A mesa diretora da Câmara dos Deputados acatou nesta quinta-feira (16) medida do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e, por unanimidade, cassou o mandato do deputado Boca Aberta (PROS-PR).
POR DANIELLE BRANT
No final de agosto, o TSE decidiu cassar o diploma do deputado, cujo nome é Emerson Petriv. O colegiado do tribunal também determinou a imediata retotalização das eleições para o cargo, de forma que fossem computados ao partido os votos nominais recebidos por Boca Aberta.
O deputado teve o mandato de vereador cassado pela Câmara Municipal de Londrina (PR) em 2017 por quebra de decoro parlamentar. Com isso, ele teria ficado inelegível por oito anos. Em 2018, no entanto, conseguiu registrar sua candidatura com a ajuda de uma liminar. Com isso, elegeu-se deputado federal.
A decisão do TSE foi encaminhada à mesa diretora da Câmara, responsável por dar a palavra final sobre o caso.
A mesa diretora é formada pelo presidente, Arthur Lira (PP-AL), pelo primeiro vice-presidente, Marcelo Ramos (PL-AM), pelo segundo vice-presidente, André de Paula (PSD-PE), e por quatro secretários titulares: Luciano Bivar (PSL-PE), Marília Arraes (PT-PE), Rose Modesto (PSDB-MS) e Rosângela Gomes (Republicanos-RJ).
Há ainda quatro suplentes: Eduardo Bismarck (PDT-CE), Gilberto Nascimento (PSC-SP), Alexandre Leite (DEM-SP) e Cássio Andrade (PSB-PA). Bivar, Nascimento e Bismarck não participaram do encontro.
Boca Aberta também era alvo de uma representação no conselho de ética da Câmara apresentada pelo PP. Na ação, ele era acusado de fazer denúncias infundadas contra o deputado Hiran Gonçalves (PP-RR) e de invadir uma UPA (unidade de pronto-atendimento) no Paraná.
O processo era relatado pelo deputado Alexandre Leite (DEM-SP) no conselho de ética. Em seu parecer, Leite tinha recomendado a perda do mandato de Boca Aberta.
Na avaliação dele, parece claro que o parlamentar cassado "desvirtuou o exercício do cargo de deputado federal, fazendo uso abusivo de suas prerrogativas constitucionalmente asseguradas para atingir a honra de colegas".
A representação contra Boca Aberta deveria ter sido votada nesta quarta-feira (15), mas Leite pediu que fosse retirada da pauta com o argumento de que, após a decisão do TSE, tinha perdido o objeto.
No encontro, Boca Aberta ameaçou e xingou o relator do processo. "Você é um ordinário, seu cafajeste. Vamos pro pau ali no Plenário", afirma Boca Aberta, que ofendeu a família de Leite.
Em nota divulgada na quarta, Leite afirmou que, "acuado pelo processo que corre no conselho de ética, do qual sou relator, o deputado Boca Aberta desferiu ataques histéricos e mentirosos contra mim e minha família".
"Essa é a típica reação de quem está sob risco de cassação e não tem outra alternativa a não ser o ataque injusto e calunioso. Não vou me dobrar a essas bravatas e ofensas, seguirei atuando de forma justa e correta no conselho de ética, ainda que a decisão final seja pela cassação do deputado."
Nesta quinta, Leite elogiou a decisão da mesa diretora da Câmara, que, segundo ele, demonstra respeito ao Judiciário e "está alinhada aos valores éticos e morais da sociedade e que repudia comportamentos destemperados".
"A permanência deste cidadão no Parlamento causaria um dano à imagem do Legislativo, já que não é a primeira vez que incorre em caso de quebra de decoro parlamentar", disse. "Ao dar efetivo cumprimento à decisão judicial de desconstituição do diploma e cassação de deputado federal de Boca Aberta, a Mesa da Câmara respeita e faz justiça aos brasileiros e, principalmente, ao povo paranaense."
"Aqueles sem comorbidades, independentemente da vacina que tomaram, não tomem outra, por questão de cautela", frisou o ministro
Por Otávio Augusto
Após suspender a vacinação de adolescentes sem comorbidades contra a Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou, na tarde desta quinta-feira (16/9), que os jovens sem doenças crônicas que receberam a primeira dose não devem completar a imunização com a segunda aplicação.
