A ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), encaminhou à Procuradoria-Geral da República (PGR) a notícia-crime protocolada por senadores da CPI da Covid que pedem abertura de inquérito contra o presidente Jair Bolsonaro por suposta prevaricação no caso envolvendo a compra da vacina Covaxin. Rosa foi sorteada relatora do caso na Corte

 

Com R7

 

A peça assinada pelos senadores Randolfe Rodrigues (Rede-AP), vice-presidente da CPI da Covid, Fabiano Contarato (Rede-ES) e Jorge Kajuru (Podemos-GO) defende que Bolsonaro cometeu crime de prevaricação ao não determinar à Polícia Federal investigações de possíveis irregularidades relatadas pelo deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) e seu irmão servidor do Ministério da Saúde na compra da Covaxin. Os irmãos Miranda depuseram na CPI na última sexta-feira e disseram que alertaram o presidente sobre o suposto caso de corrupção. Os dois envolveram o líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (Progressistas-PR) no que Bolsonaro teria chamado de "rolo" na pasta.

 

A notícia-crime também pede que o presidente da República responda em 48 horas se foi comunicado das denúncias feitas pelos irmãos Miranda. De acordo com a lei, se comunicado, Bolsonaro teria de ter pedido a abertura de investigação ao ouvir as suspeitas, sob pena de cometer crime de prevaricação.

 

Agora, a manifestação sobre a notícia-crime cabe ao procurador-geral da República, Augusto Aras. Se der prosseguimento à abertura de inquérito, Aras pode desagradar Bolsonaro e afetar seus planos de ser reconduzido ao cargo. A escolha do PGR cabe ao presidente da República. Além disso, Aras é cotado para ser indicado à vaga do ministro Marco Aurélio Mello no STF, caso o atual advogado-geral da União (AGU), André Mendonça, favorito do Palácio do Planalto para o posto, tenha seu nome rejeitado pelo Senado Federal, que pode validar ou não a indicação de Bolsonaro.

 

Posted On Terça, 29 Junho 2021 05:23 Escrito por

Há exatamente uma semana para o recesso parlamentar, o Congresso Nacional está prestes a encerrar os trabalhos em meio a um clima totalmente explosivo, com a ameaça da abertura de um processo de impeachment e com uma CPI em pleno andamento, todos tendo apenas um alvo: o presidente Jair Bolsonaro.

 

Por Edson Rodrigues

 

A CPI da Covid-19, mesmo tendo entre seus componentes políticos cujas carreiras estão manchadas eternamente pela mácula da corrupção, segue conseguindo fazer o governo federal sangrar, mantendo manchetes negativas e “surfando” nas atuações amadoras de membros do segundo escalão do governo federal.

 

Para um presidente que tinha a intenção de transformar o Brasil em um “país das maravilhas”, colocando um ponto final na corrupção, que é a origem de todos os nossos males, tendo, inclusive, usado essa “bandeira” em sua campanha Jair Bolsonaro se mostrou muito frágil no que diz respeito ao traquejo político, à “manha”, à “malícia” e ao jogo de cintura que todo governante precisa ter.

 

Bolsonaro vem sendo atropelado dia após dia pelo seu próprio temperamento, pelo seu despreparo político e pelo zelo de pai em relação aos seus filhos, também políticos, “zero” um, dois e três. Achou que o apoio popular do início poderia se transformar em poder para tratar o Poder Legislativo como seu vassalo, totalmente submisso, e o Judiciário como “menino de recados”.

 

Grupo do denominado Centrão

 

O presidente eleito por mais de 53 milhões de brasileiros quis enquadrar a imprensa, principal válvula de escape de um povo que vinha massacrado pelo regime militar e seu autoritarismo, e comandada por homens e mulheres que se revestiram com os mantos de mártires da liberdade, reverenciados, admirados e, principalmente, respeitados pela população.  Essa tentativa de calar jornais, revistas e emissoras de rádio e TV, foi o maior erro de Bolsonaro, beirando o suicídio, pois, agora, não tem ninguém para falar sobre as boas ações do seu governo, cuja assessoria de imprensa é confundida com meia dúzia de sites e uma infinidade de “blogueiros”, a maioria nada confiável.

