O comandante do Exército Júlio César Arruda confundiu pacificação com bagunça quando torceu o nariz para a ordem do presidente da República de anular a transferência de um ex-auxiliar de Bolsonaro para a chefia de uma prestigiosa unidade militar. Ao demiti-lo, Lula atalhou a indisciplina e restaurou a hierarquia. Qualquer tratativa com o general em torno do descumprimento de uma ordem superior conduziria à anarquia. Com atraso, Lula finalmente tomou posse como comandante-em-chefe das Forças Armadas.
Por Josias de Souza - OPINIÃO
Em 24 horas, o discurso do ministro José Múcio deu um cavalo de pau. Na sexta-feira, após reunião de Lula com os comandantes militares, Múcio dissera que o mal-estar do presidente com as fardas estava superado. Chegara a hora de "virar a página", "pacificar" o ambiente e "olhar pra frente". Neste sábado, compelido a explicar a demissão do comandante do Exército, Múcio endireitou a prosa: "...As relações com o comando do Exército sofreram uma fratura no nível de confiança. Achávamos que deveríamos estancar isso no início para superar o episódio".
Presidente de terceiro mandato, Lula sabe que toda crise tem um custo. Os militares regatearam. Na sexta, Lula parecia disposto a fechar a conta. Acertou-se que fardas pilhadas no quebra-quebra seriam punidas. Afastaram-se do Planalto e do Alvorada oito dezenas de bolsonaristas camuflados, a maioria de baixa patente. No mais, Múcio sinalizou que o barato sairia caro. A crise nem foi discutida na reunião. Falou-se sobre investimentos. Em vez de castigo, prêmios. As Forças Armadas iriam às compras.
Lula poderia ter exonerado o general Arruda em 8 de janeiro. Naquele dia, após passar dois meses protegendo falanges bolsonaristas na porta do seu quartel-general, o Exército favoreceu a arruaça golpista ao descumprir sua missão de guarnecer o Planalto. À noite, consumada a depredação nos Três Poderes, o Exército impediu a polícia de prender criminosos em flagrante. Usou até blindados para retardar o cumprimento de ordem judicial emitida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes. Muita gente fugiu.
Por mal dos pecados, a história mostra que tentativas de pechinchar o custo de crises costumam magnificar o tamanho do prejuízo. Após a reunião apaziguadora de sexta-feira, Lula encomendou a anulação de um prêmio concedido por Bolsonaro ao seu ex-ajudante de ordens, o tenente-coronel do Exército Mauro Cesar Barbosa Cid. Foi nomeado comandante de uma tropa de elite, no 1º Batalhão de Ações e Comandos, em Goiânia. Lula impressionou-se com o rastro pegajoso deixado pelo coronel Cid, como é chamado o amigo de Bolsonaro.
Espécie de faz-tudo do capitão, o coronel Cid é coadjuvante no inquérito sobre milícias digitais. É protagonista numa investigação sobre o suposto desvio de verbas do cartão corporativo da Presidência para o pagamento de contas pessoais de Michelle Bolsonaro. Alheio às suspeições, o general Arruda esboçou contrariedade com a ordem de Lula. Foi como se cutucasse a autoridade presidencial com o pé, para ver se Lula mordia.
Mordido, Júlio César Arruda perdeu o comando do Exército para o comandante militar do Sudeste, general Tomás Miguel Ribeiro Paiva. Na semana passada, falando para a tropa, ele defendeu o respeito à democracia. "É o regime do povo, da alternância de poder. É o voto", declarou. O futuro comandante do Exército é ligado ao general Eduardo Villas-Bôas. Ajudou a redigir o tuíte que Villas-Bôas postou para pressionar os ministros do Supremo às vésperas do julgamento do habeas corpus que autorizou a prisão de Lula em 2018.
Os ministros do Supremo sempre negaram que a postagem de Villas-Bôas, então comandante do Exército, tenha influenciado no julgamento. Entretanto, Lula e o PT crivaram o general de críticas. Ao escolher para a chefia do Exército um coautor do tuíte que almejava a sua prisão, Lula pode argumentar que deseja a profissionalização das Forças Armadas, não a sua politização com o sinal trocado. A mudança de guarda no Exército não vira integralmente a página da crise. Mas, por um instante, o governo parou de puxar a página para trás.