Em entrevista coletiva na sede da pasta, em Brasília, além de alegar que há registro de cerca de 1,5 mil eventos adversos à vacina e atribui a suspensão da campanha ao que chamou de “desorganização” dos estados e municípios, ele afirmou que há casos em que vacinas como AstraZeneca, Coronavac e Janssen foram aplicadas nesse público.
Neste momento, a vacina da Pfizer é a única aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para a faixa entre 12 e 17 anos no Brasil. O laboratório Janssen recebeu autorização para condução de estudos com menores de 18 anos no Brasil e está realizando a pesquisa.
Segundo o ministro, a determinação é uma medida de segurança. “Aqueles sem comorbidades, independentemente da vacina que tomaram, não tomem outra, por uma questão de cautela. Os com comorbidades podem completar o esquema vacinal”, frisou.
Inicialmente, o governo federal pretendia vacinar 20 milhões de pessoas desse público. Segundo balanço apresentado por Queiroga, 3,5 milhões de adolescentes foram vacinados. Ao todo, 1,5 mil apresentaram efeitos adversos.
Suspensão
O ministério cancelou a vacinação para adolescentes sem comorbidades. Em nota técnica enviada às secretarias de Saúde, a pasta informou que “revisou” a recomendação. Como justificativa, o ministério mencionou que a maioria dos adolescentes sem comorbidades acometidos pela Covid-19 demonstra evolução “benigna” e permanece assintomática.
O texto foi publicado no sistema do Ministério da Saúde às 21h30 de quarta-feira (16/9), ou seja, menos de 24 horas após o início da campanha para esse público.
“Os benefícios da vacinação em adolescentes sem comorbidades ainda não estão claramente definidos”, sustenta no texto a secretária Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19, Rosana Leite de Melo.
Goiânia, aos 16 dias do mês de setembro de 2021
Muito se esperou das manifestações dos patriotas, também chamados de “bolsonaristas”, no último dia sete de setembro. Tudo o que estava sendo alardeado, disseminado nas redes sociais e provocando medo e pânico na população, acabou acontecendo, mas, tirando as estradas bloqueadas pelos caminhoneiros, nada de antidemocrático ou violento aconteceu
Por Edson Rodrigues
As pessoas foram pra rua de verde e amarelo. Muitas pessoas. Milhares de pessoas. Centenas de milhares de pessoas em todas as capitais brasileiras. Mesmo portando cartazes e gritando palavras de ordem contra o STF, ninguém cruzou a linha do bom senso e a manifestação não passou de uma manifestação.
Dos esperados “atos radicais”, o maior – e talvez o único deles – foram as palavras infelizes do próprio Bolsonaro contra o ministro Alexandre de Moraes, o que lhe valeu um “pito” do Poder Judiciário e provocou a divulgação de uma carta, com a ajuda do ex-presidente Michel Temer, do MDB, que cumpriu o seu propósito de amenizar o clima e abrir um diálogo com os demais poderes.
Considerada pelos radicais direitistas uma “baixada de bola” do “mito”, na verdade quem aconselhou Bolsonaro a agir assim pode ter salvado seu governo e preparado seu futuro.
Presidente Jair Bolsonaro sempre atrai muita gente por onde passa
A verdade é que Bolsonaro ganhou fôlego e credibilidade junto a políticos e militares e tempo para repensar seus atos, suas bravatas e domar seu gênio difícil, moldando-o para o que se espera de um presidente da república.
OPOSIÇÕES
Os fogos de artifício que as oposições soltaram depois do pronunciamento acima do tom de Bolsonaro no sete de setembro e do pito que ele levou do Judiciário, ao invés de “espocarem” juntos, acabaram se desviando uns dos outros no caminho para o céu, mostrando o retrato desconexo do que é a oposição, hoje, no Brasil: grupos dispersos, distintos, sem bandeiras em comum e sem afinidades ideológicas, o que torna impossível que se juntem para conseguir seus objetivos de longo prazo, que é voltar ao poder.
Tudo parecia mais fácil após as anulações das condenações do ex-presidente Lula ante a “benevolência do STF” e o autoderretimento da popularidade do presidente Jair Bolsonaro por seus próprios ataques às instituições. O problema é que cada vertente da esquerda passou a “puxar a sardinha para o seu lado”, escancarando toda a desunião e a falta de propósitos comuns.