 

Ou seja, Bolsonaro adotou um modus operandi de governo que beira o suicídio político, apostando no “jacaré, quando o filme é do Tarzan”.

 

TÁTICA EQUIVOCADA

 

Essa tática do “eu me basto”, adotada por Jair Bolsonaro, tem chance zero de dar certo.  Não ter nenhum veículo de imprensa tradicional ao seu lado corresponde a uma “mudez” inoportuna, principalmente quando há tantos “falando mal” e mostrando cada “vírgula” errada. Ao cortar de 90% a 100% das verbas publicitárias dirigidas a esses veículos, Bolsonaro não, apenas, não conseguiu calá-los, como ganhou vários “megafones” a importuná-lo com seus próprios equívocos e erros.

 

Sua escolha o colocou muito perto de ser um “idealizador da volta do regime militar”, mesmo que ele não queira, diretamente, isso, pois foi assim que a mídia passou a trata-lo, pois grande parte dos atuais dirigentes de empresas de comunicação têm horror a tudo o que se refere ao regime militar, posto que figuram entre as maiores vítimas daquele período em que ou fugiram do país, em busca de exílio, ou foram torturados nos porões dos quartéis, de onde alguns jamais saíram.

 

Ou seja, tudo o que se tem, hoje, em termos de liberdade de expressão, foi conquisto a duras penas e tudo o que remete a um possível retrocesso em relação a isso, é visto como retrocesso e atentado à democracia, o que provoca reações diretas e retas, fazendo a imagem do Brasil sangrar nacional e internacionalmente.

 

CENTRÃO

 

Enquanto isso, o “centrão”, ressuscitado por Bolsonaro em busca de governabilidade, vai se colocando na posição tranquila de “mero observador”, enquanto o circo pega fogo.  Alçado aos holofotes e ao protagonismo na Câmara Federal, a “união dos partidos sem força” conseguiu, com a ajuda do presidente da República, “tratorar” as candidaturas de partidos tradicionais às presidências da Câmara e do Senado – mais precisamente, de Baleia Rossi e de Simone Tebet, ambos do MDB, respectivamente – para, depois, começar a se articular internamente para transformar Jair Bolsonaro em um refém de luxo, um “paciente grave”, que o centrão empurra pelos corredores de um hospital, rumo à UTI (leia-se, impeachment).

 

E, pode ter a certeza, de que o “empurrãozinho” do centrão cessa na porta da UTI, onde Bolsonaro entrará sozinho, intubado e em situação periclitante.

 

MAIS CENTRÃO

 

Junto com Bolsonaro, a atuação do centrão coloca a situação dos deputados estaduais e federais que buscam a reeleição na mesma “maca”. O recesso parlamentar, que começa no fim desta semana e termina apenas no dia 10 de agosto, prolonga o processo de reforma política e a definição das regras das eleições proporcionais de 2022 até o último momento, mantendo a indefinição sobre a aplicação do “distritão” ou do “distritão misto” ou não, se a forma de disputa das eleições será a mesma adotada para o último pleito para vereador.

 

O certo é que, quando voltarem os trabalhos, o tempo será muito curto para essas definições, para que elas possam ter validade na eleição de 2022, uma vez que terão que ser aprovadas em duas votações na Câmara e em duas votações no Senado e publicadas no Diário Oficial do Congresso sem nenhum erro constitucional, para que se tornem leis e possam ser aplicadas nas eleições de outubro de 2022.

 

É importante ressaltar, também, que os partidos do centrão formam a maioria na Câmara Federal e já deram um recado claro ao presidente Jair Bolsonaro, nestes últimos dias, quando onze legendas, por intermédio de seus líderes, rejeitaram a proposta da presidência quanto a volta do voto impresso, mostrando que de submissos, não têm nada, impondo uma derrota ao governo “ao vivo e a cores”, diretamente sob os holofotes.

 

Ou seja, Jair Bolsonaro está bem próximo de ficar “nu com a mão no bolso” e o comando do país entrar em um vácuo de poder extremamente perigoso para um governo que flerta com o militarismo e um congresso sedento por protagonismo.

