I – O RECADO DAS URNAS
As urnas já mostraram que, matematicamente, é impossível derrotar o governador Mauro Carlesse nas eleições ordinárias de outubro. Ele tem a máquina administrativa nas mãos, o Diário Oficial, as “caneta” e, além disso, 18 deputados estaduais, cinco deputados federais, prefeitos das principais cidades do Estado e um ex-governador - e as bases de apoio de todas essas lideranças - a lhe dar sustentação.
Carlesse já mostrou que conhece a máxima do saudoso Antônio Carlos Magalhães, que dizia que “um governador com o Diário Oficial só perde eleição para sua própria competência”, e usou e abusou disso em suas duas vitórias esmagadoras.
Os votos que o elegeram foram o “sim” do funcionalismo, que acreditou em suas promessas, em sua palavra e em seu compromisso com a classe. Esse tipo de “crédito” conseguido pelo governador junto à essa fatia do eleitorado é muito difícil de ser contestado e derrubado em um período tão curto de campanha.
OPOSIÇÃO TEM QUE SE UNIR
A oposição, hoje, no Tocantins, pode ser contada entre 19 e 23 partidos, mas essa quantidade é o que menos importa neste momento em que se precisa de uma “bandeira”, de um comandante, de objetivos claros.
Obviamente que podem chamar essa tentativa de união de “Arca de Noé”, mas apelidos não importam quando a finalidade é salvar o Tocantins do atoleiro econômico em que se encontra, com dívidas astronômicas, com 78% de sua arrecadação comprometidos com a folha salarial dos servidores, com uma fama de mal pagador entre fornecedores e prestadores de serviço, enfim, um “Titanic” prestes a afundar.
Para que esse objetivo seja alcançado, todos sabem, é necessária uma união de forças, a definição de um objetivo comum, uma unificação de ideias capaz de convencer os eleitores de que ainda há esperança.
SONHO DO FUNCIONALISMO
Os eleitores que se abstiveram de votar ou votaram em branco ou anularam seus votos “venceram” os dois turnos das eleições suplementares, com um percentual que superou o número de votos válidos.
Esses eleitores deixaram bem claro que não se identificaram nem com as pessoas nem com os métodos que colocaram seus nomes à apreciação popular.
Já os eleitores que votaram, 75% deles escolheram Mauro Carlesse, numa demonstração de que optaram pela continuidade, na estabilidade empregatícia e nas promessas do governador/candidato.
A vitória de Carlesse pode ser considerada a vitória do sonho dos servidores públicos estaduais em permanecerem em seus cargos. Nada mais que isso.
II - O COMANDO DA NAU OPOSICIONISTA
Dentre todos os demais candidatos que disputaram a eleição suplementar, o senador Vicentinho Alves já deixou bem claro que, em outubro, tentará sua reeleição ao Senado.
O ex-prefeito de Palmas, Carlos Amastha, ainda tem chances de tentar o comando da oposição, se tentar amenizar seu discurso, reparar as rusgas com a classe política tocantinense, a quem ofendeu profundamente com palavra e tentar uma aproximação republicana com o ex-governador Marcelo Miranda, calçando as sandálias da humildade e mostrando arrependimento por tudo o que fez e falou sobre o ex-comandante do Palácio Araguaia.
Segundo os bastidores, dificilmente o ex-governador Marcelo Miranda se sujeitará a participar de uma rodada de negociações com a presença de Carlos Amastha.
Marcelo soube manter o autocontrole ante às críticas ferinas de Amastha, mantendo um silêncio digno de Buda, para evitar um embate público com quem não tem pudor nem papas na língua na hora de fazer críticas e envolve até familiares fora da vida pública em questões levianas, apenas para se manter sob os holofotes.
Amastha mudando de discurso e deixando aflorar suas qualidades de gestor, cumprindo a promessa de realizar um concurso público pode até conseguir apagar a imagem que ficou de sua administração em Palmas, com uma dívida já anunciada de um bilhão de reais, tendo que buscar ajuda da Justiça Federal para a liberação de recursos e, mesmo assim, ficando impedida de celebrar convênios com entidades financiadoras, como Caixa Econômica, Banco do Brasil e agentes financiadores internacionais.
