A criação da Política Estadual de Estímulo ao Empreendedorismo do Jovem do Campo (PEEEJC) no Estado do Tocantins foi autorizada pelos deputados estaduais em votação na última quarta-feira, 2, no Plenário da Assembleia Legislativa do Tocantins (Aleto). A propositura é de autoria do deputado Jair Farias (UB) e visa beneficiar jovens de 15 a 29 anos que trabalham no campo
Da Assessoria
O projeto define suas diretrizes em quatro eixos, incluindo educação empreendedora, capacitação técnica e inserção do jovem empreendedor do campo nos sistemas de produção agropecuários, mediante acesso facilitado ao crédito rural e difusão de tecnologias no meio rural.
A proposta do deputado Jair Farias visa promover a ampla formação dos jovens empreendedores rurais, de forma a transformá-los em líderes em suas áreas de atuação. Pretende, ainda, estimulá-los a atuar de maneira cooperativa e eficiente, do ponto de vista econômico, ambiental e social.
O texto desta política de incentivo ao empreendedorismo prevê, entre outros aspectos, que os jovens tenham acesso a políticas voltadas à elevação da escolaridade, difusão do conhecimento e das inovações tecnológicas, ampliação do acesso orientado ao crédito rural, inclusão social e desenvolvimento sustentável.
“Importante ressaltar que tal medida prima pelo interesse na agricultura familiar, pois os jovens, diante da falta de perspectivas na área rural e das restrições que enfrentam, enxergam na migração para os centros urbanos uma alternativa atraente, mesmo que em prejuízo da sucessão das atividades desenvolvidas no campo”, alerta Jair Farias.
Os pais de crianças e adolescentes com deficiência vão contar com um incentivo oficial para aquisição de automóveis no Tocantins, caso seja sancionado o Projeto de Lei nº 50/2025, aprovado na quarta-feira, 3, na Assembleia Legislativa do Tocantins (Aleto)
Da Assessoria
O projeto, de autoria do deputado Aldair Gipão (PL), com coautoria do deputado Eduardo Mantoan (PSDB), acrescenta ao Código Tributário Estadual a isenção do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e do Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) na compra de automóveis de passageiros por parte de pai ou mãe de menor com deficiência.
Segundo Gipão, já é um direito das pessoas com deficiência a isenção de impostos estaduais sobre a aquisição e propriedade de veículos, porém, quando se trata de menor de idade, os veículos são adquiridos pelos pais, mas o documento de propriedade fica no nome do menor. Para o parlamentar, essa condição se torna um problema nos casos de venda desses automóveis, quando é exigida autorização judicial dos pais para a transferência ser realizada, o que gera burocracia e custos, além de sobrecarregar o Poder Judiciário.
“Em alguns estados, há decisões judiciais que dispensam a autorização da Justiça para a revenda do bem, de maneira que basta aos pais assinar o documento de propriedade do veículo, com firma reconhecida – o que não é o caso do Tocantins”, explica Gipão.
Ainda conforme o deputado, a proposta visa desburocratizar o processo e facilitar a vida das pessoas com deficiência e de seus familiares. “Esta proposta de lei visa garantir que todos os cidadãos, especialmente os que se encontram em situação de vulnerabilidade, possam exercer plenamente seus direitos, contribuindo para a construção de uma sociedade mais equitativa e inclusiva”, finaliza.
A política no Tocantins, tal como o calor, nunca dá trégua. A nova temporada de embates foi inaugurada com um roteiro já conhecido: a disputa pela paternidade de uma grande obra. O troféu da vez? O curso de Medicina de Augustinópolis, um feito histórico para o Bico do Papagaio
Por Edson Rodrigues
Tudo começou quando o deputado estadual Amélio Cayres publicou em suas redes sociais, no início da semana, algumas conquistas de seu mandato para o Tocantins, dentre elas a criação da Faculdade de Medicina de Augustinópolis, localizada na região do Bico do Papagaio.
A partir daí, o ex-governador Mauro Carlesse sentiu-se no direito de tentar deslegitimar a atuação do deputado, por meio de um vídeo, que também circula nas redes sociais. O ex-governador afirma que “quem levou a universidade para Augustinópolis fui eu, Carlesse, com muito esforço”, e acusa um candidato, sem citar nomes, mas claramente se referindo a Amélio Cayres, de mentir ao reivindicar o feito. “Não mente não, gente, é muito feio. Se não deu conta de fazer, não precisa mentir que foi você que fez. Não monta em cavalo arreado dos outros não”, declarou Carlesse.