Manifestações no Rio de Janeiro
A primeira prova disso foi o “Vem pra Rua”, um ato convocado para o último domingo (12) para que as ruas das capitais, antes ocupadas por dezenas de milhares de bolsonaritas, fossem igualmente tomadas por militantes dos partidos de esquerda. O que se viu foi uma meia dúzia de gatos pingados em algumas capitais e cidades do interior, que deixou claro a fragilidade do discurso esquerdista e a falta de diálogo entre eles.
RESUMINDO
Para os principais analistas políticos, mesmo com todo o revés que sofreu ao ter que baixar o tom dos ataques e publicar uma carta à nação (idealizada por Michel Temer), se dizendo arrependido dos ataques ao Poder Judiciário, feitos “no calor do momento”, Bolsonaro saiu maior do episódio de demonstração de forças, pois conseguiu mobilizar dezenas de milhares de pessoas, unidos por sua causa, enquanto a esquerda não demonstrou a mesma capacidade, numa demonstração de que, se as eleições fossem hoje, mesmo com todos os problemas enfrentados por seu governo, Bolsonaro estaria garantido, pelo menos, no segundo turno, enquanto a esquerda teria que articular, às pressas, uma união que nunca conseguiu, em torno de um só candidato para enfrentar o Presidente da república.
Vale ressaltar que o PT, o mais desgastado dos partidos de esquerda na atualidade, mesmo com a presença de Lula como líder, preferiu não se expor e não participou dos atos do último dia 12. Uma decisão acertada ou uma aceitação da própria impopularidade?
Enquanto o presidente Bolsonaro precisa resolver problemas inerentes a todo e qualquer governo, como a inflação e a perda do poder de compra das classes C e D – que podem ser resolvidos com ações governamentais bem planejadas e executadas com seriedade – contando com uma equipe capaz e com a participação dos militares, as oposições precisam partir do zero, definindo um só discurso, afinando as ações e tentando transparecer que é uma instituição coesa para o povo.
Bolsonaro ainda tem a CPI da Covid, que passou de um meio de fiscalização e investigação da aplicação dos recursos federais a um palanque oportunista para políticos decadentes, como Omar Aziz – com dezenas de processos contra si – e Renan Calheiros, velho conhecido dos tribunais por atos da mais perversa corrupção, e que se escondem por rãs de seus mandatos para manter foro privilegiado.
A mesma esquerda acostumada a chamar Renan Calheiros de corrupto e a defenestrar sua imagem, agora virou fã do senador paraense, torcendo para que ele cause um “ferimento de morte” nas pretensões de reeleição de Bolsonaro.
Do jeito que está sendo conduzida, deixando de lado as falcatruas praticadas por membros de escalões inferiores do governo federal e tentando acertar o coração do governo Bolsonaro, é mais fácil que a CPI da Covid termine em pizza do que em alguma punição contundente ao governo federal.
Senador Renan Calheiros relator da CPI da covid-19
Para que os trabalhos da CPI incomodem Bolsonaro, será necessário um verdadeiro milagre, pois seu relatório final, após a Câmara Federal estudar e aprovar o relatório de Calheiros para, finalmente, fazer uma denúncia à Procuradoria Geral da República... até lá, o Vasco da Gama já voltou para a primeira divisão e, como essa dimensão de milagre necessária, vai ser o campeão brasileiro da Série A em 2022.
TOCANTINS
No Tocantins, em se falando em oposição, em partidos de esquerda, fica difícil até definir quem é quem. Está evidente que o governador Mauro Carlesse anulou todas as possibilidades de oposição ao vencer três eleições consecutivas em um mesmo ano.
Mesmo com esse exemplo do passado, as oposições ao governador Mauro Carlesse, já, devidamente, domesticadas por ele, já estão, a um ano das eleições, costumeiramente divididas, sem um líder aglutinador e, de algum tempo pra cá, decidiu mirar em um alvo inalcançável, que é o senador Eduardo Gomes, que vem demonstrando ser o único capaz de reunir as mais diversas vertentes políticas em torno das suas postulações sem forçar a barra.
