Por volta das 21h45 da noite desta sexta-feira (11), uma fonte fidedigna de Brasília nos informou que o ex-deputado José Geraldo acaba de pedir exoneração do seu cargo de Superintendente da CONAB no Tocantins, para se dedicar exclusivamente ao comando do PTB no Estado.

 

Assim que conseguimos a confirmação dessa informação, consultamos outras fontes para saber os motivos do pedido do ex-deputado.  Segundo fomos informado, a atitude foi motivada pelo fato de que o deputado estadual Eduardo Siqueira campos estava se mobilizando para assumir o comando do partido no Estado, assim como o deputado Carlos Carlesse, que esteve em Brasília esta semana consultando a cúpula nacional do partido sobre a possibilidade.

Para se antecipar a essas movimentações, José Geraldo, aliado da senadora e ministra Kátia Abreu, tomou a iniciativa de pedir a exoneração do cargo federal que ocupava e assumir, de vez, as rédeas do partido.

Outra informação, é a de que Eduardo Siqueira Campos está mesmo fora dos planos do partido e procura outra legenda onde possa se encaixar para, junto com seus correligionários e seguidores poder estruturar sua candidatura à prefeitura de Palmas no ano que vem.

 

PARTIDO FEZ REUNIÃO PRÉVIA ANTES DO PEDIDO DE EXONERAÇÃO

O PTB tocantinense reuniu-se na última quinta-feira em Palmas em ato presidido pelo ex-deputado estadual José Geraldo. Os participantes discutiram uma pauta extensa, com vários assuntos, dentre eles, a sucessão municipal de 2016.

José Geraldo é (era) o superintendente da CONAB no Tocantins, um cargo de confiança do governo de Dilma Rousseff, do PT. Sua indicação foi da senadora e ministra Kátia Abreu do PMDB, de quem José Geraldo é aliado, segundo participantes do evento. O evento exibiu um filme com o pronunciamento do presidente nacional do SIGRA, com duríssimas críticas ao governo da presidente Dilma Rousseff, além de afirmar que o partido está proibido de coligar-se com o PT, no Tocantins, atendendo uma orientação da cúpula nacional da legenda.

 

EDUARDO SIQUEIRA CAMPOS

 

O deputado Eduardo Siqueira Campos não compareceu ao evento, ao qual enviou apenas um assessor. Uma fonte ligada à direção estadual do partido nos informou que o deputado Eduardo Siqueira Campos é “carta fora do baralho”. Não foi e não será convidado para nenhuma reunião do partido no Tocantins, e que já esta “com passagem comprada, só de ida”.

Após tomarmos conhecimento dessa reunião, procuramos também o deputado Carlesse. O seu chefe de gabinete, Divino Alan, confirmou que esteve na reunião, confirmou a exibição do filme com o pronunciamento da presidente nacional do PTB, deputada Cristiane Brasil, filha do ex-deputado Roberto Jefferson, e as duras críticas e acusações de corrupção no governo da presidente Dilma Rousseff.  Alan confirmou, também, que o deputado Carlos Carlesse vai oficializar sua filiação ao PR, do senador Vicentinho.

 

AS PALAVRAS DE JOSÉ GERALDO

Em conversa por telefone com o ex-deputado José Geraldo, nossa equipe de reportagem lhe fez as seguintes perguntas:

1-    Se o partido, em sua reunião realizada nesta última quinta-feira, já estava discutindo candidaturas em Palmas e Paraíso do Tocantins, sua base eleitoral.

2-    Também perguntamos a ele sobre a exibição de filme onde são apresentadas duras as críticas e denuncias contra o governo da presidente Dilma Rousseff do PT.

3-    Se, realmente, foi acertada a proibição do PTB a se filiar nas eleições municipais com o PT tocantinense.

4-    Como ele, ex-deputado José Geraldo esta ocupando um cargo de direção no estado de confiança do governo Dilma Rousseff do PT, e a nível nacional o partido é oposição a presidenta Dilma.

5-    Porque não estão comparecendo às reuniões, os dois deputados eleitos pelo PTB, Eduardo Siqueira Campos e Carlos Carlesse.

 

 

RESPOSTAS

 

Muito educado o ex-deputado José Geraldo nos respondeu de forma concisa: “estamos passando por uma turbulência política muito desastrosa, cheias de curvas, conflitos, desavenças e desagregadora. A classe política está em baixa com a opinião pública. Eu, José Geraldo, estou tendo o cuidado de não entrar em discussões, em picuinhas. Vejo, no momento em que vivemos, um caminho para um entendimento pela governabilidade, pela estabilidade política.