No entanto, a própria história e os registros da época contradizem o ex-governador. Em um vídeo veiculado em maio de 2021, gravado pelo competente comunicador Gerônimo Cardoso, , amplamente divulgado na imprensa regional e em redes sociais, mostra o então governador Mauro Carlesse reconhecendo, publicamente e de forma direta, a importância do deputado Amélio Cayres na articulação política e institucional que resultou na criação da Faculdade de Medicina do Bico do Papagaio.
No material, Carlesse parabeniza o deputado pela conquista, atribuindo a ele o empenho e o protagonismo na defesa do projeto junto ao Governo do Estado e ao Ministério da Educação.
Entenda
Atualmente, Amélio Cayres é considerado pré-candidato ao Governo do Tocantins e ocupa a presidência da Assembleia Legislativa do Tocantins, mantendo forte base eleitoral na região do Bico do Papagaio, onde o curso de Medicina representa um marco para o desenvolvimento local. Mauro Carlesse também se intitula como pré-candidato ao Governo do Estado.
A divergência sobre os méritos da criação do curso evidencia o conflito de narrativas. De um lado, um ex-governador que busca validar o legado de sua gestão; de outro, um parlamentar que apresenta o projeto como um resultado direto de sua atuação legislativa e articulação política.
A tentativa de reescrever a história soa como um cálculo político arriscado para Carlesse. Para os observadores, o episódio expõe uma contradição gritante, bem como ressuscita fantasmas de uma gestão que terminou de forma traumática.
Governador em exercício Amélio Cayres assina Ordem de Serviço para a construção do Câmpus próprio da Unitins em Augustinópolis - Foto: Esequias Araujo/Governo do Tocantins em 28/06/2024
Quem não se lembra, quando ainda era deputado estadual em 2015, de Mauro Carlesse hospedado na Assembleia Legislativa, uma vez que teve uma ordem judicial de prisão civil emitida pela comarca de Barueri (SP) por atraso no pagamento de pensão alimentícia? Como o Tocantins não possui uma cadeia para presos dessa natureza, a Justiça determinou que ele cumprisse a prisão dentro da própria Assembleia Legislativa de Palmas, especificamente no seu gabinete ou em sala sob custódia da polícia legislativa. A prisão durou até que os valores devidos fossem pagos
Embora sua administração tenha tido méritos inegáveis, como a assinatura da Ordem de Serviço para a construção da ponte de Porto Nacional, os escândalos falaram mais alto. Este novo tropeço serve como um lembrete amargo para quem sonha em voltar ao jogo, a primeira regra é não brigar com os fatos especialmente quando eles estão a um clique de distância.
Enquanto Carlesse duela com seu próprio passado gravado, Amélio Cayres assiste de camarote, vendo sua autoria na obra ser reforçada pelo erro primário de seu detrator. Na política, às vezes, o melhor marketing é o ataque do adversário.
Respeitando devidamente e historicamente as razões que determinaram o imperador romano, Nero Cláudio César Augusto Germânico, que governou o mais poderoso imperio de então, entre 54 e 68 d.C., buscando atender os chamamentos e os princípios, a ele impostos por seus deuses, vamos aqui dissecar os que se setem mais novos "imperadores de Palmas".
Por Edivaldo Rodrigues e Edson Rodrigues
Não queremos aqui, insinuar nesde editorial, que o prefeito interino de Palmas, o pastor Carlos Veloso, vai provocar um incêndio literal na cidade, mas é certo que ele está destruindo o que melhor se construiu e se fundiu, a ferro e a fogo, numa alianças no modo de fazer política, com ética e sabedoria nesse nosso amado Estado. Ele, e seu grupelho político, sanguessuga do povo, vendilhões da fé, abraçou seus interesses religiosos em detrimento do povo ordeiro da capital de todos os tocantinenses.
O vassalo dos poderosos da fé, um grupo hospedado nas páginas policiais, pressionado para redesenhar a administração de Palmas, que tem um titular, EDUARDO SIQUEIRA CAMPOS, chancelado por quase 100 mil votos, vidos de um povo liberto de opinião, se agiganta.
