Faltam apenas dez dias para o segundo mês de 2019. Para muitos, fevereiro será um mês decisivo, com início de grandes ações, principalmente por parte dos membros do Poder Público tocantinense. Em Brasília, dia 1°, acontece a posse no Senado e na Câmara Federal e iniciam-se as grandes movimentações partidárias e de bancadas
Por Edson Rodrigues
Enquanto isso, no Tocantins acontece também a eleição da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, com nomeações e posse dos membros do governo Mauro Carlesse na estrutura governamental também previstas para serem apresentadas ainda este mês. Boa parte destas nomeações tem respaldo e indicações da base política do governador.
Cinthia pronta para brilhar
Na Capital, todos estão de olho no segundo ano da administração da prefeita Cinthia Ribeiro. Ao contrário de 2018, quando a então vice-prefeita assumiu após a renúncia do prefeito Carlos Amastha, sob a sombra do seu antecessor e todos os processos que correm contra ele, Cinthia, agora, tem técnicos capazes de planejar, efetivamente, seu governo, além de milhões em caixa para tocar, inicialmente, 134 obras já estabelecidas e muitas outras tantas, falta à prefeita apenas um bom articulador político para que ela possa deslanchar e se tornar uma das administradoras de maior destaque do País, pois, além de ter condições financeiras, ela é a única prefeita de capital sob a égide do PSDB em todo o País e todas as articulações para desestabilizá-la, podem sair pela culatra, tornando-a uma mártir, com uma imagem vitimizada, do tipo que o povo admira e apoia, tornando sua reeleição um caso de favas contadas.
Com um bom articulador, o relacionamento na Câmara Municipal ficará facilitado, tornando as tomadas de decisão meros detalhes, mostrando que Cinthia está apta para comandar os desígnios da Capital e concorrer tranquilamente a uma reeleição em 2020. Com Palmas transformada em um canteiro de obras nos próximos meses, o caminho de Cinthia parece bem pavimentado, sempre ressaltando que, para isso, será necessário um bom articulador político.
Outro fator que será levado em consideração será a oxigenação de sua equipe na área política, com pessoas que possam ser elo para construir uma frente que sirva de base para sua candidatura. Uma equipe que fale a mesma língua e trabalhe em conjunto, fortalecendo a imagem da prefeita, a sua gestão e a execução das obras que população espera.
PSDB
De acordo com informações obtidas com exclusividade, o Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), terá mudanças no seu comando estadual já em fevereiro. Tudo indica ainda que o partido já tem candidato carimbado para disputar a prefeitura de Palmas em 2020, só faltou combinar com Cinthia Ribeiro e com a população palmense. Como já afirmamos antes, será muito temerário para o PSDB perder sua única prefeitura em capitais, além do risco de criar uma sombra para si próprio, empurrando Cinthia para outra legenda e, junto com ela, seus auxiliares e o próprio eleitor palmense.
Caso tal especulação seja confirmada, a prefeita tem até agosto deste ano para escolher um partido, filiar-se e ter garantida sua vaga como a candidata por outra legenda. Para toda esta costura precisará de um político ficha limpa, sem pretensão política para 2020, do contrário os concorrentes podem respirar aliviados.
Operações da Polícia e recesso do Judiciário
Em 2019, muitos inquéritos aguardam para ser concluídos, a maioria deles está ligada a atos não republicanos, esquemas de corrupção, em todas as esferas do Poder Público. Outros já estão concluídos, com documentação e provas decisivas, o que nos permite afirmar que várias operações podem ocorrer durante o primeiro semestre. De fato não faltarão recursos junto ao Ministério Público e Polícias Civil e Federal para combater a corrupção. O exemplo são as operações da Polícia Civil em parceria com o MPE no combate a corrupção que investigam a prefeitura de Palmas, no desvio do Fundesportes e nas Câmaras Municipais de Palmas, Peixe e Porto Nacional.
Uma das mais preocupantes diz respeito ás especulações quanto a expedição do diploma do governador Mauro Carlesse, onde, espera-se, que a Justiça aja com rapidez e desvelo para não prejudicar o desdobramento das ações já desencadeadas pela administração estadual, pois, mesmo após três eleições consecutivas e fazendo um trabalho que se mostra no caminho certo, tentando enquadrar o Tocantins na lei de Responsabilidade Fiscal, com o apoio da população, Mauro Carlesse ainda vive sob essa dúvida, que precisa ser esclarecida o mais rapidamente pela Justiça.