Em entrevista ao Jornal da Manhã, do Jovem Pan News, o general da reserva falou sobre o encontro do presidente da República com os comandantes militares e o ministro da Defesa nesta sexta-feira, 20
Por Jovem Pan
Nesta sexta-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve se reunir com os três comandantes das Forças Armadas e o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, para tratar das invasões e depredações ocorridas em Brasília no dia 8 de janeiro e amenizar o clima entre o Governo Federal e os militares. Para falar sobre o encontro, o Jornal da Manhã, da Jovem Pan News, entrevistou o ex-ministro da Secretaria de Governo de Jair Bolsonaro (PL) e general da reserva, Carlos Alberto dos Santos Cruz, que fez um apelo pela pacificação e fortalecimento das instituições: “Lula pode confiar absolutamente nas instituições. Se alguma pessoa cometeu algum erro, substitui. Se o planejamento de segurança não está bom, tem que rever o planejamento. Mas, você não pode descaracterizar as instituições. Ele tem experiência, oito anos ficou ali com essas mesmas instituições provendo a segurança dele, não aconteceu problema nenhum e não vai acontecer”.
“Falhas, sem dúvida nenhuma, aconteceram no dia oito. Falhas em todos os níveis, não adianta querer negar. Houve falha de avaliação, falha de acompanhamento de inteligência, falha de execução. E não só de órgãos de segurança, de todo mundo. Inclusive de decisões governamentais. Todos tem participação nesse volume de erros de uma primeira semana de governo. Dificuldade de integração, troca de todos do primeiro escalão e segundo escalão em todos os órgãos. Não é problema afastar algumas pessoas, substituir, isso não tem problema nenhum. Não pode é você desvalorizar as instituições (…) Forças Armadas, GSI, órgãos de governo, Polícia Federal, Polícia Militar do DF, que tinha uma grande responsabilidade, essas instituições têm que ser preservadas e aperfeiçoadas. Não pode confundir com erro pessoal”, argumentou.
Para o general, o encontro entre Lula e Forças Armadas tem potencial para acalmar os ânimos. Além disso, Santos Cruz criticou a certa aproximação entre militares e política nos últimos anos: “Está previsto para hoje e a conversa tem que ser franca, uma conversa franca. Realmente há a necessidade de não haver participação política da parte militar, não só da parte militar, mas em todas as carreiras de Estado. Nós tivemos aí outras carreiras de Estado que também sofreram esse desgaste pela tentativa de arrastar essas carreiras de Estado, inclusive os militares, para o jogo político. Isso não foi conseguido pelo governo anterior, mas a imagem foi conseguida. O governo não conseguiu arrastar as Forças Armadas para o jogo político, mas a imagem para o público foi. Tem que desmanchar isso daí”.
“É um momento de equilíbrio, e eu penso que não há necessidade nenhuma de acordo, há a necessidade só de deixar os comandantes tomarem as providências que eles sabem que têm que tomar. Isso é normal no Exército. Fiquei mais de 45 anos e nunca vi nenhuma omissão em tomar as providências que precisam ser tomadas. O presidente Lula também já está no terceiro mandato, não tem novidade nenhuma do relacionamento dele com as Forças Armadas. Não há necessidade nenhuma de grandes modificações. Tudo pode se acomodar. O que a gente tem que evitar nesse momento é a narrativa e a projeção de extremismo. O Brasil não precisa de mais extremismo, o Brasil precisa de equilíbrio”, defendeu.
O ex-ministro criticou o comportamento do ex-presidente Jair Bolsonaro após sua derrota eleitoral e argumenta que a tentativa de transferir essa responsabilidade para os militares causou desgaste institucional para as Forças Armadas: “Transferiram a responsabilidade política, que é do poder político, para os militares. Quando houve insatisfação do ex-presidente que perdeu a eleição, ele não liderou nada, ele se omitiu e a indústria de fake news empurrou as pessoas para frente dos quartéis, como se os quartéis fossem responsáveis por resolver um problema político. A transferência de responsabilidade do poder político para os militares foi um absurdo. Isso foi uma covardia. Questão política tem que ser resolvida pelo poder político, e não pelos militares. Aqueles acampamentos resultaram nisso aí que a gente viu e foram incentivados por motivação política”.