Sempre procurei dar e receber o respeito e isso tudo que está acontecendo é um processo democrático. Vamos discutir candidaturas municipais e coligações só em 2016, lá por maio e junho. Sou aliado da senadora e ministra Kátia Abreu, estamos juntos por um Tocantins melhor, por um Brasil em desenvolvimento. O  problema econômico em que se encontra o Brasil e os estados brasileiros, é uma conseqüência de um problema globalizado, pois  vários e vários países estão afetados.

Sobre a posição nacional do PTB referente ao governo da presidente Dilma Rousseff, e não compete a nós discutimos. Vamos,  sim, no momento oportuno, em 2016, por vésperas das convenções municipais, definir a oposição do PTB no Estado, respeitando, como sempre respeitei, todos os meus companheiros, parceiros, aliados.

Vamos nos unir para enfrentar as dificuldades. Estou me sentindo muito prestigiado pela nossa senadora e ministra Kátia Abreu, e conclamo os homens e mulheres a somarmos forças para superamos essas turbulências que o país vive e que atinge o nosso Estado e os nossos municípios.

 

 

Posted On Domingo, 13 Setembro 2015 04:56 Escrito por

O vice-presidente Michel Temer disse na terça-feira (8) que o governo tem que evitar “remédios amargos” para a saída da crise econômica. “Temos que evitar remédios amargos. Temos que verificar, se for possível, simplesmente cortar despesas, a tendência é esta. Quando se fala em remédios amargos, tem de ser o menor dos remédios amargos”, disse ele.

 

Na segunda-feira (7/9), a presidenta Dilma Rousseff afirmou, em mensagem gravada para as redes sociais, que alguns remédios para a situação atual podem ser “amargos”, mas são indispensáveis. “As medidas que estamos tomando são necessárias para por a casa em ordem e reduzir a inflação, por exemplo", declarou a presidenta.

 

Temer afirmou que defende o corte de despesas sem maiores aumentos de tributos.

“Tenho agora reunião com os governadores do PMDB, com os presidentes da Câmara e do Senado, onde vamos discutir esse tema, que se inicia exatamente pela ideia do corte de despesas. As pessoas não querem, em geral, qualquer aumento de tributos. Aumento de tributos é só em última hipótese, descartável desde já. Não queremos isso. Eu vou ouvir os governadores que têm condições de fazer várias sugestões, e depois, trarei essas sugestões à presidenta”, afirmou o vice-presidente.

Temer informou, no entanto, que também tratará na reunião de hoje, no Palácio do Jaburu, sobre uma possível mudança da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), imposto que incide sobre combustíveis, como forma de aumentar a arrecadação da União e dos estados. “Mas isso vamos ver com os governadores”, concluiu ele.

Estão presentes na reunião os governadores do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão; do Rio Grande do Sul, José Sartori; do Espírito Santo, Paulo Hartung; de Alagoas, Renan Filho; de Rondônia, Confúcio Moura; e do Tocantins, Marcelo Miranda. O governador de Sergipe, Jackson Barreto, não está presente em razão de licença médica. Os presidentes da Câmara, Eduardo Cunha, e do Senado Renan Calheiros, também participam do encontro que vai discutir medidas para melhorar as contas dos executivos estaduais.

Participam  ainda da reunião os ministros da Secretaria de Aviação Civil, Eliseu Padilha, da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Kátia Abreu, da Pesca, Helder Barbalho, e dos Portos, Edinho Araújo.

Os líderes do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani, e no Senado, Eunício Oliveira, e o senador Romero Jucá (PMDB-RR) também estão no jantar.

Antes de ir para o jantar no Palácio do Jaburu, Temer reuniu-se com a presidenta Dilma para tratar da pauta de votações desta semana, após ter se reunido mais cedo com líderes da Câmara, na tarde de hoje.

 

Posted On Quarta, 09 Setembro 2015 07:20 Escrito por

O Senado Federal finaliza na terça-feira (8) a votação da reforma política e, em seguida, envia o texto para a Câmara dos Deputados. O novo texto, porém, não foi conversado com os deputados e enfrentará barreiras para ser aprovado na Casa.