Ações investigativas
A Operação Expurgo, conhecida como “escândalo do lixo hospitalar”, que envolve a família do deputado Olyntho Neto, com diversos episódios, como a apreensão de dinheiro às vésperas da eleição, pode ser só a ponta do iceberg. Uma fonte nos confidenciou que a Polícia está com inúmeras investigações que podem comprometer a vida de muitos políticos e empresários, que agiram como laranjas. Segundo essa fonte, tudo acontece em segredo de Justiça para que as ações sejam preservadas. Muita coisa ainda deve “ir ao ventilador” e não estão descartados pedidos de prisões. Lembrando que, paralelo a essas investigações, temos a continuidade da Operação Ápia, que envolve políticos com foro privilegiado, e as operações da Polícia Federal no Palácio Araguaia, que investigam servidores fantasmas. No ranking nacional, o Tocantins está entre os estados líderes em operações da Polícia Federal em esquemas de corrupção.
Cassação
Outro fato não menos importante é o pedido de cassação do governador Mauro Carlesse e o do seu vice, Wanderley Barbosa, feito pelo Ministério Público Eleitoral. O procurador Álvaro Manzano baseou o pedido no ato que extinguiu mais de 15 mil contratos temporários em 1º de janeiro, após as eleições suplementares. Segundo Manzano, “a contratação excessiva de servidores temporários, foi estendida às eleições estaduais, desequilibrando o processo eleitoral a favor do contratante", no caso, Mauro Carlesse.
Na ocasião, a assessoria do governador afirmou não haver sentido na ação do Ministério Público. “O Governador cumpriu estritamente as determinações da Justiça Eleitoral e, também, do Tribunal de Contas. Portanto, não foi praticado nenhum ato que tenha infringido as leis eleitorais. Tanto que, somente agora, em Janeiro, após o fim do período vedado pela Justiça Eleitoral, o Governo iniciou o processo de reforma administrativa e enxugamento da máquina, com a extinção de cargos temporários e comissionados em excesso”, diz a nota.
Os dois pedidos serão analisados pelo Tribunal Regional Eleitoral, já que se tratam de supostos crimes eleitorais, após o recesso do poder judiciário, previsto para o início de fevereiro.
Instabilidade
O Tocantins não pode – e não deve – passar por outro processo de instabilidade jurídica e institucional, semelhante ao processo de cassação do mandato do ex-governador Marcelo Miranda. Que a Justiça consiga evitar o sangramento do Tocantins em nível nacional, evitando a perda de credibilidade do Estado, que traz sérias consequências à população, principalmente nesta fase, em que o Estado entrará em um momento de renovação de sua estrutura governamental a fim de destravar seu crescimento com projetos que beneficiam à população.
Fevereiro será um mês cheio de muitas ações e revelações! Aguardemos as boas novas, e acreditemos neste 2019 que, finalmente, terá início.
Mudanças são essenciais para o equilíbrio econômico, mas pressões podem colocar tudo a perder. É hora de abrir diálogo e conscientizar sobre necessidade de harmonia
Por Edson Rodrigues
O governador Mauro Carlesse aproveitou os dois mandatos anteriores, de tiro curto, para “pegar o jeito” da governança. Observou onde havia oportunidades para melhorar, o que precisava ser trocado e onde dava para cortar gastos sem comprometer o desenvolvimento do Tocantins.
Depois disso, montou uma equipe de notáveis, em uma verdadeira “força-tarefa” e iniciou a elaboração de um plano de governo que ao mesmo tempo em que precisa tomar medidas duras, não deixa de prestigiar sua base de sustentação política.
Esse plano de governo tem como premissa principal a estabilidade econômica e o enquadramento do Estado na Lei de Responsabilidade Fiscal, para que os investimentos voltem, empresas cheguem, empregos sejam gerados e, principalmente, o Tocantins possa voltar a contrair empréstimos junto à instituições financeiras públicas e privadas, nacionais e internacionais.
PRESSÃO
O problema é que na política, nem sempre 1 + 1 é igual a dois. Bastou 2019 iniciar para que as pressões começassem a aparecer – e de todos os lados. As bases do interior pressionam os parlamentares na Assembleia Legislativa e no Congresso Nacional e já causam um mal estar, um clima tenso, que pode fazer o caldo desandar, dentro do próprio grupo de apoio ao governo.
