Por Osmar Casagrande / 23 de junho de 2024
Envolvidos com o documentário SOS UNITINS, onde se faz, inclusive, uma breve tomada de momentos importantes no movimento estudantil do Brasil, desde as primeiras entidades, fomos, equipe enxuta (Edson Cabral, Hermes e Osmar Casagrande) filmar os depoimentos dos veteranos José Carlos Leitão e Jales Marinho, membros ativíssimos na CONORTE (Comissão de Estudos do Norte Goiano).
A ideia era realizar um trabalho de captação de momentos-chave da ação da CONORTE, mas o que vivemos foi um passeio delicioso em dois tempos: o tempo da CONORTE e o tempo anotado no dia 22 de junho de 2024.
A delícia do café da manhã foi café pequeno perto da que viria a seguir: a tríade Edson, Hermes e Casagrande, todos com a mania de acordar muito cedo, resolveu “matar o tempo” visitando o Lago Norte, onde há um parque mais que bonito para se caminhar e ver os mergulhões na fina diária de buscar alimentação no lago. Para completar, recebo a ligação do amigo e confrade na APL, João Rodrigues Portelinha, que acabara de receber (com louvor!) o título de Professor Titular na Universidade Federal do Tocantins e que nos divertiu a todos com sua prosa.
Horário da entrevista se aproximando, demandamos à residência de Jales Marinho, que fica na região. Lá chegando, fomos recebidos com a maior simpatia por Edzilda, esposa de Jales. O Jales havia saído com a filha, a buscar quitutes para receber-nos com gosto! E assim se fez, com quitutes que não vou listar para não dar vontade nos leitores. Basta que se diga a composição da mesa, com a tríade já declarada, Jales, José Carlos e Edzilda, além de seu filho, que chegou a tempo de deliciar-se com o repasto.
Delícias do gosto à parte, vamos à delícia da história, onde José Carlos e Jales desfiam as ações realizadas por aquela comissão, esclarecendo que a CONORTE surgiu como entidade idealizada pelos estudantes engajados na CENOG (Casa do Estudante do Norte Goiano), o que devidamente vincula as ações políticas da CONORTE às iniciativas estudantis.
Me furto a deslindar aqui toda a ação da CONORTE, como foi documentada, pelo fato de que observamos a possibilidade de realizar um documentário específico sobre a CONORTE, devido à riqueza de dados e funções que a CONORTE abrigou e orientou. Fica registrada a delícia das viagens física e no tempo, além da excelente recepção que tivemos junto ao Jales Marinho, o qual é em toda a extensão do termo, progressista e, acrescento, sabe ser fraterno.
Nossos agradecimentos efusivos aos batalhadores sociais José Carlos Leitão e Jales Marinho, que nos mostraram que “o pulso ainda pulsa”.
Um dia antes, os deputados vão se reunir com governadores de diferentes estados para bater o martelo sobre os itens detalhados
Com Agências
Os grupos de trabalho que discutem a regulamentação da reforma tributária na Câmara dos Deputados vão entregar os relatórios finais no próximo dia 3 de julho. A informação é dos deputados Mauro Benevides (PDT-CE) e Cláudio Cajado (PP-BA), e foi confirmada pelo ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha. Um dia antes, os deputados vão se reunir com governadores de diferentes estados para bater o martelo sobre os itens detalhados.
Reuniões e votações
"Haddad relatou que já recebeu os dois grupos de trabalho e há previsão de seja entregue no dia 3 de julho o relatório, para encaminhar a votação. Estamos confiantes que até o final do primeiro semestre, no dia 17 de julho, seja concluída a votação da regulamentação da reforma tributária", afirmou Padilha.
Padilha ainda disse que no Senado a regulamentação da reforma tributária deve ter apenas um relator para os dois projetos de lei.
Processo no Senado
"No segundo semestre, teremos o trabalho no Senado. Conversamos com o presidente Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e ele tem sinalizado que deve indicar um relator para os dois projetos de lei", disse Padilha.
Letras de crédito do BNDES
O ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, também disse que Pacheco indicou a finalização o quanto antes do projeto de lei que cria uma nova modalidade de letra de crédito no BNDES. A Letra de Crédito de Desenvolvimento (LCD), com administração do BNDES e outras instituições estaduais, tem o objetivo de aumentar o lastro financeiro do banco público para que ele tenha capacidade de ampliar financiamentos.
Expectativas de votação
"Falamos também da LCD do BNDES aprovada na Câmara, que agora vai para a Comissão de Assuntos Econômicos do Senado. Nossa expectativa é concluir a votação ainda nesta semana ou na próxima semana no Senado", afirmou Padilha.
