As urnas já disseram, no último dia sete, que a renovação é a única certeza que estampará as manchetes do dia seguinte à eleição municipal de 2020
Por Edson Rodrigues
No Tocantins a renovação política é uma certeza límpida. Basta observar o quão fortalecido saiu o vice-governador Wanderlei Barbosa, reeleito para o cargo, trazendo para junto de si o seu filho, Léo Barbosa, como o deputado estadual mais bem votado do Estado, na chapa encabeçada por Mauro Carlesse e que teve eleito, também, Eduardo Gomes para o Senado. Wanderlei tem, também, seu irmão Marilom Barbosa, que presidirá a Câmara Municipal no biênio 2019/20.
A prefeita de Palmas, Cinthia Ribeiro (foto), tem tudo para ser uma candidata fortíssima à reeleição, dependendo apenas de seu desempenho frente ao Executivo da Capital e da construção de um grupo político de coalizão, a partir de janeiro de 2019, montando uma equipe de excelência para lhe assessorar nas pastas municipais, para não deixar que interesses pessoais contaminem sua administração. Será preciso muito pulso firme, muita coragem e muita força de vontade para não só deixar transparecer, como ser de fato a real mandatária em seu governo.
Apesar disso, tem um problema a ser resolvido, que é o PSDB, partido presidido no Estado pelo senador Ataídes Oliveira, que foi preterido por Cinthia em detrimento de Vicentinho Alves e Eduardo Gomes. Um novelo difícil de achar a ponta para ser desfeito.
EDUARDO GOMES
Outra força política que renasceu nas urnas foi o senador Eduardo Gomes, o mais bem votado para o cargo no Tocantins, que terá o apoio dos deputados federais Tiago Dimas e Eli Borges, eleitos pelo Solidariedade, legenda da qual Gomes é o vice-presidente nacional.
Com uma vida pública de mais de 30 anos, que iniciou como vereador e deputado estadual por várias legislaturas e deputado federal mais votado do Estado, com duas legislaturas, Eduardo Torres Gomes volta à vida pública um degrau acima do que saiu, liderando um grupo político grandioso, qualitativa e quantitativamente falando, formado por profissionais liberais, formadores de opinião, empresários, líderes religiosos e classistas, que encabeçam milhares de eleitores cativos em Palmas e espalhados por todo o Estado.
Eduardo Gomes terá oito anos para implementar suas ideias e brigar pelo Tocantins, tornando-se, desde já, um nome a ser observado e respeitado em todos os pleitos subsequentes, e já declarou publicamente que caminhará lado a lado com o governador Mauro Carlesse e com o prefeito de Araguaína, Ronaldo Dimas, num sinal claro de fidelidade e lealdade.
O CLÃ ABREU
Quem não ficará fora da disputa municipal em 2020 é o clã dos Abreu, comandado pela senadora Kátia Abreu e pelo senador eleito, Irajá Abreu. Os dois têm residência fixa em Palmas e contam com vereadores e muitos seguidores em seu grupo político, além do diretório municipal do PSD em Palmas, haja vista a grande votação que coroou Irajá como o segundo mais bem votado nas eleições do último dia sete para o Senado.
O clã dos Abreu ou terá candidato próprio ou um aliado muito forte e fiel, com chances reais de vitória.
ARAGUAÍNA
Já na cidade de Araguaína, a sucessão municipal será uma verdadeira caixa de marimbondos, pois colocará em contraponto diversos grupos políticos que são da base política do prefeito, Ronaldo Dimas, mas cada um com seus interesses distintos.
A chance de união é uma provável candidatura de um político muito ligado ao prefeito, que é o vereador licenciado e atual chefe de gabinete do prefeito, Marcus Marcelo, o candidato a deputado estadual mais bem votado na cidade que, porém, não conseguiu se eleger, ou o próprio prefeito, Ronaldo Dimas, renunciar um ano antes da eleição, para poder concorrer a um terceiro mandato.
Marcus Marcelo (foto)
Nada está descartado em Araguaína, mas o desempenho tido pelos analistas políticos como “fenomenal” de Marcus Marcelo, o faz, de forma natural, o principal nome na disputa.
Já César Halum, apesar de ter demonstrado força política em Araguaína, não conseguiu eleger-se senador, mas deixou as portas abertas para novas tentativas, pelo número de votos que amealhou, mas, ressaltando que, sempre em palanque diverso do que estiver o prefeito Ronaldo Dimas.
