Obras estão avaliadas em R$ 150 milhões e devem ser concluídas no próximo ano
Por Jarbas Coutinho
Ao lado do ministro dos Transportes, Renan Filho, o governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa, e o vice-governador Laurez Moreira participaram, nesta segunda-feira, 25, em Gurupi, região sul do Estado, da solenidade de assinatura do início das obras de duplicação da BR-153, nos perímetros urbanos de Gurupi e Aliança do Tocantins. Ao todo, são quase 13 km de vias, beneficiando os dois municípios.
Em Gurupi, são 11,25 km de duplicação, com três retornos, passagens inferiores, uma passarela para pedestres e dois viadutos nas entradas norte e sul da cidade. Já em Aliança do Tocantins, será 1,6 km de duplicação, dois dispositivos de passagem superior e 1,6 km de vias marginais em cada um dos dois sentidos. As obras estão avaliadas em R$ 150 milhões e a expectativa é que sejam concluídas no próximo ano.
Ao todo, são quase 13 km de vias, beneficiando os municípios de Gurupi e Aliança do Tocantins
O governador Wanderlei Barbosa destacou a alegria em receber o ministro Renan Filho e as boas notícias para o Tocantins. "Essas duas intervenções já são um alento para a população, fico feliz com isso. Nesse primeiro momento são 13 km, mas nós queremos que essa duplicação chegue a Paraíso e outras cidades do Tocantins, porque a BR-153 tem um fluxo de veículos muito forte", explicou o Governador, afirmando que a visita foi bastante positiva, principalmente para a população de Gurupi e Aliança do Tocantins.
Na ocasião, o ministro Renan Filho agradeceu a recepção e destacou a parceria com o governador Wanderlei Barbosa para avançar em projetos rodoviários no Estado. "Quero agradecer ao governador Wanderlei Barbosa e ao vice-governador Laurez Moreira, bem como as bancadas federal e estadual, porque é assim, com essa união de forças, que a gente acredita que vai avançar o Tocantins e o Brasil", pontuou o ministro, afirmando que a duplicação vai iniciar imediatamente, para que seja entregue em 12 meses.
O vice-governador Laurez Moreira destacou que essa duplicação representa segurança para os usuários
O ministro ainda salientou que essas obras vão mudar o aspecto visual da cidade, proporcionar segurança e favorecer o escoamento da produção, além de gerar empregos. Ele também adiantou que, a partir de 2024, as ações de duplicação da rodovia serão intensificadas. "A partir do ano que vem, neste mesmo contrato, inicia-se o compromisso de duplicar 60 km da BR-153 a cada ano, para ligar as cidades do sul do Tocantins até o estado de Goiás", assegurou o ministro Renan Filho.
O vice-governador Laurez Moreira reforçou que essas frentes de obras nas cidades de Gurupi e Aliança são muito importantes, em vários aspectos. "Isso significa desenvolvimento para a região, segurança para os usuários, para a população, além de favorecer o escoamento da produção", pontuou.
Segurança
Cerimônia de assinatura ocorreu nesta segunda-feira, 25, em Gurupi, região sul do Tocantins
A duplicação é uma das obras mais aguardadas pela comunidade local e representa segurança para pedestres e ciclistas que precisam atravessar a cidade, e enfrentam o trânsito pesado de caminhões no perímetro urbano da rodovia.
O diretor-presidente de Concessões Rodoviárias Federais da Ecorodovias, Rui Klein, destacou que o ato de assinatura foi um momento especial para o Tocantins e para a Ecorodovias. Ele explicou que a empresa conta com 11 concessões rodoviárias no Brasil e atua em quase 5 mil km, em oito estados e agora chega ao Tocantins. "Essa jornada acabou de começar aqui no Estado. Vamos fazer muitas obras e promover muito desenvolvimento para o Tocantins. Isso aqui é só o começo", concluiu.
A prefeita de Gurupi, Josi Nunes, afirmou que a duplicação é uma obra muito esperada. "O pontapé de início dessas obras representa um sonho concretizado pela população e pelos empresários. Vai melhorar muito o tráfego", comentou.