R$ 1 milhão seria repassado a magistrado paulista para que ele transferisse megatraficante para MS, de onde pretendia escapar pela terceira vez
Por Neri Kaspary
Transcrições da investigação da Polícia Federal que levaram ao afastamento do desembargador Ivo de Almeida, do Tribunal de Justiça de São Paulo, por suposta cobrança de propina para beneficiar o traficante Romilton Queiroz Hosi, mostram que o dinheiro seria pago pelo megatraficante Antônio Joaquim Mota, mais conhecido como Motinha, de Ponta Porã.
Diálogos entre advogados interlocutores da negociação da propina revelam que em 7 outubro de 2020 um deles viajou para Ponta Porã “falar com o pessoal lá”. Dois dias depois, esse mesmo advogado diz que “lá a mala está pronta, agora é só você na área aí”.
Não muito crédulo nesta informação, o outro advogado pergunta se “os meninos será que é firme para pagar ou vai querer parcelar?”. Em resposta a esta indagação, vem uma informação que mostra todo o poderio daqueles que iriam pagar a propina ao desembargador paulista, mas que também despertou o interesse da PF por este poderoso traficante.
“ Tá de brincadeira né. O cara é bilionário. Tem 50 mil boi. Tem oito mil alqueire, alqueirão de soja. Tem uns 20 ou 30 helicópteros e avião. Esquece. Cocaína então, deve ter mais de seis, sete toneladas estocadas na fazenda”, respondeu o homem identificado pela PF como Dr. Luiz Manna.
Estas descrições, por sua vez, remetem automaticamente ao chamado “Clã Mota”, que atualmente é comandado por Antônio Joaquim Mota, ou Dom, como gosta de ser chamado em referência ao Poderoso Chefão, Don Corleone. Na região de fronteira de MS com o Paraguai, o transporte de cocaína utilizando helicópteros é “exclusividade” da família Mota.
No ano passado, Motinha conseguiu escapar de duas operações da Polícia Federal na região de fronteira. Em ambas utilizou helicópteros. A suspeita é de que tenha informantes infiltrados nas forças policiais. O pai dele, que tem o mesmo nome, porém, foi preso em 20 de fevereiro deste ano em Ponta Porã e transferido no mesmo dia, desta vez em um helicóptero da polícia, para o Presídio Federal de Campo Grande.
Desde que a polícia começou a investigar o envolvimento da tradicional família de pecuaristas e agricultores de Ponta Porã e do Paraguai, o grupo já perdeu pelo menos 13 helicópteros. Oito deles se envolveram em acidentes ou foram abatidos pelas forças policiais na região de fronteira de Mato Grosso do Sul com o Paraguai. Os demais foram apreendidos em oficinas ou hangares ligados à quadrilha.
O caso mais recente ocorreu na última terça-feira (18) quando um helicóptero com 244 quilos de pasta-base de cocaína foi interceptado a tiros na região norte do Paraná. O piloto, um homem de 52 anos, foi preso e levado para Londrina.
A aeronave havia saído da região de Ponta Porã e foi interceptada por três helicópteros da polícia em ação envolvendo equipes da PM paranaense e agentes das delegacias da PF em Ponta Porã e Naviraí.
LIBERTAÇÃO
A mala à qual se referiam os investigados pela PF seria para pagar a propina de R$ 1 milhão para beneficiar o traficante Romilton Queiroz Hosi, que está preso desde 2019 em São Paulo e que pretendia ser transferido para uma prisão em Campo Grande, conforme revelou investigação da Operação Churrascada, deflagrada na última sexta-feira pela Polícia Federal em São Paulo.
O curioso é que o megatraficante pagaria a propina ao desembargado Ivo de Almeira, segundo a PF, somente para ser transferido. Isso porquê possivelmente tinha a certeza de que uma vez em Campo Grande, conseguiria escapar mais uma vez do sistema prisional.
Em 2002, fugiu pela porta da frente do Instituto Penal de Campo Grande. A Justiça chegou à conclusão de que pagou propina a servidores públicos. Um agente penitenciário chegou a ser demitido.
No ano seguinte, em 17 de novembro de 2003, meses depois de ser preso em decorrência da apreensão de 449 quilos de cocaína em Rio Verde de Mato Grosso, escapou das mãos de nove policiais militares que o levavam para uma audiência judicial no fórum de Campo Grande.
A conclusão das autoridades é de que Hosi havia repassado propina de um milhão de reais aos policiais para facilitar a fuga. Cinco PMs chegaram a ser condenados pela Justiça, mas a pena maior foi de apenas 3,5 anos de prisão.
Romilton Queiroz Hosi foi recapturado somente 16 anos depois, em 2019, e desde então está preso em São Paulo. A transferência só não se concretizou porque o desembargador paulista ainda não havia conseguido convencer seus colegas de Câmara para efetivar a transferência e assim receber a mala de dinheiro prometida pela família Mota.