Quem vai ter que melhorar muito é o grupo político da ex-prefeita e deputada estadual eleita, Walderez Castelo Branco e do seu marido, Lázaro Botelho, que não conseguiu se reeleger deputado federal. Para as eleições municipais os dois terão que oxigenar as lideranças do seu grupo político para ou apoiar uma candidatura ou um dos dois concorrer á prefeitura, com alguma chance de vitória, pois o resultado das urnas é altamente frágil para que os dois continuem a fazer política do mesmo jeito.
Na conta de Araguaína entra, também, o recém-eleito deputado federal Célio Moura, do PT, que conseguiu suplantar a sangria do seu partido e mostrou força política suficiente para conseguir os votos necessários à sua eleição.
Araguaína é para o Tocantins o mesmo que São Paulo é para o Brasil. A mais importante economicamente e a que mais reúne segmentos políticos de várias ideologias. Cada grupo tem a sua independência e são muitos os líderes políticos, religiosos, empresariais e classistas. Logo, é um local onde a previsão é incerta, em que as tendências mudam de acordo com o desempenho de cada um desses grupos que podem tanto rachar, quanto se fundir entre si, criando cenários cada vez menos previsíveis.
GURUPI
Em Gurupi, a “capital da amizade”, o jogo político não faz jus à fama hospitaleira da cidade, com seus grupos trincados, enfraquecidos, resultado do que disseram as urnas na última eleição, nada favoráveis aos quadros da cidade.
Ocorreu que as lideranças da cidade pulverizaram suas forças em frentes diferentes e partiram para digladiar-se entre si, deixando fora da Câmara Federal sua única representante, Josi Nunes, uma política ficha-limpa, séria e adepta de uma postura extremamente republicana.
Gurupi também está fora da Assembleia Legislativa, sem nenhum representante eleito. Grande parte dessa derrota do município e da Região que ele representa deve-se ao apoio do prefeito Laurez Moreira à candidatura oposicionista de Carlos Amastha, que disputou o segundo turno exatamente contra o maior representante político da cidade, Mauro Carlesse, então governador interino e, hoje governador eleito.
Laurez Moreira (foto), agora, terá que “se virar nos trinta” para governar a cidade sem os repasses de emendas impositivas e sem representante no Legislativo Estadual.
O prefeito de Gurupi já demonstrou ser um bom administrador, seu governo não é ruim, mas suas escolhas políticas nestas eleições foram um retumbante fracasso tanto pessoal quanto para os munícipes.
O fracasso político de Laurez abre espaço para o crescimento do empresário Oswaldo Stival, candidato a vice-governador na chapa de Carlos Amastha, mas que tem uma família muito representativa economicamente no município, muito bem sucedida na área empresarial dentro e fora do Estado, maior empregadora e arrecadadora de impostos da cidade.
Caso decida ser candidato a prefeito em 2020, Stival será um nome forte na disputa, principalmente com a ideia de fazer de Gurupi um polo empresarial, industrial e agropecuário, ultrapassando Araguaína em importância econômica e fortalecendo sua participação política no Estado.
Quem sai altamente fortalecido em Gurupi é o governador Mauro Carlesse, que além de mostrar toda a sua força política ao ser eleito já no primeiro turno, torna-se o principal “cabo eleitoral” de todo o Estado, com poder de influência em todos os municípios, principalmente na sua Gurupi.
PORTO NACIONAL
A “capital da cultura” tocantinense perdeu seu representante no Senado Federal, Vicentinho Alves, que alocou mais de 174 milhões de reais para a cidade enquanto esteve no cargo, que deixa em março do ano que vem, depois de galgar um dos postos mais importantes na Casa, como primeiro-secretário da Mesa diretora e ser líder da bancada do PR e da bancada federal do Tocantins. Perdeu, também, um dos deputados estaduais com maior conhecimento político e jurídico, Paulo Mourão, derrotado em sua tentativa de chegar ao Senado.
Isso transforma a sucessão municipal em Porto Nacional em um dos embates mais disputados de sua história recente, principalmente se Paulo Mourão decidir concorrer à prefeitura, uma vez que, apesar de não eleito, amealhou nada menos que 17 mil votos, numa prova de que ainda tem muita força política e pode concorrer de igual para igual com qualquer outro candidato.
Quem se fortaleceu politicamente foi o deputado estadual reeleito para o terceiro mandato Toinho Andrade, um dos nove mais bem votados no pleito do último dia sete, e o vice-prefeito, Ronivon Maciel, o mais bem votado para deputado estadual nas urnas de Porto Nacional, mas que não conseguiu se eleger em sua coligação, ficando com a terceira suplência.