Governador Carlesse com deputados
Pois a oposição “inteligente” vem tentando desacreditar o potencial já mais que comprovado de Eduardo Gomes em articular acordos, junções e promover a harmonia política e, o mais importante, em carrear recursos federais para os 139 municípios – e para o Estado do Tocantins, como um todo – o que, para os principais analistas políticos é mais difícil ainda que conseguir suplantar qualquer pretensão política do governador Mauro Carlesse, seja para o Senado, seja para uma hipotética volta ao governo do Tocantins.
Essa manobra vil, sem pé nem cabeça, típica dos desesperados, tenta falar mal de quem é o líder em liberação de recursos, equipamentos e insumos hospitalares no combate à pandemia de Covid no Tocantins, leitos de UTIs e UTIs móveis, e vem sendo conclamado pelos vereadores e prefeitos nos encontros regionais dos quais vem participando a convite.
Sem falar que foi Eduardo Gomes quem trouxe para o Tocantins a Codevasf e o Programa Calha Norte que, antes, não abrangiam o Tocantins e já liberaram quase um bilhão de reais para os municípios tocantinenses para a revitalização e recapeamento de estradas – rodovias e vicinais – obras de infraestrutura, aquisição de maquinário pesado e fortalecimento dos pequenos produtores, dentre outros, e já têm garantidos mais um bilhão para 2022.
Eduardo Gomes é líder do governo Jair Bolsonaro no Congresso Nacional, agindo como um dos principais articuladores para dar governabilidade ao país em meio aos embates entre o Executivo e o Judiciário, colocando o MDB no centro da harmonização, mantendo reuniões com os baluartes do partido e costurando apoios que, nas últimas semanas, deram oxigênio e uma nova abordagem em relação á atuação do presidente da República.
Essa “oposição inteligente” que se manifesta no Tocantins, tenta atingir o nome do político mais influente do Estado, em um momento em que o Estado mais precisa dele, e ele vem correspondendo com galhardia e diplomacia, beneficiando a todos, sem olhar cor partidária.
Senador Eduardo Gomes com prefeitos
A questão das oposições em relação ao senador Eduardo Gomes, é o temor de que ele aceite o chamamento geral que vem recebendo e lance sua candidatura ao governo do Estado. O próprio senador já avisou que só fala sobre isso em 2022, até porque tem amigos pleiteando o governo do Estado e, seguindo sua linha diplomática, não quer atrapalhar, muito menos iniciar um embate, desnecessário, no momento.
Independente que qualquer coisa que aconteça nessa jornada, ninguém conseguirá tirar de Eduardo Gomes uma sílaba sequer contra o ex-prefeito de Araguaína, e seu amigo pessoal, Ronaldo Dimas. Os dois estão vacinados contra esses “entreveros” de período eleitoral.
O único compromisso de Eduardo Gomes, por enquanto, é em dar governabilidade ao governo federal e auxiliar seus companheiros, prefeitos, vereadores e o próprio governador Mauro Carlesse a manter o Tocantins com a cabeça erguida, na dianteira dos estados brasileiros em relação à evolução econômica e de desenvolvimento em tempos de pandemia.
ENQUANTO ISSO...
Enquanto isso, essa mesma oposição, tão inteligente, que já foi “surrada” por Carlesse em três eleições consecutivas em um mesmo ano, disputando por um partido que, antes, nem existia no Tocantins. Isso, caro leitor, significa força pessoal, capacidade de formação de grupo e de despertar lealdade em quem está ao seu lado.
Se as oposições se unirem em torno de um só nome para senador, outro para governador e outro para vice, uma vez que, mesmo com toda desunião, tem bons nomes para colocar no páreo, podem até ter chances de vitórias ou, ao menos, de uma participação honrosa no pleito majoritário e no pleito proporcional. Caso contrário, será mais uma derrota acachapante, principalmente se Mauro Carlesse resolver as pendências com Wanderlei Barbosa e vier “de cara para o vento”, para o cargo que escolher.
