Não podemos afirmar, em um primeiro momento, se Luís Inácio Lula da Silva e Carlos Amastha terão o mesmo fim em suas pretensões para 2018, mas podemos afirmar, com todas as letras que os dois estão se preparando para alçar vôos bem altos nas próximas eleições.

 

Por Edson Rodrigues

 

Lula quer ser presidente da República novamente.  Amastha quer ser governador ou senador pelo Tocantins.  A única diferença é que Lula acaba de anunciar isso oficialmente.  Amastha vem trabalhando na surdina, na maciota, trazendo peças daqui e dali para montar as bases do seu futuro grupo de apoio político e empresarial.  O certo é que ambos vêm montando e solidificando bases eleitorais bastante interessantes.

 

LULA

Em seu primeiro ato público do ano, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que se necessário vai ser candidato a presidente da República. A declaração foi dada durante o 29º Encontro Estadual do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), em Salvador, na Bahia.

“Se preparem, porque, se necessário, eu serei candidato à Presidência. Se eu for candidato, é para a gente ganhar as eleições desse país”, disse Lula, a uma plateia que usava bonés vermelhos com a inscrição “Estamos com Lula”.

Mais cedo, no mesmo evento, o presidente nacional do PT, Rui Falcão, afirmou que o partido ainda não tomou a decisão sobre uma eventual candidatura do ex-presidente, mas que ele é “aspiração nacional”.

Durante o discurso, Lula era interrompido pelo público com o grito “Brasil pra frente, Lula presidente”. O ex-presidente da República disse ainda que durante este ano vai andar pelo País para recuperar a imagem do PT e sua própria imagem. Ele voltou a afirmar que a legenda está sendo criminalizada pela mídia e pela Justiça.

Lula defendeu que todos que queiram ser candidatos tenham esse direito. “Se o Temer quer ser, ótimo, se o Serra quer ser, ótimo, se o Moro quer ser, ótimo, se os delegados querem ser, todo mudo que quer ser candidato tem direito, entre num partido e vá para as ruas”, afirmou.

AMASTHA

O prefeito de Palmas vem sendo mais cuidadoso e discreto em suas atitudes que visam ao seu futuro político, mas alguns dos seus movimentos saltam aos olhos dos analistas políticos mais atentos.  O primeiro exemplo é a nomeação do deputado estadual Ricardo Ayres, que tem suas origens políticas nos movimentos estudantis tocantinenses, já foi secretário de Estado da Juventude, é advogado e já foi líder do governo Marcelo Miranda na Assembleia legislativa, além de ser filho de família tradicional de Porto Nacional.

Outro que passa a fazer parte do governo de Amastha é o ex-deputado estadual e federal Jr. Coimbra, ex-presidente da Assembleia Legislativa, com excelente trânsito com o PMDB do interior do Tocantins e com lideranças importantes que, segundo fontes, serão paulatinamente agasalhadas pela administração Amastha.

O outro lance do prefeito reeleito de Palmas no tabuleiro eleitoral de 2018 é ir dando cada vez mais visibilidade à sua vice-prefeita, Cínthia Ribeiro, viúva do saudoso senador João Ribeiro, campeão em alocação de recursos federais para o Tocantins e para os municípios.

Além desses “peões”, Amastha aposta, também no nome de Alan Barbiero, ex-reitor da Universidade Federal do Tocantins e com uma vasta folha de serviços prestados ao Estado.

Tudo leva a crer que Amastha está organizando um grupo político minuciosamente escolhido por ele para que não hajam rachas nem desavenças internas, capazes de abalar o objetivo principal que é chegar ao Senado ou ao governo do Estado, respaldado pelo desejo popular de expurgar 90%, em média, dos atuais detentores de mandatos, de acordo com os resultados das últimas eleições municipais de 2016.

ANÁLISE

Não se pode, neste primeiro momento, nem criticar nem aplaudir, apenas observar o desenvolvimento de um embrião com grandes chances de “vingar”, dependendo, crucialmente, do andamento das ações do governo de Amastha.