Porto ainda teve eleitos os deputados Valdemar Jr., Ricardo Ayres e Cleiton Cardoso.
Já Vicentinho Jr. conseguiu sua reeleição como deputado federal com tranquilidade. Campeão de liberação de recursos federais para dezenas de cidades do Estado, juntamente com os demais reeleitos pelo município, obteve uma boa votação em reconhecimento ao trabalho desenvolvido em prol do município, o que transforma todos eles em bons nomes para concorrer à prefeitura em 2020, ou formarem coligações para eleger candidatos aliados.
Deputado Toinho Andrade
Como os políticos portuenses preferem, primeiro, trabalhar nos bastidores, de acordo com o resultado das urnas pelo menos quatro dos eleitos ou reeleitos estarão com seus nomes no páreo para o Executivo Municipal, juntamente com o doa atual prefeito, Joaquim Maia, que já deixou nas entrelinhas que pode vir candidato à reeleição.
Logo, é bom os eleitores de Porto Nacional se prepararem para mais um período de articulações à mineira, sem muito barulho, mas com muito conteúdo.
CONCLUSÃO
Diante do acima exposto, é de bom tom que façamos um adendo: tudo depende de um único fato importante tanto para os candidatos governistas quanto para os oposicionistas. Aos governistas, caso Mauro Carlesse faça um bom governo, seus candidatos colherão bons frutos, vantagens na corrida eleitoral, simpatia do eleitorado e, principalmente do funcionalismo público estadual. Caso Carlesse não consiga fazer um bom governo, seus apoiadores sofrerão, junto com ele as consequências e as redes sociais serão a grande arma destruidora de candidaturas, agindo em favor dos oposicionistas. Os eleitores agora estão mais que aptos e ligeiros para fazer uma avaliação online dos atuais prefeitos e vereadores de seus municípios.
Em Porto Nacional, os sinais de fumaça apontam para uma renovação na casa dos 60%, haja vista ser uma Casa de Leis com poucos resultados práticos, onde apenas dois ou três vereadores mostram atitudes capazes de lhes valer uma reeleição.Trocando em miúdos, é hora das forças políticas se acomodarem, iniciarem os trabalhos tendo sempre no foco as possibilidades de cada grupo nas eleições municipais de 2020.
Até lá, muita água vai rolar, mas muitas onças vão beber dessa água!
Políticos genuinamente tocantinenses ditaram o ritmo das urnas com campanhas feitas por gente que entende de Tocantins
Por Edson Rodrigues
Contemplados com resultados mais que expressivos nas urnas, Eduardo Gomes, Ronaldo Dimas, Kátia Abreu e Wanderlei Barbosa, juntamente com o governador reeleito Mauro Carlesse, perfazem uma nova configuração no cenário político tocantinense, apontando, também, os rumos para as eleições municipais de 2020.
A começar por Ronaldo Dimas, que se desgarrou de seu partido, o PR, para não renunciar ao mandato de prefeito de Araguaína, e projetou um futuro político mais consistente, construindo um grupo político que deu vez para o seu filho, Tiago Dimas, ser o deputado federal mais bem votado, sob a égide do seu amigo e companheiro Eduardo Gomes, candidato mais votado para o Senado, ambos do partido Solidariedade, do qual Gomes é o vice-presidente nacional
Dimas também foi contra seu partido e apoio a candidatura vitoriosa à reeleição do governador Mauro Carlesse.
Antes do resultado das urnas, a atitude de Dimas foi tomada como perigosa ou inconsequente, mas, após o resultado final, mostrou-se um golpe de mestre, que conseguiu, em uma tacada só, eleger seus candidato e derrotar, um a um, seus adversários políticos locais, como César Halum, Lázaro Botelho e outros de menor expressão.
Vale ressaltar que Dimas também apoiou outra candidatura vitoriosa que não fazia parte dos planos de seu partido, que foi a do deputado federal Irajá Abreu, eleito para o Senado, em um salto político importante, impulsionado pela força de sua mãe, senadora e ex-ministra da Agricultura, Kátia Abreu.
EDUARDO GOMES
Se há um político que deve ser visto com outros olhos, a partir de agora, no Tocantins, é o senador eleito Eduardo Gomes, que de ex-deputado federal e político sem mandato, valendo-se apenas da vice-presidência nacional do Solidariedade, contrariou todas as pesquisas dos mais renomados institutos e cravou a maior votação para o Senado Federal, levando junto consigo o deputado estadual mais votado, Leo Barbosa, além de Vilmar do Detran e Eli Borges.