Cronograma
Ao todo, o contrato de concessão prevê 622 km de duplicações, 57% com previsão de conclusão até o 10º ano. Serão investidos R$ 7,8 bilhões em obras, além de outros R$ 6,2 bilhões relativos a custos operacionais, conforme estimativas do Governo Federal.
Somente no Tocantins, está prevista a duplicação de 173,98 km. Em Goiás, até o final do 4º ano de concessão, serão cerca de 53,44 km de duplicações, contemplando Uruaçu (16,4 km), Campinorte (7 km), Rialma (28,6 km) e Rianápolis (1,4 km). E, até o final do contrato, serão 448,54 km de rodovias duplicadas no estado.
A grande comemoração que está sendo organizada pelo governo do Tocantins, por iniciativa do próprio governador Wanderlei Barbosa, pelos 35 anos de criação do Tocantins, por meio da Assembleia Constituinte de 1988, terá como grande diferencial as homenagens aos personagens que fizeram parte da luta separatista, sem deixar de fora aqueles que, por algum motivo, acabaram não tendo seus nomes registrados nos livros de história e, apesar de terem desenvolvido papéis de importância crucial, não se tornaram protagonistas.
Por Edson Rodrigues
Uma comissão formada por auxiliares do governo do Estado, voluntários e convidados, presidida pelo secretário-chefe da Casa Civil, Deocleciano Gomes, reunindo nomes que compuseram a Conorte, a Cenog o Comitê de Criação do Estado do Tocantins ou que ombrearam com as lideranças da luta separatista, em Brasília, em Goiás e, principalmente, no Norte Goiano ou “Norte do Paralelo 13”, fazendo das fileiras fortes o suficiente para conseguirem a vitória final, que foi a criação do nosso Estado.
Desde essa época o Jornal O Paralelo 13 já circulava com sua edição impressa, ainda em formato tabloide, nas principais cidades do Norte Goiano, em Brasília e em Goiás, defendendo a criação do Tocantins e levando os manifestos e notícias importantes para o movimento separatista, alertando e conscientizando para a necessidade da criação do nosso Estado.
NOMES IMPORTANTES
Mas serão também reverenciados os nomes que encabeçaram essa luta, ressaltando a determinação do nordestino José Wilson Siqueira Campos, que foi o interlocutor do povo sofrido do Norte Goiano, o então chamado de “corredor da Pobreza”, mas que abrigava guerreiros e guerreiras capazes de modificar a geografia do Brasil de forma democrática e aguerrida, que convenceu os deputados constituintes a aprovar a emenda apresentada por Siqueira Campos, mas confeccionada pelas milhares de mão calejadas dos tocantinenses genuínos.
Nomes como o dos deputados estaduais Totó Cavalcante, Hagaús Araújo, Brito Miranda, do deputado federal José dos Santos Freire, dos senadores João Rocha, Benedito Boa Sorte serão novamente unidos aos de centenas de anônimos que formaram a base para que a vitória fossa conquistada.
Assim será a comemoração dos 35 anos do Estado do Tocantins, que trará, também histórias reveladoras, que não fazem parte dos livros, como a protagonizada pelo então presidente da República, José Sarney.
A NEGATIVA E A ORIENTAÇÃO
Poucas pessoas sabem, mas o ex-presidente José Sarney também foi importantíssimo para que o Tocantins se tornasse uma realidade.
Consultado pelo então deputado federal Siqueira Campos e pelas lideranças políticas da luta separatista, Sarney foi enfático e surpreendente ao afirmar que iria vetar o projeto de criação do Estado do Tocantins, mesmo após aprovado pelo Senado Federal.
Em seguida, Sarney aproveitou a presença dos políticos que lutavam pela criação do Tocantins e os informou que iria convocar uma Assembleia Constituinte e que a criação do Tocantins poderia ser conseguida por meio da apresentação e uma Emenda à nova Constituição que iria ser promulgada.
A orientação e José Sarney foi o que permitiu que a criação do Tocantins viesse acompanhada de todas as garantias constitucionais, inclusive e fundamentalmente, assegurando o repasse de recursos federais para a instalação e a construção das primeiras sedes institucionais do novo Estado, por parte do Orçamento do Governo Federal.