Prefeita Cintia Ribeiro com herança maldita de mais de um bilhão de reais
Em matéria publicada pelo portal JM Notícia, o vereador Rogério de Freitas denuncia uma dívida de mais de um bilhão de reais na prefeitura de Palmas, principalmente relativa à empresa de coleta de lixo.
A atual prefeita, Cínthia Ribeiro, teve que se virar com a Justiça Federal para conseguir uma liminar que mantivesse Palmas apta a receber repasses públicos federais, o que, nos bastidores políticos é chamado de “herança maldita”.
Há, certamente, uma grande expectativa e uma grande desconfiança da capacidade de Amastha em se reconciliar e se aproximar de antigos desafetos, mas uma reunião, marcada para a próxima sexta-feira pode deixar muita gente de queixo caído.
A quarta colocada nas eleições suplementares, senadora Kátia Abreu, não precisa mais provar a ninguém que é uma política preparada e competente, ao mesmo tempo em que precisa mudar seu temperamento explosivo e passional.
Mas, se prevalecerem suas qualidades, isso a coloca como o caminho mais fácil rumo ao “leme” da nau oposicionista, pois, se os servidores elegeram Mauro Carlesse, os trabalhadores, comerciários e desempregados que se abstiveram de votar, podem eleger uma candidata especialista na geração de empregos, que entendo do assunto e tem trânsito livre com as federações industriais e comerciais, reunindo todos os pré-requisitos de uma grande gestora.
DAMASO
O ex-presidente da Assembleia Legislativa aparece como um candidato que “corre por fora”, até pouco tempo longe dos holofotes políticos, mas é um político capaz de unir as oposições em torno do seu nome, pois tem fama de ser extremamente ético, correto, sem divergências com nenhuma corrente política, classista ou sindical.
Osires Damaso pode ser o representante que parte dos 64% de eleitores que se abstiveram, dos 22% que votaram em Vicentinho e, até, de muitos que votaram em Carlesse, pois também presidiu a casa de leis, onde tem muitos amigos e correligionários.
Mas, a única certeza, até agora, é que se não houver uma união política embasada em um projeto de governo confiável e realizável, que contemple os interesses e as demandas do Estado do Tocantins, a “peia” nas urnas será ainda maior em outubro, em favor de Mauro Carlesse, com o atual governador se consolidando na maior liderança política do Tocantins, elegendo a maioria dos 24 deputados estaduais, os dois senadores e a maioria dos deputados federais.
III - A VEZ DE MÁRLON REIS
Se os nomes que constam na oposição ao governador Mauro Carlesse resolverem “zerar” o passado de Carlos Amastha e suas falácias e resolverem se unir em torno de um nome que não tem nenhum tipo de desgaste, seja com a opinião pública, seja com quaisquer vertente política, o nome que pode emergir como capitão da nau oposicionista pode ser o de Márlon Reis. Ex-juiz, jurista respeitado e candidato no primeiro turno das eleições suplementares.
Seu nome está pronto para encabeçar o “chapão”, deixando as indicações para vice-governador, Senado, deputados federais e estaduais distribuídas da melhor maneira entre os demais partidos.
Márlon Reis caiu nas graças da classe intelectual tocantinense e pode ter o mesmo destino na escolha dos cidadãos que se abstiveram. É uma pessoa íntegra, ficha limpa, não faz parte de nenhum grupo político ou familiar, não tem os vícios dos políticos de carreira, enfim, nada que possa comprometer seu governo à esta ou àquela vertente.
Para que sua candidatura decole, precisa de maior penetração no interior, de mais capilaridade, de mais tempo no Horário Eleitoral Gratuito de Rádio e TV e de condições financeiras para montar uma estrutura enxuta de campanha e dar continuidade ao que começou na sua primeira candidatura, com discussões abertas com as classes estudantil, trabalhadora, empresarial e agropecuarista, mostrando que tem um bom planejamento de governo, com bases reais e factíveis.
Com esses componentes, Márlon Reis pode ser o nome do próximo governador do Tocantins.