Fazemos questão, entretanto, de ressaltar que qualquer movimentação política com vistas a 2018, iniciada por estes tempos, tem que levar em conta a importantíssima variável denominada “Operação Lava Jato”, que pode inviabilizar, assim como outra série de “operações” em andamento, uma enormidade de nomes, hoje com grande potencial, que podem não chegar a 2018 fora das grades.  Logo, é cedo para se cogitar qualquer chapa majoritária ou, até mesmo proporcional.

Mas, não se pode negar que saem na frente aqueles que planejam seus futuros políticos, como estão fazendo Lula e Amastha.

Mas, qualquer previsão, hoje, é mero palpite.  Tudo, hoje, são sonhos.  A realidade virá, mesmo, lá para meados deste ano, quando os nomes das delações da Odebrecht estiveram no tabuleiro e pudermos ter, pelo menos, uma ideia, de quem vai estar “livre para voar”.

Devemos, então, dar tempo ao tempo!

Posted On Quinta, 12 Janeiro 2017 09:10 Escrito por O Paralelo 13

Nunca um ano foi tão esperado pelo povo brasileiro como 2017.  Depois de um 2016 em que aconteceu de tudo, de prisões de políticos e empresários antes intocáveis a impeachment da ex-presidente Dilma, passando por uma crise econômica, institucional, política e moral jamais vistos, ainda tivemos Olimpíadas controversas e a maior crise de desemprego da história.

 

Por Edson Rodrigues

 

Logo, é fácil imaginar o quanto a população espera dos governantes, sejam estaduais ou municipais, principalmente dos municipais, eleitos ou reeleitos em meio ao furacão de 2016, o que lhes confere uma carga de responsabilidade maior ainda, pois representam a esperança de mudanças reais, por parte da população.

 

TOCANTINS

As perspectivas e expectativas dos tocantinenses para com os novos prefeitos são positivas, mas, especificamente, esperançosas.  O povo – cidadão e empresários – sabe como ninguém das dificuldades institucionais e econômicas que o País atravessa e como o governo do Estado conseguiu fazer a penosa travessia de 2016 tentando, de todas as maneiras, evitar sacrifícios ainda maiores à sua população. 

Enquanto o Brasil enfrentava a recessão, o caos econômico e político, que causou a maior taxa de desemprego da história, com efeitos catastróficos para milhões de famílias brasileiras, com a alta nos preços dos alimentos, das tarifas de água, esgoto e energia, IPVA, IPTU e outros impostos, mas, principalmente, com os atrasos e parcelamentos dos salários do funcionalismo estadual, o Tocantins soube driblar esses picos negativos, sofrendo dentro do possível, mas sem atrasar ou parcelar salários.

Agora, o povo e os empresários tocantinenses aguardam o anúncio das prioridades do governo do Estado para o ano de 2017, com perspectivas de boas notícias, a começar pela tão esperada municipalização da administração estadual, por meio de parcerias e convênio, numa verdadeira “coalizão pelo progresso” entre o Palácio Araguaia, os governos municipais, o Legislativo estadual e a bancada tocantinense no Congresso Nacional, num movimento suprapartidário voltado para o bem do povo tocantinense.

Muitos veem essa “coalizão” como o único caminho para que os políticos tocantinenses recuperem boa parte de sua credibilidade junto aos eleitores, unindo forças para a abertura de frentes de trabalho, compras oficiais junto ao comércio local, cooptação de mão de obra local nas obras tocadas por empreiteiras e outros meios que façam o dinheiro do tocantinense circular dentro do Tocantins, movimentando a economia doméstica e criando oportunidades para o crescimento.

 

A OPINIÃO DOS ANALISTAS

Ninguém sabe mais que ninguém, mas a experiência sempre faz a diferença.  E são nossos experientes analistas políticos que afirmam, em sua maioria absoluta, que o caminho para a retomada da credibilidade política e do crescimento do Tocantins, passa pela estrada da troca pontual de membros do primeiro escalão do governo do Estado. Sem essa oxigenação, afirmam, as chances de melhorar os resultados gerais do Estado são perto de zero.