A boa notícia é que, por enquanto, tudo pode ser resolvido, mas, para isso, o governador Mauro Carlesse não pode recuar e precisa entender que isso faz parte do jogo político.
O caminho para que tudo se resolva é – e sempre foi – o diálogo, a atitude. Mostrar que o equilíbrio econômico buscado vai permitir investimentos nos 139 municípios, recuperação da malha viária, construção dos hospitais de Gurupi e Araguaína, da nova ponte sobre o Rio Tocantins, em Porto Nacional, melhorias nos serviços públicos de Saúde, Educação e Segurança, e, principalmente, evitar qualquer ruptura com membros da sua base política no Congresso e na Assembleia.
O papel do diálogo será conscientizar a base de apoio ao governo de que 2019 será um ano de muitas dificuldades, aperto financeiro e cautela. O alicerce para que tudo que foi prometido durante a campanha seja realizado é, justamente, o equilíbrio econômico.
PRIMEIRO PASSO
O primeiro passo para que se viabilize o equilíbrio financeiro do Estado é a reforma administrativa que deve ser anunciada ainda esta semana. Até essa reforma administrativa pode ser considerada uma promessa de campanha, feita aos representantes de entidades classistas, como FIETO e SEBRAE, empresários e industriais.
Logo, a base política do governo precisa entender que esse início de transição precisa ser meticulosamente apoiado, evitando-se grandes comoções, greves ou polêmicas, para que os salários continuem em dia e seja mantida a política da boa vizinhança com os cidadãos.
É certo que os companheiros precisam ter vez e voz, mas cada coisa a seu tempo. O mínimo que a sociedade espera da classe política é que tudo o que está sendo feito por melhorias, não seja atrapalhado por interesses pessoais ou intrigas.
O grupo político de Mauro Carlesse tem que demonstrar a mesma força, a mesma compreensão e a mesma humildade que o levou a três vitórias eleitorais consecutivas. Esse é o único caminho possível para que o Tocantins volte aos trilhos do desenvolvimento e do progresso.
Nossos congressistas e deputados estaduais, devem agir com sabedoria para não colocar os interesses pessoais acima dos interesses do Estado, pois a travessia exige renúncias e compreensão de todos, pois o êxito só virá com a união.
O apoio à reforma administrativa e à implementação do plano de governo são condicionantes para que o Tocantins possa, finalmente, deixar para trás as ameaças de inadimplência com o pagamento dos servidores, o rombo no Instituto de Previdência e as mazelas sociais da falta de infraestrutura.
O Brasil inteiro iniciou 2019 com uma grande reforma em andamento e isso já trouxe dividendos, com a volta dos investidores internacionais e bons índices econômicos. O Tocantins não pode perder o bonde da história e ficar para trás.
O destino do Tocantins é crescer sempre. Impedir que esse destino se concretize, será entrar para história como “vilão”, e acreditamos que nenhum político quer esse estigma em sua história.
Assim que forem anunciados o novo organograma e a nova estrutura de governo, Mauro Carlesse sabe que terá que abrir espaço aos companheiros de sua base que o loevaram a três vitórias eleitorais consecutivas e significativas, porém, sem comprometer o controle econômico necessário para que o Tocantins se enquadre na Lei de Responsabilidade Fiscal. Para isso, será necessário um diálogo franco e transparente sobre até onde o governo pode ir.
União e diálogo são as palavras de ordem do momento.Que Deus nos dê sabedoria e capacidade!
Por Edivaldo Rodrigues
Na manhã de hoje, 27 de dezembro, cerca de 40 policiais e vários delegados, cercaram a Câmara Municipal de Porto Nacional, iniciando naquele instante a "Operação Poker Deixe", um desdobramento da "Operação Negócio de Família", deflagrada no último dia 17, oportunidade em que foram presos cinco empresários que atuavam para fraudar licitações ocorridas no legislativo portuense.
Desta feita, as autoridades da PC, com apoio incondicional do MP e do Judiciário, estavam munidos de oito Mandados de Prisão Temporária e um de Prisão Preventiva. O delegado responsável pela operação disse a nossa reportagem que ele e seus colegas incluindo aí titulares das delegacias de Porto Nacional, de desarticularam uma organização criminosa que, por muito tempo, vinha roubando o dinheiro do povo portuense e, em seguida, deu o nome dos criminosos com cargos de vereadores.