Senador Eduardo Gomes e Ronaldo Dimas
O único problema de Mauro Carlesse, hoje, é em relação à quem ficará em seu lugar caso resolva se candidatar ao Senado e tenha que renunciar, já que Wanderlei Barbosa, o vice-governador, que tem demonstrado certo grau de descontentamento, pois deseja ser o candidato ao governo, enquanto os melhores caminhos apontam para que ele se candidato a deputado federal, devendo renunciar, junto com Carlesse. Os dois ainda precisam se entender e aparar as arestas para passarem a falar a mesma linguagem política.
Mauro Carlesse precisa, também, implantar um “conceito” em seu governo, deixando claro para todos quais são as suas obras e qual a marca que deixa em sua passagem pelo comando do Estado do Tocantins. Quanto mais publicidade, quanto mais reconhecimento do muito que já fez e ainda está por fazer, melhor para seu posicionamento junto ao eleitorado.
A oposição ao governo de Mauro Carlesse precisa acordar. Até que o TSE diga o contrário, não haverá uma candidatura à reeleição. Carlesse tem dado um “baile” na oposição, criando dificuldades para que ela eleja até um deputado federal, quem dirá um senador ou um governador.
Com o Diário Oficial e a caneta em mãos até abril do ano que vem, Carlesse tem tempo para colocar todos os seus projetos, inclusive o de dar conceito ao seu governo, condição perfeita para que seja lembrado como um governador realizador e tocador de obras.
E contando que Carlesse decida dar uma pausa em sua vida política e não seja candidato a nada, a “oposição inteligente” está mudando sua “mira” para atacar o senador Eduardo Gomes, plantando matérias inverídicas na mídia nacional que não surtiram efeito nenhum, nem no país nem no Tocantins, pelo conteúdo estapafúrdio que abordavam. Eduardo Gomes, enquanto isso, seguirá líder do governo de Jair Bolsonaro em 2022, um ano eleitoral e com um Orçamento ainda “virgem”.
Ou seja, a oposição está “inteligentemente” atacando quem pode ser a grande fonte de recursos para os 139 municípios tocantinenses, inclusive os que são governados por representantes dessa própria oposição.
Trocando em miúdos, as oposições aos governos de Mauro Carlesse e de Jair Bolsonaro, divididas como estão, serão derrotadas fragorosamente nas urnas em 2022, pois, quem tiver “bala na agulha” até outubro do ano que vem, sai muito na frente nessa corrida eleitoral.
Não há vitoriosos nem derrotados, por enquanto. Há, apenas, quem sabe jogar e atira direto no alvo, e os que estão “atirando para todos os lados”, podendo, inclusive, acertar a si mesmos...
Coisa para se parar e observar!
Até breve!
LDO para o exercício de 2022 foi protocolado nesta quarta-feira, 15
Com Assessoria
O secretário chefe da Casa Civil, Rolf Vidal, acompanhado dos secretários de Estado do Planejamento e Orçamento e de Assuntos Parlamentares, Sergirlei Moura e José Humberto, respectivamente, protocolou na Assembleia Legislativa do Tocantins (Aleto), na tarde desta quarta-feira, 15, o projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) do Estado do Tocantins, para o exercício de 2022. Na oportunidade, foi entregue uma cópia do documento ao presidente da casa de leis, deputado Antônio Andrade.
projeto dispõe sobre as diretrizes orçamentárias para o exercício de 2022 e deve nortear a elaboração do orçamento, sua execução, a avaliação dos orçamentos do Estado e suas alterações. A programação orçamentária do Poder Executivo, dos Poderes Judiciário e Legislativo, incluindo o Tribunal de Contas, o Ministério Público e a Defensoria Pública para o exercício de 2022, contempla os programas estabelecidos no Plano Plurianual 2020-2023.
O PLDO prevê receitas e despesas de R$ 11,4 bilhões, o que representa um incremento na ordem de R$ 540 milhões, se comparado à LDO de 2021, que chegou a R$ 10,9 bilhões. O titular da pasta do Planejamento e Orçamento, Sergirlei Moura, explicou que esse crescimento de 9% na receita orçamentária ordinária do Tesouro e de outras fontes é graças ao avanço da receita do Fundo de Participação do Estado (FPE) e do tributário, que possibilitou a atualização do IPCA acumulado em 12 meses, que proporcionalmente chega a esse percentual de incremento da receita para 2022.
