Ex-presidente se reunirá, ao longo desta semana, com parlamentares do PT e de outros partidos
Por Tácio Lorran
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) desembarcou, na tarde deste domingo (3/10), em Brasília. O petista se reuniu com o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PT), e o senador e ex-ministro da Saúde Humberto Costa (PT-PE).
“Discutimos os novos passos da frente ampla do campo progressista de oposição ao atual governo federal. Diálogo produtivo em favor de Pernambuco e do Brasil”, escreveu o governador pernambucano, em uma rede social.
Nesta semana, Lula terá uma série de encontros em Brasília. Na segunda (4/10), o ex-presidente conversa com as bancadas do PT no Senado e na Câmara. Será um encontro no Hotel Meliá, a partir das 10h.
De acordo com o líder da bancada do partido na Câmara, Elvino Bohn Gass, o encontro será um momento para acertar o trabalho da bancada de forma integrada com a campanha do ex-presidente para a “reconstrução do país”.
Segundo o colunista Igor Gadelha, do Metrópoles, o ex-senador Eunício Oliveira (MDB-CE) oferecerá um jantar ao petista, em Brasília.
Eunício contou que convidará outros caciques do MDB. Entre eles, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, o ex-presidente José Sarney e o senador Renan Calheiros (AL), relator da CPI da Covid.
Lula também visitará uma associação de catadores de material reciclável, na comunidade da Estrutural. Trata-se de uma das regiões mais carentes do Distrito Federal. A visita aos catadores está marcada para a parte da manhã de quinta-feira (7/10).
Manifestantes se dividiram entre vaias e aplausos durante ato contra o governo Bolsonaro na Avenida Paulista
Com Estadão
Em uma sequência de discursos do alto de um trio elétrico na Avenida Paulista, em São Paulo, lideranças políticas da esquerda como os ex-ministros Ciro Gomes (PDT) e Fernando Haddad (PT), além do coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto Guilherme Boulos (PSOL), ressaltaram a diversidade da oposição e defenderam sua unidade em prol do impeachment do presidente Jair Bolsonaro.
Ciro Gomes foi ao mesmo tempo vaiado e aplaudido durante a sua fala. O discurso incendiou a militância petista: muitas pessoas entoaram o nome do ex-presidente Lula (PT) e fizeram a letra L com as mãos. Outras atiraram objetos em direção ao presidenciável do PDT.
Em seu discurso, Ciro pediu o impeachment de Bolsonaro e defendeu a derrubada da "serpente bolsonarista" no País. O político também disse ser contra o "fascismo" e que a hora de Bolsonaro "está chegando". "O povo brasileiro é muito maior que o fascismo de vermelho ou de verde e amarelo", afirmou.
Fernando Haddad, Eduardo Suplicy e Guilherme Boulos durante ato na Paulista
O deputado federal Paulinho da Força (Solidariedade-SP) também foi vaiado durante sua fala no ato contra Bolsonaro na Avenida Paulista. Seu discurso, curto, foi praticamente inaudível por causa das vaias e xingamentos proferidos contra ele.
Criticado pelos manifestantes por já pertencido à base de apoio de Bolsonaro, Paulinho atualmente defende o impeachment do presidente. Segundo alguns dos presentes, as pautas apoiadas pelo deputado no Congresso tratam de "ações contra o trabalhador."
Lideranças da esquerda
Ex-candidato à Prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos abriu o último bloco do ato na Avenida Paulista destacando a diversidade de pessoas e partidos presentes no ato. Segundo ele, a diversidade política presente hoje nas ruas inclui "gente, inclusive, com quem a gente tem muita diferença", afirmou. Na sequência, disse que as diferenças são menores do que a união para "tirar Bolsonaro".
Fernando Haddad, por sua vez, defendeu que o governo do presidente Bolsonaro chegue ao fim antes das eleições de 2022. "Não podemos perder de vista o que nós estamos fazendo aqui", disse. "Estamos aqui porque o povo quer comer e Bolsonaro não deixa, o povo quer estudar e Bolsonaro não deixa, quer trabalhar e o governo Bolsonaro não deixa", disse.
"Temos que buscar o sentimento comum e o sentimento comum é 'fora, Bolsonaro'", afirmou o deputado carioca Marcelo Freixo (PSB), que também discursou no ato. "As ruas estão pedindo a nossa unidade", defendeu em outro momento.
Presidente discursou durante cerimônia das obras do metrô de Belo Horizonte (MG)
Por Matheus de Souza e Sofia Aguiar
Seguindo a agenda de viagens de comemoração aos mil dias de governo, o presidente Jair Bolsonaro participou nesta quinta-feira (30) de cerimônia de sanção do Projeto de Lei do Congresso Nacional (PLN) para obras do metrô de Belo Horizonte e do lançamento da pedra fundamental do Centro Nacional de Vacinas. Em um evento marcado pelas manifestações pró e contra governo, Bolsonaro teve o discurso interrompido e desviou suas falas para reforçar suas críticas à gestão do PT. "Vamos comparar os 14 anos de governo do PT com os 4 anos do nosso governo", pediu o presidente.
A fala ocorreu após manifestações contra o governo interromperem seu discurso. O chefe do Executivo afirmou que não ofenderia a mulher responsável pela sua interrupção, declarando inclusive não ter entendido sua fala, mas garantiu que se "porventura" for candidato às eleições do ano que vem, teria "o maior prazer de debater com o candidato dessa senhora".
Acompanharam a comitiva presidencial os ministros da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marcos Pontes, e da Secretaria-Geral da Presidência, Luiz Eduardo Ramos, além do ministro da Cidadania, João Roma e do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho.