É preciso que a nau oposicionista tenha em mente que será necessária muita matemática para eleger um deputado federal ou um deputado estadual sequer.
Sem a união de partidos e, principalmente, de fundos partidários, não haverá forma de baratear e custear uma eleição, principalmente para partidos como o MDB, PT, DEM, PP, PR e outros “pes”.
Quem tentar vôo próprio,corre o grande risco de morrer na praia e acumular dívidas muito difíceis de serem saldadas sem cargos eletivos.
INDÍCIOS
Mauro Carlesse já tem a sua base consolidada, com 18 deputados estaduais, cinco federais e o ex-governador Siqueira Campos. Tudo leva a crer que seu vice, Wanderlei Barbosa, abra mão de seu cargo para novas composições visando à eleição de outubro, com a possibilidade de Barbosa nem tomar posse como vice-governador nesta eleição suplementar e tentar uma reeleição ou indo, até mesmo, para uma candidatura a deputado federal.
Esses são claros indícios de que ainda há muito para acontecer no processo sucessório regular, ou seja, nas eleições ordinárias de outubro, que podem consagrar uma nova liderança ou trazer de volta ao comando do Estado um candidato que represente, realmente, a vontade do POVO.
Vamos aguardar os resultados da reunião do fim desta semana para podermos avaliar se a oposição será uma “arca de Noé” ou um “Titanic”.
Por enquanto é só, pessoal!
Contra fatos, não há argumentos. Existem, sim, empecilhos jurídicos a serem esclarecidos e resolvidos até o fim de agosto, com prazos pré-determinados, queiram ou não queiram
Por Edson Rodrigues
Mauro Carlesse, eleito com 75% dos votos válidos tem , pesando contra si, a denúncia de ter praticado crimes eleitorais em série durante as campanhas do primeiro e do segundo turnos.
Esses empecilhos têm que ser julgados pelo pleno do TRE. Caso Mauro Carlesse seja considerado culpado, seu diploma de governador será automaticamente cassado e, se houver um, seu “plano B” tem que ser posto imediatamente em ação, pois, em caso de condenação, tanto Carlesse quanto seu vice, Wanderlei Barbosa ficam inelegíveis por, no mínimo, 4 anos.
Os bastidores dão conta de dois nomes para esse “plano B”, retirado do conglomerado de partidos que fazem parte da base de sustentação. O primeiro é Carlos Gaguim, ex-governador e atual deputado federal, com trânsito livre entre todos os partidos e considerado um homem de palavra e um dos empresários mais bem sucedidos do Estado.
O outro nome seria o da deputada estadual Luana Ribeiro, presidente da Assembleia Legislativa, que, por sinal, tem mostrado muito equilíbrio nas ações que desempenha de forma discreta. Seria Luana, inclusive, quem assumiria o governo de forma imediata em caso de cassação de Carlesse.
O problema é que, caso assuma o governo, Luana torna-se inelegível para qualquer cargo nos Legislativo Estadual ou Federal. A saída seria Luana declinar do cargo, deixando a substituição do cargo de governador para o presidente do Tribunal de Justiça.
No caso de absolvição de Carlesse e Wanderlei, seu grupo político se fortifica e cria musculatura suficiente para um segundo turno tranqüilo.
CÉU, INFERNO E PURGATÓRIO
O processo de cassação de Marcelo Miranda (foto), engavetado pelo ministro do STF Luiz Fux por dois meses e dez dias, quando havia a possibilidade de revisão, foi colocado em pauta e o relator é o ministro Gilmar Mendes, que pode decidir monocraticamente em favor de Marcelo Miranda, restituindo-o o cargo de governador, até que o recurso seja votado pelo Pleno do STF.
Vale lembrar que a pauta do STF está fechada até o dia 30 de setembro, o que deixa uma pergunta sem resposta:como ficam os 75% dos votos válidos recebidos por Mauro carlesse?