Secretário-chefe da Casa Civil, Rolf Vidal, entregou uma cópia do PLDO para o presidente da Assembleia Legislativa do Tocantins, deputado Antônio Andrade
O secretário Rolf Vidal explicou ao presidente Antônio Andrade que o projeto da LDO, proposto pelo governador Mauro Carlesse, traz esperança de dias melhores ao contemplar o programa Tocando em Frente e outras iniciativas para promover o desenvolvimento do Estado. “Por determinação do governador Mauro Carlesse serão contemplados projetos como o Tocando em Frente, que ganha um aspecto muito forte em todos os seus eixos; a retomada dos concursos; o avanço das progressões funcionais; e as revisões gerais anuais, que são as datas bases. Então teremos um 2022 com perspectivas otimistas de avanços em diversos eixos, tanto social como de infraestrutura, de funcionalismo público e outros”, pontuou.
A LDO estabelece, ainda, diretrizes que nortearão a Administração Pública Estadual para o exercício de 2022 nos seguintes eixos: segurança e direitos humanos; desenvolvimento regional, urbano e industrial; desenvolvimento agropecuário e meio ambiente; gestão pública; saúde; educação e cultura; e parcerias, investimentos e concessões.
Tocando em Frente
O programa Tocando em Frente atuará na organização de ações para o alcance das Metas e Prioridades de 2022, com base no Plano Plurianual 2020-2023, por meio de infraestrutura e logística, investimento social, agronegócio produção/serviços, investimento privado e melhoria do ambiente de negócios, além de aporte financeiro de, no mínimo, R$ 3 milhões por município para obras estruturantes relacionadas em cada eixo do programa. A expectativa é que as ações do Tocando em Frente gerem aproximadamente 104 mil empregos e beneficie 359 mil pessoas com programas sociais.
“O Governador Mauro Carlesse não tem medido esforços para gerar melhoria na vida dos tocantinenses. Com o Tocando em Frente estamos fazendo os investimentos necessários em infraestrutura e logística, recuperando não só a confiança dos agentes econômicos, mas também gerando renda e orgulho para o povo do Tocantins”, afirmou o secretário-chefe da Casa Civil, Rolf Vidal.
A Lei estabelece as diretrizes orçamentárias do Estado do Tocantins para o exercício de 2022, na conformidade do §2º do art. 165 da Constituição Federal, §2º do art. 80 da Constituição Estadual e da Lei Complementar Federal 101, de 4 de maio de 2000.
Alcolumbre condiciona sabatina de Mendonça à certeza de derrota de indicado por Bolsonaro ao STF
POR JULIA CHAIB, RENATO MACHADO E MARIANNA HOLANDA
Escanteado da articulação política do Palácio do Planalto, o senador Davi Alcolumbre (DEM-AP) indicou a aliados que segue disposto a só iniciar a análise da indicação de André Mendonça ao STF (Supremo Tribunal Federal) quando tiver a certeza de que o nome do ex-ministro de Jair Bolsonaro será derrotado.
Nos cálculos de pessoas próximas de Alcolumbre e do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), a Casa, com 81 integrantes, está hoje praticamente dividida ao meio sobre o tema. Mendonça foi indicado por Bolsonaro em 13 de julho.
Governistas buscam convencer Alcolumbre a pautar a nomeação e dizem ter recebido sinais de que ele colocaria neste mês o nome em votação na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), que preside.
Um motivo de resistência do ex-presidente do Senado é a perda de poder. Quando comandou a Casa (2019-2021), Alcolumbre ficou responsável por coordenar a distribuição de emendas parlamentares. Agora, perdeu a tarefa, que ainda não foi designada a outro senador.
Para aprovação de Mendonça, é necessária a maioria simples na comissão. Mesmo se forem rejeitadas na CCJ, as indicações são submetidas ao plenário do Senado, onde dependem de maioria absoluta (41 dos 81 senadores). A votação também será secreta.
Kassio Nunes Marques, o último indicado ao STF, teve o nome aprovado por 22 votos a 5, na CCJ. No plenário, o placar ficou em 57 a 10.
Hoje, segundo pessoas próximas de Alcolumbre, governistas veem poucas chances de o clima melhorar para destravar a sabatina de Mendonça na CCJ. Até mesmo ministros reconhecem que a situação desfavorável não mudou.