Mas, esses mesmos analistas apostam todas as suas fichas no fato de que essa mudança no secretariado é irreversível, pois nos poucos movimentos que fez nas peças à disposição no seu “tabuleiro administrativo”, há pouco tempo, já trouxeram palpáveis e bons resultados, que refletiram muito positivamente em sua imagem pública e na sua credibilidade.

A experiência com os secretários paraquedistas provou-se um tiro no pé.  Trazer de fora quem não conhece as peculiaridades do Tocantins, do seu povo e da sua política, mas, principalmente, suas prioridades, deu mais errado que qualquer paciência aguenta ou aguentaria.

Ainda há alguns resquícios desses “forasteiros” que precisam ser eliminados e o governador Marcelo Miranda tem que voltar seus olhos para os companheiros de luta que sempre estiveram ao seu lado, que se provaram fiéis e leais e que dominam tantos conhecimentos quantos os forasteiros e, além disso, conhecem o povo do Tocantins.  Mesmo assim, alguns desses quadros capazes, permanecem à margem do governo, sempre contribuindo, mas sem receber o reconhecimento devido.

A esperança de todos é que os poderes de unam e facilitem o comando e a governabilidade do governo estadual ante as tempestades, turbulência e tsunamis que se mostram enormes num horizonte em curto prazo.  Um respeitando a autonomia do outro, sem ingerências, para que o Tocantins, o Estado mais novo da Federação, dê o exemplo de que com bom-senso e trabalho de equipe, toda crise é superável.

E Deus há de orientar nossos políticos para que o nosso povo sofra o menos possível.

Amém!

Posted On Quarta, 11 Janeiro 2017 07:35 Escrito por O Paralelo 13

Força-tarefa decidiu que Ministérios Públicos estaduais receberão casos que envolvam governos locais, inclusive com devolução de recursos desviados e quer que governos decidam idoneidade

 

Por Edson Rodrigues

 

Os acordos de delação premiada da empreiteira Odebrecht e de seus executivos levarão a Operação Lava Jato para diversos Estados brasileiros nos próximos meses. Na bagagem dos procuradores, irão provas de desvios e propostas de indenização para ressarcir cofres públicos locais.

O trabalho terá que ser feito assim, pois parte dos delitos confessados pela construtora à força-tarefa do caso em Curitiba diz respeito a obras de administrações estaduais e municipais, e devem ser investigados pelo Ministério Público de cada região.

A base será o acordo fechado com Odebrecht, tecnicamente chamado de leniência, por envolver pessoa jurídica, em dezembro. Na avença, a empresa se comprometeu a desembolsar pelo menos R$ 5,3 bilhões para indenizar a Petrobras e entes públicos.

Os promotores locais responsáveis pela fiscalização dos projetos afetados pelos atos de corrupção da construtora poderão aderir ao acordo principal feito em Curitiba.

Neste caso, poderão garantir que parcelas do valor estipulado com a empreiteira sejam destinadas a indenizar as administrações prejudicadas com os desvios de recursos.

Ministro do STF Teori se aceitar as delações deve torrnas-las publicas

Os procuradores também deverão fazer uma estimativa de qual seria o valor a ser destinado aos órgãos locais a título de ressarcimento pela construtora.

Ao evitar esse tipo de processo, a construtora fica livre de possíveis punições judiciais de impedimento de contratar com os poderes públicos das cidades e Estados.

Além de penas aplicadas em ações cíveis e penais na Justiça, a Odebrecht ainda poderá ser punida pelos poderes executivos locais, já que o acordo firmado em dezembro não inclui eventuais sanções administrativas. A empresa poderá, por exemplo, ser declarada inidônea e ficar impedida de assinar contratos públicos.

Em relação a esse tipo de medida, o procurador da República Carlos Fernando dos Santos Lima, um dos coordenadores da força-tarefa, diz que a expectativa é a de que o trabalho da Lava Jato sirva de estímulo aos representantes do Poder Executivo.