Enquanto todo esse imbróglio se desenrola, outras forças políticas se articulam. O ex-prefeito de Palmas e terceiro colocado nas eleições suplementares, Carlos Amastha, é uma delas que vem tentando reforçar seu grupo político, ante o desgaste trazido pelo seu afastamento da prefeitura, onde sua substituta vem dando demonstrações de que tem firmeza na conduta e personalidade suficiente par não fazer o papel de marionete.
O maior exemplo disso foi a eleição por unanimidade do vereador Marilon Barbosa, como presidente da Câmara Municipal de Palmas. Marilon é filho do ex-prefeito Fenelon Barbosa e da saudosa Dona Maria Rosa, a “mãe dos humildes” e irmão do vice de Carlesse, Wanderlei Barbosa.
O vereador Milton Neris (PP), (foto) que sempre fez oposição ao ex-prefeito de Palmas Carlos Amastha (PSB), não poupou elogios ao papel que a prefeita Cinthia Ribeiro (PSDB) desempenhou para o desfecho da eleição da mesa diretora da Câmara na manhã desta quinta-feira, 28. “Sem a prefeita não teríamos conseguido o consenso”, avaliou Neris.
Vereador Milton Neris
Segundo ele, Cinthia “foi fundamental” para o entendimento entre os dois grupos — o que fazia oposição e o que era situação de Amastha — e que resultou na retirada da candidatura do vereador Etinho Nordeste (PTB) e na eleição de Marilon Barbosa (PSB) para a presidência do Legislativo.
Neris contou que Cinthia ainda foi à Câmara pessoalmente acompanhar a eleição da mesa na manhã desta quinta-feira. “O outro [Amastha] ia lá para confrontar os vereadores e a prefeita foi para abraçar”, comparou o progressista.
Para Neris, pela postura que teve em todo o processo, “Cinthia hoje conta com o apoio dos 19 vereadores”. “Vamos fazer nossa parte e ajudá-la no que for possível porque a situação que ela herdou é muito complicada”, alertou o parlamentar.
Isso mostra que Amastha perde terreno em seu maior colégio eleitoral e, sem cargo político, seu indiciamento pela Polícia Federal, após as operações de busca e apreensão em suas residências, gabinetes e de seus auxiliares pode se transformar em um problema bem maior, haja visto que também foi detectado um rombo nas contas da prefeitura durante sua gestão.
Néris confirmou o que já tinha dito o vereador Lúcio Campelo (PR), segundo o qual o ex-prefeito Carlos Amastha “pedalou” despesas de 2017, que foram reconhecidas no início deste ano e pagas, consumindo o orçamento de 2018. “O relatório do quadrimestre fala em déficit de R$ 36 milhões, mas o ‘rombo’ que ele [Amastha] deixou é muito maior, mas muito maior mesmo”, reforçou Neris.
Conforme o vereador, Amastha deixou contratos contínuos sem pagar, bem como empenhos cancelados no início do ano e despesas diversas. “Só do lixo são quase R$ 20 milhões que não foram pagos”, exemplificou.
Neris disse que o resultado é que Cinthia está tendo que liquidar as contas do mês e ainda passivos do ano passado. “Foi uma irresponsabilidade”, criticou o vereador.
Ressalte-se que Amastha acusou um membro do Ministério Público de ter forjado provas contra sua pessoa e exigiu pedido público de desculpas por parte da Polícia Federal e do Ministério Público.
Ex-prefeito Carlos Amastha e secretários indiciados
Superando esses “obstáculos”, pode até ser que Amastha consiga colocar sua candidatura em campo.
MÁRLON REIS
O jurista Márlon Reis pode ser a grande surpresa das urnas, já no primeiro turno das eleições ordinárias. Para tal, ele precisa construir uma coligação que lhe garanta um tempo digno de Rádio e TV no horário eleitoral gratuito.
Dom seu passado ilibado e fama de grande Jurista, Márlon pode herdar boa parte dos 64% de abstenções das eleições suplementares, pois esse eleitorado tende a apostar em novos nomes, principalmente para o cargo de governador. É aí que Márlon Reis pode aparecer bem.