Duas semanas depois Sarney Convocou a Assembleia Constituinte e o único Estado a ser criado por ela foi o Tocantins, via emenda constitucional.
Essa é a história de um não que se transformou num grande sim, e num estado em que, esperamos, dias melhores venham para consolidar a luta dos separatistas e o desempenho do seu primeiro governo genuinamente tocantinense, resgatando o orgulho e o sentimento de pertencimento de todos os cidadãos do Estado do Tocantins!
As 7.612,9 milhões de toneladas colhidas na última safra também colocam o Tocantins como o segundo maior produtor de grãos em comparação aos estados da região Nordeste
Por Kaio Costa
Com programas de incentivo do Governo do Tocantins, o Estado se torna o maior produtor de grãos entre as unidades federativas da região Norte do Brasil, conforme o 12° Levantamento da Safra de Grãos 2022/2023, divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) no último dia 6 de setembro. As 7.612,9 milhões de toneladas colhidas na última safra também colocam o Tocantins como segundo maior produtor de grãos em comparação aos estados da região Nordeste.
“Esses dados divulgados pelo Governo Federal são de grande importância para o nosso Estado, uma vez que utilizamos esse balanço para conseguir recursos destinados à construção e à recuperação da nossa malha viária”, avalia o governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa. Para ele, o crescimento do agronegócio no Estado reflete diretamente em melhorias na infraestrutura e na logística de escoamento da produção.
“O Governo do Tocantins, por meio da Seagro [Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária], fomenta a distribuição de sementes e outros insumos agrícolas a fim de incentivar ainda mais a produção, para que continue crescendo no Estado”, pontua Wanderlei Barbosa.
Em comparação aos estados que mais produziram grãos na safra 2022/2023 na região Norte, conforme o levantamento da Conab, o Tocantins configura o primeiro lugar com 7.612,9 milhões de toneladas colhidas, uma diferença de quase 3 milhões de toneladas com o segundo lugar: estado do Pará, com 4.629,0 milhões de toneladas; o terceiro lugar fica com Rondônia, com produção de 3.757,6 milhões de toneladas.
Ao expandir a comparação para a região Nordeste, a Bahia toma a frente do ranking com 13.483,9 milhões de toneladas de grãos produzidos e colhidos, enquanto o Maranhão fica logo atrás do Tocantins, com 7.361,8 milhões de toneladas.
O técnico da Seagro, Thadeu Teixeira, que também é professor e engenheiro agrônomo, avalia o cenário destacando os grãos produzidos no Estado. “Há alguns anos, o Tocantins vem ganhando destaque no cenário nacional em relação à produção de grãos. Temos a soja como carro-chefe, seguido do milho e do arroz. Nos últimos anos, avançamos também na produção de gergelim e feijão-caupi. Grande parte dessa produção é exportada para outros países”, pontua Thadeu.
O Tocantins ainda possui bastante área para dispor ao agronegócio e, conforme projeções feitas pela própria Seagro, poderá ultrapassar, inclusive, o maior produtor do Nordeste, o estado da Bahia. “Se compararmos, por exemplo, a safra 2021/2022 com a atual, tivemos um incremento de 12% na área plantada e quase 20% na produção, o que demonstra o quanto estamos crescendo”, avalia Thadeu Teixeira, ao completar que “o Tocantins vem tendo um crescimento na área plantada com baixo impacto ambiental, como na utilização de pastagem que estão em baixa capacidade de produção, além de áreas que ainda podem ser abertas dentro da legalidade ambiental para promover o crescimento do agronegócio”, conclui.
Outro atrativo que o Tocantins carrega é o valor de suas terras: os preços baixos, em comparação a outros estados tradicionalmente produtores, atraem novas empresas e grupos que buscam investir no Estado. Esse movimento fortalece outras cadeias produtivas. “Além de trazer outras agroindústrias que fortalecem todas essas cadeias produtivas que envolvem o agronegócio, esse movimento gera emprego e renda para toda a população aqui do Estado”, finaliza Thadeu Teixeira.
O governador Wanderlei Barbosa está organizando uma grande comemoração para os 35 anos de criação do Estado do Tocantins. Um evento que será realizado em todos os lugares que tiveram participação na luta pela criação do nosso Estado, que tem em seu cerne uma aura de resgate da luta histórica e das pessoas que fizeram parte dela.