No Congresso Nacional, Eduardo Gomes terá a prestigiosa condição de contar com uma bancada expressiva e representativa do seu partido, com 13 representantes na Câmara dos Deputados e o posto de único senador eleito pelo Solidariedade.
Ou seja, juntando o já fácil trânsito de Eduardo Gomes nos ministérios e secretarias federais, conquistados nos mandatos de deputado federal, ao status de único senador eleito pelo Solidariedade, seu nome ganha força nacional, com grandes chances de compor a Mesa-Diretora da Casa, assim como presidir comissões importantes para o andamento democrático do País.
Para isso contribui, também, o saldo de vitórias conquistadas pelo Solidariedade no Tocantins, elegendo quadros em todas as esferas parlamentares, tendo em Eduardo Gomes a principal figura, pronto para elevar o nome do Tocantins no cenário nacional.
WANDERLEI BARBOSA
Tido como político de grande caráter e responsabilidade para com o seu eleitorado, com mais de 30 anos de vida pública, Wanderlei Barbosa, quando se elegeu vereador por Taquaruçu, já tinha, no seu íntimo, certamente, a certeza de que poderia fazer muito mais pelo povo da Capital e de todo o Tocantins. Hoje vice-governador, depois de passar pela vereança, pela presidência da Câmara Municipal da Capital e pela Assembleia Legislativa, sem qualquer mácula à sua ficha de serviços prestados ao Tocantins, Wanderlei Barbosa viu o reconhecimento da sua conduta ser expressado nos votos que pediu para o seu filho, Leo Barbosa, como o mais bem votado para o cargo de deputado estadual, juntar-se á eleição por aclamação do seu outro irmão, Marilom Barbosa, para a presidência da Câmara Municipal de Palmas, numa clara demonstração do povo, dos eleitores, de que sua família veio ao mundo para fazer história no Tocantins, beneficiando e representando com galhardia o povo tocantinense, começando por seu pai, Fenelon Barbosa, primeiro prefeito eleito da Capital, e por sua mãe, a saudosa Dona Maria Rosa, a melhor primeira Dama que Palmas já viu, que proporcionou a construção de milhares de moradias com doações de cestas básicas de construção, merecidamente chamada de “mãe dos pobres”.
Wanderlei foi de suma importância na construção do nome de Mauro Carlesse como um governador viável e real, e fez a diferença na totalização dos votos, erguendo seu filho como o deputado estadual mais bem votado, somando forças com os demais parlamentares que lutaram juntos para reeleger Mauro Carlesse, mas foi decisivo de verdade quando conseguiu impor uma derrota expressiva ao ex-prefeito de Palmas, Carlos Amastha, dentro do seu principal colégio eleitoral, fazendo a junção de votos que incluíam seu filho, seu irmão e o seu candidato a governador.
KÁTIA ABREU
Outra que mostrou sua força foi a senadora Kátia Abreu, taxada por muitos de irascível e centralizadora, depois desta eleição a “mulher guerreira de Gurupi” mostrou que tem política no sangue e tirou seu filho da Câmara Federal e o colocou, direto, no Senado, pulando etapas que nem o mais otimista dos seus correligionários acreditava ser possível.
Com, praticamente, 30 anos em Brasília, onde começou como deputada federal, Kátia subiu um degrau por vez, e está senadora em segundo mandato, tendo agregado à sua carreira o cargo de ministra da Agricultura, no governo de Dilma Rousseff, paralelamente à presidência da Confederação Nacional da Agricultura e, recentemente foi candidata à vice-presidente do País, na chapa de Ciro Gomes. Kátia mostrou que sabe o que faz e quando fazer. Irajá Abreu no Senado é uma vitória que deve ser creditada tão somente ao trabalho e à determinação dessa mulher guerreira, mais uma que o Tocantins produziu.
Mesmo mostrando um bom trabalho na Câmara Federal, construindo uma identidade própria e sólida e tornando-se um líder em crescimento contínuo, organizando e consolidando o PSD no Tocantins, Irajá Abreu turbinou sua eleição ao Senado com a disponibilidade de Kátia Abreu em colocar todo o seu peso político em favor do filho durante a campanha.
MAURO CARLESSE
Em falando sobre vencedores, claro, não poderíamos deixar de falar em Mauro Carlesse, um político que veio fazendo seu caminho e sua história de forma discreta, mas que, quando precisou explodir, o fez como ninguém.