VICENTINHO ALVES
O senador Vicentinho Alves encontra-se em Brasília fazendo gestão junto aos ministros para a liberação de recursos de suas emendas, ao mesmo tempo em quem como faz parte da cúpula nacional do PR, discute a composição da legenda em possível apoio à candidatura de Jair Bolsonaro à presidência, em tratativas que darão ao PR a prerrogativa da indicação do candidato à vice-presidente, que ficaria com o também senador Magno Malta.
Vicentinho deve disputar a reeleição para o Senado e está articulando uma coligação que garanta sua reeleição.
EDUARDO GOMES
Vice-presidente nacional do Solidariedade, o ex-deputado federal Eduardo Gomes já se declarou candidatíssimo a uma das duas vagas ao Senado pelo Tocantins. Grande articulador político, foi peça fundamental na campanha de Vicentinho Alves nas eleições suplementares.
Gomes tem ótimo relacionamento com o prefeito de Araguaína, Ronaldo Dimas e trânsito livre com a classe política nas bases municipais e na Assembleia Legislativa.
O Solidariedade tem quatro deputados estaduais e deve seguir unido para as eleições ordinárias de outubro, após tomar decisão colegiada para conquistar suas reeleições e colocar Eduardo Gomes no Senado.
Gomes, que passou esta semana em Brasília participando de reuniões e discutindo a sucessão presidencial e a movimentação política que fervilha nos bastidores da Capital Federal, deve retornar ao Tocantins neste sábado para se reunir com suas lideranças e correligionários para o acabamento da pavimentação dos caminhos do seu futuro político.
O governador Mauro Carlesse, seus avalistas e apoiadores políticos, onde listam 18 deputados estaduais, seis deputados federais e vários prefeitos, dentre eles, o de Araguaína, Ronaldo Dimas, além de lideranças classistas. Dessa forma ganharam músculos e abriram ampla frente sobre seu adversário
Por Edson Rodrigues
Carlesse soube usar muito bem a força da máquina do governo e conquistar a simpatia da maioria do funcionalismo público estadual. Fez o dever de casa, sua equipe de marketing e política soube fazer com que o funcionalismo público em sua maioria apostasse em suas promessas e seus projetos para os próximos 6 meses, vencendo inclusive na cidade de seu adiversário, Porto Nacional, onde prometeu ser um dos seus primeiros atos de governador eleito, o início da construção da ponte sobre o rio Tocantins. Em Porto Nacional Carlesse foi o mais bem votado.
I. As denúncias, as operações da Polícia Federal e do Ministério Público, a diplomação e posse:
Esse será o ritual dos próximos capítulos até o julgamento. Apesar das investigações estarem em segredo de justiça, não se pode fazer qualquer pré-julgamento nem de absolvição ou de condenação. Apesar da afirmativa do procurador do Ministério Público Federal de que já havia provas suficientes para caçar o diploma de governador, estando apenas aguardando que o mesmo seja eleito. Mas tudo isso vai depender das provas que serão entregues pela Polícia Federal e o veredito da Suprema Corte Eleitoral tocantinense, via o Pleno.
II. Sem representatividade popular – 36% dos votos válidos (368.553):
A população, que forma automaticamente um eleitorado foi às urnas e demonstrou o seu descontentamento com as opções apresentadas e também com o modo como o pleito foi conduzido pelos candidatos. Quase 60% do eleitorado tocantinense se absteve de votar, ou anulou ou votou em branco. Esses dados confirmaram nossa previsão relatada em nossa análise política publicada no último sábado, 23, véspera do pleito.
O eleitor pode deixar o seu recado nas urnas, e deixou. Um recado de descrença na classe política tocantinense, a qual figura nas páginas dos jornais e bolgs com inúmeros escândalos de corrupção praticados em todo estado, onde muitos milhões foram roubados pela maioria dos muitos políticos detentores de mandatos eletivos, com acentos na câmara federal. Um governo caçado por uso de caixa dois. Um estado cujo um sistema de saúde sangra, sem medicamentos básicos como dipirona, segundo relatos de pacientes, e enormes filas a espera de cirurgia, mais de cinco mil pacientes cirurgias. Um Sistema Prisional capenga e índices de criminalidade crescente, sem mencionar outras áreas que padecem igualmente. Um estado onde a receita líquida está em constante desequilíbrio e comprometida em 78% com folha de pagamento do funcionalismo público. Um governo que está proibido de receber repasses federais e proibido de contrair empréstimos com instituições financeiras nacionais e internacionais, pois não possui lastros que garanta qualquer compromisso futuro, já que está com oito certidões inadimplentes. Uma gestão onde os empréstimos consignados, feitos pelo funcionalismo público, são descontados pelo estado e não repassado aos bancos, o que poderá levar ao protesto, pelas instituições financeiras, os nomes dos funcionários que contraíram empréstimos, acarretando mais despesas cartoriais e judiciais aos mesmos. junta se a isso a dívida do estado com o IGEPREV que já monstruosa.