"Esperamos que o acordo de leniência da Odebrecht com o Ministério Público incentive os Executivos [de cidades e Estados] não a punirem as empresas que colaboram, mas a buscarem novos acordos", afirmou Lima.

 

TOCANTINS

PODE ESTAR CHEGANDO A HORA DA ONÇA BEBER ÁGUA

Verdade ou não, é chegada a hora de tudo vir à tona e se tornar do conhecimento do povo tocantinense. Se houve ou não houve irregularidades na venda da Saneatins para a Odebrecht pelo governo do Estado na gestão do ex-governador Siqueira Campos, por quanto foi vendida e onde foi parar o dinheiro da venda ou onde foi investido.

CPI da Saneatins

Outro questionamento em aberto é o financiamento dos mais de 600 milhões de reais do FGTS que financiou a expansão dos serviços de saneamento básico nas cidades de Porto Nacional, Palmas, Paraiso, Gurupi e Araguaína que, foi segundo a Lava Jato intermediado pelo ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, que teria sido acionado por dois deputados federais e por um deputado estadual, todos tocantinenses e que teriam se beneficiado com a transação.

Esse processo está nas mãos do Juiz Sergio Moro e, agora, vai ter também a participação do Ministério Publico Federal do Tocantins que, por sinal, deve uma resposta à sociedade da acusação feita pelo prefeito reeleito de Palmas, Carlos Amastha, de que um dos seus membros teria induzido a Polícia Federal a fazer uma operação em sua residência, embasado em alegações inverídicas levantadas pelo MPF-TO.

Nunca o fim de um recesso judiciário foi tão esperado pela sociedade brasileira – em especial a do Tocantins – à espera de revelações sobre políticos, empresários, negociatas, conluios e maracutaias, para dar continuidade ao processo de faxina nacional.

Estamos de olho!!!                       

 

Posted On Domingo, 08 Janeiro 2017 22:11 Escrito por O Paralelo 13

Em 2016, viraram réus o ex-presidente Lula, o ex-deputado Eduardo Cunha e o ex-governador Sérgio Cabral, entre outros

 

Da Redação

 

A Operação Lava Jato mirou – e acertou – nomes importantes da política nacional em 2016. Em Curitiba, Rio de Janeiro ou Distrito Federal, seja pelo escândalo de corrupção na Petrobras ou investigações derivadas dele, foram parar no banco dos réus pesos-pesados como o ex-presidente Lula, o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral, o ex-ministro da Fazenda e da Casa Civil Antonio Palocci e o marqueteiro João Santana.

O juiz federal Sergio Moro e os demais magistrados de primeira instância à frente destas ações penais, a exemplo de Vallisney Oliveira, da 10ª Vara Federal do Distrito Federal, levam uma média de seis a nove meses entre o recebimento de denúncias do Ministério Público Federal e os julgamentos.

Considerando a velocidade das canetas de quem vai julgá-los, estes nomes outrora poderosos devem figurar em sentenças judiciais em 2017. Relembre na lista abaixo as acusações contra eles:

LULA

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, réu em três ações penais

Réu em cinco ações penais na Justiça Federal, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve conhecer suas primeiras sentenças judiciais em 2017. Lula foi colocado no banco dos réus pela primeira vez em julho de 2016, quando o juiz federal Ricardo Leite, da 10ª Vara Federal do Distrito Federal, aceitou a denúncia do Ministério Público Federal que acusa o petista de ter participado da tentativa de obstrução das investigações da Operação Lava Jato por meio da compra do silêncio do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró.  O juiz Sergio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato em Curitiba, abriu a segunda ação penal contra o ex-presidente em setembro. Neste processo, o petista é acusado dos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro no caso do tríplex construído pela OAS no Guarujá (SP) e no armazenamento de seu acervo pessoal, bancado pela empreiteira. O terceiro processo contra o ex-presidente Lula foi aberto em outubro pelo juiz Vallisney Oliveira, também da 10ª Vara Federal do Distrito Federal, a partir da Operação Janus. Neste caso, pesam contra Lula acusações de organização criminosa, lavagem de dinheiro, corrupção e tráfico de influência em contratos do BNDES que teriam favorecido a empreiteira Odebrecht. Nos dias 16 e 19 de dezembro, respectivamente, Oliveira em Moro aceitaram mais duas denúncias contra o ex-presidente, que sentou no banco dos réus da Operação Zelotes, acusado de tráfico de influência, lavagem de dinheiro e organização criminosa, e em mais um processo da Operação Lava Jato, desta vez pelo suposto recebimento de propinas da Odebrecht.