Secretários Geylson Neres Gomes (MDB) e Ferando Manduca
São eles: Adael Oliveira Guimarães, Emival Pires, o "Miúdo", Geylson Neres, que está licenciado para exercer o cargo de Secretário Municipal de Governo da Prefeitura de Porto Nacional, além de Jean Carlos da Silva e o ex-vereador Elmar Jr. Também foram presos os servidores da Câmara Municipal, Eleandro Rodrigues e Gilson Silva e o empresário do ramo de informática Paulo Ricardo. Todos os acima nominados estão presos temporariamente, por cinco dias prisão que pode ser convertida em preventiva.
A única prisão preventiva nesta operação foi para Fernando Manduca, que ainda não se apresentou.
Dos integrantes da organização criminosa, três são fiéis escudeiros e conselheiro do prefeito Joaquim Maia. Geylson Neres é Secretariado de Governo, Fernando Manduca, é conhecido nos meios políticos como "Primeiro Ministro", já Jean Carlos, que já atuou na gestão municipal, come na mão de Fernando Manduca e só faz o que ele determina.
Perguntado por nossa reportagem se as investigações chegarão na legislatura de 2018, o delegado Ricardo Real disse que tudo vai depender das vasta documentação aprendida nas duas operações.
Por Edson Rodrigues
Durante a última campanha majoritária, quando elegerem-se desde o presidente da república até deputados estaduais, passando por senadores, governadores e deputados federais, uma semente de um novo Brasil foi plantada com muito otimismo para homens e mulheres que compões o País, incluindo, principalmente, os 13 milhões de desempregados, de que os novos governos que chegam trarão chances de que empresários possam empreender melhor e de que investidores voltem a colocar dinheiro para alavancar negócios e empresas por todo o País, gerando mais empregos e mais oportunidades, apostando no refrão do presidente eleito de que sua prioridade será o combate à corrupção em todas as escalas do poder, desde os municípios até as mais importantes repartições públicas do governo federal.
A missão que se deu o governo federal, certamente, é desafiadora, muito difícil, mas, não impossível de ser realizada.
Para conseguir seu intento, Jair Bolsonaro e equipe terão que encarar organizações criminosas enraizadas na política brasileira há dezenas de anos, com seus membros entranhados em todas as esferas de poder.
Com um governo formado por técnicos e por militares, Bolsonaro dá o primeiro passo para evitar o clientelismo e as indicações políticas para cargos que movimentam grandes orçamentos e, em alto e bom tom, disse que assume quaisquer erros que venham a ser cometidos por membros de sua equipe de auxiliares.
CONGRESSO NACIONAL
Enquanto Bolsonaro vai tentando se desvencilhar da velha política, do sistema que se estabeleceu em governos anteriores, os velhos “coronéis” da política brasileira, entrincheirados no Congresso Nacional vêm mantendo o mais profundo silêncio, sem demonstrar nenhum resquício de reação ou de revolta.
Os “donos” de partidos políticos, que comandam os bilhões do Fundo Partidário, trocaram o papel de “lobos”, que caçam orçamentos como presas, para o de “corujas”, aqueles que observam atentamente o ambiente a sua volta para, só depois, agir, evitando, inclusive, aparições públicas.
O grande perigo é que esses “lobos/corujas” sabem que para aprovar uma Lei no Congresso, principalmente aquelas que mexem com a Constituição, o governo federal precisará do voto da maioria das bancadas no Senado e na Câmara Federal.
De início, como bons lobos, os velhos coronéis podem até aprovar algumas Leis de menor importância, mas, quando vierem as reformas e as propostas que mudam o sistema, certamente eles irão se fazer ouvir e colocar as cartas na mesa.
Não que Bolsonaro e equipe não saibam disso. A questão é de que forma o presidente eleito e sua equipe irão tratar dessas questões, quando elas surgirem, sem sair do seu programa de governo e, principalmente, da meta de mudar o País, de mudar o sistema.
Subestimar a capacidade de Bolsonaro e sua equipe é, como mostraram as urnas, no mínimo cegueira política e uma grande incapacidade de ler a vontade popular ou, apenas, extremismo de esquerda, que não supera a derrota.