O homem certo, no lugar certo, na hora certa, soube construir em torno de si uma equipe competente de auxiliares, que o levou a três vitórias consecutivas, conquistando a confiança do funcionalismo público estadual, da sociedade, do empresariado, dos comerciantes e, principalmente, dos dirigentes dos demais poderes, com quem manteve uma convivência harmônica e respeitosa, agindo de maneira republicana, evitando entrar em conflitos, discussões ou polêmicas, eximindo-se de participar dos debates políticos or4ganizados por veículos de comunicação, numa campanha sem agressões e sem controvérsias.
Vale lembrar que a campanha de Carlesse foi executada pela experiente e competente empresa de marketing TV3, sob o comando do publicitário Lincoln Morais, e foi comandada pelo publicitário João Neto e teve a organização política a cargo do grande articulador Divino Alan, que se afastou do governo para mergulhar de corpo e alma nos afazeres da boa política, ficando a parte institucional a cargo do não menos competente Claudinei Quaresmin, que tocou a máquina do governo enquanto o governador participava dos compromissos eleitorais.
Com esse grupo de pessoas abnegadas, Carlesse foi vitorioso, eleito para um mandato legítimo de quatro anos, sem fomentar qualquer indisposição política com quem quer que seja, evitando entrar em controvérsias, confrontos diretos, denuncismo ou quaisquer tipo de baixaria, tão comum em período eleitoral.
A equipe de campanha de Carlesse foi perfeita nesse aspecto, com peças publicitárias esclarecedoras e informativas, tanto no rádio quanto na TV e nas redes sociais, mostrando como se faz uma campanha em três tempos, para conquistar três vitórias e o coração do eleitorado tocantinense, em uma tacada só.
A prefeita de Palmas, Cíthia Ribeiro, se comportou politicamente muito bem. Cínthia teve uma boa postura em relação ao processo sucessório estadual, em que manteve um relacionamento amistoso com membros do Poder Legislativo e do Congresso Nacional. Outra decisão acertada da gestora foi declarar publicamente seu apoio às candidaturas ao senado de Eduardo Gomes (SD) e Vicentinho Alves (PR)
Por: Edson Rodrigues
Neste momento, com base em sua aceitação política, da gestão e resultado nas urnas tanto na Capital como no interior, é hora da prefeita ter em sua gestão 100% do seu DNA em sua equipe de governo, e suas ações à frente a prefeitura de Palmas.
O resultado das urnas é um recado prévio recado, um aviso à Cinthia Ribeiro
A derrota do ex-prefeito Carlos Amastha em Palmas, como governador e a eleição de quatro vereadores que fizeram oposição ao seu governo neste 7 de outubro foi um indicativo à prefeita, de pensar em seu futuro político caso queira disputar a reeleição.
Além dos quatro vereadores, Léo Barbosa (SD), Professor Júnior Geo (Pros), Vanda Monteiro (PSL) e Ivory Lira (PPL), caso o vereador Lúcio Campelo (PR) tivesse disputado uma das 24 vagas no legislativo tocantinense, o número passaria a ser cinco vereadores.
O vereador foi um dos homens que mais fez oposição fundamentada a gestão de Carlos Amastha. A sociedade palmense presenteou os nobres vereadores e futuros deputados estaduais por reconhecer o trabalho no combate à prática de atos não republicanos feitos na gestão de Amastha, que atualmente é investigado pela Polícia Federal.
Vista aérea de Palmas
A decisão de Cinthia Ribeiro em apoiar os seus próprios candidatos nesta campanha de 2018 foi uma decisão sábia que mostrou seu pulso firme, mesmo não tendo conseguindo sua reeleição, Vicentinho deve contemplar a Capital administrada por Cíntia com emendas impositivas, e Eduardo Gomes será seu porta voz no Senado.
O trabalho será reforçado por dois deputados eleitos por sua legenda, o Solidariedade. Mas, para Cínthia ter uma gestão com suas características precisa fazer ajustes no quadro de auxiliares.
Atualmente a prefeita vem ganhando a simpatia junto a comunidade palmense e para se pensar em um futuro político promissor precisa de aliados no Congresso, na Assembleia e principalmente de lideranças partidárias e classistas e, fazer um ajuste em sua equipe é um dos primeiros passos na direção da construção do seu futuro político abrindo condições de alianças com outras forças partidárias com resultados expressivos das urnas, e nada mais é do que um adeus ao prefeito Carlos Amastha, derrotado fragorosamente no último dia 7.
Hoje, Cinthia possui condições reais para disputar a reeleição para o Paço municipal, com inúmeras chances de uma vitória. Amastha foi derrotado na cidade no qual foi prefeito, onde possui sua base eleitoral. Quatro vereadores de oposição foram eleitos, sendo um deles o mais bem votado no Tocantins, este, filho do vice-governador Wanderley Barbosa, responsável pela derrota do candidato em Palmas.