Eduardo Cunha

O ex presidente da câmara dos deputados Eduardo Cunha ( PMDB ), após ser preso na Operação Lava Jato

Preso em Curitiba desde outubro por ordem do juiz federal Sergio Moro, o ex-deputado federal e ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha é acusado em três ações penais e também deve ser julgado em 2017. Cunha é réu desde outubro na Justiça Federal do Paraná pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e evasão fraudulenta de divisas por supostamente ter recebido propina na compra de um campo de petróleo no Benin, na África, pela Petrobras. O dinheiro teria sido escondido em contas não declaradas pelo peemedebista no exterior. Outra ação penal contra Cunha corre no Tribunal Regional Federal da 2ª Região, no Rio de Janeiro, esta por suposto recebimento de 5 milhões de dólares em propina oriundos de contratos de afretamento de navios-sonda da Samsung Heavy Industries pela Petrobras. Cunha ainda é réu em outro processo, que tramita na Justiça Federal do Distrito Federal, em que é acusado dos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro, prevaricação e violação de sigilo funcional em aportes de fundos de investimento administrados pela Caixa Econômica Federal, como o Fundo de Investimentos do FGTS (FI-FGTS), em empresas.

Antonio Palocci

O ex-ministro Antonio Palocci, preso durante a 35ª fase da Operação Lava Jato, intitulada “Omertà”

Identificado como “Italiano” nas planilhas departamento de propinas da Odebrecht, o ex-ministro da Fazenda e da Casa Civil Antonio Palocci está preso em Curitiba desde o fim de setembro, se tornou réu na Lava Jato no início de novembro e deve conhecer a sentença do juiz federal Sergio Moro em 2017. A força-tarefa do Ministério Público Federal atribui a Palocci os crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro por ter recebido e intermediado ao PT pagamentos de propina da empreiteira. Um relatório da Polícia Federal mostra que, entre 2008 e o fim de 2013, foram pagos mais de 128 milhões de reais ao partido e seus agentes, incluindo o ex-ministro.

João Santana

João Santana e a esposa foram encaminhados ao IML de Curitiba para passarem por exame de corpo de delito

Preso em fevereiro de 2016 e colocado no banco dos réus da Lava Jato dois meses depois em duas ações penais, o marqueteiro João Santana ainda não foi sentenciado por Sergio Moro. Santana é acusado pelo Ministério Público Federal dos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. Os investigadores da Lava Jato descobriram depósitos da empreiteira Odebrecht e do lobista Zwi Skornicki, representante do estaleiro Keppel Fels, de Singapura, em uma conta não declarada mantida na Suíça pelo marqueteiro e sua mulher e sócia, Mônica Moura. Os pagamentos, num total de 7,5 milhões de dólares, foram feitos até o final do ano de 2014, ou seja, na época em que o publicitário dirigia a campanha à reeleição da ex-presidente Dilma Rousseff. João Santana deixou a cadeia em agosto e negocia um acordo de delação premiada com a força-tarefa da Lava Jato.