O governo Bolsonaro promete muito, tem tudo para dar certo. Tem nomes bons em cargos-chave, mas também tem pontos a serem esclarecidos à opinião pública.
Em situações assim, o mais correto é que se dê um prazo, de no mínimo um ano, para ver com as coisas vão se desenrolar e, depois, avaliar se o que Bolsonaro disse durante a campanha, tornou-se realidade em seu governo.
TOCANTINS
No Tocantins o sentimento é bem parecido com o do restante do País. Um povo com esperança de dias melhores, com o novo governo “zero quilômetro”, que elegeu nas urnas.
Mauro Carlesse tem, assim como Bolsonaro, o desafio de dar transparência às ações do governo, de eliminar os pontos podres e de dar apoio aos que trabalham e se desdobram por um Tocantins melhor.
É certo que Carlesse tem muitos obstáculos a serem vencidos e desafios a serem enfrentados. As soluções para essa batalha, muitas vezes passarão por contrariar aliados, terão reflexos sobre companheiros políticos, mas estarão, sempre, acima dos interesses pessoais, em nome do bem-comum.
Mauro Carlesse está livre para fazer um governo sem pensar em reeleição, pensando apenas em escrever seu nome na história do Tocantins. E os primeiros versos dessa história já começaram a ser escritos, com a “carta branca” que deu à força-tarefa que vem, capitaneada pelo secretário de Fazenda e Planejamento, Sandro Henrique Armando, planejando meticulosa e cuidadosamente a melhor forma para que o governo estadual promova um enxugamento da máquina estatal que ajudará na adequação do Estado à Lei de Responsabilidade Fiscal.
Essas adequações devem ter início já nos primeiros dias de 2019, priorizando os serviços públicos nas áreas da Saúde, Educação e Segurança Pública. Caso as ações surtam o efeito esperado, o Tocantins se posicionará entre os quatro estados brasileiros com melhor situação financeira, abrindo a oportunidade de captação de recursos em instituições financiadoras nacionais e internacionais.
Somando-se isso ao espaço temporal de tolerância que Mauro Carlesse tem junto ao povo tocantinense, o governador tem a oportunidade de implantar um novo modelo de governança, que não se baseará em decretos, mas com a harmonia com o Poder Legislativo, o que aumentam, ainda mais, as chances e a confiança do povo em um bom governo para os próximos quatro anos.
PODER LEGISLATIVO
Já o Poder Legislativo tocantinense terá uma das mais árduas missões, se quiser – e tiver interesse – resgatar sua credibilidade junto ao povo tocantinense.
Há, na Assembleia Legislativa, uma enorme “caixa-preta” que precisa ser aberta, senão em nome da transparência, em nome do interesse e da responsabilidade do Ministério Público Estadual e do Tribunal de Contas do Estado, sem se deixar contaminar por interferências políticas.
Faltando poucos dias para o fim da atual legislatura, a Casa de Leis sangra em meio aos fatos que vêm sendo divulgados, inclusive, pela imprensa nacional, ofuscando a imagem de um poder essencial, formado por pessoas nas quais o povo acreditou, para serem seus representantes.
O ano de 2018 está fechando com uma série de desconfianças quanto á atuação da presidente da Casa, deputada Luana Ribeiro, que tomou decisões que fizeram soar o alerta quanto à legalidade.
De uma forma ou de outra, esses atos têm que ser investigados e as contas apresentadas à população, para que não restem dúvidas sobre a idoneidade da presidente da Assembleia Legislativa nem dos demais deputados que compõem as comissões e que deveriam estar zelando pelo patrimônio Público.
As atitudes, de todas as partes, da presidência da Casa, dos seus parlamentares, do Tribunal de Contas do Estado e do Ministério Público, estão sendo aguardadas com ansiedade pela imprensa e pelo povo tocantinense, que não querem iniciar um novo ano, um novo governo, uma nova era, com a sensação de que alguma coisa “ficou para trás”.
Que Deus ilumine as cabeças pensantes do Tocantins e que 2019 seja, realmente, o ano do novo, da competência e da meritocracia.
Até o próximo capítulo!
Sempre que um novo governo se inicia, espera-se que ele o faça com a melhor das condições de trabalho, com uma saúde financeira estável, com o apoio popular e, se foi eleito, com um sorriso “de orelha a orelha” pelo momento de culminância do seu sucesso.
