comissões, debatendo temas relevantes como economia, educação, Ciência e Tecnologia, meio ambiente, Recursos Hídricos,desenvolvimento social e territorial, sustentabilidade, fortalecimento da integração, passagens de fronteiras dentre outros.
A Assembleia Geral Conjunta do Bloco Argentino foi encerrada com a assinatura de um documento final contendo 8 pontos de discussões, elaborados pelos parlamentares durante os trabalhos nas comissões.
Para o presidente da UPM, deputado Valdemar Júnior, o encontro foi produtivo, proporcionando aos membros da entidade a oportunidade de debater democraticamente temas relevantes para os países e a sociedade. "Hoje a UPM comemora os seus 25 anos de existência. O momento é importante para os seus membros realizarem um intercâmbio entre os países e trocarem experiências entre si", afirmou.
Esses encontros têm fortalecido e aproximado ainda mais os nossos povos e os nossos países. E é com essa intenção que estamos aqui hoje, para celebrar uma plenária, visando pensar em um Mercosul melhor para o presente e o futuro, buscando o comprometimento com a integração econômica e social e a cooperação política entre os países", destacou.