 

Esperemos as cenas dos próximos capítulos

 

Posted On Segunda, 28 Junho 2021 07:15 Escrito por

'Vai dar defasagem', disse o presidente do Tribunal Superior Eleitoral

 

Por Cristyan Costa

 

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso, voltou a criticar o voto auditável. Segundo o juiz, a medida vai comprometer a segurança do sistema eleitoral. “Cria-se um problema que o Brasil não tem”, declarou o magistrado, em live do Grupo Prerrogativas, neste sábado, 26. “Vai dar defasagem entre os votos. Vão questionar e judicializar com pedido de fraude. Na recontagem, vai sumir voto, aparecer voto. Isso tudo diminuirá a segurança”, acrescentou, ao mencionar “risco” de quebra do sigilo do voto.

 

Barroso disse esperar que “as bobagens” acerca de uma possível fraude na eleição por meio da urna eletrônica desapareça primeiro por meio do “surgimento da verdade do que pela persecução criminal”. Além disso, anunciou que o TSE estuda aumentar a quantidade de equipamentos testados durante a disputa do ano que vem. Hoje, 100 aparelhos são levadas ao tribunal para uma “auditoria independente”, com técnicos especializados no assunto. “E tudo isso é filmado”, salientou o ministro.

Especialista levanta dúvidas sobre as urnas

 

Amílcar Brunazo, engenheiro especialista em segurança de dados e voto eletrônico, afirmou que a confiabilidade das urnas eleitorais é duvidosa. De acordo com ele, o equipamento pode ser objeto de fraude. “O software é desenvolvido no TSE seis meses antes das eleições, compilado com 15 dias de antecedência, transmitido por internet pelos tribunais regionais e por cartórios, e gravado num flashcard”, explicou Brunazo, no mês passado, durante audiência pública em comissão especial da Câmara dos Deputados.

 

“A equipe do professor Diego Aranha, dentro do TSE, mostrou ser possível pegar esse cartão, inserir nele um código espúrio, que não foi feito pelo TSE, e colocar na urna eletrônica”, salientou o especialista, ao mencionar que os brasileiros acabam tendo de confiar no servidor que vai pôr o dispositivo na máquina. “Muitas vezes é um profissional terceirizado. Realmente, o processo eleitoral brasileiro depende da confiança de todos os funcionários envolvidos. Isso é um equívoco”, lamentou Brunazo.

 

 

Posted On Domingo, 27 Junho 2021 07:06 Escrito por

Principal argumento dos partidos para a decisão é evitar o risco de uma onda de questionamentos dos resultados eleitorais a partir do ano que vem, travando o Judiciário e as comarcas locais

 

Com Agência Estado

 

Presidentes de 11 partidos se reuniram na manhã deste sábado (26) e fecharam um posicionamento contra o voto impresso nas eleições de 2022. Os caciques das legendas, incluindo os da base do presidente Jair Bolsonaro no Congresso, decidiram derrubar a proposta discutida na Câmara e patrocinada pelo chefe do Planalto. O texto propõe a implantação de um sistema auditável de papel nas urnas eletrônicas.

 

Conforme revelou reportagem no início do mês, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do voto impresso tinha votos suficientes para avançar na comissão especial da Câmara. A articulação, porém, enfrentou resistência e agora os partidos prometem articular a rejeição da PEC com os deputados, ou até mesmo engavetá-la. Os 11 partidos que mobilizaram o encontro virtual representam 326 deputados entre os 513 integrantes da Câmara, número suficiente para derrubar a medida.

 

A reportagem apurou que os ministros Luís Roberto Barroso, Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), atuaram para demover os partidos da ideia de aprovar o voto impresso. Moraes assumirá a presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no período das eleições presidenciais e Barroso é o atual chefe da Corte eleitoral. A reviravolta ocorre no momento em que o presidente Jair Bolsonaro é alvo da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva lidera pesquisas de intenção de voto para o próximo ano.