“Tinha que ser resolvido pelo poder político, mas conseguiram de maneira sorrateira, de maneira desleal, empurrar essa responsabilidade para os militares. Aquele público que ficou perdido politicamente ficou na mão de aventureiros extremistas, e deu no que deu. O desgaste vem daí, dessa transferência absurda que aconteceu ao longo de um bom tempo. Não foi só exatamente depois do segundo turno, ela aconteceu ao longo de um bom tempo com discursos na frente do QG, aquela história de falar do ‘meu exército’ (…) Tudo isso daí é tentativa de arrastar as Forças Armadas para o jogo político. Não conseguiu, mas conseguiu a imagem. Para o público, essa imagem às vezes interessa para as pessoas ficarem iludidas politicamente. Elas não foram tratadas com respeito, elas não foram tratadas com sinceridade, com honestidade”, declarou.
O Site Metrópoles publicou matéria onde mostra uso de caixa dois por Jair Bolsonaro
Por Rodrigo Rangel
TRANSAÇÕES FINANCEIRAS DO MILITAR DO EXÉRCITO QUE ATUAVA COMO AJUDANTE DE ORDENS DO EX-PRESIDENTE FORAM MAPEADAS PELA POLÍCIA FEDERAL POR ORDEM DO STF
MILITAR PAGAVA CONTAS DO CLÃ PRESIDENCIAL EM DINHEIRO VIVO AO MESMO TEMPO EM QUE OPERAVA UMA ESPÉCIE DE “CAIXA PARALELO” NO PLANALTO QUE INCLUÍA RECURSOS SACADOS DE CARTÕES CORPORATIVOS
PAGAMENTOS ERAM FEITOS EM AGÊNCIA DO BANCO DO BRASIL LOCALIZADA DENTRO DO PALÁCIO
ENTRE AS CONTAS PAGAS ESTAVA A FATURA DE UM CARTÃO DE CRÉDITO USADO PELA PRIMEIRA-DAMA MICHELLE BOLSONARO, MAS EMITIDO EM NOME DE UMA AMIGA DELA
ÁUDIOS COM A VOZ DE BOLSONARO REUNIDOS PELA INVESTIGAÇÃO, SOB COMANDO DO MINISTRO ALEXANDRE DE MORAES, INDICAM QUE O PRESIDENTE CONTROLAVA E TINHA CIÊNCIA DE TUDO
As investigações que correm no Supremo Tribunal Federal sob o comando do ministro Alexandre de Moraes avançam sobre um personagem-chave que, por tudo o que se descobriu até agora e por sua estreita proximidade com Jair Bolsonaro, deixará o ex-presidente ainda mais encrencado.
As descobertas conectam o antigo gabinete de Bolsonaro diretamente à mobilização de atos antidemocráticos e lançam graves suspeitas sobre a existência de uma espécie de caixa 2 dentro do Palácio do Planalto, com dinheiro vivo proveniente, inclusive, de saques feitos a partir de cartões corporativos da Presidência e de quartéis das Forças Armadas.
O personagem em questão é o tenente-coronel do Exército Mauro Cesar Barbosa Cid, o “coronel Cid”, ajudante de ordens de Jair Bolsonaro até os derradeiros dias do governo que acabou em 31 de dezembro.
O militar compartilhava da intimidade do então presidente. Além de acompanhá-lo em tempo quase integral, dentro e fora dos palácios, Cid era o guardião do telefone celular de Bolsonaro. Atendia ligações e respondia mensagens em nome dele. Também cuidava de tarefas comezinhas do dia a dia da família. Pagar as contas era uma delas – e esse é um dos pontos mais sensíveis do caso.
Entre os achados dos policiais escalados para trabalhar com Alexandre de Moraes estão pagamentos, com dinheiro do tal caixa informal gerenciado pelo tenente-coronel, de faturas de um cartão de crédito emitido em nome de uma amiga do peito de Michelle Bolsonaro que era usado para custear despesas da ex-primeira-dama.