Em Palmas, o professor Júnior Geo conquistou 7.408 votos. Léo Barbosa 5.797, Vanda Monteiro 5.374 e Ivory Lira 3.131. Ainda na Capital, Mauro Carlesse, reeleito Governador do Tocantins conquistou 54.045 votos, sendo que possui sua base eleitoral em Gurupi. Já o ex-prefeito, Carlos Amastha obteve 51.463. Com base nestes dados não seria leviano afirmar que Cíntia Ribeiro tem condições de seguir, de construir um governo de coalizão, de unir forças, e se realizar um trabalho que agrade os palmenses, em 2020 conquistar mais quatro anos à frente da Capital mais nova do País.
Se os Partidos Políticos frustram as expectativas da sociedade, comprometem gradativamente a convivência democrática aumentando a responsabilidades dos nomes escolhidos pelo povo
Por Edson Rodrigues
As sociedades enfraquecem quando os seus organismos representativos enveredam para um estado anêmico insustentável para a sua manutenção. Situação idêntica acontece com os Partidos Políticos quando perdem a sua credibilidade perante a opinião pública em decorrência de comportamentos incompatíveis com a moralidade social.
Essa situação é um claro sinal indicativo de que os Partidos Políticos vêm perdendo a sua credibilidade, o que é altamente prejudicial ao progresso de uma sociedade democrática e bem ordenada.
É importante lembrar desde logo que a perda de confiança do povo nas organizações partidárias tem suas raízes no comportamento antiético de seus integrantes e dirigentes. Nesse contexto, se os Partidos Políticos frustram as expectativas da sociedade, tendem a enfraquecer nas suas bases e comprometem gradativamente a convivência democrática.
É certo, e a história dos povos tem registrado, que o enfraquecimento dos Partidos Políticos enseja o surgimento de regimes autoritários, não raras vezes com o apoio do povo, em face da sua descrença na classe política dirigente. Infelizmente, o que vem ocorrendo no sistema partidário brasileiro, com escassas e honrosas exceções, é a prática do clientelismo e as negociatas escusas. Escândalos e mais escândalos acontecem em todos os quadrantes do país (Mensalão, propinas, superfaturamentos, desvios de recursos e malversação de dinheiro público tem sido a regra).
O que se vê na prática é o afastamento da classe política do ideário político de suas agremiações, transformando-as em máquinas partidárias para a satisfação de projetos individuais despidos de interesse público.
Na prática, a liberdade partidária é confundida com a libertinagem partidária, com a qual ascendem ao poder uma legião de "aspones" - assessores de p* nenhuma - verdadeiros mercadores da corrupção.
Assim, é de suma importância que os partidos políticos procedam a uma depuração nos seus quadros, de molde a prepará-los para o exercício eficiente da administração pública, tendo presente o comprometimento com a ética e a moral, na sábia lição de José Bonifácio: "A sã política é filha da moral e da razão".
OS “DONOS” DE PARTIDOS E OS MERCADORES DO VOTO
É sabido que não há democracia sem partidos fortes. O número exagerado de partidos e o bilionário Fundo Partidário, aprovado “a toque de caixa”, deu vazão a um aumento sem precedentes da corrupção eleitoral.
No Tocantins, a maioria das siglas partidárias é dirigida por comissões provisórias, ou seja, “donos” temporários do partido, que transformam a legenda em uma verdadeira empresa para lhes gerar lucros políticos e financeiros.
Ao que parece, para o eleitorado, essa é a gota d’água que faltava para transbordar o caldo da insatisfação e do descrédito com os partidos, uma vez que transforma este processo eleitoral em um verdadeiro prostíbulo político, o pleito de menor credibilidade nos 30 anos de criação do Estado.
O que é pior, é que os atuais “donos” de partidos sabem que o povo está de olho e está muito insatisfeito que o que está vendo, e eles continuam agindo em plena luz do dia, bancando seus projetos pessoais às custas do fundo partidário que, na verdade, é dinheiro do povo, utilizado para caixas 2, 3, 4, 5 e, agora, com a novidade da figura do “corretor de votos”. O corretor de votos é o líder comunitário, líder regional, presidente de sindicatos e outras agremiações sociais, que fazem acordo verbais com os “donos de partido” para “orientarem” seus séquitos a votar em determinado candidato ao Senado ou deputado federal ou estadual.