 

O principal argumento dos partidos para a decisão é evitar o risco de uma onda de questionamentos dos resultados eleitorais a partir do ano que vem, travando o Judiciário e as comarcas locais. "O pessoal se preocupa de que isso vai criar um tumulto dentro do nosso vasto Brasil tendo uma infinidade de juízes de primeira instância que podem amanhã, por pressões ou outras questões, questionar", disse o presidente do PSL, deputado Luciano Bivar (SP), ao Broadcast Político. O PSL tem a maior bancada da Câmara, ao lado do PT, com 53 deputados. Para Bivar, a PEC deve ser engavetada. "Acho que nem vai votar."

 

Participaram da reunião os presidentes do PSL, Progressistas, PL, PSD, MDB, PSDB, Republicanos, DEM, Solidariedade, Avante e Cidadania. O presidente do Progressistas, Ciro Nogueira (PP-PI), aliado de Bolsonaro, foi o primeiro a falar e "puxou" a decisão do bloco. "A única coisa que nos uniu é manter o sistema atual", disse o presidente do Solidariedade, deputado Paulinho da Força (SP), em tom de brincadeira. "Tem vários argumentos, mas talvez o mais forte seja o de que teria uma eleição muito judicializada no Brasil", afirmou. Ele ainda disse que, para derrubar a PEC, os partidos estão dispostos a substituir os membros da comissão especial na Câmara. "Se for o caso, troca."

 

O presidente Jair Bolsonaro defende o voto impresso e disse diversas vezes que houve fraude na própria eleição que o elegeu em 2018. Ele sustenta a ideia de que teria vencido no primeiro turno. Questionado formalmente pelo TSE, o chefe do Planalto não apresentou nenhuma prova de irregularidade. Em tom de ameaça, ele já disse que não haverá eleição no Brasil sem o voto impresso. Neste sábado, 26, em Chapecó (SC), o presidente discursou a um grupo de apoiadores e voltou a defender a tese, novamente citando possibilidade de fraude e criticando Lula. "Tiraram um vagabundo da cadeia, tornaram esse vagabundo elegível e querem agora tornar o presidente pela fraude. Não conseguirão."

 

A postura de Bolsonaro é vista por dirigentes partidários como reação eleitoral. Além disso, lideranças enxergam um derretimento da imagem do presidente em parcela do eleitorado, o que diminui a influência do presidente entre os parlamentares. "Para não ter eleição, tem que dar um golpe. Para dar um golpe, precisa ter sustentação política, especialmente fora do País", afirmou Paulinho da Força. Ex-aliado de Bolsonaro e presidente do partido que o elegeu em 2018, Luciano Bivar afirmou que a força do sistema em vigor no País supera a tentativa do atual chefe do Executivo. "São bravatas. Estou no Estado de Direito. Ninguém tem esse poder onipotente de dizer que, se não for como ele quer, não vai existir isso e aquilo. Isso quem fala é a sociedade, é o sistema."

 

O presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso, avaliou que o Congresso deve recuar de aprovar a medida. O risco para a segurança das eleições é o principal motivo para a mudança de ideia, afirmou durante entrevista ao Grupo Prerrogativas transmitida nas redes sociais. "Acho que não vai prevalecer essa história do voto impresso. O voto impresso vai ser uma volta no túnel do tempo a um país de fraudes e de eleições contestadas", disse. "Não é por outra razão que eu acho que os partidos políticos e mesmo as pessoas de boa-fé que acreditaram nessa ideia estão voltando atrás."

 

Em tramitação na Câmara, a PEC não acaba com a urna eletrônica, mas inclui na Constituição um artigo que torna obrigatória a impressão de comprovantes físicos de votação, que devem ser depositados automaticamente em uma caixa de acrílico acoplada ao equipamento. Com isso, o eleitor poderia conferir se o recibo em papel coincide com o que digitou. Para que seja válida nas eleições de 2022, a medida precisa ser aprovada pela Câmara e pelo Senado até outubro deste ano. Barroso disse que tem tentado desfazer uma posição de partidos de esquerda que admitiram apoiar a proposta por "não custar nada" implantar mais um sistema de checagem. "Custa, porque nós vamos criar um mecanismo de auditagem, que é o voto impresso, menos seguro que o objeto da auditagem, que é a urna eletrônica."