QUEBRA DE SIGILO PERMITIU MAPEAR TRANSAÇÕES
Já era sabido, há tempos, que Cid se tornara alvo dos inquéritos tocados por Moraes, em diferentes frentes. Ainda no ano passado, o jornal Folha de S.Paulo noticiou que mensagens de texto, imagens e áudios encontrados no celular do oficial do Exército levaram os investigadores a suspeitar das transações financeiras realizadas por ele.
Pois bem. Depois disso, Moraes autorizou quebras de sigilo que permitiram revirar pelo avesso as operações realizadas pela equipe do tenente-coronel, muitas delas com dinheiro em espécie, na boca do caixa de uma agência bancária localizada dentro do Palácio do Planalto (foto acima).
As primeiras análises do material já apontavam que Cid centralizava recursos que eram sacados de cartões corporativos do governo ao mesmo tempo em que tinha a incumbência de cuidar do pagamento, também com dinheiro vivo, de diversas despesas do clã presidencial, incluindo contas pessoais de familiares da então primeira-dama Michelle Bolsonaro.
Durante a investigação, os policiais se depararam com um modus operandi que lembrava em muito aquele adotado pelo clã bem antes da chegada de Bolsonaro ao Palácio do Planalto e que, anos depois, seria esquadrinhado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro nas apurações das rachadinhas do hoje senador Flávio Bolsonaro, o filho 01 do ex-presidente. Dinheiro manejado à margem do sistema bancário. Saques em espécie. Pagamentos em espécie. Uso de funcionários de confiança nas operações. As semelhanças levaram a um apelido inevitável para as transações do tenente-coronel do Exército: “rachadinha palaciana”.
A certa altura do trabalho, os investigadores enxergaram indícios fortes de lavagem de dinheiro. Chamou atenção, em especial, a origem de parte dos recursos que o oficial e seus homens da ajudância de ordens manejavam.
Para além do montante sacado a partir de cartões corporativos que eram usados pelo próprio staff da Presidência, apareceram indícios de que valores provenientes de saques feitos por outros militares ligados a Cid e lotados em quartéis – sim, quartéis – de fora de Brasília eram repassados ao tenente-coronel. Os detalhes dessas transações ainda estão sendo mantidos sob absoluto sigilo, trafegando entre o gabinete de Moraes e o restrito núcleo de policiais federais que o auxilia nas apurações.
NA BOCA DO CAIXA, DENTRO DO PLANALTO
As investigações desceram à minúcia das transações. A partir dos primeiros sinais de que várias delas haviam sido feitas em espécie, os policiais esquadrinharam as fitas de caixa e pediram até as imagens do circuito de segurança da agência bancária onde os pagamentos eram feitos – a agência 3606 do Banco do Brasil, que funciona no complexo do Palácio do Planalto.
Da mesma forma que o MP do Rio conseguiu documentar o notório Fabrício Queiroz, operador das rachadinhas, pagando em dinheiro vivo contas de Flávio Bolsonaro, os policiais a serviço de Alexandre de Moraes foram buscar os registros em vídeo de que pessoas da equipe de Cid, o ajudante de ordens do presidente, eram as responsáveis por quitar – também em espécie, assim como Queiroz – os boletos do presidente, da primeira-dama e de seus familiares.
MICHELLE E O CARTÃO DA AMIGA
Entre os pagamentos, destacavam-se faturas de um cartão de crédito adicional emitido por uma funcionária do Senado Federal de nome Rosimary Cardoso Cordeiro. Lotada no gabinete do senador Roberto Rocha, do PTB do Maranhão, Rosimary é amiga íntima de Michelle Bolsonaro desde os tempos em que as duas trabalhavam na Câmara assessorando deputados.
Rosi, como os mais próximos a chamam, é apontada como a pessoa que aproximou Jair Bolsonaro e Michelle quando o ex-presidente ainda era um deputado do baixo clero que nem sonhava um dia chegar ao Palácio do Planalto. Moradora de Riacho Fundo, cidade-satélite de Brasília distante pouco mais de 20 quilômetros do centro do Plano Piloto, até hoje ela mantém laços estreitos com o casal.