Esse senhor diminuto, um leopardo na pele de cordeiro, fez uso da lista "telefônica" de sua conveniência e foi buscar seus mais novos auxiliares fora do universo palmense, distante da sociedade da capital. Sendo que essa cidade é um celeiro de expertise nas mais diversas vertentes da atuação humana.
Ele, "almofadinha igrejista", teleguiado pelos interesses nojentos de quem sugou o sangue dos mais pobres e moribundos de um Brasil profundo, através da corrupção camuflada pelas páginas da Bíblia, quer agora fazer valer sua doutrina: traição e deslealdade.
O agora prefeito Carlos Velozo, que foi buscar seus assessores "estrangeiros", cidadãos distantes de Palmas, retrata assim seu CEP do prefeito interino, que ainda é desconhecido, demonstrando assim um inabalável descompromisso para com a história dessa capital, do povo palmense, do fazer política com essência social e comunitária da uma gente viciada nessa cidade.
Suas ações, nesse instante, distante do que faria o titular do cargo Eduardo Siqueira Campos, nos mostra um alinhamento com seus mentores que, estampam desde sempre, as páginas policiais pela prática comercial da fé e por sugar o sangue da camada mais pobre desse país continental.
Se perdurar essa situação na capital Palmas, podemos então vivenciar o que aconteceu na mais prosperará cidade da Região Centro-Oeste do Brasil: Goiânia.
A história recente de Goiânia oferece um alerta poderoso para Palmas. A ascensão do religioso, pastor Rogério Cruz à prefeitura da capital goiana, após a morte de Maguito Vilela, foi marcada por uma sucessão de erros, inclusive impulsionado pelos interesses das igrejas, mergulharam a cidade em crises profundas, sem identidade social. Ele, Rogério Cruz, carioca, assumiu o cargo como vice por conveniência, sem raízes locais, sem projeto de governo e sem preparo para a função. O resultado foi um mandato desastroso e é justamente esse roteiro que não pode se repetir com Carlos Velozo, atual prefeito interino de Palmas.
Palmas vive, neste momento, um hiato de liderança com o afastamento do prefeito Eduardo Siqueira Campos. Carlos Velozo, até então vice sem protagonismo político, apequenado pelo cabresto reliogioso que o guia, ocupa o cargo mais importante da cidade por força de circunstância. Mas o poder exige mais do que uma cadeira ocupada, exige legitimidade, preparo e responsabilidade com a população. É preciso que ele compreenda isso rapidamente. O que está em jogo é o futuro de uma capital.
Em Goiânia, o pastor Rogério Cruz mostrou o que acontece quando um político assume um posto para o qual não está preparado, e usa a fé como poder administrativo. Sua gestão foi marcada por escândalos e inércia.
Esperamos que os que tem fé, ore por essa Palmas, nas mãos de quem usa a fé como poder financeiro.
ESSE É O PENSAMENTO DA FAMÍLIA PARALELO 13
Participação no evento destaca ações como pioneirismo na comercialização de créditos de carbono, projeto de restauração de áreas degradadas e tecnologia que fortalece o combate ao desmatamento e às queimadas
Por Jakelyne Monteiro e Victória Milhomem
As iniciativas de preservação e desenvolvimento sustentável do Tocantins foram evidenciadas durante a 13ª edição do Fórum Jurídico de Lisboa, que ocorre em Portugal até esta sexta-feira, 4. O governador Wanderlei Barbosa foi um dos palestrantes do painel Governança Ambiental e Agenda Verde: Inovação para o Século XXI, que integrou a programação do evento nessa quarta-feira, 2.
A participação do chefe do Executivo estadual iniciou com a apresentação do pioneirismo do Tocantins na negociação de créditos de carbono no mercado internacional. “Essa conquista representa um marco para a política ambiental brasileira, reforçando o compromisso do estado com o desenvolvimento sustentável e com soluções inovadoras no enfrentamento das mudanças climáticas”, salientou o governador Wanderlei Barbosa.
Na ocasião, outras ações desenvolvidas pelo Estado na área ambiental foram destacadas pelo governador Wanderlei Barbosa, como o projeto Foco no Fogo, iniciativa voltada à prevenção e ao combate aos incêndios florestais, com ênfase em ações educativas, tecnologia e envolvimento comunitário. Em 2025, o projeto chega à sua 6ª edição com atividades iniciadas de forma antecipada. “O projeto tem sido referência nacional na mitigação de queimadas e na preservação do meio ambiente”, enfatizou.