III. Segundo colocado, um gigante chamado Vicentinho Alves:
O senador Vicentinho Alves foi um gigante, juntamente com seus dois coordenadores; Eduardo Gomes, vice-presidente nacional do partido solidariedade e candidato a uma das duas vagas do senado, em outubro e o deputado federal Vicentinho Júnior, líder em liberação de recursos para dezenas de municípios tocantinenses. 65 valorosos prefeitos e lideranças em todas as regiões do estado e seis deputados estaduais.
O gigante senador Vicentinho foi grande guerreiro ao enfrentar uma monstruosa máquina governista e ter conseguido tanto no primeiro turno, quanto no segundo turno mais de 120 mil votos, saindo de uma eleição sem dívidas sem cobradores na sua porta, sem processos judiciais, sem oficial de justiça e sem problema com receita federal por ocultação de patrimônio.
Vicentinho foi também um herói ao enfrentar toda uma infraestrutura governamental que teve o Diário Oficial do Estado como grande cabo eleitoral contratando, diariamente, milhares de funcionários públicos temporários. Repasses de recursos para vários municípios, mesmo com duas ordens judiciais proibindo o governador Mauro Carlesse de assim proceder. O governador afrontou a ordem do poder judiciário e ‘tratorou’ tais ordens.
Portanto, ao enfrentar tudo isso e ainda conseguir obter mais de 120 mil votos no primeiro e no segundo turno, foi um ato corajoso e uma demonstração de força.
Vejam os resultados e o recado deixado pelos 64% do eleitorado tocantinense e um governador com 36% dos votos válidos que dão, temporariamente, legitimidade de representação do eleitor para Mauro Carlesse e seus apoiadores, os 18 deputados estaduais e seis federais, os prefeitos, dentre os quais figura Ronaldo Dimas, de Araguaína.
Estes terão que “se virarem nos trinta”, como diz o apresentador Fausto Silva, para cumprirem todas as promessas feitas, principalmente com o funcionalismo público, mas também com o Igeprev, com os bancos que emprestaram recursos via consignados, o início da construção da ponte sobre o rio Tocantins, em Porto Nacional, a construção do hospital em Gurupi e outras dezenas de promessas de campanha. Tudo terá que ser cumprido para mostrar aos 64% de eleitores que se abstiveram de votar ou votaram em branco ou anularam seus votos. Mauro Carlesse e seus avalistas têm que por em prática tudo isso e dar as ordens para o início das obras.
Por enquanto ninguém tem o direito de falar que ele, Mauro Carlesse, e seus avalistas e apoiadores não vão fazer, não até que ele tome posse no cargo para o qual foi eleito.
IV. Uma "vitória” sem alegria, sem comemorações e sem foguetes:
Um alerta de luz amarela para outubro aos vitoriosos Mauro Carlesse e seus apoiadores avalistas, os 18 deputados estaduais e os seis deputados federais que irão se encontrar com os eleitores nas praças, nas reuniões, nas carreatas e nas ruas, com certeza estarão juntos com Mauro Carlesse no mesmo palanque, na campanha por suas reeleições. Caso consigam cumprir todas as promessas feitas nesta campanha suplementar, certamente serão bem avaliados pelos 64% de eleitores que não os escolheram.