Por Edson Rodrigues
A intenção de Wanderlei Barbosa é dar nome aos personagens que juntos compuseram esta linda história que se chama Tocantins, para que sejam reverenciados, aplaudidos e lembrados com saudosismo.
Para isso está sendo arquitetada uma programação que contemple e reconheça cidadãos e cidadãs, atos e lugares que fizeram parte da luta separatista, desde a coleta de assinaturas até o ato final, protagonizado pelo então deputado federal constituinte, José Wilson Siqueira Campos que, municiado pelos verdadeiros guerreiros que encamparam a ideia de um Tocantins autônomo, pôde apresentar a emenda à Constituição de 1988, subscrita pelo também deputado federal José dos Santos Freire, mas que teve a contribuição fundamental do governador de Goiás, Henrique Santillo, do seu então líder na Assembleia Legislativa goiana, Deputado estadual José Edmar de Brito Miranda, que conseguiu aprovar o projeto por unanimidade naquela Casa de Leis, e que, depois, subiu para o Congresso Nacional com apoio total do saudosíssimo presidente da Casa, Ulysses Guimarães, um entusiasta da ideia.
CURRALEIROS
Assinaturas de propositura para a criação do Estado do Tocantins
Ester resgate da história da luta pela criação do Tocantins é a cara do governo curraleiro de Wanderlei Barbosa, que quer fazer justiça aos tocantinenses genuínos, homens e mulheres, que acabaram esquecidos, mas que lutaram com a mesma bravura e desprendimento que os demais.
As solenidades terão lugar no Plenário da Câmara Federal, em Brasília, nas Assembleias Legislativas de Goiás e do Tocantins e em municípios que tiveram papel de destaque no desenrolar da história.
Deputado e presidente da Assembléia Nacional Constituinte Ulisses Guimarães (MDB-SP) recebe lideranças para unificar em um so projeto a criação do Tocantins, deputados federais Siqueira Campos e José Freire, deputados estaduais Brito Miranda e Toto Cavalcante, o Juiz Federal Darci Coelho e o promotor Adão Bonfim
Na última sexta-feira, Wanderlei Barbosa, juntamente com o seu filho, deputado estadual Leo Barbosa, almoçou, em Brasília com um dos baluartes da história separatista, José Carlos Leitão, que presidiu a Conorte, que foi convocado para se voluntariar na busca pelos diversos integrantes da entidade que encampou a nossa luta, para que sejam participantes ilustres das comemorações.
Outro baluarte a ser convocado para as homenagens será o ex-deputado federal Darci Coelho, que ombreou na luta da Conorte com José Carlos Leitão e muitos outros, desenvolvendo um papel de relevância para a libertação do então Norte Goiano.
O deputado Léo Barbosa o empresário e publicitário José Carlos Leitão e o governador Wanderlei Barbosa
A Família O Paralelo 13, que no último mês de abril completou 36 anos da circulação da sua primeira edição impressa, que, ainda em formato tabloide, circulou com a missão de divulgar os manifestos da campanha pela aprovação, na Assembleia Constituinte de 1988, da criação do Estado do Tocantins, foi testemunha presencial do importantíssimo papel do então ministro de Minas e Energia, Aureliano Chaves, presidente nacional do PFL, partido de maior bancada na Câmara Federal, que, municiado pelo líder do partido na Casa Alta, deputado federal goiano Wolney Siqueira, de quem éramos chefe de gabinete e tivemos o orgulho de trabalhar por 12 anos, orientou a bancada a votar em massa pela aprovação da emenda que criava o Tocantins.
Esta forma de resgatar a história do Tocantins contando a saga dos “curraleiros” e mostrando a luta separatista pela visão deles, é mais que a forma correta. É uma decisão tão acertada que servirá, também, para que o nome do próprio governador Wanderlei Barbosa, o primeiro tocantinense genuíno a governar o Tocantins, seja inscrito na história que está sendo contada e ainda está sendo construída: a história real e verídica de um Tocantins pulsante, vivo e que respeita o nome de todos aqueles que empunhara, de alguma forma, a sua bandeira separatista.