Ministro Benedito Gonçalves acatou pedido feito por coligação de apoio a Lula e deu 5 dias para defesa
Por: Lis Cappi
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) julgará mais uma ação que questiona abuso de poder do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nas últimas eleições. O ministro Benedito Gonçalves, da corte eleitoral, aceitou nesta 5ª feira (19.jan) um pedido feito pela Coligação Brasil da Esperança, da qual o PT faz parte.
A ação vai apurar se Bolsonaro cometeu excessos econômicos e políticos durante a campanha eleitoral. No pedido inicial, a coligação cita eventos e transmissões realizadas nos Palácios do Planalto e da Alvorada. A depender do andamento, o processo que passará pela corte poderá tornar o ex-presidente inelegível.
Além de aceitar a abertura da ação, Benedito Gonçalves deu um prazo de cinco dias para que a defesa de Bolsonaro apresente resposta aos questionamentos de abuso de poder. Como justificativa para aceitar a ação, o magistrado estacou pontos de análise ao material apresentado pela coligação ao TSE.
"Extrai-se do material analisado que espaços tradicionalmente usados para arealização de coletivas pelo Presidente da República, no desempenho de sua função de Chefe de Estado, serviram de palco para a realização de atos ostensivos de campanha, nos quais se buscou projetar uma imagem de força política da candidatura de Jair Bolsonaro", diz trecho da decisão de admissibilidade. Confira a íntegra no fim do texto.
Os eleitores tocantinenses elegeram três deputados federais do Republicanos, partido do governador reeleito, Wanderlei Barbosa.
Por Edson Rodrigues
O Republicanos é um partido bem estruturado, com boa representatividade nacional, sendo o sexto partido com mais representantes na Câmara Federal, totalizando 42 deputados. Não é nem de oposição, muito menos da base de apoio ao presidente Lula.
O Republicanos, porém, é um partido peculiar. ele tem um dono, na essência da palavra. seu nome é Edir Macedo, fundador e líder da Igreja Universal do Reino de Deus e proprietário do Grupo Record e da RecordTV, a segunda maior emissora de televisão do Brasil. O presidente nacional do partido é o deputado federal Marcos Pereira, coincidentemente bispo da Igreja Universal.
Edir Macedo e Marcos Pereira
A grande questão é que os três deputados federais tocantinenses, eleitos pelo Republicanos e que tomam posse no próximo dia dois de fevereiro - Antônio Poincaré Andrade, Ricardo Ayres e Alexandre Guimarães, não “congregam” na Igreja Universal do Reino de Deus, conhecida por ser uma entidade estritamente fechada e que costuma priorizar seus membros.
IMBRÓGLIO
Por conta disso, as grandes perguntas são: como os deputados federais tocantinenses serão recebidos pela cúpula do partido e quais serão suas chances de protagonizar alguma ação ou de serem indicados para as comissões internas da Câmara Federal, para que passem a fazer parte e ter voz ativa no “baixo clero”?
Antônio Poincaré Andrade é um político experiente e consolidado, inclusive, vai presidir a sessão de posse dos deputados estaduais eleitos e reeleitos, pois foi o presidente da Assembleia Legislativa do Tocantins por dois mandatos consecutivos. Ricardo Ayres também tem certa experiência e Alexandre Guimarães está em primeiro mandato.
Tanto Antônio Poincaré Andrade quanto Ricardo Ayres, estão preparados para assumirem cargos importantes nas comissões e na Mesa-diretora da Câmara Federal, mas, assim como Alexandre Guimarães, irão precisar de todas as articulações possíveis nos bastidores do Republicanos para que cheguem à Câmara Federal em condições de demonstrar suas capacidades, seus potenciais e exercer a representatividade do povo tocantinense, para a qual foram eleitos.
O certo é que o Tocantins precisará muito dessas três lideranças políticas, atuando com toda a sua competência na Câmara Federal, e qualquer auxílio, apoio ou articulação para que eles possam desenvolver seus trabalhos, será muito bem-vindo.