Porém, não podemos deixar de fazer um pequeno reparo, caso Mauro Carlesse seja diplomado e empossado. E somente após sua diplomação e posse, a justiça deve desbloquear as contas do estado para que ele possa governar em sua plenitude, sem nenhuma barreira, será ele mesmo representando os 36% dos eleitores tocantinenses que o escolheu, dessa forma Mauro Carlesse, sendo governador de fato e direito do estado do Tocantins, terá a oportunidade de cumprir, juntamente com seus líderes e avalistas, todas as promessas feitas aos tocantinenses.
Vale resaltar que em outubro o eleitor irá para as ruas e urnas votar, pois sabemos muito bem que o recado nesse pleito suplementar foi dado, o protesto do eleitor insatisfeito foi entregue. Agora ele virá às cabines de votação votar naquele que melhor se apresentar como candidato a governador. Vamos além em nossa avaliação, o eleitor está cada dia mais instruído e saberá avaliar os 18 deputados estaduais e os seis deputados federais que avalizaram e apoiaram o governador Mauro Carlesse para o cargo de governador neste mandato tampão.
Em outubro o eleitor virá às urnas para votar e certamente vai tentar escolher o melhor para governar o País e seus respectivos estados. Escolherão entre tantos, o menos ‘danoso’ como presidente da república, como governador, como senador (são duas vagas), como deputado federal e como deputado estadual.
Em outubro o Tocantins pode manter Mauro Carlesse e seus apoiadores no poder, caso cumpram com suas promessas ou, optarem por novos políticos que substituam os atuais.
Por enquanto a família O Paralelo13 deseja boa sorte aos eleitos.
Estaremos de olho!
Terceirização dos votos, pesquisas incertas e o maior dos desafios, colocar o Tocantins de volta nos trilhos. O futuro na mão dos eleitores
Por Edson Rodrigues
O resultado das eleições de amanhã, entre Vicentinho Alves e Mauro Carlesse pode ser um verdadeiro “Deus nos acuda” caso as previsões dos analistas sobre o aumento da abstenção, votos brancos e nulos se confirmem e cheguem à casa dos 50, 60%.
O vencedor terá que, em tempo recorde, mostrar que realmente está preparado para governar o Tocantins, independente de qual nome sair vencedor.
Já seria uma missão árdua e complicada a ser resolvida em um espaço tão curto, de 120 dias, até o dia sete de outubro, dia da eleição geral.
Somando-se ao prazo exíguo à falta de representatividade popular, pois o eleito, caso as abstenções se confirmem, não terá o real apoio povo para aprovar medidas e ações que ache por bem executar, esses 120 dias de governo podem significar o sepultamento político de sua carreira.
2 + 2 = 4
A matemática contida nesta equação é simples e de fácil assimilação. Caso o eleito não seja preparado pra governar, para ser o chefe do Executivo e não tiver experiência política suficiente para colocar a máquina para andar, dos poucos que foram votar, e foram votar nele em número suficiente para elegê-lo, serão ainda menos os que votarão nesse candidato em outubro.
Agora, somando os que se abstiveram, votaram em branco ou nulo ou votaram no candidato derrotado, o índice de abstenção vai cair vertiginosamente na eleição de outubro, com os eleitores cientes de que estarão votando em quem vai comandar o Tocantins por quatro anos e, não, seis meses.
Logo, que for eleito amanhã, com alto índice de abstenção, se der bobeira nesses 120 dias, terá um apoio popular mínimo.
Simples, como 2 + 2 = 4.
OUTROS FATORES
E nessa equação ainda há outros fatores a serem acompanhados pela opinião pública, como o pagamento da folha dos servidores em dia, os repasses para os demais poderes, a certidões de inadimplência (oito) que impedem o Tocantins de receber recursos federais além dos constitucionais...
Todos esses outros fatores têm que ser resolvidos em tempo recorde, sob pena de o vitorioso de amanhã ter tempo, apenas, de cavar sua própria sepultura política para, melancolicamente se deitar em sete de outubro.
Qualquer falha na assiduidade do pagamento dos servidores, no repasse de verbas para os outros poderes, a desculpa de falta de receita, não colará, mais. Será fatal, pois o Portal da Transparência está aí para ser consultado.
Essa é a única certeza, 100% garantida, sobre as eleições de amanhã.