 

O encontro foi realizado por videoconferência. Participaram da reunião os presidentes:

 

Ciro Nogueira, do PP;

ACM Neto, do DEM;

Valdemar Costa Neto, do PL;

Marcos Pereira, do Republicanos;

Paulo Pereira da Silva, do Solidariedade;

Luciano Bivar, do PSL;

Roberto Freire, do Cidadania;

Baleia Rossi, do MDB;

Gilberto Kassab, do PSD;

Bruno Araújo, do PSDB;

e Luís Tibé, do Avante.

 

 

Posted On Domingo, 27 Junho 2021 07:04 Escrito por

O ex-chefe de gabinete do ex-presidente Lula transfere parte da culpa pelos “roubos” aos antigos aliados do Centrão

 

Com UOL e VEJA

 

Gilberto Carvalho, ex-chefe de gabinete do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), reconheceu que houve corrupção nos governos, que petistas se corromperam, mas poupou o ex-mandatário. "Lula não se corrompeu. Tenho convicção disso", disse ele em entrevista à revista Veja.

 

"Houve corrupção durante os nossos governos? Claro que houve corrupção nos nossos governos, como há em qualquer governo, em qualquer instituição, empresa. Houve petistas que se corromperam? Houve. Houve aliados nossos que se corromperam? Houve", admitiu Carvalho, que também foi ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência no governo de Dilma Rousseff (PT).

 

"Mas, se você considerar bem tudo o que houve na Petrobras, nos processos todos, a imensa maioria dos autores desses roubos são aqueles que continuam no governo Bolsonaro. São os mesmos partidos que continuam lá, os do Centrão", acrescentou ele.

 

Segundo Carvalho, os esquemas na Petrobras são anteriores ao governo Lula e existiam "pelo menos desde o governo FHC".

Ele disse ainda que Lula não se corrompeu. "Eu acompanho o Lula como ninguém, sou testemunha de que o presidente reafirmava o tempo todo: "Se cuidem, porque quem errar vai ser investigado". Foi assim quando houve o primeiro episódio, o do Waldomiro (Diniz), do Zé (José Dirceu), do (Antonio) Palocci."

 

'Lula é o candidato'

Carvalho afirmou que não há plano B para a legenda e que Lula é o candidato.

 

Pesquisa do Ipec (Inteligência em Pesquisa e Consultoria), ex-Ibope, divulgada hoje, mostra que, caso as eleições presidenciais fossem realizadas hoje, Lula teria 49% dos votos totais. Se considerados os votos válidos, o petista teria 56% das intenções e venceria já no primeiro turno. Já o atual presidente, Jair Bolsonaro (sem partido), ficaria em segundo lugar, com 23% dos votos totais e 26% dos válidos.

 

Não tem plano B, o presidente

 

Lula é o candidato. Seria uma bobagem da nossa parte querer inventar um plano B. É como se o Tite agora resolvesse botar o Neymar no banco por capricho. Não faz sentido Gilberto Carvalho

Questionado sobre como será pedir votos aos eleitores após o Mensalão e a Lava Jato, Carvalho avaliou que os fatos têm ajudado o partido. "Todo o processo em torno da Lava Jato e do próprio Lula vai mostrando para a sociedade que isso não era real. O PT não foi o inventor da corrupção."

 

Na quarta-feira (23), o STF (Supremo Tribunal Federal) declarou que o ex-juiz Sérgio Moro foi parcial ao julgar Lula no processo do tríplex do Guarujá (SP). Com isso, todas as medidas tomadas pelo ex-magistrado nesse caso serão anuladas e o processo terá que ser retomado da estaca zero na Justiça Federal de Brasília.

 

Questionado se acredita que a democracia está em risco, Carvalho disse que a preocupação aumentou a partir do episódio do general Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde. O Comandante do Exército, general Paulo Sérgio, decidiu não aplicar nenhuma punição a Pazuello por participar de um ato político com Bolsonaro.

 

"A nossa decepção é enorme com a decisão do comando do Exército em não punir o general. Esse episódio botou o Exército de joelhos. Hoje a gente já não tem mais dúvida dos riscos. Ficamos perplexos", afirmou Carvalho.

 

Posted On Sábado, 26 Junho 2021 07:20 Escrito por
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