Parabéns a todos os que contribuíram para planejar tão justa e inédita forma de comemorar o aniversário do nosso Tocantins!
Reforma tributária, que já foi aprovada pela Câmara dos Deputados, está em tramitação no Senado Federal; Governadores foram convidados para contribuir com os debates
Por Lidieth Sanchez
Governadores e representantes de todo o país, se reuniram no plenário do Senado Federal nesta terça-feira, 29, a convite do presidente da Casa, Rodrigo Pacheco, para a Seção de Debates Temáticos Sobre a Reforma Tributária. O governador Wanderlei Barbosa se pronunciou sobre a posição do Tocantins acerca do tema, enfatizando sua preocupação com a garantia de recursos para os investimentos na infraestrutura que o Estado precisa.
A PEC 45/2019 propõe a uniformização de cinco impostos, entre eles o ICMS (estadual) e o ISS (municipal), e a criação de um tributo único, o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS). A repartição do IBS entre estados e municípios seria feita a partir de um órgão criado especificamente para isso. Governadores e prefeitos temem perder autonomia sobre a própria receita com esse novo desenho. A reforma já foi aprovada na Câmara dos Deputados e agora tramita no Senado sob a relatoria do senador, Eduardo Braga.
O governador Wanderlei Barbosa iniciou seu discurso enfatizando a importância de estados e municípios fazerem parte da construção da reforma tributária. "Agradeço a oportunidade dos governadores fazerem parte de um debate tão relevante para o país. A política tributária precisa ficar mais clara para o povo basileiro, por isso acredito que devemos continuar ampliando esse debate e o Tocantins participará ativamente de todo o processo", afirmou.
Senado Federal reúne governadores de todo o país no plenário da Casa para ouvir as contribuições sobre a reforma tributária.
Sobre os impactos da reforma tributária para o Estado, o Governador manifestou sua preocupação com a capacidade de investimento. "O Tocantins tem crescido na área do agronegócio e, hoje, eu tenho 14 mil quilômetros de rodovias que precisam ser construídas ou recuperadas. O que ocorre no país é que não temos compensação para fazer reparação em rodovias, este é um tema que deixa dúvidas para alguns governadores", o Governador enfatizou que capacidade de investimento em infraestrutura é prioridade para o Tocantins. "Eu preciso melhorar para quem produz", finalizou.
Defesa dos municípios
A iniciativa da sessão foi do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, que considera prioridade ouvir os entes da federação sobre a elaboração da PEC 45/2019. Além dos governadores, o Senado Federal também deve fazer uma sessão de debates com as entidades representativas dos prefeitos de todo o país. O governador Wanderlei Barbosa, em sua fala, manifestou sua preocupação com o impacto da reforma para os municípios.
"Aproveito a oportunidade desse fórum, porque sei de sua capacidade de chegar longe, para reforçar que o Senado e a Câmara convidem os prefeitos ou suas representações sociais para um debate amplo sobre os impactos e soluções para os municípios. Hoje as prefeituras vivem situações delicadas, muitas estão com dificuldade de manter as folhas de pagamento e isso afeta a economia brasileira. Os senadores aqui presentes representam seus municípios, que precisam ser ouvidos", defendeu.
Impacto nos estados
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou nessa segunda-feira (28), um estudo indicando que 18 estados e o Distrito Federal vão ampliar sua participação no bolo tributário se as mudanças já aprovadas pela Câmara dos Deputados forem ratificadas pelos senadores. De acordo com o estudo, o Tocantins faz parte dos estados que serão afetados positivamente com a reforma. O Ipea ainda aponta que 82% dos municípios vão ampliar a arrecadação, e que o grau de desigualdade cairia 21% entre as cidades.
O governador Wanderlei Barbosa acredita que com amplo debate a reforma será um avanço para o país. "O Governo Federal quando propõem uma medida como essa não é para implantação em um curto prazo, haverá uma regra de transição para que os estados e os municípios, no futuro, não sofram com perdas. Acredito que a reforma tributária é da mais alta importância para o país e que, fazendo os ajustes que podem ser feitos, todo o país só tem a ganhar", finalizou.