 

A Câmara não deve aceitar a principal mudança dos senadores: a derrubada do financiamento empresarial e de demais pessoas pessoas jurídicas às campanhas eleitorais.

O item foi um dos mais polêmicos na votação da matéria na Câmara dos Deputados, no semestre passado. Em uma manobra, o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), conseguiu emplacar a manutenção do financiamento privado aos partidos políticos.

Cunha já afirmou que a possibilidade de doação de empresas aos partidos políticos será restabelecida pelos deputados.

"Se a Câmara, em dois turnos, manteve [o tema] na Constituição [PEC da Reforma Política], e tinha aprovado na infraconstitucional, não tenho a menor dúvida de que a Câmara vai restabelecer o texto, pelo menos em relação a esse ponto. Os outros pontos, eu não sei. Mas, com relação a esse ponto, a maioria da Casa está consolidada. Tranquilamente vai restabelecer o texto.”

O financiamento, em discussão no Supremo Tribunal Federal (STF), é uma das bandeiras de partidos como o PT e o PSol para combater a corrupção.

Outro tema que deve encontrar barreiras são as cotas para as mulheres, vetadas na Câmara, mas aprovadas pelos senadores.

A reserva é de pelo menos 10% de vagas para mulheres nas cadeiras do Senado, da Câmara dos Deputados, das assembleias legislativas, da Câmara Legislativa do DF e das câmaras municipais de todo o Brasil nas primeiras eleições após a vigência da lei. A cota passa para 12% nas eleições seguintes e para 16% na terceira eleição.

 

Embora o presidente da Câmara tenha se mostrado simpático a votação do tema, as cotas já foram rejeitadas nesta legislatura e há uma vertente de parlamentares que diz que o tema não poderia ser votado novamente. Há deputados que alegam que essa seria a mesma manobra que foi feita para votar a redução da maioridade penal e a manutenção do financiamento empresarial.

 

Saiba o que mais os senadores aprovaram:

 

Gastos menores

Na eleição seguinte à aprovação da lei, candidatos a presidente, governador e prefeito só poderão gastar 70% do maior valor contratado no pleito anterior, se houve apenas um turno. Onde houve dois turnos, o limite será de 50%. No caso de senador, deputado e vereador, o teto será de 70%.

 

Fundo Partidário

Até 2018, só terão acesso ao dinheiro partidos com diretórios permanentes em 10% das cidades, em pelo menos 14 estados. Em 2022, a exigência sobe para 20% em 18 estados.

 

Rádio e TV

Propagandas partidárias em cadeia nacional e estadual terão 5 minutos cada para os partidos com até nove deputados federais e 10 minutos para as legendas maiores, além de 10 e 20 minutos em inserções de 30 segundos, respectivamente.

 

Debates

Foi criada uma cláusula de barreira. Até 2020, só entram nos debates candidatos de partidos com pelo menos quatro deputados federais. Depois disso, a exigência sobe para mais de nove deputados. Candidatos a governador e a presidente deverão participar de pelo menos três debates televisivos, no segundo turno.

 

Pesquisas eleitorais

 

Institutos que nos 12 meses anteriores às eleições trabalharam para partidos ou candidatos, além de órgãos públicos, ficam proibidos de realizar pesquisas para veículos de comunicação.

 

Silêncio

Fora de comícios, carreatas e outros eventos organizados, fica proibido o uso de carros de som, minitrios, trios elétricos, alto-falantes, amplificadores de som. Comícios só podem ocorrer entre 6h e meia-noite.

 

Mulheres

De 5% a 15% dos repasses do Fundo Partidário têm que ser usados pelos partidos em campanhas de mulheres.

Justiça Eleitoral realizará, nos quatro meses que antecedem a campanha eleitoral, campanha para incentivar a participação feminina e esclarecer as regras e o funcionamento do sistema eleitoral.

 

Coligações

Nas eleições de deputado e vereador, apenas serão eleitos candidatos que obtiverem um mínimo de 10% do quociente eleitoral (total de votos válidos dividido pelas cadeira em disputa).

 

Federação

Duas ou mais legendas poderão formar uma federação, atuando como se fossem um só partido.

 

Fidelidade partidária

Perde o mandato quem se desfiliar do partido pelo qual foi eleito. Foi criada uma "janela" para troca de legenda — até 30 dias antes do prazo de filiação exigido em lei —, nos casos em que for constatada "mudança substancial ou o desvio reiterado do programa partidário" e "a grave discriminação política pessoal".