Boa sorte, Tocantins!
Áudio vazado e divulgado no site T1 Notícias, presidente do Sisepe afirma que governo precisa cortar na carne, e demitir 21 mil servidores
Por Edson Rodrigues
Acredito na cristalinidade das informações contidas em matéria da séria articulista e jornalista Roberta Tum, em que transcreve um áudio gravado entre o presidente do Sisepe – Sindicato dos Servidores Públicos do Estado do Tocantins - no qual ele afirma, para um interlocutor não identificado, que com o término das eleições, em caso de vitória de Carlesse e o término da proibição de demissão de servidores, o governador demita, nada menos, que 21 mil servidores comissionado ou contratados.
Um ex- secretário do governo nos afirmou que Carlesse está refém dos deputados estaduais e federais que o apóiam e, caso eleito, seu mandato pode representar o sepultamento virtual da economia tocantinense, pois não haverá verba para o pagamento do funcionalismo.
Nossa fonte foi mais longe e afirmou que o Tocantins passará por momentos de estrangulamento, sem “ar para oxigenar sua economia”.
Ou seja, faltarão recursos para cumprir os compromissos com fornecedores e prestadores de serviço, pois estando inadimplente em oito processos junto à União, fica impedido de receber repasses federais ou emendas parlamentares.
PIOR QUE MINAS
Desta forma, o Tocantins assumiria o topo do ranking da vergonha, pois Minas Gerais, o primeiro colocado nesse ranking, até hoje parcela o pagamento do funcionalismo, mesmo sendo um estado industrializado e de economia em constante movimento, ao contrário do Tocantins, que depende exclusivamente dos repasses constitucionais, em sua maioria.
ADMINISTRAÇÃO AUSTERA
Independente de quem ganhar este segundo turno, esse gestor terá que realizar uma administração mais que austera, sem clientelismo.
Segundo apuramos com um diretor do atual governo que tem acesso aos números, ele foi taxativo ao afirmar que se o Estado não demitir entre 22 e 25 mil servidores, a economia tocantinense vai entrar em colapso, pois o governador interino Mauro Carlesse concedeu vários mimos aos servidores, como aumentos progressões e promoções, sem o menor cuidado de planejar ou verificar se há verba para que isso continue a ser cumprido, se eleito, depois que assumir. “Vai explodir o caixa do Estado”, enfatizou.
AJUDAS EXTERNAS
Convênios federais, parcerias, empréstimos bancários com instituições públicas, privadas, nacionais ou internacionais, tudo isso deve ser esquecido, pois não há a menor chance de se concretizar.
O Tocantins não tem lastro financeiro e o nome do Estado consta no rol dos inadimplentes. A constituição federal proíbe, em ano eleitoral, comprometer receita futura e, para que algum dinheiro extra seja direcionado ao Tocantins, é preciso o aval do governo federal, com respaldo da Câmara Federal, o que, hoje, tem chances zero de ser concedido.
RADIOGRAFIA DO MOMENTO
Se o Tocantins fosse uma empresa privada, estaria à beira de um pedido de falência, recuperação fiscal, situação que lhe daria tempo para juntar recursos para, quando puder, sabe-se lá daqui a quanto tempo, voltar a cumprir seus compromissos, torcendo para que os credores aceitem aguardar por essa recuperação financeira. Infelizmente, isso não é possível, pois o Estado não é uma empresa, é uma unidade da Federação e é obrigado a cumprir as regras constitucionais nas áreas prioritárias da Saúde, educação, Segurança Pública e Infraestrutura que, sabemos, não passam nem perto de estarem em dia.
A DECISÃO
Cabe, pois, ao eleitor tocantinense decidir qual é o Estado que ele quer para o futuro. Um Estado bem gerido e com ações planejadas ou um Estado em que, em poucos meses, o governador interino estourou o limite de contratações previsto na Lei de Responsabilidade Fiscal em mais de 28%.
Só o leitor pode fazer essa escolha e, quanto mais eleitores comparecendo às urnas, maiores são as chances da maioria não ser governada pela escolha de uma minoria.
Até breve!!