Pivô de escândalo no TJ paulista, megatraficante negociava retorno a MS.
Julian Assange concordou em se declarar culpado por vazar segredos de segurança nacional dos EUA e retornar à Austrália, encerrando uma batalha legal de 15 anos
Por InfoMoney/ Bloomberg
O co-fundador do Wikileaks, Julian Assange, deve se declarar culpado por vazar segredos de segurança nacional dos EUA e retornar à sua Austrália natal, após um acordo com o Departamento de Justiça que encerra uma batalha judicial de quase 15 anos.
Assange, 52 anos, deve ser sentenciado a tempo já cumprido durante uma audiência judicial na quarta-feira (26) em Saipan, nas Ilhas Marianas do Norte dos EUA, evitando uma potencialmente longa pena em uma prisão americana.
O acordo busca encerrar uma luta internacional para processar Assange que está em curso desde que documentos militares sensíveis dos EUA, registros de guerra e telegramas diplomáticos foram divulgados publicamente em 2010 e 2011, incluindo imagens de um ataque aéreo dos EUA em Bagdá alguns anos antes.
Em uma das maiores violações de segredos de Estado na história dos EUA, Assange foi acusado de incentivar e ajudar a analista de inteligência do Exército, Chelsea Manning, a obter cerca de 750 mil documentos confidenciais ou sensíveis.
Os EUA acusaram criminalmente Assange em 2019, durante o governo Trump, por violar a Lei de Espionagem e estavam tentando extraditá-lo do Reino Unido, onde ele está preso desde então. As acusações iniciais — 17 relacionadas à espionagem e uma ao uso indevido de computador — carregavam uma pena máxima de 175 anos de prisão se ele fosse considerado culpado em todas as acusações, embora as sentenças para crimes federais sejam tipicamente menores que isso.
Aliados de Assange argumentaram que o caso dos EUA infringia a liberdade de expressão e a mídia independente, enquanto autoridades de segurança nacional afirmavam que os vazamentos representavam graves ameaças à segurança nacional. Assange e seus advogados lutaram contra sua extradição, argumentando que ele não poderia ter um julgamento justo nos EUA e poderia enfrentar a pena de morte.
As negociações para um acordo de culpa intensificaram-se nos últimos meses, depois que o presidente Joe Biden disse estar considerando um pedido do governo australiano para fechar um acordo que permitisse a Assange retornar à Austrália.
Segundo o acordo de culpa, Assange comparecerá ao Tribunal Distrital dos EUA para as Ilhas Marianas do Norte. Ele será imediatamente sentenciado ao tempo já cumprido durante seus 62 meses de prisão no Reino Unido e então retornará ao seu país natal.
Licitações de emergência e socorro de Bombeiros serão facilitados por decreto. Mais de 600 mil hectares foram queimados neste ano
Com Site Terra
O governo do estado do Mato Grosso do Sul decretou situação de emergência devido aos incêndios no Pantanal. O documento foi publicado no Diário Oficial nesta segunda-feira, 24, e prevê a facilitação de licitações de emergência e também o socorro do Corpo de Bombeiros dentro de residências.
As queimadas no Pantanal já destruíram 627 mil hectares só neste ano. O número supera o registro de 2020, que foi recorde de devastação do bioma. O decreto não detalha as cidades que serão contempladas pela medida de urgência.
Do total de hectares queimados, 480 mil ficam em Mato Grosso do Sul e 148 mil em Mato Grosso, conforme os dados divulgados até domingo, 23, pelo Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais (LASA) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
O decreto prevê ainda uma atuação mais rápida nos municípios do MS que foram afetados pelos incêndios, como Corumbá e Ladário. A publicação vale por 180 dias, neste período fica autorizado a mobilização de todos os órgãos estaduais para atuarem sob a coordenação da Defesa Civil do Estado, em ações que envolvem resposta ao desastre, reabilitação do cenário e reconstrução.
Segundo o Estado, em caso de risco iminente, os agentes poderão adentrar as casas para prestar socorro, determinar a evacuação e usar propriedade particular. Também ficam dispensadas as realizações de licitação nos casos de emergência ou calamidade pública, quando caracterizada a urgência para não comprometer a continuidade dos trabalhos (públicos), em relação a obras, aquisição de equipamentos e serviços.
Alguns fatores que determinaram a situação de emergência foram:
O período de seca no Mato Grosso do Sul, com estiagem prolongada em grande parte do território;
Aumento exponencial dos focos de calor;
Os impactos das queimadas para agropecuária pantaneira, com prejuízos econômicos e ambientais.