Os valores desse “apoio” dependem do tamanho da influência desse líder de qualquer coisa, mas 20% sempre ficam na mão do “corretor de votos”, que sempre cobram mais se o apoio comprado for de um prefeito, ex-prefeito, líder religioso, presidente de entidade classista, presidentes de bairro e líderes comunitários, nessa ordem.
Esses acertos fazem com que não importe o partido pelo qual o candidato “comprador” concorre, criando situações em que um eleitor “comprado” vote em candidatos de diversos partidos, muitas vezes, sem nem conhecer os candidatos em que estão votando.
Essa indústria do voto faz com que bons nomes acabem fora da disputa por não terem o poderio financeiro – nem trabalharem dessa forma – para concorrer com os compradores de voto.
Trocando em miúdos, a prostituição política acaba por afastar candidatos honestos e interessados apenas em trabalhar para o povo, de quaisquer chances de eleição, deixando o povo – tanto quem vende seu voto quanto quem vota com consciência – à mercê dos candidatos que investem na compra do voto para recuperarem esse dinheiro, multiplicado por muitas vezes, durante o exercício do mandato.
FARRA DAS PESQUISAS: RESULTADOS PARA TODOS OS GOSTOS
Os jornais, sites e blogs foram invadidos nos últimos dias por várias pesquisas eleitorais de diferentes institutos e mercadores de pesquisas.
Quase todas elas caminham em sentido diferente. Os números são contraditórios e menosprezam a inteligência de quem acompanha a eleição deste ano.
Para publicar uma pesquisa de intenção de votos é preciso cumprir uma burocracia imensa junto à justiça eleitoral. Teoricamente qualquer cidadão pode pedir detalhes dos questionários e questionar a pesquisa. Mas nem a justiça eleitoral faz isso.
Pesquisas são divulgadas atendendo o gosto de quem paga, confundem a cabeça dos mais desavisados, e a justiça eleitoral não faz nada. Ela tem toda a documentação das pesquisas, porém, não investiga, não checa, não questiona.
A mudança na lei eleitoral nessa questão de divulgação de pesquisas visava acabar com esses absurdos. Mas, não acabou, pesquisas seguem sendo divulgadas, e pelo que temos visto, basta pagar para que o candidato terá números favoráveis. E a justiça eleitoral calada.
OS CANDIDATOS LEGÍTIMOS
Pelo menos últimas pesquisas apontam dados concretos: a consagração dos candidatos legítimos, como o governador Mauro Carlesse na corrida pelo governo do Estado e do senador Vicentinho Alves como o primeiro voto à reeleição e o crescimento de Eduardo Gomes como o segundo nome para o Senado.
Tanto Carlesse quanto Vicentinho estão com suas reeleições garantidas e Eduardo Gomes aparece forte como o segundo voto para o Senado, com apoio incondicional de Mauro Carlesse e da maioria dos candidatos a deputado estadual e Federal que pontuam bem nas pesquisas.
Eduardo Gomes, vice-presidente nacional do partido Solidariedade, já mostrou que sua atuação parlamentar é sempre voltada para o povo e tem seu nome sempre ligado aos bons fatos da vida política tocantinense. Sua grande popularidade nos 10 maiores colégios eleitorais do Estado pode garantir uma maior representatividade do Tocantins no Senado Federal, levando em consideração as reais chances de que ele venha fazer parte da mesa diretora da Casa, elevando o nível dos nossos representantes no Congresso Nacional e tornando o pleito de amanhã uma eleição com um imenso saldo positivo para o progresso do nosso Estado.
ABSTENÇÃO
Seria leviandade apontar este ou aquele instituto de pesquisa como o correto ou incorreto, mas não podemos aceitar resultados que desfiguram o cenário real, se utilizando de truques inteligentes como a coleta de dados por telefone, que os analistas apontam como ineficaz no Tocantins, e que não devem ser levadas em conta.
Nesta sexta-feira tivemos acesso a duas amostragens feitas presencialmente por empresas diferentes, contratadas para consumo próprio por um grupo de empresários e outra por um candidato a suplente de senador. Um dado nos chamou à atenção foi o montante de entrevistados que não sabem em quem vão votar para o Senado (48%), e um quadro parecido para deputado federal, diminuindo quando se trata de deputado estadual e governador.
Mas o que mais ficou evidenciado foi o desinteresse dos eleitores com os políticos e com a eleição em si, podendo repetir o número recorde de abstenções e votos nulos ou em branco, tendência que as eleições por telefone jamais serão capazes de detectar.
BOCA DE URNA
Dessa maneira, o trabalho de boca de urna que, apesar de ilegal, representa uma das grandes armas eleitorais, pode ser decisivo, principalmente para o segundo voto para o Senado, pois, os eleitores que já elaboraram seus votos, têm certeza do seu primeiro candidato ao Senado, mas, a maioria, não definiu o segundo voto.