 

Domicílio eleitoral

Não é mais obrigatório que o candidato tenha domicílio eleitoral na região um ano antes do pleito.

 

Voto em trânsito

Os eleitores que estiverem fora das cidades no dia da eleição poderão votar. O texto aprovado prevê a instalação de urnas especiais para os eleitores em trânsito.

 

Voto impresso

Urnas eletrônicas deverão gerar registro impresso da votação, para conferência do eleitor, e só dele. Não haverá qualquer contato manual com o registro.

(Com Agência Senado)

 

Posted On Quarta, 09 Setembro 2015 07:18 Escrito por

Com esta frase, um senhor de cabelos grisalhos definiu o resultado de uma conversa que teve nesta manhã com clã mirandista.

 

Por: Edson Rodrigues

 

Não só o levantamento dos fatos da derrota do governo nesta terça-feira assustou o governo como também a entrevista concedida a respeitado do assunto no blog do jornalista Cleber Toledo, concedida pelo “líder” do governo Paulo Mourão, bem com ao blog da respeitada jornalista Roberta Tum. “Paulo foi duro com o governo e chegou a ser desleal. o governo não tem rumo e não tem projetos”, sentenciou um deles, acrescentando que o deputado portuense, acaba de emplacar um siqueirista na delegacia de ensino de Porto Nacional, um ex-protegido do senador Vicentinho Alves:“nada contra o cidadão, mas sua origem é siqueirista, seu irmão foi secretário de habitação no governo de Siqueira Campos”, afirmou, citando ainda que “o deputado Valdemar Jr., votou contra o Marcelo, na última terça-feira e, hoje, quarta-feira, esteve com o deputado Carlos Gaguim em Brasilía.”.

 

DECISÃO DRÁSTICA

“Quem não estiver com o governo 100%, a porta da frente é a serventia da casa” ou Marcelo Miranda age assim ou será refém de uma maioria que não tem”, sentenciou outro participante do café da manhã. Segundo este senho,r amigo pessoal da família Miranda, dentro de poucos dias haverá uma profunda mexida em todos os escalões do governo “se não for feito isso não haverá pagamento do funcionalismo em outubro”, declarou. De acordo ele, a bondade e simplicidade e o coração grande que Marcelo Miranda tem, não tem resolvido muita coisa e “chegou o momento de cortar a própria carne”, enfatizou.

 

INSTABILIDADE DE MOURÃO

Os participantes do café da manhã foram unânimes em afirmar que não há mais clima para que Paulo Mourão permaneça como líder do governo na Assembleia, não só pelo resultado das votações como pelas declarações contundentes dadas à imprensa após a derrota nas votação de ontem.

A declaração mais forte, considerada por eles, foi a de que ”o governo precisa acordar. Há secretários inertes, que estão acomodados em seus gabinetes.  Nós vemos um governo em total colapso de ideias, de ações, de projetos e de metas”

Para os presentes ao café da manhã, essa declaração soou como sinônimo de que o governo Marcelo Miranda “não vale nada”, o que tiraria de vez qualquer credibilidade de Paulo Mourão para seguir no cargo.

A “metralhadora giratória” de Mourão atingiu também a própria Assembleia, quando afirmou que os deputados estão contribuindo para o desequilíbrio econômico do Estado, concluindo que não é “despachante dos deputados”.

 

NOSSO PONTO DE VISTA

Diante do acima exposto, podemos afirmar que o governo Marcelo Miranda realmente está sem um líder na Assembleia Legislativa e que a postura humanista, humilde e protetora de Marcelo já não traz mais os efeitos políticos desejados.

Fazemos nossas as palavras dos presentes ao café da manhã desta terça-feira, no que diz respeito a cortar da própria carne e que é chegada a hora de atitudes drásticas.

Um dos participantes do encontro desta manhã, membro da equipe econômica do governo, chegou a afirmar com todas as letras que se o mês de setembro, após muito esforço, está com o pagamento do funcionalismo garantido, o mesmo já não se pode afirmar sobre outubro se não houver um enxugamento imediato dos gastos do Executivo.

A grande questão, em nossa análise, é quem será capaz de comandar essa manobra tão radical e tão necessária no governo. 

Como dissemos em artigo anterior, o governo precisa descobrir quem será seu “lenhador”, o comandante do machado dos cortes.  E isso tem que ser rápido.  Essa pessoa precisa começar a agir já.