Por Edson Rodrigues
Infelizmente, no Tocantins, o novo governo de Mauro Carlesse não vai começar assim.
Digo infelizmente, porque apesar de a culpa não ser de Carlesse, ele poderia ter agido de maneira mais célere para evitar essa situação, de subir a rampa do Palácio Araguaia “empurrado em uma cadeira de rodas, sangrando e ofuscado por desgastes institucionais, com destaques negativos na mídia nacional dia após dia” e, o pior, com a sensação de que poderia estar de braços erguidos, comemorando com o povo os feitos que o levaram a três eleições vitoriosas.
Para piorar, essa situação constrangedora com que o governador se vê obrigado a assumir os desígnios do Tocantins, pode contaminar sua administração de uma forma tal, que a “anemia moral” pode se prolongar pelos próximos quatro anos do seu novo mandato.
AGENTE APAZIGUADOR
Carlesse precisa, de forma urgente, encontrar um interlocutor que trabalhe como agente apaziguador e apague os incêndios provocados, não só pelo “fogo amigo”, mas pelos atos não republicanos que podem estar sendo praticados nas entranhas do Executivo Estadual, sem o seu conhecimento, e que podem levar o Poder Judiciário e o Ministério Público a se embrenhar por corredores e gabinetes, cavando a mínimas incongruências e levando ao imaginário público que são irregularidades “do governo do Estado” e se são do “governo do Estado”, a culpa seria do Carlesse.
Não é bem assim que a banda toca. Os fatos não republicano, se existentes, precisam ser narrados expondo desde a sua origem, os personagens e os reflexos, dando o crédito negativo aos seus praticantes. Mas, infelizmente, como sabemos, o advento da internet multiplicou exponencialmente a fabricação de boatos que, quando vistos por muitos, acabam sendo levados como verdade (quem nunca ouviu “se tá na internet, é verdade”?), e os adversários políticos do governo, utilizam essa fábrica de boatos com maestria, deixando a “bomba” estourar na mão de quem mais lhes convém.
É aí que mora o perigo para Mauro Carlesse.
Sem esse interlocutor, uma pessoa que saiba se expressar e que atue como harmonizador do ambiente político-institucional, a sensação de “ter deixado de fazer o que era preciso” pode aumentar ainda mais.
As operações de busca e apreensão, segundo os bastidores, podem se agravar, chegando, além do Palácio Araguaia e da Secretaria de Governo, a mais duas secretarias, muito em breve, com respaldo do Poder judiciário e Acompanhamento do Ministério Público.
URGÊNCIA
Essa “proximidade com o perigo” só aumenta a urgência de o governo Mauro Carlesse “pinçar” entre seus quadros essa figura do articulador/mediador/harmonizador, para que se abra uma via transparente de diálogo com toda a sociedade, com a mídia e com os demais poderes.
Secretário da Fazenda e Planejamento, Sandro Henrique Armando
Sua principal função seria “blindar” a equipe técnica que compõe a força-tarefa, comandada pelo secretário da Fazenda e Planejamento, Sandro Henrique Armando, que vem buscando as soluções para possibilitar o equilíbrio econômico, coordenada pelo secretário da Fazenda e Planejamento, que está em pleno trabalho, colocando o Tocantins, hoje, entre os seis estados com melhor capacidade econômica, com possibilidades de chegar à terceira posição por volta de maio de 2019, evitando o clima de “terra arrasada” em 2019.
Para que isso aconteça, é preciso que, se as investigações revelarem culpados em cargos administrativos, seja de qual escalão for, Carlesse deve “bater a mão na mesa” e afastá-los imediatamente.
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA
A Casa de Leis do Estado será um item de suma importância para que o equilíbrio institucional proporcione as condições necessárias para que se evite o pior. É preciso que haja um engajamento pessoal de Mauro Carlesse na demonstração de controle político sobre o seu governo, para que a eleição da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa não seja contaminada pelo clima sombrio dos dias de hoje, muito menos sabotada pelo fogo amigo dos bastidores do Legislativo, que tanto prejudicou os governos de Siqueira Campos, Sandoval Cardoso e Marcelo Miranda.
Carlesse precisa agir com celeridade para evitar que seu governo seja acometido do mesmo mal.