Um trabalho bem feito, de hoje para amanhã, visitando o eleitor em suas residências e em locais de reuniões esportivas ou para lazer, pode garantir, pelo menos, 85% de sucesso na abordagem para o segundo voto ao Senado.
Infelizmente, parece ser assim que “a banda vai tocar” nestas eleições.
Que Deus nos abençoe!
Nestas eleições, que ocorrem no próximo dia 7 de outubro, eleitor tocantinense, ciente da necessidade de redesenhar a história do Tocantins, criando condições para uma guinada em direção ao desenvolvimento qualitativo, precisa eleger candidatos que estão comprometidos com esta realidade e que, conhecedores dos nossos desatinos, estejam aptos a representar com o ovo tocantinense, manter a estabilidade econômica, social e política e a harmonia com o Legislativo estadual
Por Edivaldo Rodrigues e Edson Rodrigues
Para uma Unidade Federativa que vai enfrentar três eleições em um mesmo ano para governador, já deve estar mais que claro aos eleitores qual é a opção que vai proporcionar a continuidade da estabilidade e a da harmonia com o Poder Legislativo.
Chega de apostas no escuro, chega de aventuras, chega de testes, chega de ver o nosso amado Tocantins sangrar aos olhos alheios. O momento é de união pela estabilidade e pela paz política e institucional.
Entre todos os candidatos que chegam à disputa final com chances de vitória, só vemos o atual governador, Mauro Carlesse com chances de realizar todas as necessidades que colocamos acima. Ele venceu com larga vantagem as duas eleições anteriores e conta com o apoio do povo tocantinense, em especial do funcionalismo público, para fazer o Estado voltar a crescer e colocar um ponto final na instabilidade política que assolou o Tocantins nos últimos anos.
Mesmo com mandatos diminutos, Mauro Carlesse conseguiu contemplar a Saúde, com farmácias populares reabastecidas, mais médicos especialistas nas unidades públicas e mutirões de cirurgias, terminando com um mal estar de anos com os cirurgiões e anestesistas. Melhorou a malha viária, com mais de três mil quilômetros de estradas recuperadas, manteve o pagamento do funcionalismo estadual em dia, aumentou a arrecadação sem elevar impostos e vem mantendo um ótimo relacionamento com os 139 municípios, liberando recursos de forma apartidária e coerente com a importância de cada uma das nossas cidades.
Nos últimos 90 dias o Tocantins tem vivido dias de estabilidade, tendo o Estado como o maior empregador e aquecedor da economia, e conseguiu isso de forma responsável, com planejamento e organização, mantendo um equilíbrio surpreendente nas contas públicas.
Esse é, justamente, o maior diferencial que o governo de Mauro Carlesse trouxe. Quando se esperava um governo populista e cheio de ações oportunistas, o governador optou por uma gestão séria, compromissada com as demandas prioritárias da população e do Estado enquanto instituição, mostrando que há caminhos, sim, para voltar a crescer de forma sustentável e, o que é mais importante, gerando mais postos de trabalho, reaquecendo a economia e fazendo o Tocantins crescer.
PORQUE NÃO O OUTRO?
Enquanto isso, o segundo colocado nas pesquisas mantém seu comportamento bipolar e agressivo verbalmente, desagregando qualquer ambiente que frequenta e, o principal, tem em mente gerara caixa para o Estado aumentando impostos, impactando diretamente no bolso do contribuinte, assim como fez em suas gestões na Capital.
Além disso, mostrou-se uma pessoa que não valoriza a “prata da casa”, apostando em auxiliares “importados”, sem nenhuma identificação ou conhecimento acerca do Tocantins.
Seu passado também é questionável e, dificilmente, o gabaritaria para ser um governador com a habilidade, o equilíbrio e a serenidade que o cargo exige.
Seria a um governo cheio de “aventuras”, nas quais o Tocantins não está mais em condições de se submeter, colocando em risco os avanços conseguidos recentemente e em dúvida a viabilidade de uma recuperação econômica séria, baseada em ações palpáveis.
Trocando em miúdos, nem é preciso que se faça uma comparação entre os dois candidatos, Carlesse e Amastha.
Mauro Carlesse mostra-se, literalmente, como o melhor para o Tocantins, capaz de resgatar o desenvolvimento e manter uma convivência harmônica entre os Poderes, assim como olhar, de igual para igual, para o povo tocantinense, com todo o respeito que a situação exige.