 

PAULO MOURÃO

Segundo nos contou uma simpatizante  e seguidora de Paulo Mourão, que não quis ser identificada,o deputado tem confidenciado aos mais  próximos que já não suporta mais gastar seu valioso tempo tentando articular com políticos que não querem saber de articulações e, sim, de conchavos. Segundo o deputado, existem parlamentares que “dormem com Deus e acordam com o diabo”.

Esse trabalho árduo para o governo, tem impedido Mourão de visitar suas bases e de tratar de seus negócios pessoais, mas, para ele, isso é pouco importante: “o que irrita, realmente, o deputado  é que ele não admite a convivência com traidores”, confidenciou suasimpatizante.

 

LUZ NO FIM DO TÚNEL

Finalmente Marcelo Miranda e Kátia Abreu tiveram uma reunião institucional.  Esse fato, tão aguardado pelos tocantinenses, aconteceu no fim da tarde desta quarta-feira, no gabinete da ministra, quando eles trataram de assuntos referentes ao estado, principalmente sobre o MATOPIBA.

O governador compareceu à reunião acompanhado do secretários estadual de Agricultura, Clemente Barros.

A reunião foi solicitada por Marcelo Miranda e prontamente atendida por Kátia, o que significa, para os bons entendedores, a primeira porta aberta para uma trégua em favor da governabilidade e do bem-estar do povo tocantinense.

Os analistas aguardam, agora, gestos semelhantes de Marcelo Miranda em relação aos senadores Vicentinho Alves e Ataídes Oliveira.

Luzes no fi de um túnel que pode levar o Tocantins a dias melhores.

 

Quem viver, verá!

 

Posted On Quarta, 02 Setembro 2015 18:41 Escrito por

Enquanto a população espera por respostas, Executivo e Legislativo de Palmas afundam de mãos dadas nos índices de impopularidade

 

Por Edson Rodrigues

 

Mais uma vez a cadeira do gabinete do prefeito de Palmas, Carlos Amastha, gira sem rumo dentro da sala de onde deve(riam) sair a principais decisões sobre o cotidiano da nossa Capital.

Enquanto a cadeira espera pelo peso do seu ocupante, ele flutua, leve, sob as asas de Hector Franco, um paranaense que chegou para comandar a secretaria criada para organizar os I Jogos Mundiais dos Povos Indígenas e que, de tão “bonzinho”, foi batizado de Whairé Sõmpré Xerente ou “Grande Águia do Clã da Lua do Povo Xerente”.

Na última vez que foram vistos, estavam sob as nuvens de algum lugar entra a Austrália e os Estados Unidos (e olha que tem chão aí!)

Todos os motivos que levaram a população palmense e o povo tocantinense a comemorar a escolha da nossa capital para sediar os I Jogos Mundiais dos Povo Indígenas, começam a ser eclipsados pelos gastos para a realização do evento, que já ultrapassam a casa dos 60 milhões de reais – 40 milhões da prefeitura – , o  que significa a bagatela de oito milhões e meio de reais por dia de evento.

Fazendo um paralelo com o que o governo federal, responsável por grande parte desses recursos vem fazendo com a economia brasileira, afundando um barco que navegava por águas tranqüilas e com os timoneiros presos por corrupção e lavagem de dinheiro, pode-se, pelo menos, desconfiar desses gastos com os Jogos Indígenas.

Logo, é lógico o raciocínio de que, se há tantos recursos assim para esse evento – importante e engrandecedor, diga-se de passagem – deveria haver recursos para questões mais urgentes e condizentes com a realidade da nossa capital. 

Mas, quem deveria estar atento para isso seriam os representantes do povo encarregados de fiscalizar as ações e os gastos do Executivo Municipal, que seriam os digníssimos vereadores, parecem engessados em seus atos, tais como marionetes, salvo três intrépidos mosqueteiros (lembrando que, pelo menos na literatura de Alexandre Dumas, eram quatro), trazendo à tona a frase do saudoso Golbery do Couto e Silva, que profetizava: “triste do governo que não tem uma oposição competente”.

 

GENUFLEXOS

Assim como os católicos, parece que os vereadores de Palmas sabem bem o que é genuflexão.  Escolhemos essa palavra para revestir de alguma dignidade a situação em que se encontra a maioria dos vereadores da Capital em relação ao Executivo.