André Mendonça
Na tentativa de convencer Alcolumbre a pautar a indicação do ex-advogado-geral da União, o governo chegou a colocar na mesa a possibilidade de o senador ter novamente ingerência na distribuição de emendas.
O Planalto desistiu da ideia, porém, depois de Alcolumbre ajudar na articulação da rejeição da minirreforma trabalhista no Senado, configurando uma das maiores derrotas para Bolsonaro na Casa.
De acordo com aliados, a estratégia do senador é postergar a sabatina pela qual o ex-ministro do governo deverá passar na CCJ e tentar emplacar no seu lugar o procurador-geral da República, Augusto Aras.
O atual procurador-geral tem trânsito maior no Senado, prova disso foi a aprovação da sua recondução, com certa facilidade. Aras teria o apoio de grande parte da oposição em razão da posição contrária à Operação Lava Jato.
Mendonça, por sua vez, é um nome fortemente ligado a Bolsonaro e sua indicação cumpre a promessa de ter no STF um nome "terrivelmente evangélico". A situação do ex-AGU não deu sinais de melhora mesmo após a diminuição da tensão entre os Poderes, na semana passada.
Logo após a divulgação da nota retórica de Bolsonaro, na qual muda o tom das ameaças aos ministros do STF, líderes governistas buscaram aproveitar o bom momento para tentar destravar a pauta de interesse do governo, em particular as medidas econômicas.
O objetivo seria criar uma agenda de votações até o fim deste ano, dando inicialmente preferência para a proposta que altera regras de Imposto de Renda e em seguida destravar pautas que há muito patinam na Casa, como a navegação de cabotagem, a privatização dos Correios e do novo o mercado de câmbio.
Senadores apontam que os líderes do governo pouco articulam para angariar apoio em torno da aprovação de Mendonça ou mesmo para aumentar a pressão sobre Alcolumbre para colocar a indicação em pauta na CCJ.
Alcolumbre apenas foi questionado pelo ministro Luiz Eduardo Ramos (Secretaria-Geral), em encontro entre os dois na semana passada, a pedido do próprio senador pelo Amapá. Alcolumbre, no entanto, teria respondido que não há chances neste momento de pautar a indicação.
Em um possível novo gesto em busca de aproximação, Alcolumbre foi um dos 54 agraciados nesta terça-feira (14) pelo prêmio Marechal Rondon, do Ministério das Comunicações. A cerimônia no Planalto contou com a presença de Bolsonaro.
O prêmio foi entregue a praticamente todos os ministros do governo, a ministros do Supremo, aos presidentes das duas Casas legislativas, Pacheco e o deputado Arthur Lira (PP-AL), e a outros congressistas.
Entre os senadores, receberam, além de Pacheco e Alcolumbre, o líder do governo, Fernando Bezerra (MDB-PE), e Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ).
Recentemente, como mostrou a coluna Mônica Bergamo, da Folha, circularam entre senadores documentos que mostram que Mendonça se reuniu com integrantes da Operação Lava Jato em 2019 e combinou estratégias para impulsionar a agenda política dos procuradores.
Em mensagens, Dallagnol e integrantes da força-tarefa descrevem um encontro que tiveram com Mendonça em fevereiro de 2019, no restaurante Ponte Vecchio, um dos mais badalados de Curitiba.
Na sequência, os procuradores divulgaram uma nota para a imprensa. Eles ainda fizeram internamente atas listando as deliberações da reunião e as tarefas políticas de cada um. Um dos pontos destacados foi a defesa da prisão em segunda instância.
À coluna Mendonça afirmou que as reuniões que teve naquela época foram "públicas e institucionais".
"Tratou-se de reunião pública, marcada institucionalmente, para resolver questões relacionadas à destinação de valores e encontro de contas entre os acordos de leniência celebrados pela CGU (Controladoria-Geral da União), AGU (Advocacia-Geral da União) e o próprio Ministério Público Federal (MPF)", disse comunicado enviado pela equipe de comunicação de Mendonça.
A informação do encontro com procuradores aumentou o temor em senadores de que Mendonça encampe uma pauta lavajatista ao assumir uma cadeira do STF. Esta é justamente uma das características que congressistas buscam evitar.