Sérgio Cabral

O ex-governador do Rio de Janeiro, Sergio Cabral, preso na operação Calicute

Preso na Operação Calicute, desmembramento da Operação Lava Jato no Rio de Janeiro, o ex-governador do Rio Sérgio Cabral é o mais recente peixe grande a ser colocado no extenso banco dos réus da Lava Jato e também deve terminar 2017 com pelo menos uma sentença na primeira instância. O juiz federal Marcelo Bretas, responsável pelos processos da operação no Rio de Janeiro, aceitou no início de dezembro a denúncia do Ministério Público Federal contra Cabral pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. O peemedebista é acusado pelos procuradores de ter liderado um esquema de corrupção que desviou 224 milhões de reais de contratos públicos do estado do Rio com as empreiteiras Andrade Gutierrez e Carioca Engenharia.

José Dirceu

O ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, preso na Operação Lava Jato

Condenado a 7 anos e 11 meses de prisão no mensalão e a mais 20 anos e 10 meses no petrolão, o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu deve receber outra sentença judicial em 2017. Dirceu, que está preso em Curitiba desde agosto de 2015, é réu em outro processo na Lava Jato, acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro no suposto recebimento de propina em contratos do setor de compras da Petrobras. Segundo o Ministério Público Federal, a Apolo Tubulars e a Confab, fornecedoras com 5 bilhões de reais em contratos com a estatal, pagaram propina de mais de 40 milhões de reais para “prosperarem” na petrolífera. Parte do dinheiro sujo teria sido destinada ao petista. A ação penal em que José Dirceu é réu está na fase de alegações finais, ou seja, a última oportunidade para acusação e defesa exporem seus argumentos ao juiz Moro.

Posted On Sexta, 06 Janeiro 2017 10:38 Escrito por O Paralelo 13

O cenário político não está favorável para ninguém.  Os primeiros meses de 2017 vêm acompanhados de muitos ventos, trovoadas e tempestades, oriundos lá das bandas de Curitiba, temperados pelos documentos das delações premiadas da Odebrecht.

 

Qualquer tipo de previsão, negativa ou positiva, neste momento, é um tiro no escuro em relação à sucessão eleitoral em 2018.  Ninguém sabe quem estará com o CPF “limpo” perante a Justiça Eleitoral e nos demais órgãos fiscalizadores, como TSE, TRE, TCU, TCE, CGU, STJ, TJ-TO, TRF, Justiça Federal, Assembleia Legislativa e Câmara Municipal.

Além de passar por tudo isso, os postulantes a cargos eletivos terão que se ver às voltas com partidos políticos, coligações, grupos políticos, se situação ou oposição aos governos municipais, estaduais e federal e, o mais importante, se o povo deseja um candidato com o perfil que vai ser apresentado pelo político.

A CLASSE POLITICA E O NOJO DA SOCIEDA

A coisa está tão feia para os políticos que, antes considerados autoridades, “homens públicos”, hoje não têm coragem de ir a um restaurante badalado, morrem de medeo de serem reconhecidos em voos e evitam sair de casa para encarar o povo nos olhos.

Politico, hoje, é visto como marginal, bandido, ladrão. 99% dos detentores de mandatos eletivos tinham orgulho de ostentar o broche que o identificava como político.  Hoje, o broche fica escondido em casa.

Ser parente de político, antes, era orgulho e representava uma série de oportunidades.  Hoje tem filho de político que evita falar o que o pai faz da vida para os coleguinhas de escola. Ser parente de político continua representando uma série de oportunidades, mas pais, esposas, e filhos não sentem mais nenhum orgulho, pois o sentimento nas ruas é de nojo e total rejeição á classe política.

Rejeição a candidato é coisa séria. Não se apaga um índice de rejeição da noite para o dia. O maior adversário de certos candidatos é uma rejeição em torno de 30% dos eleitores. Hoje, a rejeição geral à classe política, já bate os 55%, segundo o Ibope. Trata-se de uma barreira que pode derrubar qualquer candidato.

Quando um candidato registra um índice de rejeição maior que a taxa de intenção de votos, é motivo de muita preocupação. Ou se providencia as estratégias e artimanhas políticas necessárias para tentar reverter esses índices, ou o candidato terá sérios problemas.

A rejeição deve ser convenientemente analisada, porque se trata de uma predisposição negativa que o eleitor adquire e conserva em relação a determinados perfis.