Nos discursos que antecederam o pronunciamento de Bolsonaro, os ministros enalteceram o chefe do Executivo e sua defesa à liberdade, democracia e verdade. O governador de Minas, Romeu Zema (Novo), que acompanhou Bolsonaro no evento, e também fez elogios ao chefe do Executivo, recebeu de volta o gesto de admiração do presidente, que declarou ser muito bom contar com o apoio de alguém com a "humilde" e da "estatura" de Zema.
Devido ao clamor popular, no início da cerimônia o presidente pediu que "na medida do possível", o governador e a segurança do evento liberassem manifestantes pró-governo para se aproximarem do local onde ocorria o evento. Também ocorreram protestos de oposição ao governo. Manifestantes reclamaram que foram impedidos de entrar na área da cerimônia. Grades que cercavam o perímetro foram derrubadas e a Polícia Militar teve que intervir.
Durante o evento, o presidente foi aclamado por apoiadores após pegar uma arma de brinquedo de uma criança fantasiada de militar, que sentou ao lado dele, e apontar o brinquedo para o alto. "Eu tenho quase 70 anos. Quando era moleque, eu brincava com isso. Com arma, com flecha, com estilingue. Assim foi criada a minha geração. E crescemos homem fortes, sadios, e respeitadores", declarou o presidente. Bolsonaro cumprimentou os pais da criança que, segundo ele, ensinam o exemplo civilidade, patriotismo e respeito.
Na cerimônia, o presidente sancionou uma lei que abre crédito especial no valor de aproximadamente R$ 3 bilhões. Deste valor, R$ 2,8 bilhões serão destinados à Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU). A medida visa aumentar o capital da União na empresa a ser constituída a partir da cisão parcial da CBTU.
Dentre outras medidas, o projeto também destinará R$ 66 milhões para obras do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), R$ 33 milhões para fomento do setor agropecuário e R$ 22 milhões para projetos de infraestrutura hídrica da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf).
Por Bela Megale
O ex-presidente Lula aterrissa em Brasília na próxima semana para uma intensa agenda de encontros políticos. Na quarta-feira, o petista terá um jantar na casa do ex-senador Eunício Oliveira (MDB-CE), que contará com a presença do governador do Distrito Federal Ibaneis Rocha. Ibaneis, que também é do MDB, anda mais afastado do presidente Bolsonaro, mas ainda figura como seu aliado. O jantar, que terá outras lideranças, está sendo organizado a pedido do próprio Lula.
O petista também deve participar da reunião com a bancada do partido, na segunda-feira. O ex-presidente deve ficar em Brasília até quinta-feira, onde também vai se reunir com lideranças do centrão e da oposição. As articulações acontecem a um ano das eleições de 2022.
Seguindo a agenda de viagens de comemoração aos mil dias de governo, o presidente Jair Bolsonaro participou nesta quinta-feira (30) de cerimônia de sanção do Projeto de Lei do Congresso Nacional (PLN) para obras do metrô de Belo Horizonte e do lançamento da pedra fundamental do Centro Nacional de Vacinas.
Com Estadão
Em um evento marcado pelas manifestações pró e contra governo, Bolsonaro teve o discurso interrompido e desviou suas falas para reforçar suas críticas à gestão do PT. "Vamos comparar os 14 anos de governo do PT com os 4 anos do nosso governo", pediu o presidente.
A fala ocorreu após manifestações contra o governo interromperem seu discurso. O chefe do Executivo afirmou que não ofenderia a mulher responsável pela sua interrupção, declarando inclusive não ter entendido sua fala, mas garantiu que se "porventura" for candidato às eleições do ano que vem, teria "o maior prazer de debater com o candidato dessa senhora".
Acompanharam a comitiva presidencial os ministros da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marcos Pontes, e da Secretaria-Geral da Presidência, Luiz Eduardo Ramos, além do ministro da Cidadania, João Roma e do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho.
Nos discursos que antecederam o pronunciamento de Bolsonaro, os ministros enalteceram o chefe do Executivo e sua defesa à liberdade, democracia e verdade. O governador de Minas, Romeu Zema (Novo), que acompanhou Bolsonaro no evento, e também fez elogios ao chefe do Executivo, recebeu de volta o gesto de admiração do presidente, que declarou ser muito bom contar com o apoio de alguém com a "humilde" e da "estatura" de Zema.
Devido ao clamor popular, no início da cerimônia o presidente pediu que "na medida do possível", o governador e a segurança do evento liberassem manifestantes pró-governo para se aproximarem do local onde ocorria o evento. Também ocorreram protestos de oposição ao governo. Manifestantes reclamaram que foram impedidos de entrar na área da cerimônia. Grades que cercavam o perímetro foram derrubadas e a Polícia Militar teve que intervir.
Durante o evento, o presidente foi aclamado por apoiadores após pegar uma arma de brinquedo de uma criança fantasiada de militar, que sentou ao lado dele, e apontar o brinquedo para o alto. "Eu tenho quase 70 anos. Quando era moleque, eu brincava com isso. Com arma, com flecha, com estilingue. Assim foi criada a minha geração. E crescemos homem fortes, sadios, e respeitadores", declarou o presidente. Bolsonaro cumprimentou os pais da criança que, segundo ele, ensinam o exemplo civilidade, patriotismo e respeito.
Na cerimônia, o presidente sancionou uma lei que abre crédito especial no valor de aproximadamente R$ 3 bilhões. Deste valor, R$ 2,8 bilhões serão destinados à Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU). A medida visa aumentar o capital da União na empresa a ser constituída a partir da cisão parcial da CBTU.
Dentre outras medidas, o projeto também destinará R$ 66 milhões para obras do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), R$ 33 milhões para fomento do setor agropecuário e R$ 22 milhões para projetos de infraestrutura hídrica da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf).
Fonte: Estadão Conteúdo