Além do pioneirismo do Tocantins na comercialização de créditos de carbono, o governador destacou as ações do projeto Foco no Fogo, que são voltadas para a prevenção e o combate aos incêndios florestais
Com essas e outras iniciativas, o Tocantins mostra, ao Brasil e ao mundo, que é possível crescer com responsabilidade ambiental. “Estamos trabalhando para reduzir o desmatamento, recuperar áreas degradadas, ampliar o combate aos incêndios e avançar na análise do CAR [Cadastro Ambiental Rural] com o propósito de dar mais segurança aos produtores e abrir portas para novos mercados, sempre com foco na sustentabilidade”, pontuou o governador.
Ao final de sua participação, o governador Wanderlei Barbosa ressaltou a importância da cooperação internacional na busca por soluções sustentáveis e reforçou o papel dos estados na construção de uma agenda verde robusta e eficaz para o século XXI.
O painel também contou com a contribuição do governador do estado do Pará, Helder Barbalho; da colaboradora da presidência do Conselho Nacional do Ministério Público, Maria Tereza Uille; do CEO da Cosan, Marcelo Martins; do presidente do Banco da Amazônia, Luiz Lessa; do vice-presidente M&A, Jurídico, Compliance e Governança da BRF, Bruno Ferla; com moderação do diretor do Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa, Caio Resende.
Créditos de carbono
O Governo do Tocantins estima gerar R$ 2,5 bilhões com a venda de créditos de carbono gerados pelo estado entre 2020 e 2030. A projeção potencial é de mais de 50 milhões de créditos, caso o estado tenha sucesso na redução do desmatamento e da degradação de suas florestas.
O estado é o primeiro do Brasil a comercializar créditos de carbono no mercado voluntário, utilizando o padrão Art Tress para a certificação. A submissão oficial do sistema jurisdicional de Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal (REDD+) ao padrão Art Tress ocorreu durante a 29ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP 29), realizada em Baku, Azerbaijão, em novembro de 2024.
Painel sobre governança ambiental integrou a programação do Fórum Jurídico de Lisboa
O projeto envolve a redução do desmatamento e a conservação da vegetação nativa, com o objetivo de gerar créditos de carbono que podem ser comprados por empresas e organizações interessadas em compensar suas emissões. O Tocantins firmou um acordo com a empresa Mercuria Energy Group para a compra e a venda desses créditos, além de investimento em ações de preservação no estado.
O projeto de crédito de carbono do Tocantins é considerado um modelo jurisdicional, o que significa que o estado estabelece metas específicas de preservação e reduz a atividade do desmatamento, mantendo autonomia para implementar políticas ambientais de alto impacto.
Outras ações
Em janeiro deste ano, o governador Wanderlei Barbosa assinou, em Villars-sur-Ollon, na Suíça, um protocolo de negociação com o Fundo Silvânia, para recuperar até 12 mil hectares de áreas degradadas no Parque Estadual do Cantão, unidade de conservação essencial para a proteção da biodiversidade do estado.
Além disso, o Governo do Tocantins lançou, no mês de maio, o maior plano de prevenção, monitoramento e combate aos incêndios florestais da história do estado. Com investimento de mais de R$ 17 milhões, o Plano Integrado de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais de 2025 contempla um conjunto de ações preventivas, de monitoramento e combate às queimadas, fundamentais para assegurar a proteção dos biomas, a preservação dos recursos naturais e a segurança da população tocantinense.
Outra iniciativa desenvolvida pelo Governo do Tocantins, para o fortalecimento do combate ao desmatamento e às queimadas no estado, é o portal do Centro de Inteligência Geográfica em Gestão do Meio Ambiente (Cigma). Lançada em junho deste ano, a plataforma Cigma Tocantins tem como objetivo apoiar gestores públicos, órgãos de controle e a sociedade na tomada de decisões e na formulação de políticas voltadas à proteção ambiental.
O portal disponibiliza dados e indicadores ambientais, permitindo análises temporais, identificação de padrões e elaboração de relatórios dinâmicos, e visualizações interativas para indicar tendências e oportunidades de melhoria. Graças à inovação, pela primeira vez, o Governo do Tocantins passou a classificar de forma sistemática os focos de queimadas e os incêndios florestais com base na natureza da queima: prescrita, controlada ou não autorizada.