O presidente da Câmara Rogério Freitas (PMDB), com sua fidelidade canina à Amastha, está sendo omisso em relação às suas obrigações para com o povo, e vem causando descontentamento em vários segmentos da sociedade.  A sessão da Câmara Itinerante que aconteceria no dia 27 passado, na Região Norte da cidade, acabou reduzida a menos de 30% das cadeiras ocupadas pela população, o que corresponde a nenhuma resposta significante à sociedade.

Enquanto isso, a Câmara Municipal de Palmas custa mais de 2 milhões de reais mensais aos bolsos dos contribuintes, para sustentar  mais de 500 funcionários, 95% deles contratados pelo criterioso sistema do Q.I. – Quem Indica –, sem concurso e, às vezes, até sem escolaridade.

Será que nem essa “benevolência forçada” por parte do povo para com os parlamentares serve de “incentivo” para o presidente da Casa e seus pares encararem a população cara a cara para saber as suas demandas e suas reivindicações?

Vale lembrar que enquanto a atual administração mais que dobrou sua arrecadação, a fiscalização por parte dos vereadores é quase inexistente, ficando a cargo dos radares e dos pardais, das cobranças dos devedores do IPTU (com aumento) e de outros tributos, e em inscrições na divida ativa, que cresceram mais de 100%.

Enquanto isso, lembramos ao leitor que os meios de comunicação não se curvaram diante das pressões veladas e da falta de incentivos, e fazem questão de trazer à tona as denúncias e desconfianças levantadas pelos principais opositores de Amastha, os vereadores Lúcio Campelo, Joaquim Maia e Júnior Gel, ale do deputado estadual Wan derley Barbosa, com o rombo no PrevPlamas, com prejuízos de R$ 26 milhões, a reforma de um CEMIS (Centro Municipal de Educação Infantil) ao custo de R$ 806 milhões, valor que daria para e a contratação de shows com dinheiro publico, como o da dupla de palhaços Patati  e Patatá, pelo valor de R$ 404 mil – que aqui, quem foi palhaço foi o contribuinte – um outro, de Israel e Rodolfo, por de 260 mil, entre outros descalabros que você encontra na nossa versão impressa de O Paralelo 13.

 

ÉRAMOS FELIZES E NÃO SABÍAMOS

Em outras administrações que passaram pelo paço municipal, tanto Fenelon Barbosa, Eduardo Siqueira Campos, Odir Rocha, Nilmar e até Raul Filho, souberam, cada um de sua maneira, lidar como Legislativo Municipal, possibilitando que os vereadores tivessem voz e altivez.

As várias bancadas, mesmo com a eterna briga oposição/situação, proporcionavam mais movimento, discussões dos reais interesses do povo.

A realidade atual aponta que, dessa safra que ali se encontra, a maioria não retornara àquela Casa, seja por omissão, cegueira ou obediência canina, além, é claro, do eterno amém genuflexório ao executivo.

O povo sabe, dentre os 19 vereadores da capital, o que cada um fez, ou deixou de fazer. Mas, infelizmente, o sistema eleitoral brasileiro como está, privilegia os detentores de mandatos e, pelo andar da carruagem, com essa reforma política que sai/não sai, a tendência é piorar.

Mas, com dizia Lulu Santos, “para todo mal há cura”.

Alguns dos membros do Legislativo palmense, se curarem suas “bipolaridades” ainda podem ser salvos na bacia das almas.

Uma coisa é certa: o eleitor palmense não esquecera e saberá dar sua resposta nas urnas. Pois os altos impostos e tributos não há como esquecer. Tanto o meio empresarial, profissionais liberais e a população, sabem o quanto as altas cargas tributarias afetam seus bolsos.

Ainda há tempo para os nobres veadores da base do prefeito Amastha recuperarem sua dignidade e respeito e reaver o que resta de credibilidade junto à comunidade.

As vaias de mais dequatro mil pessoas recebidas pelo prefeito Carlos Amashta e pelos vereadores que o acompanharam durante uma partida beneficente de futebol, no Estádio Nilton Santos, devem ser entendidas como um aviso, um alerta de que o povo não é bobo, e sabe exatamente onde dar a resposta, afinal, a abertura do Jogos Indígenas vem aí e Amastha terá ao seu lado a presidente Dilma Rousseff.  Será que o recorde de vaias será batido?

Quem viver, verá!

Posted On Segunda, 31 Agosto 2015 08:25 Escrito por
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