 

OS QUE ORA TOMAM POSSE

Voltamos à emblemática estatística dos 99% para alertar os atuais detentores de mandatos, mesmo os reeleitos, de que terão que ser rígidos com a conduta moral de seus mandatos, evitar gastanças desenfreadas – até porque nem tem dinheiro pra isso –, não abusar na contratação de parentes e fechar as torneiras dos gastos públicos, pois não haverá outro “milagre da repatriação de recursos”.  A matemática político/administrativa tem que ser exata, pois, pelos próximos 20 anos a Lei do Teto tem que ser cumprida à risca e quem cometer a sandice de não cumpri-la, estará cometendo crime e terá seu mandato sumariamente cassado.

Sem contar que o povo não tem mais paciência para esperar que os prefeitos eleitos fiquem de lenga-lenga para pôr a casa em ordem.  Se, em quatro meses, no máximo, nada acontecer, a população já vai começar a reclamar pois, como já afirmamos, cada eleito sabia o tamanho do abacaxi que teria pela frente.

 

AUDITORIA

Para não ser considerado conivente ou omisso, os aconselhamos os gestores a realizarem uma auditoria imediata nas contas dos municípios, no patrimônio móvel e imóvel e, em caso de constatação de irregularidades, que torne tudo público o mais rapidamente possível, comunicando aos órgãos competentes, como o Ministério Público Estadual e Federal, TCE, TCU e, mais ainda, caso tenha alguma dificuldade, algum obstáculo na regularização, que acione a Câmara Municipal e requeira a abertura de CPI.

A hora, agora, é de mostrar serviço, mostrar a que vieram, sem babação de ovo, sem conversa mole de herança maldita.  Todo os candidatos eleitos sabiam da situação que iriam encontrar pela frente e prometeram mudanças aos eleitores, logo, o povo espera muito dos seus representantes e cada um deles será julgado pelo cumprimento de suas palavras, das promessas de campanha e, principalmente, pelo trabalho que vão desenvolver em suas gestões.

O povo não tem mais paciência para enganadores ou preguiçosos.

 

SENADORES E DEPUTADOS

Aos senhores senadores e deputados federais e estaduais, este ano precisa ser de muito trabalho e competência.  Primeiro porque o Tocantins necessita disso, segundo porque o povo está mais atento que nunca ao que cada um de vocês vai fazer por ele.

É a hora de mostrar, de tornar público, tudo aquilo que os senhores já fizeram de real, de palpável, pois, como dizem os jovens de hoje, “a fila anda” e tem muita gente com garra, disposição e vontade de trabalhar que pretende colocar seus nomes à disposição do povo nas próximas eleições e, cada um dos senhores detentores de mandatos atuais, vai colher, em 2018, o que plantou, portanto, é hora de mostrar serviço e o que já foi feito.

É bom lembrar, também que o “caixa 2” é coisa do passado.  As empreiteiras querem distância dos políticos e os órgãos fiscalizadores já sabem onde procurar e onde vigiar, sem contar os adversários prontos para denunciar qualquer deslize.

Os eleitores vão à cabine de votação, em 2018, para decidir muita coisa de uma só vez, pois serão escolhidos os candidatos a presidente da República, governador, dois senadores, um deputado federal e um estadual.  Os eleitores estão conscientes do seu papel e as urnas já deixaram claro, em 2016, que a renovação é a palavra que define as eleições daqui pra frente e o voto de protesto é uma realidade intangível e representa a oportunidade de “demitir” aqueles que tiveram a oportunidade e nada ou pouco fizeram.

É hora de se adequa á realidade atual e resgatar um mínimo de dignidade à classe política e ao eleitor, por conseguinte.  Ou seja: eleição, política, mandato e voto, hoje, são coisas sérias demais para se considerar apenas um modo de ganhar dinheiro.

Estamos de olho!

Posted On Segunda, 02 Janeiro 2017 22:28 Escrito por O Paralelo 13
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